terça-feira, 15 de abril de 2008

DOBRADINHA - OBJECTIVO POSSÍVEL

Palco do Jogo: Estádio do Bonfim - Setúbal
Competição: Taça de Portugal - Meias-finais
Hora do Jogo: 20:30 h
FC Porto: Nuno; Bosingwa, Pedro Emanuel, Bruno Alves e Cucile; Paulo Assunção (João Paulo 82'), Raúl Meireles e Lucho Gonzalez; Quaresma Mariano 79'), Lisandro Lopez e Tarik Sektioui (Farias 75').
Suplentes não utilizados: Ventura, Lino, Kazmierczak e Adriano.
Treinador:
Jesualdo Ferreira
Árbitro:
Pedro Proença - Lisboa
Marcadores:
Jorginho (37' p.b.), Lucho (51' e 60')
Acção disciplinar:
Cartões amarelos para Paulo Assunção (8'), Quaresma (49') e Pedro Emanuel (90').



O FC Porto entrou para este jogo consciente da sua superioridade, alicerçada com a vitória conseguída no passado Sábado para o campeonato nacional, numa toada lenta, pausada, controlada à espera que a fruta caísse de madura, face a um Vitória justificadamente amedrontado, sem inspiração e sobretudo sem soluções atacantes já que optou por colocar o autocarro em frente da sua baliza.

Os Dragões com a confiança devida aos campeões incontestados, limitou-se a controlar e a impor as mudanças de ritmo e acelerações que de quando em vez fazia abanar a defensiva contrária.

Foi pois com toda a naturalidade que o marcador se foi avolumando e só não chegou a números escandalosos porque os jogadores azuis-e-brancos se descontraíram de forma a parecer um treino sem grande importância.

O primeiro nasceu na sequência de um canto marcado por Raul Meireles ao segundo poste onde surgiu Jorginho, acossado por Lisandro Lopez, a introduzir a bola na própria baliza; o segundo de uma jogada de Tarik pela direita tocando para o centro onde Lucho Gonzalez apareceu a desfeitear o guarda-redes sadino; o terceiro de uma intercepção de Raúl Meireles que colocou a bola em Lucho que em posição frontal não teve dificuldade em escolher o lado e atirar a contar.
Foi uma exibição morna, em ritmo de treino e sem quaisquer dificuldades.

Lucho Gonzalez, sem ser brilhante foi o melhor jogador em campo, num jogo com menos Quaresma e mais Raúl Meireles, mais Fucile e menos Tarik.


A dobradinha é agora uma possibilidade cada vez mais próxima.

domingo, 13 de abril de 2008

GANHAR A PENSAR NA TAÇA

Palco do jogo: Estádio do Bonfim - Setúbal
Competição: Bwin Liga - 26ª jornada
Hora do jogo: 21:15 h
FC Porto: Nuno; Fucile (Bosingwa 45'), Stepanov, João Paulo e Lino; Bolatti, Kazmierczak e Lucho Gonzalez (Helder Barbosa 75'); Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez (Adriano 67') e Quaresma.
Suplentes não utilizados: Ventura, Bruno Alves, Paulo Assunção e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira
Árbitro: Elmano Santos - Madeira
Marcadores: Lisandro Lopez (24') e Mariano Gonzalez (29')
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Bolatti (75')


Já a pensar no jogo das meias finais que se vai realizar na próxima Terça-feira, frente a este mesmo adversário e no mesmo Estádio, Jesualdo Ferreira apresentou uma equipa com várias alterações, como aliás se esperava.

O Porto fez uma primeira parte agradável em que impôs a sua maior valia técnica, com Lucho Gonzalez a pautar o bom jogo portista que acabou por render dois preciosos golos dos argentinos Lisandro e Mariano, um pouco antes da meia hora de jogo.

Os Dragões dominaram em toda a metade do encontro mas o Setúbal, que também poupara alguns jogadores, logrou marcar num remate forte e colocado, de meia distância, que não deu hipóteses de defesa a Nuno.

Na segunda parte o Vitória tomou conta do jogo, obrigou o Porto a trabalho defensivo que foi ultrapassando com maior ou menor dificuldade. Para tal muito contribuíram as entradas dos habituais titulares Ricardo Chaves, Bruno Gama e Claudio Pitbull, nos sadinos, enquanto Jesualdo optava por retirar Lisandro e Lucho, em sinal contrário.

As dificuldades foram ultrapassadas com alguma sorte à mistura deixando antever um grande jogo para a Taça.

Nuno pareceu-me inseguro. Largou algumas bolas intranquilizando o sector, mas não teve responsabilidades no golo sofrido. Stepanov esteve geralmente bem apesar de alguns falhanços.
Kazmierczak muito discreto e Mariano lutador mas também trapalhão.

Lucho foi o melhor enquanto jogou e Quaresma muito activo.

Para a história fica mais uma vitória.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

TRICAMPEÕES EM SETÚBAL

O FC Porto deslocou-se hoje para o Sul com todos os jogadores disponíveis do seu plantel principal, para enfrentar o Vitória de Setúbal nos próximos dois compromissos, amanhã para a 26ª jornada da Bwin Liga e na Terça-feira para as meias finais da Taça de Portugal.

Castro, Marek Cech, Rabiola, Leandro Lima e Bruno Moraes são os únicos ausentes por não terem condições de participar.

A Pousada de Palmela será o porto de abrigo dos tricampeões nacionais.

Espera-se um jogo difícil pelo valor do adversário que está a fazer um excelente campeonato.

Desta vez não vai ser fácil acertar na equipa provável dado que não é certo que Jesualdo Ferreira possa fazer descansar alguns dos titulares habituais, face ao jogo da Taça de Portugal.

Contudo, tendo em conta que o campeonato está resolvido e que o jogo seguinte estará muito próximo, mandará o bom senso que Jesualdo se incline por fazer neste jogo algumas alterações.


EQUIPA PROVÁVEL

O jogo que se disputará no Estádio do Bonfim, em Setúbal, amanhã pelas 21:15h, será apitado pelo madeirense Elmano Santos e vai ser transmitido pela SporTv1

quarta-feira, 9 de abril de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

Os anos de 1987 e 1988, foram dos mais ricos, no que ao futebol portista diz respeito.
Às glórias europeia e mundial, outros títulos haveriam de se somar e rumar às Antas.

A SUPERTAÇA DA UEFA TAMBÉM FOI NOSSA

Disputada em duas mãos, a Supertaça europeia pôs frente a frente o Campeão europeu FC Porto e o vencedor da Taça das Taças, a segunda prova da Uefa em termos de importância, o Ajax de Amesterdão.

A primeira mão disputou-se a 24 de Novembro de 1987, na Holanda, no Stadion De Meer.

Já com Tomislav Ivic no lugar de Artur Jorge, o Porto praticava um futebol de maior contenção defensiva mas possuía um contra-ataque rápido e mortífero, interpretado com eficácia pelo «rato atómico» Rui Barros, que retornou ao FC Porto para fazer uma grande época.

No jogo de Amesterdão os Dragões sobressaíram pelo pressing impressionante e asfixiante em todo o terreno que permitiu controlarem o jogo e manietarem os seus opositores. A lição estava bem estudada e o Ajax não teve hipóteses de colocar o pé em ramo verde, face à enorme segurança defensiva patenteada por Lima Pereira e seus pares.

Com Fernando Gomes numa missão de municiar o rápido Rui Barros, o FC Porto cedo mostrou ao que ia. Logo aos dois minutos, este último na cara do guarda-redes holandês falhou por muito pouco.

Mas pouco tempo depois, numa jogada que foi repetida por várias vezes, Gomes lançou Rui Barros em profundidade, isolando-o para bater Menzo sem apelo nem agravo.

O Porto impôs a sua categoria e criou uma mão cheia de oportunidades que poderiam ter ditado um resultado desnivelado que só não aconteceu face ao maior acerto do guarda-redes holandês e de alguma precipitação na hora do remate, especialmente por parte do pequeno "grande" jogador que apareceu três vezes isolado frente ao guardião contrário e só concretizou uma delas.
O resultado foi mesmo a vitória por 0-1.

A segunda-mão disputou-se nas Antas a 13 de Janeiro de 1988, um mês depois da vitória na Taça Intercontinental em Tóquio.

O Porto fez então um jogo pouco vistoso, algo cinzento, sem grandes oportunidades de golo, retraído face à maior dinâmica da turma treinada por Johan Cruyff, disposta a dar a volta ao resultado.

Lembro-me de ter desabafado na bancada : «O que é isto? Nós somos os Campeões do Mundo! Estamos a jogar em casa.»

O jogo pareceu sempre mais ao alcance dos holandeses, que forçavam muito no ataque e espalhava algum receio na massa adepta do Porto.

Sousa, na marcação de um livre directo terminou com as apreensões e devolveu a alegria ao povo portista que se tinha deslocado às Antas para assistir a mais uma importante vitória internacional, dando sequência aos últimos sucessos.

Na foto da esq.p/dta., em baixo: André, Fernando Gomes, Sousa, Rui Barros e Bandeirinha
Em cima: Mlynarczyk, Geraldão, Inácio, Jaime Magalhães, Lima Pereira e João Pinto

No final, a festa do costume!

domingo, 6 de abril de 2008

GOLEADA NO CARIMBO DO TRI



Palco do Jogo:
Estádio do Dragão - Porto
Assistência: 50.138 espectadores
Competição: Bwin Liga - 25ª jornada
Hora do jogo: 20:45 h
FC Porto: Helton; Bosingwa (Bolatti 72'), Pedro Emanuel, Bruno Alves, Fucile; Paulo Assunção (Farias 80'), Raúl Meireles, Lucho Gonzalez; Quaresma, Lisandro Lopez e Tarik Sektioui (Marianao Gonzalez 65').
Suplentes não utilizados: Nuno, João Paulo, Kazmierczak e Adriano.
Treinador: Jesualdo Ferreira
Árbitro: João Vilas Boas - Braga
Marcadores: Lucho Gonzalez (8'), Tarik Sektioui (11'), Quaresma (64'), Maurício (p.b. 70'), Bruno Alves 77') e Lisandro Lopez (87')
Acção disciplinar: Cartões amarelos para Pedro Emanuel e Raúl Meireles (83')


Como se esperava, o Dragão lotou vestido de gala para assistir à vitoria estrondosa do FC Porto, que carimbou a 5 jornadas do fim o 23º título de campeão nacional.

Já com a este objectivo há muito anunciado os jogadores portistas encaram este jogo como uma festa e proporcionaram, em largos períodos de jogo, um futebol avassalador, triturante, belo e muito vistoso. Foi um Porto de gala que se apresentou neste palco dos sonhos, correspondendo ao entusiasmo dos seus seguidores que não se cansaram de incentivar, com cânticos e muita alegria.

A primeira explosão eclodiu bem cedo, estavam ainda decorridos apenas 8'. Lisandro Lopez descaído sobre a esquerda trabalhou bem e rápido, cruzou atrasado para Lucho atirar a contar e abrir o marcador. Três minutos mais tarde, Quaresma aplicou a sua famosa trivela que Tarik aproveitou, surgindo ao segundo poste para fazer um belo golo.

O Estrela pouco ou nada podia fazer perante uma superioridade tão flagrante, pois a máquina de triturar estava em funcionamento pleno, não permitindo sequer que os lisboetas avançassem muito no terreno, tal a pressão que era exercida pelos portistas logo à entrada do seu meio
campo. O primeiro remate digno desse nome aconteceu aos 53'!

O Porto abrandou um pouco depois do segundo golo mas continuou sempre à procura de novos golos. Tarik chegou a introduzir a bola nas redes, ainda na primeira parte mas estava em posição ilegal.

No segundo tempo os Dragões quiseram presentear os presentes com mais alguns momentos de pura classe e aos 64' Raúl Meireles sprintou pela direita, cruzou e Quaresma na passada fuzilou obtendo mais um lindo golo.

A festa estava bonita, a Claque Colectivo mostrava um grande escudo Nacional e o público rejubilava. Pouco antes mostrara um grande pano com a "Bomba" «FC PORTO TRI CAMPEÃO NACIONAL» . Este pano era uma réplica satírica da primeira página do Record.

Os atletas portistas continuaram a jogar com intensidade pois pretendiam dar mais colorido à festa. Por isso procuraram com afinco fazer mais golos.

Aos 70' num cruzamento de Bosingwa, Lucho disputou a bola dentro da área com Nelson e Maurício, a bola ressaltou nas costas deste último e só parou dentro da baliza.

Sete minutos depois, mais uma vez Raúl Meireles no cruzamento a colocar a bola na cabeça de Bruno Alves que à vontade não se fez rogado. Era o 5º.

Mas faltava o golito de Lisandro que já estivera muito perto numa cabeçada que o argentino dirigiu mal. Porém, aos 87' Quaresma levou a bola pela direita, serviu de bandeja Lisandro que só teve que empurrar para o fundo da baliza. Estava feito o resultado final.

Goleada no jogo e carimbo no campeonato: TRI CAMPEÃO NACIONAL.

Terminado o jogo, os adeptos não arredaram pé porque seguiu-se a festa, num belo espectáculo.
Do cimo da cobertura choveram milhões de pequenos papeis prateados que deram um efeito maravilhoso, os jogadores saltaram, abraçaram-se, exultaram, alguns tremendamente eufóricos (Tarik era o mais louco) e o público gritou, saltou, cantou, enfim, uma festa à Dragão.

Depois do palco colocado no centro do terreno com o Nº 23 bem visível, os jogadores foram sendo chamados um a um pelo speaker de serviço depois de passarem algumas imagens nos ecrãs do Estádio, até chegar à vez de Jesualdo Ferreira que teve direito a banho de champanhe e a umas elevações no ar, proporcionadas pelos seus atletas. PINTO DA COSTA OLÉ foi cantado pela multidão, num tributo merecido ao presidente que na Europa é agora o que mais títulos conseguiu. Lindo!

A festa continuou na Alameda para onde os espectadores se transferiram para continuar a vitoriar a equipa que da varanda continuava a demonstrar a sua satisfação e a sua euforia.

TENHO ORGULHO DESTA EQUIPA, DESTE PRESIDENTE, DESTE CLUBE E DESTA CIDADE.



sexta-feira, 4 de abril de 2008

A FESTA AO NOSSO ALCANCE

O FC Porto, na sua louca corrida pelo TRI, vai receber amanhã o Estrela da Amadora no jogo, que em caso de vitória, confirmará desde já, o triunfo de mais um Campeonato Nacional, a cinco jornadas do final.

Alheando-se das parangonas dos pasquins, os atletas encontram-se preparados para dar esse gosto à dedicada massa associativa que encherá completamente o Estádio do Dragão com o intuito de fazer a festa.

O treinador Jesualdo Ferreira, a viver os melhores momentos da sua carreira, pode contar com os principais atletas, sendo certo que fará alinhar a equipa mais representativa.

Lista dos convocados: Helton, Nuno, Bosingwa, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Fucile, João Paulo, Paulo Assunção, Raúl Meireles, Lucho Gonzalez, Bolatti, Kazmierczak, Quaresma, Lisandro Lopez, Tarik Sektioui, Mariano Gonzalez, Farias e Adriano.

EQUIPA PROVÁVEL


O jogo que terá início pelas 20:45 h, será apitado pelo bracarense João Vilas Boas e terá transmissão televisiva na TVI.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

Prosseguindo o périplo pelos momentos inesquecíveis que o FC Porto nos proporcionou e que vivi efusivamente, razão pela qual as evocações neste espaço, versam de 1977/1978 para cá, procurando respeitar uma ordem cronológica, hoje partilho as minhas emoções relativamente ao maior feito jamais alcançado por qualquer equipa portuguesa: A conquista da primeira Taça Intercontinental!

DEPOIS DA EUROPA A CONQUISTA DO MUNDO

O triunfo de Viena abriu as portas do futebol mundial. Em 13 de Dezembro de 1987, o FC Porto escreveu mais uma página brilhante no seu longo e rico historial, no jogo que colocou frente a frente o Campeão Europeu e o Campeão Sul-Americano. Tóquio foi o grande palco.

Um manto branco cobria o relvado e continuava a nevar intensamente. Havia dúvidas sobre a realização do jogo nestas condições. Adivinhavam-se dificuldades acrescidas já que, durante o aquecimento era visível que a bola não rolava normalmente, ficava presa, mudava de trajectória, atolava-se, de repente imobilizava e enganava. Jogar nestas circunstâncias seria obrigar os atletas a um aturado sacrifício.

Os interesses comerciais acabaram por determinar a realização do encontro mesmo sem as condições climatéricas ideais e assim tivemos de assistir a um desafio de muita luta, muito empenho, muita entrega, muita força física e anímica e de alguma sorte.

O adversário era o Peñarol, campeão uruguaio e vencedor da Taça dos Libertadores da América.

Naturalmente que a qualidade técnica foi relegada para segundo plano em função do estado do terreno, que à medida que era pisado se transformava num imenso lamaçal.

O Porto abordou o jogo com justificadas cautelas e procurou controlar, dentro do possível, com a
sua retaguarda bem povoada p
ara partir pela certa para as acções mais ofensivas.

Aos 41' Madjer desferiu um centro-remate, a bola iludiu o guarda-redes uruguaio e Fernando Gomes aproveitou uma disputa de bola junto à linha de golo para pôr o Porto em vantagem no marcador, resultado com que acabaria a primeira parte.

No reatamento,os sul-americanos entraram com a firme disposição de imporem uma reviravolta nos acontecimentos. Apelando à sua tradicional garra, encetaram algumas ofensivas ameaçadoras. Os Dragões foram respondendo com cabeça fria e personalidade ao assédio contrário. Mlynarczyk e seus companheiros iam neutralizando as situações de perigo, mas a faltarem dez minutos para o termo da partida, foi impotente para deter o remate certeiro de Viera, que restabeleceu a igualdade. Madjer ainda esteve perto de dar o triunfo dentro do tempo regulamentar, num remate muito perigoso que fez a bola passar a escassos centímetros da baliza.

Foi então necessário prolongar aquele sacrifício recorrendo a 30' suplementares para se encontrar o Campeão do Mundo.

O Porto parece ter aproveitado melhor o pequeno interregno que se seguiu ao termo do desafio e entrou melhor no prolongamento, demonstrando mais força e maior sentido de entreajuda. Os atletas interiorizaram que aqueles 30' bem poderiam ser os da consagração mundial, da fama e de mais um título.

E que melhor desfecho poderia ter senão com um toque de classe do mágico argelino, que já tinha encantado em Viena, no célebre golo de calcanhar, agora com um vistoso e categorizado chapéu que fez a bola sobrevoar o guardião Pereira para deslizar lentamente na neve, criando um momento de grande incerteza quanto à força suficiente para vencer o estado lastimável do terreno.

Felizmente a bola só parou quando se colou às redes, concretizando a vitória do FC Porto no jogo, garantindo o triunfo do Troféu.

Quando o austríaco Franz Wohrer deu por terminado o prolongamento, uma onda de entusiasmo estalou na madrugada do Porto, onde centenas de portistas desafiaram as trevas da noite para dar nova vida à cidade.


A equipa foi orientada por Tomislav Ivic e na imagem em cima da esquerda para a direita: Lima Pereira, Inácio, João Pinto, Jaime Magalhães, Geraldão e Mlynarczyk; em baixo: Madjer, Rui Barros, Sousa, Fernando Gomes e André.