É suposto, especialmente nos regimes democráticos, que a Comunicação Social se identifique e se reja pelo código deontológico, pela seriedade, pela verdade e também pela isenção.
Contudo, talvez fruto de vícios enraizados que se refinaram nos tempos da "outra senhora" somados a "outros" interesses e paixões inconfessáveis de que alguns jamais se conseguirão libertar, a CS está hoje cada vez mais longe de cumprir a sua função.
Soa já a ridículo a forma descarada com que selecciona e trata as notícias, ao sabor dos interesses editoriais, normalmente conotados com aspectos financeiros que as maiores tiragens ou audiências lhes proporcionam, indo ao encontro do interesse das maiorias, nem que para isso tenham de atropelar sem escrúpulos o seu código de conduta.
É infelizmente o estado actual em que se encontra a CS em geral e a desportiva em particular, em consonância com o do país, que após 35 anos da revolução dos cravos ainda não aprendeu a assumir a democracia plena.
É desconfortante e até revoltante ser todos os dias confrontado com as «paranóias» dos jornais desportivos, sempre diligentes para os clubes de Lisboa, transformando em notícias de primeira página as vulgaridades que por esses clubes vai acontecendo, ignorando ou minimizando proezas de outros. Aliás a mesma deferência para com estes só costuma ser realçada por motivos que visem denegrir a sua imagem.
No audio-visual então é sintomático. Se o aspecto tendencioso das TV's privadas é reprovável, nas do Estado é inadmíssivel. Nestas, o dever cívico deve ser uma constante. Mas não é.
Recentemente a RTP divorciou-se uma vez mais da sua obrigação, ignorando a importância da cobertura televisiva da fase final do Campeonato Nacional de Hoquei em patins.
Uma falha imperdoável já que se trata de uma modalidade querida pelos portugueses, que recordo é a que mais títulos mundiais e europeus proporcionou ao país. Talvez porque as equipas em presença não eram as que gostavam que fossem!
Há uns meses atrás, alguns jornalistas desportivos defenderam a possibilidade da Liga Profissional de Futebol, recorrer ao serviço de árbitros estrangeiros, face às prestações pouco felizes dos nacionais!
Não será defensável recorrer a jornalistas estrangeiros para tentar corrigir o déficit de isenção que pulula na CS?
Contudo, talvez fruto de vícios enraizados que se refinaram nos tempos da "outra senhora" somados a "outros" interesses e paixões inconfessáveis de que alguns jamais se conseguirão libertar, a CS está hoje cada vez mais longe de cumprir a sua função.
Soa já a ridículo a forma descarada com que selecciona e trata as notícias, ao sabor dos interesses editoriais, normalmente conotados com aspectos financeiros que as maiores tiragens ou audiências lhes proporcionam, indo ao encontro do interesse das maiorias, nem que para isso tenham de atropelar sem escrúpulos o seu código de conduta.
É infelizmente o estado actual em que se encontra a CS em geral e a desportiva em particular, em consonância com o do país, que após 35 anos da revolução dos cravos ainda não aprendeu a assumir a democracia plena.
É desconfortante e até revoltante ser todos os dias confrontado com as «paranóias» dos jornais desportivos, sempre diligentes para os clubes de Lisboa, transformando em notícias de primeira página as vulgaridades que por esses clubes vai acontecendo, ignorando ou minimizando proezas de outros. Aliás a mesma deferência para com estes só costuma ser realçada por motivos que visem denegrir a sua imagem.
No audio-visual então é sintomático. Se o aspecto tendencioso das TV's privadas é reprovável, nas do Estado é inadmíssivel. Nestas, o dever cívico deve ser uma constante. Mas não é.
Recentemente a RTP divorciou-se uma vez mais da sua obrigação, ignorando a importância da cobertura televisiva da fase final do Campeonato Nacional de Hoquei em patins.
Uma falha imperdoável já que se trata de uma modalidade querida pelos portugueses, que recordo é a que mais títulos mundiais e europeus proporcionou ao país. Talvez porque as equipas em presença não eram as que gostavam que fossem!
Há uns meses atrás, alguns jornalistas desportivos defenderam a possibilidade da Liga Profissional de Futebol, recorrer ao serviço de árbitros estrangeiros, face às prestações pouco felizes dos nacionais!
Não será defensável recorrer a jornalistas estrangeiros para tentar corrigir o déficit de isenção que pulula na CS?
3 comentários:
Excelente texto. Parabéns.
... E lembram-se da edição do "Record" que, depois de uma importante vitória do FC Porto na Liga dos Campeões, apresentou uma 1.ª página totalmente dedicada... aos 2 golos de Mantorras num treino dos "infiéis"?!!! É bem elucidativo...
Estou a assistir ao programa Tempo Extra de hoje e mais uma vez não resisto a reagir a mais uma pérola do «esperto» (não confundir com expert)o Rui Santos que acaba de concluir, com aquele seu ar característico de quem descobriu a pólvora, que a culpa do treinador Jorge Jesus ainda não ter assinado com o Benfica é culpa do FC Porto.
«Jorge Jesus era o treinador do FC Porto, temos de o dizer sem sofismas», afirmou, «por isso procura retardar ao máximo a sua saída para o Benfica».
É extraordinário que este craque do jornalismo, prototipo da CS espelhada no meu texto, faça esta revelação, por um conjunto de razões:
1º - Jorge Jesus é treinador do Braga;
2º - O treinador do FC Porto é Jesualdo Ferreira que acaba de se sagrar Tricampeão e contribuir para o Tetra;
3º - Ainda há muito poucas semanas insinuava que Porto e Sporting estariam a preparar a troca de treinadores (Bento no Porto e Jesualdo no Sporting);
4º - A situação de Jorge Jesus não ficaria imediatamente resolvida se os lampiões pagassem a verba de indemnização a que o Braga tem direito?
Este tipo de conclusões só reforçam este meu post.
Reforço os parabéns ao meu comentário de Anónimo. E acrescento: o Rui Santos é um cretino. Nem vale a pena gastar palavras com tal "inteligência sabuja".
Um grande abraço.
Fernando Moreira - Vila Real
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