Depois de uma ausência de cerca de uma semana, acredito que tenha passado pela mente dos habituais visitantes deste blog, que a "força" que tem abafado certo apito me tenha conseguído abafar também!
Mas não, férias são férias e por isso o silêncio!
De regresso, e porque sei que transferências do meu clube estão a ser alvo de investigação achei que vinha a propósito o célebre caso Mantorras, que depois de alguma investigação parece ter sido... ABAFADO!
Mas não, férias são férias e por isso o silêncio!
De regresso, e porque sei que transferências do meu clube estão a ser alvo de investigação achei que vinha a propósito o célebre caso Mantorras, que depois de alguma investigação parece ter sido... ABAFADO!
2007-01-28 - 00:00:00 Correio da Manhã
Luís Filipe Vieira nas mãos do Ministério Público
O também empresário de jogadores Paulo Barbosa chegou a ser suspeito, mas o relatório da PJ, enviado no início de Janeiro para o MP, não lhe imputa qualquer responsabilidade criminal.
Quanto a Vieira, fonte da investigação adiantou ao CM que a PJ reuniu prova testemunhal sobre o seu envolvimento, pelo que propôs ao MP que na eventualidade de ser acusado o fosse pelo crime de fraude fiscal, em comparticipação com Jorge Manuel Mendes. Vieira e Mendes eram sócios da empresa que foi responsável pela transferência do jogador, do Zambizanga (Angola) para o Alverca, por um milhão de euros.
Segundo a mesma fonte, a situação de Jorge Manuel Mendes é “diferente”, dado que a PJ conseguiu reunir prova testemunhal e documental suficiente para que venha a ser acusado de fraude fiscal.
A PJ reuniu provas documentais – com buscas à sede do Alverca e escritórios do empresário – e testemunhais, depois de ouvir Paulo Barbosa, Luís Filipe Vieira e Jorge Manuel Mendes.
Pedro Mantorras chegou ao Benfica em 2001, tendo o clube pago cinco milhões de euros por metade do passe. A direcção do Alverca, no entanto, assegura que essa verba não entrou nos cofres da equipa ribatejana.
Durante a transferência, Luís Filipe Vieira surge inicialmente como vendedor, enquanto presidente do Alverca, e depois como comprador, quando tomou posse como gestor do futebol do clube da Luz.
2 comentários:
Pois, é um daqueles casos caidos no esquecimento da comunicação social. Porque será, se atendermos ao facto de segundo a mesma comunicaçao social ter dito k o Orelhas era arguido?
E o que dizer da ética do vendedor k, num golpe de mágica, se transformou em comprador?
O benfica no seu melhor...sempre "transparente"!
A mulher triste
Clara Ferreira Alves (Diário Digital)
“Maria José Morgado deu uma entrevista ao EXPRESSO na qual se confessa. É um depoimento pessoal, de uma mulher profundamente triste que afirma nunca se ter interessado pela vida porque sempre se interessou pela utopia. É um retrato de alguém que se consagrou a essa abstracção chamada partido.
Nasceu em África, Angola, mas «a minha infância não tem nenhuma importância objectiva». Se tivesse nascido em Lisboa era igual. «A terra encarnada ou os pôres-do-sol de fogo são memórias fúteis, muito boas para romances e notavelmente aproveitadas pelo Lobo Antunes». Mas «tudo isso é dispensável, não me traz saudades». «As recordações tristes para mim são boas porque são as mais intensas». «Em Luanda havia bailes, ia-se à praia, nada disso me agradava».
A relação com o MRPP, para onde recrutou Durão Barroso, é definida como uma relação exclusiva, que considera o amor uma «fraqueza», onde o romantismo «era contra a moral proletária», o sentimento pelo marido (outro militante) como «fazendo parte da militância e não como uma paixão tradicional» e os sentimentos como «coisas que se constroem». O amor era um desvio pequeno-burguês. O corpo era «uma fraqueza» e tinha de ser abandonado. Lia-se obrigatoriamente Marx, Lenine, Estaline, Mao Tsé-Tung e Engels. «Aquilo tinha uma mística!».
Ela era conhecida por Mizé Tung, sempre pronta para a pancada. A coragem era uma consequência do sentido de missão, «uma obrigação», e não são admitidas vacilações. Só falavam «dos assuntos da revolução e do partido». O quotidiano da relação com o actual marido era sem tempo e por isso ficavam na mesma casa sendo era raro encontrarem-se. Porque «tínhamos ambos tarefas a cumprir».
Quando ela rompeu com o partido, por causa do marido, Saldanha Sanches, ter rompido, diz: «o mundo abateu-se sobre mim». «O partido era a única razão de ser da minha existência. Não tinha outros interesses nem outros valores. Tive de renascer depois disso». Atirou-se ao jogging «para não enlouquecer». Agora também pratica natação, que ela acha «hedonista». Antes disso, a dedicação ao partido deu-lhe, confessa, os anos mais felizes da vida dela.
Tendo eu tido 20 anos como Maria José Morgado, e não dizendo como ela que foi a mais bela idade da minha vida, pasmo ao ler estas palavras desta mulher. Nenhum pensamento me repele mais do que este, esta negação da vida e da beleza, esta negação do pensamento e da inteligência, esta negação da sensibilidade e da arte. Esta negação da vida e da falha humana. Isto, para mim, é a apologia do fascismo intelectual, do kitsch histórico. A matriz do Gulag, de Auschwitz e dos campos de Pol Pot.
Pessoas como Maria José Morgado faziam-me, naquela altura, muita impressão e muita pena. E continuam a fazer, apesar de ela dizer que mudou. Há outra coisa que estas pessoas me fazem: medo. Muito medo. Ainda bem que a revolução deles não venceu.
A propósito, eu não acredito que as pessoas mudem assim tanto.”. Nem eu Clara!
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