quarta-feira, 30 de setembro de 2009

TRÊS PONTOS IMPORTANTES

FICHA DO JOGO

(Clique no quadro para ampliar)

Traduziu-se numa vitória a empreitada previsivelmente difícil que o FC Porto teve de resolver esta noite frente aos espanhóis do Atlético de Madrid.

Jesualdo Ferreira, entre várias opções, decidiu-se por utilizar o polivalente Tomás Costa no lugar do castigado Fernando. Foi uma aposta que não sendo de todo falhada também não se confirmou ganha. O argentino acusou algumas limitações embora não tenha comprometido os processos defensivos se exceptuarmos um lapso de palmatória que Helton conseguiu resolver. No entanto, creio que a sua inclusão acabou por determinar o fraco rendimento do meio campo, onde Meireles voltou a estar desastrado no capítulo da colocação da bola, insistindo no passe longo quase sempre mal dirigido, processo aliás que se alastrou a outros elementos.

A forte organização defensiva do Atlético combinada com pouca lucidez do passe dos portistas, resultaram num jogo fastidioso, mal jogado e inofensivo.

Pertenceram aos madrilenos os remates mais perigosos da primeira parte. Diego Forlan e Sergio Aguero, levaram o perigo à baliza portista, valendo a atenção e classe de Helton.

Só nos últimos minutos da primeira parte os Dragões deram um ar da sua graça em dois lances bem urdidos. No primeiro, Mariano Gonzalez apareceu solto na área, introduziu a bola na baliza com um remate forte e certeiro, mas estava deslocado. No segundo foi Meireles que apareceu desmarcado, rematou ao poste, mas o jogo foi mal interrompido por pretenso fora de jogo.

Entretanto já o Atlético tivera que recorrer ao seu terceiro guarda-redes, por lesão de Roberto.

No segundo tempo voltou a vir ao de cima a boa organização defensiva dos madrilenos bem como a sua melhor capacidade de passe, que lhe rendeu mais duas jogadas de golo iminente. Ujfalusi depois de uma boa combinação colocou Helton em apuros e mais tarde Juanito cabeceou livre de adversários, no coração da área, uma bola que saiu a rasar a barra. Foram dois sustos que terão alertado Jesualdo.

Fredy Guarín entrou para o lugar de Raul Meireles, saindo Tomás Costa. O português recuou para trinco e simultâneamente o FC Porto subiu a sua produção. Em poucos segundos fez o remate mais perigoso dos azuis e brancos e os colchoneros sentiram mais que nunca a necessidade de recuar ainda mais.

Depois foi o desbobinar em crescendo do futebol à Porto, com Hulk, Falcão, Belluschi e o melhor em campo, Fucile, a embalar para um final de jogo de grande qualidade que rendeu dois bons golos e outras boas oportunidades. Falcão abriu a contagem com um golo à Madger (de calcanhar) e Rolando fechou as contas numa recarga oportuna de uma bola que batera no poste, depois de cabeceada por Bruno Alves.

Vitória difícil e muito importante, por ser conseguida em casa, onde não se devem perder pontos e por contribuir para o aumento dos níveis de confiança de que esta equipa necessita. O FC Porto ocupa agora o segundo lugar do Grupo e receberá o Apoel do Chipre, no próximo dia 21 de Outubro.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

NO DRAGÃO ESPERA-SE O TETRACAMPEÃO

Já faltam menos de 24 horas para os Tetracampeões nacionais entrarem em campo para discutirem o resultado, frente aos espanhóis do Atlético de Madrid.

Tarefa que se adivinha complicada ainda que os madrilenos se apresentem este ano, uns furos abaixo, no seu rendimento caseiro. Tal não deverá ser motivo para que os Dragões facilitem, tanto mais que sendo provas diferentes é comum assistirmos a comportamentos diversos, com o agigantamento das equipas nesta prova, disfarçando momentos menos bons.

Sem poder contar com os lesionados Silvestre Varela e Cristian Rodriguez, a quem se juntou o trinco Fernando por castigo, Jesualdo Ferreira vai ter de mexer na equipa, sobretudo no meio campo, já que para o ataque escalará certamente os mesmos que defrontaram o Sporting.

As alternativas são variadas. Sem um trinco de raiz alternativo inscrito na CL, vai ter que recorrer à tradicional improvisação, ainda que o lugar não seja de todo desconhecido de Raul Meireles e muito menos de Guarín (o seu lugar na selecção da Colômbia). Tomás Costa pode eventualmente ser o escolhido, pela sua polivalência. Já Valeri parece-me o que menos hipóteses terá, por não estar rotinado ao lugar nem à equipa.

Nada me admiraria se o Professor fizesse uma surpresa colocando um elemento improvável. Capaz disso é ele.

Entretanto fez as suas escolhas convocando os seguintes jogadores, onde está incluído o sub 19 Dias, médio defensivo que colmatará a ausência de Fernando:

Helton, Beto, Fucile, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Dias, Tomás Costa, Guarín, Belluschi, Raul Meireles, Valeri, Mariano Gonzalez, Hulk, Falcão e Farías.

EQUIPA PROVÁVEL


Trata-se de um jogo em que só a vitória interessa face à derrota na primeira jornada.

Competição: 2ª Jornada do Grupo D - Champions League
Equipas: FC Porto - Atlético de Madrid
Estádio: Dragão - Porto - Portugal
Árbitro: Nicola Rizzoli - Itália
Hora do jogo: 19:45 h
Transmissão: RTP1

sábado, 26 de setembro de 2009

HULK E FALCAO EM MOMENTOS DO CAMPEÃO

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Uma entrada de Dragão, avassaladora e sufocante, foi por assim dizer a história de mais um clássico que o FC Porto logrou triunfar.

O bom jogo portista rendeu apenas um golo, apesar de algumas boas oportunidades criadas e durou cerca de vinte minutos, com destaque para a dupla Hulk e Falcao, bem acolitados por Belluschi.

Depois o fulgor foi-se dissipando e de dominador passou a dominado até ao intervalo, com o resultado inalterável em virtude da boa actuação de Helton, de alguma sorte e principalmente da ineficácia dos calimero.


No segundo tempo voltou a entrar bem o FC Porto que dispôs de uma grande penalidade provocada por Polga que ao ver o 2ª amarelo foi expulso. Falcao falhou com um remate denunciado e a partir desse momento os Dragões viram-se inexplicavelmente afectados, nervosos, precipitados e até em alguns momentos dominados. Parecia que o adversário não estava em inferioridade numérica.

A verdade verdadinha é que o FC Porto, ao jogar com o Mariano Gonzalez esteve sempre a jogar com menos um (peço desculpa aos defensores desta joia, mas não é má vontade minha. A estrela não joga um chavo e a bola nos seus pés só atrapalha. Tem a minha tolerância, apesar de tudo, porque a culpa não é dele. Para bom entendedor...), daí não se ter notado os calimeros a jogar com dez!

O pior é que as más prestações contagiaram outras vedetas, como Meireles e Fernando, sempre solicitos a entregar a bola ao adversário, em desperdício de jogadas potencialmente perigosas.

Já o disse e repito, é irritante a forma ingénua, talvez até displicente como repetidamente isso acontece em quase todos os jogos. Já vi jogos de equipas amadoras em que a qualidade de passe era bem superior. O professor não consegue corrigir? Estranho!

Bom foi o resultado face às incidências do jogo. A vitória poderá ter tido o condão de insuflar mais um pouco de confiança para o jogo da Champions frente ao Atético de Madrid.

Quanto ao resto, aguardo com toda a naturalidade a choradeira calimera que certamente ocorrerá durante toda a semana.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

À PROCURA DA TRANQUILIDADE PERDIDA...

Depois de duas derrotas consecutivas, não se pode dizer que a tarefa do FC Porto seja das mais desejáveis. Ter que defrontar um dos seus rivais, crónico candidato ao titulo, ainda que no Dragão, perante o seu público, numa altura em que a confiança pode ter sido abalada pelos resultados nada animadores dos últimos jogos, acrescidos de lesões arreliadoras de última hora, impeditivas da apresentação da equipa na máxima força, serão certamente factores a ter em conta.

Contudo, as grandes equipas vêm-se neste momentos. Não seria a primeira vez que o FC Porto, com Jesualdo, daria a volta a um momento de aparente fragilidade.

Na sua primeira época de azul e branco (2006/2007), o professor depois das derrotas frente ao Arsenal (2-0) e ao Braga (2-1 na 5ª jornada), regressou às vitórias frente ao Marítimo (3-0), debelando a «crise» então anunciada.

Curiosamente nessa época o Sporting veio vencer ao Dragão (0-1 na 22ª jornada).

Na época passada, depois da derrota em casa frente ao Dínamo Kiev (0-1) e das derrotas frente ao Leixões (2-3, na 6ª jornada, no Dragão) e frente à Naval (1-0, na 7ª jornada, na F. Foz), o FC Porto, mais uma vez se ergueria do tapete e partiria pujante para o resto do campeonato.

É o que naturalmente espero que volte a acontecer, contra ventos e marés. A equipa está consciente das dificuldades mas também das suas capacidades. Estes exemplos que não lhe deixarão de ser recordados, contribuirão para a recuperação dos níveis de confiança no sentido de uma prestação condizente com os pergaminhos da colectividade.

Ausentes por lesão vão estar Silvestre Varela e Cristian Rodriguez, reduzindo substancialmente o leque de opções de Jesualdo Ferreira que convocou os seguintes atletas: Helton, Beto, Fucile, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Fernando, Guarín, Tomás Costa, Raúl Meireles, Belluschi, Valeri, Mariano Gonzalez, Falcão, Farías e Hulk.

EQUIPA PROVÁVEL


Liga Sagres - 6ª Jornada
FC Porto - Sporting
Dia 26 de Setembro de 2009
Estádio do Dragão - 19:15 h
Árbitro: Duarte Gomes - A.F. de Lisboa
TRansmissão: Sport Tv 1

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

CARLOS DUARTE nascido em Nova Lisboa - Angola, representou o FC Porto durante onze épocas (1952/53 a 1963/64).

Extremo-direito muito veloz, senhor de um drible estonteante e de remate fácil e certeiro, marcou 69 golos em 172 jogos do campeonato. Fazia uma asa terrível com Hernâni.

Venceu dois campeonatos nacionais, o primeiro com Yustrich em 1955/56, o segundo com Bela Guttman em 1958/59. A estes títulos juntou as vitórias na Taça de Portugal, 1955/56 e 1957/58.

Representou a Selecção Nacional apenas por sete vezes. Estreou-se a 7 de Maio de 1958 no Estádio de Wembley, frente à congénere inglesa, com derrota por 2-1, mas fizera um brilharete. ao marcar o golo português.

Pouco tempo depois, a 11 de Agosto de 1958, o AC Milan cobiçou-o oferecendo 600 contos para a sua transferência com um contrato de 3 anos. O FC Porto recusou a oferta.


A 3 de Setembro de 1959 é gravemente ferido num dos joelhos , num Espanhol de Barcelona-FC Porto. Operado pelo famoso médico Dr. Ricardo Calot, em Barcelona, Carlos Duarte voltaria aos relvados, mas em 1962 pôs termo à sua carreira, a carreira de um dos mais elegantes extremos direitos do Futebol a nível mundial.


Em 2003 recebeu do Clube um “Dragão de Ouro” simbolizando a “Recordação do Ano”, naquilo que foi uma justíssima homenagem.

Fontes: Livro de Ouro, do Diário de Notícias; Figuras & Factos, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

domingo, 20 de setembro de 2009

A LIDERANÇA... POR UM CANUDO!

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Depois da exibição prometedora em Londres, confesso que a minha confiança na equipa do FC Porto, subira exponencialmente.

A despeito da deslocação sempre difícil a Braga, mesmo tendo em conta que iríamos defrontar o líder invencível da prova, calculava que com maior ou menor dificuldade, a melhor capacidade técnica acabaria por ditar a sua lei. Pura ficção!

Não foi o FC Porto personalizado, com carácter, trabalhador e humilde que pisou o relvado do estádio Axa. Esse terá ficado em Stamford Bridge. De lá para cá só o resultado se repetiu, só que desta vez com toda a justiça, sem apelo nem agravo.

Começa a ser irritante, mesmo intrigante, como atletas de alta competição, que treinam de manhã e de tarde todos os dias, supostamente dotados de técnica acima da média, entreguem tantas vezes a bola ao adversário, coloquem mal a bola, nos seus companheiros, efectuem tantos gestos técnicos pouco ou nada aconselháveis, desperdicem oportunidades de ouro para criar perigo e que displicentemente ponham em risco a sua baliza.

Foi um pouco de tudo isto que os atletas que equiparam de azul e branco fizeram questão de proporcionar a quem presenciou este deplorável jogo de futebol.

Jesualdo Ferreira voltou a apostar em Guarín. O colombiano esteve igual a si próprio, ou seja, confirmou que o jogo em Inglaterra fora apenas uma promessa. Varela e Falcão, também chamados à titularidade, afundaram-se na mediocridade da equipa.

Uma primeira parte sem qualidade, de domínio dividido, com uma oportunidade desperdiçada para cada lado. Primeiro para o Braga num remate perigoso de Vandinho à entrada da área, depois de assistido por... Fernando! Depois para o FC Porto num cruzamento da direita de Silvestre Varela que João Pereira emendou para a sua baliza, quase fazendo um auto-golo.


O segundo tempo foi um pouco a repetição do mau futebol exibido, com a diferença do golo marcado por Alan, que beneficiou de um ligeiro toque da bola em Silvestre Varela, que terá traído Helton, ele que estivera em grande plano no jogo da Champions. Pareceu-me mal batido, apesar do desvio. A sua colocação na baliza foi deficiente. O cruzamento que acabou em remate, conforme confessou Alan, aconteceu a uma distância considerável.

O FC Porto terminou o jogo em ataque precipitado em toada de pontapé para a frente. Bruno Alves fixou-se no eixo do ataque, na tentativa de impor a sua estatura no desaconselhável chuveirinho. Nem nisso foram eficazes. Nos descontos Farías que rendera Falcao ainda teve duas oportunidades soberanas para alterar o resultado mas Eduardo opôs-se com valentia.

Enfim, uma exibição que não deveria repetir-se, mas ou me engano muito ou teremos novas réplicas.

Pronto, dez meses depois o FC Porto volta a conhecer o fel amargo da derrota em jogos para o campeonato e fica a ver a liderança por um canudo!

sábado, 19 de setembro de 2009

A PENSAR NA LIDERANÇA

O recente desempenho do FC Porto em terras de Sua Majestade contribuiu naturalmente para encarar com algum optimismo a difícil deslocação ao reduto do Sporting de Braga, actual líder isolado da Liga Sagres, que conta por vitórias os quatro jogos disputados.

Uma vitória portista representará a subida ao primeiro lugar, onde os Dragões gostam de estar.

Para tal, a equipa tem de demonstrar ambição, atitude, classe e eficácia.

Jesualdo Ferreira chamou os seguintes jogadores: Helton, Beto, Fucille, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Fernando, Raul Meireles, Belluschi, Guarín, Mariano Gonzalez, Hulk, Falcao, Farías, Cristian Rodriguez e Silvestre Varela.

É provável que o Professor proceda a algumas alterações na formação titular que jogou em Stamford Bridge:

EQUIPA PROVÁVEL


Jogo no Estádio Axa- Braga
Competição: Liga Sagres - 5ª Jornada
Dia 19.09.2009 às 21:15 h
Árbitro: Pedro Proença - Associação de Futebol de Lisboa
Transmissão: SporTv 1

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

HERNÂNI foi um dos mais fantásticos jogadores do FC Porto. Vestiu a camisola azul e branca durante 15 anos, entre 1950 e 1964. Marcou uma época, atravessou gerações e construiu uma lenda.

Não se limitava a ser virtuoso na arte de bem tratar a bola. Demonstrava uma invulgar cultura técnica e extraordinárias qualidades desportivas, para além de uma personalidade muito forte, da que não abdicava e que o levava, por vezes a situações complexas, como quando teve um sério desentendimento com Yustrich.

Estreou-se na equipa do FC Porto em Setembro de 1950, num jogo contra o Estoril, na Constituição, e desde logo mostrou estarmos em presença de um fora-de-série, do qual haveria muito a esperar. Jogador numa época em que despontavam inúmeros talentos, Hernâni conseguiu afirmar-se como estrela maior de uma constelação onde brilhavam, entre outros, Pedroto, Perdigão, Carlos Duarte, Custódio Pinto, Miguel Arcanjo, Gastão, Luís Roberto, Morais, Jaburu, Monteiro da Costa, Acúrsio e os irmãos Sarmento.

No total, Hernâni marcou mais de uma centena de golos. Polivalente, jogava a interior, extremo ou no centro do terreno, de acordo com as necessidades da equipa.

Foi internacional A por 28 vezes, com cinco golos marcados e campeão nacional por duas vezes, em 1955/56 e 1957/58 e vencedor da Taça de Portugal em 1955/56 e 1957/58.

Natural de Águeda, iniciou-se no Recreio Desportivo, de onde saiu para o FC Porto, com 19 anos de idade. Manteve-se de azul e branco até ao fim da carreira, com uma única excepção, durante o tempo da tropa, altura em que actuou pelo Estoril Praia, impondo contudo uma condição: nunca jogar contra o FC Porto.

Fontes: Revista Dragões; Figuras & Factos, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

terça-feira, 15 de setembro de 2009

MALDITA TRADIÇÃO

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Ainda não foi desta vez que o FC Porto matou o borrego, nas suas deslocações a Inglaterra.

Numa noite muito chuvosa, a primeira grande surpresa foi a inclusão do médio colombiano Fredy Guarín no onze titular dos Dragões, ele que não fizera ainda qualquer minuto em jogos oficiais, em detrimento de Fernando Belluschi . A segunda grande surpresa, para mim, foi a sua excelente exibição. Meia surpresa... ou talvez um quarto de surpresa foi a escolha de Mariano Gonzalez.

Confesso que ao ver o escalonamento da equipa, o primeiro pensamento foi de condenação e a sensação de que o Professor voltava às suas invenções, complicando aquilo que parecia fácil. A sensação de mensagens negativas à equipa, de medo, de retracção e de pouca ambição.

Felizmente tais preocupações ficaram rapidamente dissipadas com a performance que a equipa exibiu praticamente durante todo o jogo. Apresentando um futebol personalizado, consciente, desinibido, ainda que com maior pendor defensivo, o FC Porto jogou taco a taco, olhos nos olhos, perante um adversário de muito bom nível apesar de desfalcado de unidades importantes (Bosingwa, Deco e Drogba). A partida acabaria por ser decidida nos detalhes. A menor eficácia do FC Porto acabou por ditar uma derrota algo imerecida.

Em alta competição não se podem cometer as falhas que os azuis e brancos teimam em repetir. Muitos passes para os adversários em locais proíbidos, alguma ingenuidade no sector mais adiantado e muita ineficácia. Apesar disto a equipa apresentou também momentos muito agradáveis, sinal que tais defeitos podem ser corrigidos com trabalho específico.

Helton, Álvaro Pereira, Guarín e Silvestre Varela (nos minutos que lhe foram dados) frubricaram as melhores exibições portistas.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A HORA DA VERDADE

O FC Porto vai ter amanhã o seu maior teste deste início de temporada. A deslocação a Stamford Bridge para a primeira jornada do Grupo D da Champions League, afigura-se de dificuldade máxima.

Como sabemos, os níveis de competitividade do campeonato inglês é incomparavelmente mais elevado que o português, pelo que se espera com naturalidade um maior ascendente dos britânicos.

Porém, a equipa azul e branca possui argumentos capazes de alterar a teoria e fazer uma gracinha, para inglês ver! Tudo depende do estado de espírito que os Dragões apresentarem. Nesta equipa vão jogar alguns jogadores que se vão estrear na prova, razão suficiente para acusarem alguma ansiedade.

Em cima disso, a verdade é que o FC Porto nunca ganhou em Inglaterra.

Por falar em verdades, o Chelsea nunca venceu a prova ao contrário do FC Porto que já o conseguiu por duas vezes.

São alguns pormenores que parodoxalmente se entrelaçam e contribuem para lançar no jogo uma grande dose de expectativa.

Jesualdo Ferreira convocou os seguinte jogadores: Helton, Nuno, Fucile, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Fernando, Belluschi, Raul Meireles, Guarín, Tomás Costa, Hulk, Falcao, Farías, Silvestre Varela e Cristian Rodriguez.

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: 1ª Jornada do Grupo D - Champions League
Equipas:Chelsea - FC Porto
Estádio: Stamford Bridge - Londres - Inglaterra
Árbitro: Konrad Plautz - Austria
Hora do jogo: 19:45 h
Transmissão: RTP1

sábado, 12 de setembro de 2009

MARCAR, DOMINAR, DESCANSAR E...EXAGERAR

FICHA DO JOGO


(Clicar no quadro para ampliar)

Frente a um Leixões, este ano nitidamente mais fraco, o FC Porto encarou a partida da melhor forma. Construiu uma exibição agradável, marcou cedo, dilatou o marcador com margem de segurança permitindo gerir a vantagem e o esforço, com vista ao próximo compromisso da Liga dos Campeões que é já na terça-feira em Inglaterra.

Mas teve um sério aviso logo no primeiro minuto, numa jogada bem delineada pelos matosinhenses que puseram à prova os reflexos de Helton, que numa vistosa estirada evitou o primeiro golo do desafio. Foi o canto do cisne leixonense na primeira parte, já que a turma orientada por Jesualdo Ferreira deu uma resposta cabal, levando o perigo à baliza do Leixões no minuto imediato num magnífico trabalho de Hulk ao qual correspondeu de forma não menos espectacular o jovem guardião Diego, que de resto se cotou como umas das melhores unidades em campo. Não fora o seu acerto e o resultado poderia ter tomado proporções escandalosas.

Imprimindo desde o principio, intensidade, dinâmica, inteligência e beleza estética, os Dragões lograram chegar ao golo aos 20' numa jogada conduzida pelo endiabrado Álvaro Pereira que foi à linha cruzar atrasado para na passada Silvestre Varela rematar com êxito.



O segundo não tardaria, mais uma vez obra do lateral esquerdo, que levou a bola até à área onde levou um toque de Laranjeiro que o fez tropeçar. O árbitro não hesitou e apontou a marca da grande penalidade. Chamado a marcar, Hulk não deu hipóteses. Bola para um lado guarda-redes para o outro.



A inspiração de Álvaro Pereira voltaria a dar os seu frutos. Bem desmarcado por Hulk, o uruguaio foi mais uma vez à linha, cruzou de pronto surgindo Raul Meireles a rematar na passada. Diego defendeu para a frente surgindo Rolando para facturar.



Mas os Dragões não se sentiam ainda satisfeitos. Aproveitando a desorientação evidente dos leixonenses, continuaram a carregar mas Diego ia adiando a goleada. Até que, aos 41 minutos, Fucile recuperou uma bola a meio campo, lançou à direita Hulk, venceu na raça a oposição do seu marcador directo, cruzou para o centro da área onde estava Falcao, que com insistência e alguma felicidade evitou primeiro um defesa e o guarda-redes e depois atirou para as redes.



O intervalo chegaria pouco depois e com ele o fim da boa prestação do FC Porto.

Jesualdo afirmou no flash-prevew que teria dado instrucções para que a equipa mantivesse o ritmo e a acutilância. A verdade é que a substituíção de Álvaro Pereira por Tomás Costa foi uma das razões pela qual o futebol portista não fluiu tão perfeitamente. Aos poucos, o FC Porto foi consentindo o crescimento do Leixões que para além de reduzir a diferença no resultado, criou alguns calafrios, ameaçando seriamente a baliza de Helton.

Lá se fizeram ouvir os assobiadores amantes de «ópera» a tempo inteiro , intolerantes a relaxes e poupanças de esforço. Não sou dos que assobio por entender que essa não é a minha função (mais condizente aos apoiantes adversários).

Embora compreenda que, com um resultado volumoso e um jogo da Liga dos Campeões no horizonte, seja natural um abrandamento de ritmo e a gestão do esforço, parece-me exagerado relaxar ao ponto de se expor como o FC Porto se expôs nos minutos finais. Não havia necessidade...


Os aspectos positivos deste jogo foram muitos: A robustez do resultado; o facto de ter sido conseguido no primeiro tempo permitindo gerir o esforço; a boa exibição de Álvaro Pereira que esteve ligado a três golos; o 4º golo de Falcao que desta forma consegue marcar consecutivamente nas quatro jornadas do campeonato. E já agora, o facto de Jesualdo Ferreira me ter feito um agrado, deixar o Mariano no banco!

Os aspectos mais negativos: A forma um tanto displicente como a equipa jogou os últimos 20 minutos da segunda parte; a fraca exibição de Valeri que não aproveitou a oportunidade, talvez pelo facto de ter entrado no período em que a equipa começava a tirar o pé do acelerador.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SEM STRESS, MAS COM PROFISSIONALISMO

Após interregno prolongado, para dar espaço aos jogos das selecções nos jogos de qualificação para o Mundial/2010, onde recorde-se, estiveram envolvidos dez jogadores do FC Porto (Beto, Fucile, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Álvaro Pereira, Raul Meireles, Guarín, Falcao e Cristian Rodriguez), a Liga Sagres vai reaparecer este fim de semana para cumprir a 4ª jornada, a que se seguirá o primeiro confronto europeu para a Champions League, dando início a um ciclo infernal para as nossas cores.

Os Dragões, encararam-no com toda a responsabilidade e profissionalismo, ao ponto de fretarem um avião para transportar os cinco Sul-americanos, minimizando incómodos e desgaste, permitindo ao mesmo tempo a antecipação da chegada bem como mais tempo quer de recuperação quer de integração nos trabalhos de preparação da equipa.

É tempo de gerir o plantel. Jesualdo Ferreira sabe-o melhor que ninguém. Ainda assim, convocou os jogadores nucleares do plantel para defrontar o Leixões:

Helton, Nuno, Fucile, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Fernando, Raul Meireles, Tomás Costa, Belluschi, Valeri, Mariano Gonzalez, Hulk, Falcão, Farías, Cristian Rodríguez e Varela.

EQUIPA PROVÁVEL


Jogo no Estádio do Dragão - Porto
Dia 12.09.2009 às 19:00 h
Árbitro: Vasco Santos - Associação de Futebol do Porto
Transmissão: SporTv 1

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CANDEIA ACESA, COM PAVIO CURTO


Numa exibição pouco mais que sofrível, Portugal lá conseguiu o tal golinho, apesar dos escassos remates que este jogo lhe proporcionou.

O futebol tem destas coisas. Contra a Dinamarca, foram necessárias 37 tentativas para fazer um golo, desta feita, frente à Hungria, quatro tentativas bastaram, sendo que à primeira deu golo.


Foi um jogo muito pobre, longe dos momentos de brilhantismo que os dois jogos frente à Dinamarca proporcionaram. Por culpa dos portugueses que se apresentaram com excessivos cuidados frente a uma formação sem capacidade ofensiva, que procurou tapar os espaços junto à sua baliza, dificultando a manobra ofensiva da equipa nacional que insistia nos cruzamentos para a área onde o guarda-redes magiar era dono e senhor. Teve o condão de marcar cedo, jogando depois para controlar a partida, retirando-lhe a beleza que dele se esperava.

Conseguiu a vitória, que era o que mais interessava para alimentar ainda uma pequena esperança de qualificação, mas patenteou medo e insegurança. Para jogar desta forma melhor será ficarmos pelo caminho.

Os três dragões utilizados tiveram rendimentos diferentes. Bem Bruno Alves, apesar de ter tido pouco trabalho, bem também Rolando nos poucos minutos que jogou, para ajudar a refrear as investidas finais da Hungria e discreto Raul Meireles que atravessa um momento de forma menos bom, à semelhança do que tem jogado no FC Porto. Portugal subiu ao terceiro lugar com os mesmos pontos da Hungria.

Jogo disputado no Puskás Ferenc Stadion, em Budapest - Hungria

Hungria 0 - Portugal 1

Ao intervalo: 0-1.

Marcador: 0-1, Pepe, 09 minutos.

Hungria: Gábor Babos, László Bodnár, Gábor Gyepes, Roland Juhász, Péter Halmosi, Pál Dárdai (Tamás Priskin 65), Balázs Tóth (Ákos Buzsáky 83), Szablocs Huszti (Tamás Hajnal 65), Krisztián Vadócz, Balázs Dzsudzsák e Sándor Torghelle.

Suplentes não utilizados: Gábor Király, Norbert Mészáros, Boldizsár Bodor e Csaba Fehér.

Portugal: Eduardo, Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Duda, Pepe, Raul Meireles, Tiago (Rolando 89), Deco (Simão 49), Cristiano Ronaldo e Liedson (Nani 82).

Suplentes não utilizados: Beto, Miguel Veloso, João Moutinho e Nuno Gomes.

Árbitro: Stepnahe Lannoy (França).

Acção disciplinar: cartão amarelo a Balázs Tóth (50), Pepe (69) e Duda (77).

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

VIRGÍLIO MENDES foi um dos jogadores que mais tempo esteve ao serviço do Clube: 17 anos, entre 1946 e 1963.


Foi campeão nacional em 1955/56 e 1958/59, conquistou por duas vezes a Taça de Portugal, em 1955/56 e 1957/58. Representou por 39 vezes a selecção nacional e chegou mesmo a ser o mais internacional dos jogadores portugueses. Em 28 de Junho de 1959, num Portugal-RDA, bateu o record, então pertencente a Travassos do Sporting. Nessa altura Virgílio completava 36 internacionalizações. Despediu-se num Jugoslávia-Portugal, em Belgrado, a 22 de Maio de 1960.

Virgílio Mendes veio do Entroncamento para o Porto ainda jovem. Ainda trabalhou como mecânico na fábrica Rost & Janus, antes de se tornar profissional de futebol. O seu espírito lutador e total entrega aos jogos, transformou-o num capitão natural da equipa do FC Porto e da selecção nacional.

Começou como avançado e o treinador Szabo gostou tanto das suas qualidades que viu nele o substituto do lendário Pinga. Contudo, foi a lateral direito que o atleta conheceu a glória. Esta deslocação de posição foi da autoria do treinador brasileiro Scoppeli.


Ficou conhecido como «O leão de Génova», quando num amigável frente à Itália se encarregou de marcar o mais perigoso avançado transalpino, de seu nome Carapelesse, anulando-o completamente.

Foi um dos mais notáveis defesas de sempre do futebol português.


Fontes: Revista Dragões; Figuras & Factos, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; Memorial FC Porto - 100 anos - Glórias, de Júlio Magalhães.

sábado, 5 de setembro de 2009

FORAM SÓ PROMESSAS!

A Selecção Nacional de futebol prosseguiu hoje a sua aptidão para desperdiçar a cada vez mais ténue possibilidade de estar presente na fase final do Mundial da modalidade.

No jogo frente à Dinamarca, que Portugal tinha de vencer, o resultado foi uma desilusão em função da produção de jogo conseguido. O empate final fica a saber a pouco mas castiga na perfeição a incrível incapacidade para concretizar oportunidades flagrantes, que não se desculpam a jogadores amadores quanto mais a profissionais de elite.

Entrou bem Portugal, forte, dominador, demonstrando muito querer para vencer a partida, mas acabou traído pela habitual incapacidade de dar seguimento ao melhor futebol e à maior capacidade técnica, falhando inexplicavelmente no essencial: marcar golos.

Não faltaram ocasiões para concretizar, mas os jogadores portugueses mostraram-se infantis, ingénuos e terrivelmente perdulários na hora do remate, sendo que alguns limitaram-se a fazer passes para o guarda-redes. Incrível.

Sabendo dessa dificuldade Carlos Queirós ainda recorreu ao luso-brasileiro Liedson, mas fez-lo tardiamente, ainda assim a tempo de garantir o empate, tornando o resultado menos injusto.


As exibições dos jogadores portistas (Bruno Alves e Raul Meireles) foram discretas, um pouco abaixo daquilo que são capazes. Beto, o terceiro elemento, não saíu do banco.

Talvez esteja na hora de, em desespero de causa, nacionalizar mais algum estrangeiro que dê algumas garantias! Não poderá ser o Cardozo, já que a «Maria Amélia» parece mais preocupada em ajeitar a fita do cabelo? Ou o Di Maria para substituir essa «avécula» do Simulão? Se calhar o melhor era optar definitivamente por uma equipa de naturalizados! Quem sabe se o Nicklas Bendtner, a troco de uns euros, não se importaria de aprender a cantar o hino nacional?

Se a tarefa já era difícil, tornou-se agora quase impossível. Portugal desceu ao 4º lugar, ficando cada vez mais longe do objectivo.

Apesar de tudo, mesmo com alguns jogadores que bem podiam ter ficado nos seus clubes, esta selecção joga mais futebol que as últimas do Scolari! Mas esse tinha um grande trunfo: A Nossa Senhora do Caravágio!

Agora resta-nos saír de cabeça erguida, ou seja, jogar sem pressão, jogar bem e se possível ganhar os jogos que faltam... até pode ser que aconteça algum milagre!


Jogo no Parken Stadion, em Copenhaga, Dinamarca

Dinamarca 1 Portugal 1

Ao intervalo: 1-0

Marcadores: Nicklas Bendtner (42') e Liedson (86')

Dinamarca: Stephan Andersen, Michael Silberbauer (William Kvist 66'), Anders Moller Christensen, Simon Kjaer, Lars Jacobsen, Christian Poulsen, Jakob Poulsen (Jesper Gronkjaer 89'), Denis Rommedahl, Martin Jorgensen (Hjalte Bo Norregaard 61'), Jon Dahl Tomasson e Nicklas Bendtner.

Suplentes não utilizados: Kim Christensen, Per Kroldrup, Lasse Schone e Soren Larsen.

Portugal: Eduardo, Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Duda, Pepe, Tiago (Liedson 46'), Raul Meireles (Nuno Gomes 81'), Deco, Simão (Nani 71') e Cristiano Ronaldo.

Suplentes não utilizados: Beto, Miguel, Rolando e Maniche.

Árbitro: Massimo Busacca (Suíça)

Acção disciplinar: Cartão amarelo a Liedson (48'), Simon Kjaer (60') e Stephan Andersen (88')

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DORES DE CABEÇA PARA JESUALDO?

Com a disponibilidade de Hulk, depois do castigo de dois jogos aplicada pela Comissão Disciplinar da Liga, que foram cumpridos nas partidas frente ao Nacional da Madeira e Naval 1ª de Maio, há quem preveja grandes dores de cabeça para Jesualdo Ferreira formar o trio atacante titular que irá defrontar o Leixões, no dia 12 de Setembro, próximo jogo do FC Porto na Liga Sagres.

A somar a esta disponibilidade acresce a recuperação de Cristian Rodriguez, que se não sofrer qualquer contrariedade ao serviço da sua selecção, estará mais próximo do seu ritmo e da boa forma, bem como a resposta positiva dada pelo trio atacante que foi também responsável pelas duas últimas vitórias: Mariano Gonzalez, Falcao e Silvestre Varela, não esquecendo naturalmente Ernesto Farías.

O técnico vai portanto ter de gerir estas questões, que poderão à primeira vista, parecer de difícil resolução.

Com tantos dias de intervalo, sempre propícias a novidades capazes de alterarem estes dados (qualquer impedimento de ordem física pode acontecer até lá) pode parecer prematuro qualquer tipo de análise. Contudo, partindo do princípio que nada se alterará e o Professor terá à disposição todo o plantel (com a excepção de Orlando Sá), posso perfeitamente ensaiar um pequeno exercício puramente especulativo.


Creio que a participação dos atletas nas diversas selecções, a sua condição física e o momento do regresso, serão determinantes. Sabemos que os Sul-americanos irão apresentar-se na véspera do jogo contra o Leixões, pelo que terão desde logo esse factor a jogar contra si, face ao desgaste das deslocações. Falcao e Cristian Rodriguez poderão estar em causa para esse jogo, pelo menos como titulares, tanto mais que o primeiro confronto da Liga dos Campeões estará já no horizonte.


Mariano Gonzalez, Hulk, Farías e Silvestre Varela parecem por isso partir com alguma vantagem.

Suspeito que Jesualdo será fiel à sua admiração «platónica» por Mariano, pelo que, apesar de divergente, não ousarei equacionar outra solução que não seja o da sua inclusão na equipa titular. Sobram assim três candidatos para dois lugares. Sendo certo que haverá todo o interesse em dar minutos a Hulk, depois do descanso forçado, quanto mais não seja para o rotinar para a jornada europeia, suponho que o professor não terá quaisquer dúvidas: Hulk e Varela.

Dores de cabeça? Talvez, mas das boas!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

BARRIGANA começou a sua carreira num clube já inexistente, o «Onze Unidos», do Montijo, tendo passado depois para o Sporting, sem nunca ter conseguido a titularidade. Transferiu-se para o FC Porto, com apenas 20 anos para ocupar o lugar de Bela Andrasik, um húngaro campeão na época de 1939/40 e desaparecido em circunstâncias nunca completamente esclarecidas.


Estreou-se contra a Sanjoanense, em 1941/42 no Campo da Constituição, em jogo particular, cujo resultado se cifrou numa expressiva vitória por 10-2.

Manteve a defesa das redes do Clube nos 14 anos seguintes, transformando-se numa espécie de lenda. Disputou 259 jogos do campeonato nacional, mas faltou-lhe vencer um título. O FC Porto atravessava um período menos bom e disso se ressentiram várias gerações de bons jogadores, entre os quais Frederico Barrigana. Curiosamente o título chegaria na época seguinte ao seu afastamento , já com Yustrich que não manifestara interesse em manter na baliza um atleta com 34 anos. A preferência foi para Acúrsio e Américo.


Apesar disso foi um ídolo para os adeptos portistas e figura nos compêndios do futebol nacional como um dos seus melhores guarda-redes.


Ficou conhecido como o «Mãos de ferro», alcunha que ganhou de um jornalista francês, num célebre França-Portugal, disputado em Paris. A nossa selecção foi derrotada por 3-0, mas Barrigana protagonizou uma exibição notável e memorável.

Era um daqueles que assustavam os avançados. Muito corajoso, não evitava choques e saía com muita decisão, arrojo e segurança aos cruzamentos ou aos pés dos adversários.

Treze vezes internacional, primeiro na Selecção B e mais tarde na Selecção principal, Barrigana acabou por relegar Azevedo do Sporting para seu suplente, o mesmo que lhe tapara a titularidade na equipa da capital, no jogo contra a Irlanda em 1949, de que Portugal saiu derrotado por 2-0.


Fontes: Revista Dragões; Livro de Ouro, do Diário de Notícias