quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

QUASE UM MILHÃO DE EUROS!

Chegou ao Porto cotado como disciplinador por excelência, numa altura em que o plantel vivia uma crise de identidade. Foi um formador considerado no seu país e talvez por isso Pinto da Costa entendeu ser uma boa solução para relançar a equipa.

Ao nível profissional nunca tinha ganho nada pelo que treinar a equipa principal do FC Porto, bi campeão do mundo e bi campeão europeu era o mesmo que entregar um Ferrari a um amador.

Pegou na equipa com coragem, firmeza e convicção, mas também com ingenuidade. Cometeu erros de palmatória e por isso sentiu na pele as exigências de uma massa adepta habituada a bom futebol aliado a bons resultados. Foi assobiado, viu lenços brancos e pedradas na sua viatura. Derrapagens naturais de quem não estava habituado a conduzir a «máquina potente» que tinha entre mãos.

Custou a adaptar-se mas após algumas correcções de condução lá encontrou a melhor forma de levar o seu Ferrari para o caminho desejado, a vitória.

Finalmente saboreou o trago doce dos títulos. Contudo, a impreparação para lidar com o êxito toldou-lhe o espírito e desatou a disparatar. Por alturas da nova pré época começou por admitir possuir um grupo de grandes recursos para pouco tempo depois concluir que afinal se tratava de um grupo banal, só porque lhe foi negada a contratação do seu compatriota Vennegor of Hesselink, um avançado em quem depositava uma confiança inabalável. Daí até à fuga foi um pequeno passo.

O condutor acusou a responsabilidade de conduzir o Ferrari que lhe tinha sido confiado e nada habituado ao esterlato preferiu não se expor a novo teste e desertou arrastando consigo o adjunto que trouxera, deixando a equipa entregue a Rui Barros a pouco dias da disputa da Supertaça Cândido de Oliveira.

O FC Porto não se conformou e recorreu ao Juíz Único do Comité do Estatuto do Jogador da FIFA que lhe deu razão. Adriaanse recorreu então para o Tribunal Arbitral do Desporto que também o condenou.

Um comentário:

dragao vila pouca disse...

Mais uma vitória do departamento jurídico do F.C.Porto, dirigido por Adelino Caldeira e sempre tão criticado por alguns.
Um abraço