PEDROTO profundo admirador de Pinga, a quem espiolhou até ao infimo pormenor, aos poucos foi firmando destreza no trato com a bola. O treinador François Gutka acolheu-o nos infantis do FC Porto. Passou pelos juniores do Leixões. Ao abrigo da lei militar, jogou no Vila Real de Santo António, onde se notabilizou em desafios contra o Sporting.
À compita, Belenenses, Benfica, Guimarães, Setúbal, Académica e FC Porto tentaram seduzi-lo oferecendo verbas avultadas para a época. Decidiu-se pelo Belenenses a troco de 25 mil escudos.
Em Belém nascia um astro. Os responsáveis portistas, sempre atentos, não descansaram enquanto não o vestiram com o emblema do Dragão. Para tal tiveram que desembolsar a verba, no maior contrato até então acordado em Portugal: 500 contos! Foi em 1952. O FC Porto estava a construir uma grande equipa que viria finalmente a quebrar um jejum de muitos anos.
Em 1955/56, comandada por Dorival Yustrich, a equipa do FC Porto conquista o Campeonato nacional e a Taça de Portugal. José Maria Pedroto foi uma das principais figuras da equipa. Voltaria a ser campeão em 1958/59, com Bella Guttmann.
Centro campista de grande qualidade, vestiu a camisola das quinas por 17 vezes.
Em 1960, Pedroto torna-se o primeiro treinador português com curso superior. Foi um treinador com excelentes capacidades técnicas associadas a um discurso agressivo, sempre pronto a enfrentar sem papas na língua o poder instituído quer da FPF, quer da Comunicação Social, que tal como hoje endeusava os clubes da 2ª circular.
Enquanto treinador, continuou a evidenciar-se nos estudos, obtendo uma brilhante classificação num curso de treinadores, efectuado em França. Estes resultados, aliados ao bom desmpenho nas camadas jovens do FC Porto, levaram-no ao posto de treinador da selecção nacional de juniores.
Com Pedroto ao «leme», Portugal conquistou o seu primeiro título europeu. Com Pinto da Costa como Director do Futebol profissional do FC Porto, José Maria Pedroto organizou o departamento e vocacionou-o para o grande Clube mundial que é hoje.
Em Belém nascia um astro. Os responsáveis portistas, sempre atentos, não descansaram enquanto não o vestiram com o emblema do Dragão. Para tal tiveram que desembolsar a verba, no maior contrato até então acordado em Portugal: 500 contos! Foi em 1952. O FC Porto estava a construir uma grande equipa que viria finalmente a quebrar um jejum de muitos anos.
Em 1955/56, comandada por Dorival Yustrich, a equipa do FC Porto conquista o Campeonato nacional e a Taça de Portugal. José Maria Pedroto foi uma das principais figuras da equipa. Voltaria a ser campeão em 1958/59, com Bella Guttmann.
Centro campista de grande qualidade, vestiu a camisola das quinas por 17 vezes.
Em 1960, Pedroto torna-se o primeiro treinador português com curso superior. Foi um treinador com excelentes capacidades técnicas associadas a um discurso agressivo, sempre pronto a enfrentar sem papas na língua o poder instituído quer da FPF, quer da Comunicação Social, que tal como hoje endeusava os clubes da 2ª circular.
Enquanto treinador, continuou a evidenciar-se nos estudos, obtendo uma brilhante classificação num curso de treinadores, efectuado em França. Estes resultados, aliados ao bom desmpenho nas camadas jovens do FC Porto, levaram-no ao posto de treinador da selecção nacional de juniores.
Com Pedroto ao «leme», Portugal conquistou o seu primeiro título europeu. Com Pinto da Costa como Director do Futebol profissional do FC Porto, José Maria Pedroto organizou o departamento e vocacionou-o para o grande Clube mundial que é hoje.
Fontes:Baú de Memórias, de Rui Anjos; Revista Dragões
4 comentários:
A história mal contada de uma “testemunha normal”
«Maria José Morgado garantiu, ontem, quarta-feira, que Carolina Salgado foi tratada como uma "testemunha normal" no Apito Dourado e revelou-se ofendida com a acusação de que a equipa especial de investigação por si liderada manipulou depoimentos.
Em causa estão declarações prestadas pela irmã gémea de Carolina ao Ministério Público do Porto, em Junho de 2007, aludindo a alegadas "cumplicidades" entre elementos da equipa especial de investigação do Apito Dourado e a ex-companheira de Pinto da Costa. Ana Salgado alegara que Maria José Morgado, na altura coordenadora da referida equipa, telefonava a Carolina para informá-la sempre que era deduzida uma acusação e para "dar-lhe força para continuar". E que o inspector da PJ Sérgio Bagulho, integrante da mesma unidade, teria "treinado" aquela testemunha.
Ontem, no início do julgamento de Ana Salgado - que responde por dois crimes de difamação agravada - a procuradora-geral adjunta rejeitou todas as insinuações, sublinhando que foi posta em causa a sua "honra profissional", bem como a de toda a equipa que liderou. "Nunca telefonei a Carolina Salgado", frisou a magistrada, revelando que o único contacto entre as duas, além do que tinha havido na sede da equipa especial, na primeira inquirição, foi estabelecido por iniciativa da ex-companheira de Pinto da Costa e nada teve a ver com os processos.
"Telefonou-me por razões humanitárias. Disse estar desesperada, com medo de ficar de repente na rua, sem casa, nem bens. Na altura, falei-lhe à pressa, porque estava a caminho da piscina. Disse-lhe para ter calma, que se houvesse algum processo cível ela poderia contestar. Só falei com ela por consideração ao Sérgio Bagulho (a quem Carolina tinha levantado a questão)", afirmou Morgado. Em causa estariam partilhas após a separação de Carolina e do presidente do F.C. Porto.
Quanto à acusação de manipulação de depoimentos, a magistrada afirmou que "não tem cabimento", lembrando que as declarações daquela testemunha, na reabertura dos processos, coincidiram com as que já tinha prestado em ocasiões anteriores.
Questionada sobre o facto de Carolina ter sido inquirida muitas vezes na própria residência, Morgado explicou que tal se deveu à necessidade de "evitar o circo mediático e fugas de informação", lembrando, também, que Carolina recebia protecção policial, por ter sido vítima de ameaças e alegadas perseguições.»
in JN, 01/10/2009
Mesmo fazendo um esforço para acreditar na versão de Maria José Morgado (MJM), as suas declarações suscitam-me um conjunto de interrogações.
É habitual uma "testemunha normal" ter acesso ao número de telemóvel da procuradora-geral adjunta?
É habitual os inspectores da PJ meterem “cunhas” para que a procuradora-geral adjunta atenda telefonemas de "testemunhas normais", ou este caso foi uma excepção aberta por MJM por o inspector da PJ ser o senhor Sérgio Bagulho e a testemunha ser a dona Carolina?
É habitual que inspectores da PJ e a procuradora-geral adjunta se preocupem com problemas pessoais das "testemunhas normais" que, segundo a própria MJM, nada tinham a ver com os processos?
É habitual o Ministério Público inquirir as "testemunhas normais", ou arguidos, na sua própria residência, para "evitar o circo mediático”? Foi isso que aconteceu, por exemplo, com Valentim Loureiro, Carlos Cruz, Paulo Pedroso ou Oliveira e Costa?
Evidentemente, está por nascer o jornalista português com coragem para fazer estas perguntas à toda poderosa procuradora-geral adjunta e suspeito que mesmo que fossem feitas ficariam sem resposta.
Do reflexãoportista
Diferendo com a Euroárea
Câmara de Lisboa salva Benfica
Por Graça Rosendo
A Câmara Municipal de Lisboa aprovou o projecto do Benfica para a Urbanização Sul, na zona do Estádio da Luz, que tinha estado na origem de um dos diferendos do clube com a Euroárea, avança a edição do SOL desta sexta-feira
Com esta decisão, caem por terra os argumentos invocados por esta empresa para executar o clube judicialmente por causa de uma dívida no valor de 2,5 milhões de euros. A Euroárea comunicara ao Benfica, em Julho, que ia executar a letra por não terem sido cumpridos os prazos do acordo estabelecido com o clube para pagar essa dívida. Nesse acordo, estava incluído o compromisso de o Benfica conseguir da CML um aumento da capacidade construtiva na referida Urbanização Sul.
O clube levou a proposta à Câmara em Junho, que a chumbou. Mas no dia 31 de Julho, na última sessão antes de férias, e na sequência de uma reclamação do Benfica, a proposta foi de novo sujeita a votação e acabou por ser aprovada – com os votos favoráveis de todos os vereadores socialistas e dos independentes eleitos na lista de Carmona Rodrigues.
"Sol"
02 Outubro 2009 - 00h30
Autarquia: Para fazer face aos encargos foi obtido crédito no Grupo BPN
Acordo com clubes asfixia EPUL
Os compromissos da EPUL com o Benfica e o Sporting, resultantes do acordo da Câmara de Lisboa com aqueles clubes durante a presidência de Santana Lopes, “colocaram aquela empresa sob grande pressão de necessidades financeiras”, revela um documento assinado pelo então vereador Fontão de Carvalho. Com esses compromissos, a EPUL, que já tinha uma dívida bancária de 60 milhões de euros em 2003, ficou a necessitar de liquidez para encargos “com o Benfica e Sporting nos valores aproximados de 50 milhões de euros e 10 milhões de euros, respectivamente, e de satisfação a curto prazo”, diz carta de Sequeira Braga, ex-líder da EPUL, à vereadora Maria Teresa Maury.
Fique a saber todos os pormenores na edição de sexta-feira do jornal 'Correio da Manhã'.
Sábado, 3 de Outubro de 2009
A CM Lisboa e o clube do regime
«A Câmara Municipal de Lisboa aprovou o projecto do Benfica para a Urbanização Sul, na zona do Estádio da Luz, que tinha estado na origem de um dos diferendos do clube com a Euroárea.
Com esta decisão, caem por terra os argumentos invocados por esta empresa para executar o clube judicialmente por causa de uma dívida no valor de 2,5 milhões de euros. A Euroárea comunicara ao Benfica, em Julho, que ia executar a letra por não terem sido cumpridos os prazos do acordo estabelecido com o clube para pagar essa dívida. Nesse acordo, estava incluído o compromisso de o Benfica conseguir da CML um aumento da capacidade construtiva na referida Urbanização Sul.
O clube levou a proposta à Câmara em Junho, que a chumbou. Mas no dia 31 de Julho, na última sessão antes de férias, e na sequência de uma reclamação do Benfica, a proposta foi de novo sujeita a votação e acabou por ser aprovada – com os votos favoráveis de todos os vereadores socialistas e dos independentes eleitos na lista de Carmona Rodrigues.»
in SOL, 02/10/2009
Já tinha falado sobre este assunto aqui.
Entretanto, as negociatas envolvendo a Câmara de Lisboa e os clubes da 2ª circular não se ficam por aqui. O envolvimento da EPUL (empresa municipal detida a 100% pela CM Lisboa) já era conhecido, o que não se sabia é que as negociatas tinham sido tão calamitosas para o erário e interesse público.
«Os compromissos da EPUL com o Benfica e o Sporting, resultantes do acordo da Câmara de Lisboa com aqueles clubes durante a presidência de Santana Lopes, “colocaram aquela empresa sob grande pressão de necessidades financeiras”, revela um documento assinado pelo então vereador Fontão de Carvalho. Com esses compromissos, a EPUL, que já tinha uma dívida bancária de 60 milhões de euros em 2003, ficou a necessitar de liquidez para encargos “com o Benfica e Sporting nos valores aproximados de 50 milhões de euros e 10 milhões de euros, respectivamente, e de satisfação a curto prazo”, diz carta de Sequeira Braga, ex-líder da EPUL, à vereadora Maria Teresa Maury.»
in Correio da Manhã, 02/10/2009
Santana Lopes ou António Costa é irrelevante. A mama para o clube do regime é inesgotável.
in reflexãoportista
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