Aqui fica a entrevista à SIC na integra.
Locução: Há menos de um mês prestou declarações no DIAP do Porto no âmbito de vários processos em que fez acusações graves. Quando foi chamada a depor Ana Maria contou o que sabia sobre o livro “Eu Carolina”:
AS: Eu tenho o original que me foi cedido pela mesma, comigo. Não estive de acordo, na íntegra no contexto geral.
Jornalista: Disse-me que tem o original. O original corresponde ao que se encontra nas livrarias?
Ana Salgado: Não, já sofreu alterações, muitas alterações.
J: Em que sentido essas alterações? Para prejudicar mais ou beneficiar mais alguém?
AS: Para beneficiar alguém, para prejudicar mais alguém, para omitir alguém, para...
J: Há situações que foram omitidas neste livro?
AS: Há. Disse-me uma ocasião que queria mostrar aquilo que era o Sr. Jorge Nuno e ridicularizá-lo. Eu disse...Carolina estás a ridicularizaste a ti própria!
J: Quem acha que tem interesse para além dela na publicação deste livro?
AS: Luís Filipe Vieira.
J: Porquê? Só porque é o presidente do Benfica?
AS: Não. Porque sei que esse senhor e também a jornalista Leonor Pinhão apoiaram a Carolina de certa forma para que o fizesse.
J: Mas foi testemunha de alguma situação nesse sentido ou a sua irmã contou-lhe alguma vez algo nesse sentido?
AS: Sim.
J: O que é que presenciou?
AS: A partir do momento em que a Carolina corre várias editoras aqui no norte, sem aceitação para a publicação do livro, aconselhou-se com alguém e alguém a fez chegar ao presidente do Benfica. Foi-lhe apresentada Teresa Coelho da editora D. Quixote que mais tarde, depois de ter falado com alguém superior a ela em Espanha pôs a Carolina ao corrente de que a situação era. Como é o primeiro lançamento e não há grandes... para já não havia patrocínios e não saberiam se o livro iria ser rentável ou não, houve alguém que fez uma encomenda de muitos exemplares e houve alguém que patrocinou a Carolina.
J: Então esse alguém foi Luís Filipe Vieira?
AS: Foi. Com um montante, posso-lhe dizer... porque sei, de vinte mil euros.
Locução: Ana Salgado contou também que há partes no livro sobre situações de corrupção desportiva que não surgem no original.
J: As alegadas influências que eram exercidas sobre árbitros por várias figuras do mundo do futebol, sobre isso a sua irmã nunca lhe contou nada?
AS: Não.
J: Teve conhecimento delas no Livro?
AS: Exactamente.
J: E algumas dessas situações foram adulteradas em relação ao original?
AS: Eu penso que sim. Mais uma vez para o próprio Sr. Jorge Nuno cair no ridículo. A questão que... a vontade que ela tinha era mesmo essa.
J: Portanto o que me está a dizer é que as alegadas situações de corrupção que envolvem Jorge Nuno Pinto da Costa no livro que está nas bancas não surgem no livro original?
AS: Não! Houve uma situação que me desagradou profundamente. A situação do envelope. Não o deveria ter feito. É mentira porque a Carolina não sabe o conteúdo do envelope. Podia ter sido um papel em branco. E essas acusações para além de serem muito graves é preciso prová-las. Eu penso que irá ser difícil para a Carolina provar essa situação.
Locução: Ana Maria refere-se ao depoimento da irmã que acusou o árbitro Augusto Duarte de ter recebido de Pinto da Costa um envelope com dois mil e quinhentos euros em dinheiro. As acusações da irmã de Carolina Salgado dirigem-se também para um elemento da PJ requisitado por Maria José Morgado para a equipa da procuradoria coordenadora do processo Apito Dourado.
AS: A Carolina, posso dizer que teve o apoio de uma pessoa, de um elemento da PJ que lhe fez saber quem eram as pessoas que lá estavam, para a mesma denunciar com mais exactidão e precisão e não errar, porque não convém, quem seriam as pessoas que estariam num dado suposto restaurante depois de um jogo de futebol.
J: Esse depoimento foi induzido por alguém da PJ do Porto?
AS: De Lisboa. Posso adiantar-lhe que essa pessoa deu boas informações à Carolina para se sair bem de toda esta situação. Posso dizer-lhe que esta mesma pessoa arranjou... orientou a Carolina de forma que vendesse o seu imóvel , o seu próprio carro para não ter de certa forma, ter de pagar por exemplo ao Dr. Lourenço Pinto.
J: Queixosos de processos.
AS: Exactamente, queixosos de processos... a partir do momento em que é nomeada a equipa da Dra. Maria José Morgado, essa pessoa está incluída nessa equipa.
J: Tem a noção da gravidade daquilo que está a dizer?
AS: Tenho, mas também tenho noção de que estou a dizer a verdade. Portanto não temo. Temo essas pessoas futuramente.
Locução: Ana Maria confirma aquilo que já foi admitido por Carolina Salgado. As agressões a Ricardo Bexiga partiram da ex-companheira de Pinto da Costa, mas sem o conhecimento do mesmo.
AS: Comentou comigo que o teria feito sem o Sr. Jorge Nuno saber,... com a ajuda de Fernando Madureira... e eu achei ridículo a minha irmã estar a gabar-se dessa situação.
J: Ela contou-lhe que agiu de livre... de modo próprio.
AS: Exactamente. Eu acabei de dizer que o Sr. Jorge Nuno ficou em casa, Carolina saiu para fazer as coisas sem ele saber, ou seja, reagiu... mais uma situação em que reage por impulso , por iniciativa própria a uma situação que não lhe diz respeito.
Locução: Ana Maria negou à SIC que Pinto da Costa tenha agredido Carolina no dia em que foi buscar um faqueiro a casa.
AS: O Sr. Jorge Nuno estava a levar as suas coisas de casa e não gostou. Eu ainda estava dentro do carro da Carolina quando vejo a Carolina a empurrar o Sr. Jorge Nuno que quase caía desamparado na relva do jardim e depois a ir ter com o funcionário do Sr. Jorge Nuno retirando-lhe o faqueiro, imediatamente o senhor atirou com faqueiro para o chão, e teve de segurá-lo obviamente, eu saí fora do carro e disse por amor de Deus tenham calma, a Carolina está descontrolada, a partir do momento em que ela continua aos gritos... a falar com as pessoas que ali estavam... e a partir do momento em que vi essa mesma pessoa também a defender-se da própria Carolina tentei afastá-los quando outra pessoa me puxou, caí no chão, segurou-me...e... quando...
J: Não foi agredida?
AS: Se fui agredida? Fui.
Locução: As irmãs gémeas estão neste momento de ralações cortadas. Ana Maria diz que aceitou falar à SIC porque o seu nome tem sido alvo de boatos e de ataques pela própria família.
J: Deram a entender que o seu depoimento teria sido encomendado.
AS: Por quem? Desconheço!
J: Não foi! Falou de livre vontade...
AS: Exactamente
j: Assim da mesma maneira que está agora aqui a falar connosco.
AS: E muito à vontade.
J: Não tem problemas... desculpe fazer-lhe a pergunta, mas o seu pai falou nisso, teria tendências bipolares...
AS: Tenho? Desconheço!
J: Teria problemas psiquiátricos...
AS: Tenho? Desconheço!
J: O seu pai disse isso. Só estou a perguntar porque o seu pai disse isso.
AS: Lamento. O meu depoimento ao MP foi simplesmente toda a verdade dos factos e possivelmente eles ficaram magoados com essa situação. Aquilo que é importante para mim é a minha consciência. Aquilo que outras pessoas possam pensar, nomeadamente o meu pai e a Carolina pouco ou nada me importa. Obviamente que me sinto incomodada com tudo aquilo que foi falado porque para além de ser mentira magoa.
PS.: Imagem copiada do blog Bicampeões do Mundo.
3 comentários:
Começam a cair as máscaras e a verdade a vir à tona. Mas não tenhamos ilusões, este depoimento não será levado a sério e será alvo de um branqueamento por parte dos media, que aliás já começou. A TVI nem noticiou, o Correio da Manhã, sempre com parangonas sobre o Apitou Dourado estranhamento - ou talvez não - deixou passar esta e a Morgadinha pouca importância lhe dará, porque o k interessa não é o apuramento da verdade, mas sim o linchamento público de Pinto da Costa.
É a Justiça que temos, infelizmente...
É como dizes, o que interessa a esses justiceiros de meia tigela é o linchamento de Pinto da Costa.
Estas declarações como outras escutas terão o mesmo destino... ABAFADO!
: Negócio com Mourinho envolve jornalista
Cunhado ataca Carolina
d.r.
Ana Maria e César Curado efectuaram denúncias contra Carolina Salgado no Ministério Público dos Juízos Criminais do Porto
O cunhado de Carolina, a ex-companheira do presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, também prestou depoimento nos serviços do Ministério Público (MP) dos Juízos Criminais do Porto.
E arrasou a irmã gémea da mulher, acusando-a, segundo o CM apurou junto de fontes judiciais, de ser impulsiva, irresponsável e egoísta.
De acordo com o depoimento efectuado na 3.ª Secção do MP a uma procuradora-adjunta, no dia 28 de Junho de 2007, César Curado, de 45 anos, terá dito que sempre foi a sua esposa, Ana Maria, quem tomou conta de Carolina Salgado, chegando a colocar em risco o próprio casamento e não dando atenção às filhas. E terá ainda acrescentado que Carolina vivia na sua casa até se mudar para a residência de Pinto da Costa e que aquela sempre o tentou separar da mulher.
César Curado assegura que Pinto da Costa sempre teve um excelente relacionamento com os filhos de Carolina Salgado – fruto de uma relação anterior – e que era mesmo tratado por “pai”. Adianta que, até à data em que prestou declarações no MP, desconhecia os motivos da separação.
O cunhado de Carolina Salgado terá admitido que era motorista do presidente do FC Porto e da cunhada, tendo-a transportado várias vezes a Lisboa para aquela se encontrar com os jornalistas Pedro Rita e Leonor Pinhão, para tratarem da venda da casa, carro e objectos de que, alegadamente, Carolina se havia apropriado.
César terá ainda denunciado ao MPv que era a jornalista Leonor Pinhão quem fazia a ponte entre o presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira e Carolina Salgado, confirmando, assim, as declarações prestadas à mesma procuradora pela sua esposa (um dia antes).
César Curado faz ainda referência a um valioso quadro que Carolina Salgado ofereceu ao presidente do Benfica – em troca do patrocínio do livro ‘Eu, Carolina’ – e que este terá devolvido posteriormente à cunhada. A obra regressou à posse de Pinto da Costa na passada semana.
O cunhado de Carolina terá também dito à procuradora que o interrogou que chegou a ver inspectores da PJ na casa daquela, mas que nunca ouviu as conversas. A rematar as declarações que prestou às autoridades, terá feito questão de salientar que a sua mulher, Ana Maria, sempre actuou com o propósito de ajudar a irmã.
Em declarações ao CM, Leonor Pinhão salientou que algo de grave se passou para que Ana Maria, que sempre esteve ao lado de Carolina, tenha mudado repentinamente de opinião e disse esperar que o MP proceda às respectivas investigações. Joaquim Salgado, pai das gémeas, afirma que Ana Maria precisa urgentemente de apoio médico.
REPÓRTER TAMBÉM INDICIADO
Pedro Rita, actual repórter do ‘Diário de Notícias’, é uma das figuras centrais nas queixas efectuadas ao Ministério Público por Ana Maria e César Curado. Terá sido acusado de mediar um negócio entre Mourinho e Carolina – para que a ex-companheira de Pinto da Costa retirasse do livro que publicou qualquer referência ao seu nome.
É ainda referido por pretender ser assessor de Imprensa de Carolina e, ainda, de ter alegadamente tentado subornar o empresário Jorge Mendes com um quadro. Segundo o casal, o jornalista era visita assídua da casa de Carolina e terá mesmo servido de “conselheiro” em algumas declarações por ela proferidas publicamente. O CM tentou ontem obter uma reacção às alegadas acusações que lhe são imputadas pela irmã e cunhado de Carolina Salgado, mas Pedro Rita não atendeu o telemóvel.
APONTAMENTOS
SEM PROCESSO
Luís Filipe Vieira, presidente do Sport Lisboa e Benfica, não vai processar Ana Maria, garantiu ao CM fonte do clube encarnado. Sobre o seu envolvimento no lançamento do livro ‘Eu, Carolina’, Vieira limita-se a afirmar que se trata de “um problema pessoal de Pinto da Costa com a Justiça”. O dirigente diz confiar no sistema judicial para o apuramento da verdade.
INDEPENDENTE
As denúncias efectuadas por Ana Maria e o marido, César Curado, deram origem a um processo que corre termos na 3.ª Secção do Departamento de Investigação e Acção Penal dos Juízos Criminais do Porto. Como envolvem alegadas queixas contra elementos da equipa especial criada para investigar o ‘Apito Dourado’, liderada pela procuradora Maria José Morgado, será tratado de forma independente. A magistrada já fez saber que vai processar os autores de tais denúncias.
Correio da Manhã
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