domingo, 26 de outubro de 2008

GRANDE LIÇÃO DE EFICÁCIA!


FICHA DO JOGO

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Concretizar ou não, eis a questão!

É no fundo a grande lição a recolher do que se passou no Dragão. De um lado uma equipa laboriosa, mal a defender, com vontade de ganhar, pouco discernida, porfiada nas acções ofensivas mas demasiado perdulária. Do outro uma equipa unida, coesa, paciente, solidária e sobretudo eficaz.

O Leixões foi mesmo um justo vencedor pois soube explanar em campo um futebol bem elaborado, com os seus jogadores bem posicionados, a trocarem muito bem a bola, com a lição bem estudada, sabendo que a natural menor posse de bola teria de ser rentabilizada o melhor possível. E foi assim mesmo. Logo aos três minutos, aproveitando a passividade da defesa portista Bruno China introduziu a bola nas redes azuis e brancas sem apelo nem agravo.

Estavam abertas as hostilidades apesar de haver muito tempo pela frente. Só que as fragilidades ofensivas dos bicampeões mais uma vez vieram ao de cima com Lucho Gonzalez e Rodriguez a acumular passes transviados prejudicando a manobra da equipa à procura do golo do empate, que poderia ter surgido primeiro por Lisandro e mais tarde por Rolando que não atinaram com a baliza. Lino começava a demonstrar algum nervosismo alinhando num churrilho de cruzamentos ora para fora ora demasiado compridos.

A máxima do futebol de que quem não marca sofre voltou a cumprir-se ao minuto 29 com Braga, um dos melhores jogadores em campo, depois de uma troca de bola entre quatro jogadores leixonenses a aparecer livre de marcação solto na área para com um remate certeiro bater Nuno pela segunda vez.

Hulk ainda fez ressurgir a esperança da recuperação quando se viu travado em falta na área de rigor, com o àrbitro do encontro a assinalar prontamente a falta merecedora de grande penalidade que Lucho Gonzalez converteu.

Veio a segunda parte e o FC Porto voltou a carregar no acelarador. Era necessário correr atrás do prejuízo e foi isso que aconteceu. Lisandro Lopez, lançado pela esquerda por Tomás Costa, driblou um adversário fletiu para a baliza e desferiu remate certeiro, colocando o marcador em igualdade a dois golos e fazendo renascer a esperança na reviravolta no marcador.

O Leixões não se desuniu e continuou a praticar o seu futebol certinho a defender e a explorar o contra-ataque, mais facilitado pelas alterações que Jesualdo promoveu. Já tinha saído Lino aos 31' com a sua posição a ser ocupada por Tomás Costa e aos 63' também Sapunaru deu o lugar a Mariano Gonzalez que se foi colocar à esquerda derivando o compatriota para a direita. Uma defesa mesmo a jeito para o que viria a seguir. Primeiro Zé Manel a aparecer isolado e a bater Nuno com o árbitro auxiliar a levantar a bandeirola assinalando fora de jogo que não existiu e mais tarde Braga a aproveitar um ressalto de bola que o apanhou em posição frontal livre de marcação, perto do semi-círculo, desferindo um soberbo remate que não deu hipóteses a Nuno.

Foi o balde de água gelada a cair sob as hostes portistas. A eficácia leixonense a marcar pontos enquanto os Dragões voltavam a desperdiçar por Lucho Gonzalez aos 88' uma derradeira oportunidade com a bola a esbarrar no poste da baliza de Beto.

Tomás Costa foi para mim o melhor portista, num conjunto de exibições modestas a denotar um momento preocupante de forma.

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Não teremos uma grande equipa, um plantel de muita qualidade, não jogamos muito, ontem, mas se o Jesualdo não fizesse coisas de alguém que está completamente desorientado - Mariano no lado esquerdo da defesa -, não andavamos hoje envergonhados.
Um abraço

Dragaopentacampeao disse...

É verdade que Jesualdo inventou, inventa e continuará a inventar.

Mesmo assim é bicampeão nacional!

Não sou grande apreciador do Professor, no entanto no jogo de ontem, apesar de todos os erros que se lhe podem imputar, não foi ele que falhou os golos que se falharam e não foi ele que atirou ao poste.

Com maior percentagem de eficácia e se calhar ninguém o estaria a por em causa.

Mas concordo que Jesualdo tem os seus protegidos (há quem lhe chame fetiches) que tem que colocar sempre, nem que seja a defesa esquerdo!

Um abraço