quarta-feira, 24 de setembro de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

Com os títulos conquistados, Co Adriaanse dissera à entrada da pré-época que tais conquistas o fizera sentir-se um «treinador de top» e que com ele o FC Porto iria espantar a Europa na Liga dos Campeões! Prescindiu dos serviços de Diego, César Peixoto e Hugo Almeida e avalizou a venda de Benni MacCarthy, para "forçar" a sua aquisição fetiche, o holandês Vennegor of Hesselink, um avançado que actuava no PSV e em que Adriaanse depositava uma confiança ilimitada. O clube holandês exigia oito milhões de euros que a Sad portista considerou um disparate.

Gerou-se à volta desta hipotética aquisição uma telenovela diária de avanços e recuos que terminou com a recusa dos responsáveis portistas em abrir os cordões à bolsa, o aborto da transferência e o amuo do treinador.

Entretanto os Dragões perderam o Torneio de Amesterdão, com o resultado desfavorável de 3-1 frente ao Manchester United e Co Adriaanse surpreendeu ao afirmar que afinal tinha «jogadores com talento limitado. Não há dinheiro para um avançado? Então continuaremos a fazer exibições divertidas mas a perder esses jogos».

Naturalmente que estas palavras rapidamente criaram um ambiente escaldante no seio do plantel que conheceu dias de grande instabilidade. O mau feitio do holandês veio ao de cima e o caldo entornou-se... num jantar! O resultado foi o pedido de demissão apresentado pelo treinador holandês, a 9 de Agosto, seguida de deserção imediata, deixando a equipa entregue a Rui Barros, com o compromisso muito próximo da disputa da Supertaça Cândido de Oliveira e o arranque do campeonato nacional.

2006/2007 O 7º BICAMPEONATO

Pinto da Costa não perdeu tempo e contratou Jesualdo Ferreira, que se encontrava a treinar o Boavista, contra a indemnização aos axadrezados de um milhão de euros. O plantel não sofreu grandes alterações e depois das saídas já referidas foi reforçado com Ezequias (ex-Académica), Diogo Valente (ex-Boavista), João Paulo (ex-União de Leiria) e o regresso de Hélder Postiga.

O FC Porto, ainda comandado por Rui Barros iniciou a época oficial em 19 de Agosto, em Leiria com a disputa da Supertaça Când
ido de Oliveira, frente ao Setúbal.

Na imagem da esquerda para a direita, em cima: Helton, Marek Cech, Bosingwa, Pepe e Adriano; Em baixo: Quaresma, Raúl Meireles, Alan, Anderson, Ibson e Paulo Assunção.

Começou com um triunfo claro e inequívoco. Os Dragões exibiram-se em bom nível. Curiosamente ou talvez não, manteve o sistema de jogo do holandês que estava já mecanizado rendendo-lhe uma saborosa vitória por 3-0. Adriano, Anderson e Vieirinha foram os marcadores dos golos.

Apesar das contrariedades o FC Porto entrou bem no campeonato obtendo quatro vitórias consecutivas. à 5ª jornada os azuis e brancos conheceram o sabor amargo da derrota na deslocação a Braga, com o resultado a favorecer os minhotos por 2-1.


O primeiro embate frente aos rivais aconteceu à 7ª jornada, em Alvalade onde o FC Porto conseguiu uma igualdade algo lisonjeiro para o adversário. Na jornada seguinte receberam o outro rival, o Benfica, que bateram por 3-2, no jogo em que Anderson sofreu uma violenta entrada de Katsouranis merecedora de cartão vermelho que o árbitro desvalorizou, apesar do jovem brasileiro ter sido afastado do jogo com fractura do perónio que o afastou até ao final da época. As atitudes quer do jogador grego quer do árbitro foram dissecadas durante bastante tempo com a habitual tolerância e branqueamento dos "pasquins amestrados" de Lisboa.


Seguiram-se uma série de vitórias até Dezembro que nos deixaram confortavelmente na 1ª posição.
A prolongada paragem por alturas do Natal e Ano Novo parece ter influenciado o rendimento da equipa, que apesar de tudo ainda foi vencer o Aves, no reatamento, terminando a 1ª volta com sete pontos de avanço sobre o Sporting, segundo classificado.

A segunda volta começou com duas derrotas, primeiro em Leiria e depois no Dragão frente ao Estrela da Amadora que permitiu aos perseguidores acalentarem esperanças de ainda terem tempo de nos despojar do lugar de comando. Na 22ª jornada o FC Porto recebeu o Sporting com o qual perdeu por 0-1, num golo obtido por Tello de livre directo. Os Dragões mantiveram no entanto o primeiro lugar com apenas um ponto de vantagem para o Benfica que era o segundo e 6 pontos do Sporting que era o terceiro.

A deslocação à Luz era logo a seguir...
Os lampiões viveram a semana que antecedeu o jogo verdadeiramente eufóricos. Todos eles, incluindo a chamada comunicação social, vaticinavam uma mudança de posições e a estocada final nas aspirações portistas. Pura ilusão! O FC Porto assumiu o jogo e Pepe logrou marcar aos 40' abalando o entusiasmo e fé dos vermelhos. Valeu-lhes no entanto a infelicidade de Lucho Gonzalez que introduziu o esférico na própria baliza, aos 83', fazendo a igualdade e ainda a azelhice de Renteria que muito perto do fim não foi capaz de acertar com a baliza lisboeta que se encontrava à sua mercê.

Numa nova série de vitórias o FC Porto voltou a alargar a diferença que à 26ª jornada era já de quatro pontos para o Sporting, que tinha recuperado o segundo lugar e de cinco ponto para o Benfica que tinha descido ao terceiro. A ponta final voltaria a ficar perigosamente equilibrada com a derrota dos campeões nacionais no reduto do Boavista (2-1) e o empate em Paços de Ferreira (1-1), na penúltima jornada.

Um ponto era agora a vantagem sobre o Sporting pelo que era obrigatória a vitória no último jogo no Dragão frente ao Aves, para selar o título.
Com o Estádio do Dragão completamente cheio e em ambiente de festa, o jogo começou pausado. Sentia-se alguma ansiedade e nervosismo entre os portistas e foi mesmo o Aves a criar os primeiros dois lances de perigo, a dar a sensação que para ganhar os Dragões teriam de apelar a todo o seu empenho e concentração. A ideia confirmou-se, apesar do primeiro golo portista. Não fora a aplicação dos comandados de Jesualdo e dificilmente mudariam o rumo dos acontecimentos quando aos 30' os avenses empataram o jogo. Foi um balde de água fria no Dragão e uma explosão de alegria em pelo menos dois estádios bem longínquos, onde os "sonhadores" davam largas às suas preces, uns fazendo cálculos e contabilizando os segundos em que virtualmente se sentiam campeões e outros na expectativa que o título não se repetisse no Dragão.

Depois do intervalo os Dragões impuseram a sua classe e resolveram o jogo a seu favor colocando o ponto final quer na partida quer no campeonato, ao marcar mais três golos.
Vítor Baía foi reclamado pelos mais de 50.000 adeptos que encheram o Dragão e Jesualdo acedeu fazendo-o render Helton sob um forte aplauso que a plateia fez questão de sublinhar de pé.

Terminado o jogo seguiu-se a festa do 22º título de campeão nacional para o FC Porto, o primeiro na longa carreira de Jesualdo Ferreira como também para Fucile, Vieirinha, Renteria, Lucas Mareque, João Paulo, Castro, Tarik Sektioui, Diogo Valente e Ezequias.



Adriano que na reabertura do mercado foi considerado dispensável e que graças à sua determinação continuou de azul e branco, foi o melhor marcador do FC Porto ao apontar 11 dos 65 golos da equipa.


VÍTOR BAÍA

Foi para mim o melhor jogador de todos os tempos do FC Porto. Decidiu abandonar a carreira no final da temporada 2006/2007, depois de passar toda a época no banco. Merecia terminar como titular mas o destino não cooperou. Aqui fica o relembrar da minha homenagem a este símbolo do Clube: SIMPLY THE BEST

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Companheiros do Dragaopentacampeao

Sou o Moderador do FC Porto PlanetaPortugal.com
( http://fcporto.planetaportugal.com ).
Venho por este meio informá-los que já está disponível um quadro com as últimas notícias em tempo real do FC Porto assim como um quadro de cotações da Porto SAD, gratuitamente para colocarem nos vossos blogs.
Podem encontrar e ver a demo no endereço:
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Um abraço
moderador@fcporto.planetaportugal.com
http://fcporto.planetaportugal.com

dragao vila pouca disse...

Co Adriaanse homem certo na hora certa.Saída também na hora certa.
V.Baía está na galeria dos melhores sem dúvida.
Um abraço