Convidou muito justamente os heróis de Viena e aproveitou para alargar essa homenagem às modalidades que somaram títulos nesta época: Equipa profissional de futebol bicampeã nacional, equipa de hóquei em patins hexacampeã nacional, equipas de andebol e basquetebol vencedoras da taça de Portugal.
Foram momentos emocionantes que ficarão marcados para quem os viveu.
Não resisto a deixar algumas declarações:
Rabah Madjer:
Paulo Futre:
Juary:
«Ao pisar a relva do estádio só pensei "que pena não poder jogar hoje". Foi maravilhoso abraçar todos estes amigos. A única tristeza foi não poder reencontrar o Zé Beto, que já não está entre nós. Como foi Viena? Estivemos tensos durante 45 minutos. Estava no banco e só sentia raiva, muita raiva. Uma equipa como a nossa não podia jogar daquela forma. Parecia que estávamos com medo. Mas ao intervalo o Artur Jorge deu duas ou três palavras e percebemos que era a última oportunidade que tínhamos de entrar para a história do futebol mundial. Eu vinha de uma lesão, mas duas semanas antes o Artur Jorge veio ter comigo e disse-me "prepara-te que eu vou precisar de ti"».
Artur Jorge:
Ausentes apenas Jozsef Mlynarczyck, Augusto Inácio, Elói, Jaime Pacheco, Walter Casagrande e Zé Beto, a mais dura das faltas. O guarda-redes suplente no jogo de Viena, falecido três anos mais tarde, em 1990, num terrível acidente de viação. A sua fotografia também foi projectada nos écrans gigantes do estádio e o público irrompeu num longo tributo.
Depois, como já disse o momento foi de homenagear os campeões nacionais e vencedores das taças.
Em palcos montados para o efeito um a um os atletas foram ouvindo o seu nome e as ovações dos presentes.
No final da cerimónia foi o momento de dar o gosto ao pé.
Devidamente pintados os jogadores do Porto subiram ao relvado para defrontarem o Leixões, também eles campeões nacionais, da Liga de Honra.
Boa presença de adeptos leixonenses, muito correctos e entusiastas com uma faixa que dizia: EIS A LEI DO MAIS FORTE: OS CAMPEÕES ESTÃO NO NORTE
Sobre o jogo não vou tecer comentários, apenas dizer que a vitória por 1-0 foi um resultado normal, numa noite em que o mais importante já tinha acontecido.
Destaque ainda para a tremenda ovação a Vítor Baía, no momento da sua substituição e para a entrada de Pedro Emanuel que recebera a braçadeira de capitão de Baía.
Muito lindo e emocionante!
2 comentários:
Já começam a vender os melhores, assim não vamos longe.
Lá se foi o Anderson, a seguir vai o Quaresma e depois o Pepe.
política de avestruz.
Tal como no passado recente, entram sem títulos e saem campeões.
É essa a vocação deste clube, valoriza-los.
Vão uns, outros virão para cumprir o seu destino.
Neste país de pequena dimensão nunca seremos "tubarões", pelo que só nos resta acolher algumas potenciais estrelas e prepará-las para outros campeonatos.
Enquanto esta política nos for garantindo títulos, não nos podemos queixar. De resto, ser montra privilegiada do futebol de elite é já um bom motivo para atrair talentos com vontade de se tornarem estrelas.
Há quem gostaria de ter esta vocação!
Devemos ser realistas.
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