sábado, 29 de agosto de 2009

VITÓRIA JUSTA NUM JOGO FÁCIL

FICHA DO JOGO

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Num jogo que Jesualdo à partida considerou de dificuldade máxima, a atitude da equipa do FC Porto transformou-o em tranquilo, construindo uma vitória justa e concludente.

Com uma entrada à campeão, os Dragões cedo chegaram ao golo por Falcao, que aos 8' concretizou com facilidade numa assistência de Mariano Gonzalez. A bola começou por ser cruzada da esquerda por Silvestre Varela, Mariano recolheu na direita, beneficiando de um falhanço do defesa da Naval, colocou a bola no colombiano posicionado frontalmente à entrada da pequena área que com uma pequena rotação rematou sem remissão.

Falcao ainda dispôs de uma oportunidade soberana para dilatar o marcador mas não foi feliz no remate. Foram cerca de vinte minutos de futebol atacante, de domínio e controle. Depois, até ao final da primeira parte o FC Porto retraíu-se e experimentou algumas dificuldades que poderiam ter custado alguns dissabores.

No segundo tempo o FC Porto voltou a ter ascendente, marcou o segundo golo por Varela, sofreu um auto-golo por Rolando mas Farías que havia entrado para o lugar de Falcao acabou com as dúvidas, fixando o resultado final.

Destaque pela positiva para Varela, o melhor elemento em campo. Esteve na jogada do primeiro golo, apoquentou a defensiva contrária e ainda marcou um belo golo. Também para Cristian Rodríguez que paulativamente vai recuperando o ritmo e em breve estará de volta à boa forma, se a nova chamada à selecção não voltar a fazer mossa.

Pela negativa a intranquilidade de Helton que andou às aranhas em duas ocasiões, redimindo-se depois com uma defesa a pontapé a evitar o 1-1.





sexta-feira, 28 de agosto de 2009

BATALHA NAVAL - A PRÓXIMA LUTA

Será amanhã, Sábado, que o FC Porto travará o próximo confronto para a Liga Sagres, no âmbito da 3ª Jornada da prova desta época.

Recordo que se trata do adversário que impôs aos Dragões a última derrota para o campeonato, já lá vão vinte e cinco jornadas e nove meses.

Jesualdo Ferreira não fez alterações à convocatória, repetindo os mesmos jogadores que foram chamados para o encontro frente ao Nacional da Madeira, ou seja:

Helton, Beto, Fucile, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Fernando, Raul Meireles, Belluschi, Guarín, Valeri, Mariano Gonzalez, Falcão, Farías, Silvestre Varela e Cristian Rodríguez.

EQUIPA PROVÁVEL


O professor deve apostar na mesma equipa titular, isto se «cebola» ainda não se encontrar no ritmo ideal.

Jogo no dia 29 pelas 21:15 h
Estádio Municipal José Bento Pessoa, na Figueira da Foz
Árbitro: Elmano Santos - Associação de Futebol da Madeira
Transmissão: SportTv1

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

NA «NOSSA» EUROPA

Após o sorteio efectuado esta Quinta-feira no fórum Grimaldi, no Mónaco, o FC Porto ficou a conhecer as equipas com quem vai esgrimir a passagem aos oitavos-de-finais da Champions League.

Colocado no Grupo D, com os ingleses do Chelsea, os espanhóis do Atlético de Madrid e dos cipriotas do Apoel, prevê-se vida difícil para os comandados de Jesualdo Ferreira. A ver vamos.


CALENDÁRIO:

15 de Setembro de 2009: Chelsea FC - FC Porto

30 de Setembro de 2009: FC Porto - Atlético de Madrid

21 de Outubro de 2009: FC Porto - Apoel FC

03 de Novembro de 2009: Apoel FC - FC Porto

25 de Novembro de 2009: FC Porto - Chelsea FC

08 de Dezembro de 2009: Atlético de Madrid - FC Porto

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

PARADA DE ESTRELAS

ANTÓNIO ARAÚJO começou a jogar futebol no União de Paredes, Clube da sua terra natal, ingressando no FC Porto aos 19 anos.

Avançado de «dribling» curto e desconcertante, a facilidade, potência e colocação dos seu remates valeram-lhe a conquista de um lugar na equipa e o carinho e admiração do público. Ao lado de Pinga construiu uma carreira bonita, ainda que relativamente curta, com dois episódios dramáticos a assombra-la e a apressarem o abandono da actividade.



Autor de muitos e belos golos, Araújo foi o melhor marcador do Campeonato Nacional de 1947/48, com 38 golos.

Também associou o seu nome a um feito histórico do Clube. A vitória sobre aquela que era a melhor equipa do Mundo, o Arsenal de Londres. Do resultado, 3-2 a favor do FC Porto, tão memorável quanto impensável, Araújo deixou a sua marca ao concretizar dois golos.


Com a camisola da Selecção Nacional, que representou por nove vezes, fez seis golos, dois dos quais numa estrondosa vitória de Portugal sobre a Espanha, por 4-1, em 26 de Janeiro de 1947, no que constituiu a primeira vitória sobre os espanhóis. Nessa altura a Selecção Nacional era designada, no Norte, com algum sarcasmo, como «Sport Lisboa e Araújo», por ser habitual a presença solitária do interior portista no «onze» titular.


Fontes: 100 Anos de História, de Álvaro Magalhães e Manuel Dias; Figuras & Factos de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

domingo, 23 de agosto de 2009

UM POUCO MAIS DE FUTEBOL

FICHA DO JOGO

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Frente a um adversário tradicionalmente complicado, mesmo no nosso Estádio, adivinhavam-se muitas dificuldades para a turma de Jesualdo Ferreira, face ao futebolzinho que a equipa vinha praticando.

A verdade é que o Nacional voltou a apresentar-se no Dragão com uma forte organização defensiva mas desta vez ficou-se por aí, pois não foi capaz de criar uma única oportunidade de golo. Aproveitou o FC Porto para tomar as rédeas do jogo, imprimindo algumas vezes velocidade de molde a dar aos insulares algumas dores de cabeça.

O nulo da primeira parte deveu-se especialmente à fraca pontaria dos azuis e brancos que nos 14 remates apenas criaram uma oportunidade de golo digna desse nome. Foi o lance ocorrido logo ao sétimo minuto do jogo, num remate de Falcao que levou a bola a beijar a barra. Neste período o FC Porto teve a supremacia em todos os capítulos do jogo apesar de evidenciar alguns dos defeitos que tem atormentado a equipa desde a pré-época.

No segundo tempo a equipa entrou mais dinâmica e perigosa mas os cruzamentos mal medidos ora de Varela ora de Mariano deitavam tudo a perder. Álvaro Pereira mais ofensivo criou muito perigo aos 54' e Fucile não quis ficar atrás aos 62'. Duas boas oportunidades falhadas em jogadas bem conseguidas.

Até que aos 63' o árbitro, depois de apontar para a bandeirola de canto, uma bola que tinha sido desviada pela mão de um defensor do Nacional na área de rigor, corrigiu a decisão, aparentemente pela informação do árbitro auxiliar, mandando marcar a respectiva grande penalidade.

Os jogadores madeirenses criaram inexplicavelmente um «sururu» à moda antiga e viram dois dos seus jogadores serem expulsos.

A grande penalidade foi tão clara quanto cristalina, sem margem para discussão. Não compreendo quer a primeira decisão do árbitro quer as reacções dos jogadores do Nacional. Quanto à correcção da decisão de João Ferreira, parece-me justa porque desta forma defendeu a verdade desportiva, tão apregoada por alguns «pasquineiros», que desta vez não gostaram da decisão. Em relação à expulsão dos dois jogadores madeirenses que terão protestado de forma excessiva, posso não concordar com tanto rigor, mas sempre lembrarei aos mais esquecidos que ficamos privados de Hulk exactamente pelos mesmos motivos. A lei tem de ser igual para todos.

Concretizada a grande penalidade por Falcao, o FC Porto conseguiu com toda a naturalidade engrossar o marcador com mais dois golos.

Destaque para Fernando e Belluschi, duas boas exibições e se não se importam, os meus parabéns a Mariano Gonzalez por conseguir fazer todos os minutos deste jogo. É obra! Jesualdo deve alimentar esperanças de o valorizar para ser a futura venda milionária!





sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O FUNDAMENTALISMO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

O fundamentalismo é já de alguns anos para cá , uma das principais preocupação das sociedades do nosso tempo, pela perturbação que ocasiona na relação entre os diversos povos.

É um fenómeno crescente caracterizado por fanatismo agressivo, que em última análise conduz a uma cegueira voluntária e consequentemente perniciosa.

É este o estado actual da Comunicação Social em Portugal onde abunda a incompetência, a pouca vergonha, o decoro absoluto e a alienação primária. Há muito que os jornalistas deram lugar aos pasquineiros, que em defesa dos seus clubes do coração, não olham a meios para atingir os fins.

Medíocres, sem qualquer ética, instalaram-se para denegrir o trabalho competente e sério dos que ainda lutam com a força do seu trabalho, cujos resultados têm sido repletos de êxitos, há mais de trinta anos, provocando a fúria crescente a que temos assistido.

A época futebolística ainda agora começou mas já é visível a campanha e o trabalho de sapa dos ditos pasquineiros.

Apraz-me registar a existência de alguns atentos adeptos portistas, sempre prontos para combater e denunciar, nos meios a que têm acesso, para que tal fundamentalismo não passe em claro.

Confesso que não sinto a mínima vocação para encetar essa luta, ainda que esporadicamente emita as minhas «reacções às pasquinadas». Prefiro obviamente dedicar-me à minha grande paixão que é o FC Porto.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PARADA DE ESTRELAS

ARTUR DE SOUSA (PINGA) fez o seu primeiro jogo com a camisola do FC Porto em 25 de Dezembro de 1930, frente ao Salgueiros, com vitória portista por 10-2.
Nascido na Madeira, Pinga constitui uma das mais importantes transferências da história do Clube.

Foram o treinador húngaro Szabo e o presidente Dumont Villares que conseguiram convence-lo a rumar ao FC Porto, depois de ter jogado pela Selecção Nacional, frente à Espanha, ainda como jogador do Marítimo do Funchal.

Fez uma carreira memorável com as camisolas azul e branca e a das quinas, conquistando os Campeonatos de Portugal de 1931/32, 1936/37 e 1938/39 e o Campeonato da Primeira Liga de 1934/35. Foi internacional por 23 vezes.

Era um jogador de rara intuição, lúcida visão do jogo, facilidade de remate, pontapé temível e finta desconcertante. Muitas das vitórias portistas devem-se às suas espectaculares actuações, pelo que jogava, fazia jogar e pelos golos que marcava.


Foi um dos «três diabos do meio-dia». Com a camisola azul e branca, fez 400 jogos e marcou 394 golos, ao longo de 16 anos de dedicação ao Clube, sendo ainda hoje considerado um dos maiores jogadores portugueses de todos os tempos.


Retirou-se do futebol prematuramente, face a uma grave lesão no menisco. O FC Porto dedicou-lhe uma festa de despedida no Estádio do Lima, com a presença de 20 mil pessoas e um desfile de meio milhar de atletas de todas as modalidades.

Fontes: Revista Dragões; Figura & Factos, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; 100 Anos de História, de Álvaro Magalhães e Manuel Dias

domingo, 16 de agosto de 2009

JESUALDO LÁ AVISAR, AVISOU...

FICHA DO JOGO

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Jesualdo Ferreira tinha já avisado que o FC Porto teria de jogar muito melhor para vencer na Mata Real. No entanto tal aviso não chegou para conseguir envolver o conjunto num futebol mais dinâmico, envolvente, inteligente e demolidor, bem pelo contrário. E até foram dos jogadores do FC Porto os dois golos do jogo, mas...

Defesa algo permeável, meio campo pouco esclarecido e ataque precipitado e trapalhão, foram os defeitos que constituíram as características de mais uma exibição vulgar frente a um adversário pouco mais que voluntarioso, ainda que desta vez salpicada com meia dúzia de boas jogadas que poderiam perfeitamente ter dado um desfecho diferente. Estou a lembrar-me principalmente de dois momentos de Belluschi (23' e 37'), o primeiro fazendo a bola esbarrar na barra e o segundo obrigando Cássio a aplicar-se; e um outro de Hulk que bem desmarcado por Meireles (uma das raras coisas positivas do médio) apareceu isolado frente ao guarda-redes mas não foi capaz de o desfeitear.


Esta equipa continua a praticar mau futebol, exagerando o número de passes errados, prejudicando terrívelmente a progressão, dando a possibilidade ao adversário de recuperar a bola e até de se tornar perigoso no contra-ataque.

A inclusão de Farías na equipa titular não trouxe nada de novo. Avançado pouco móvel, não beneficiou hoje dos falhanços adversários, ficando em branco. Mariano continua o mesmo trapalhão de sempre e quando Jesualdo o utiliza como titular está tudo dito. Muita precipitação, pouco descerenimento e até alguma desorientação, a somar a algum infortúnio, foram os condimentos que ditaram o resultado.

O Professor vai ter de trabalhar muito esta equipa. Tem matéria-prima mas também tem de saber tirar partido dela.

Hoje os destaques positivos vão para Fernando e Belluschi, que sem rubricarem exibições de encher o olho, longe disso, foram os que melhores indicações deram. Pela negativa, Raul Meireles que esteve ausente do jogo e Hulk pela sua persistência na reclamação.

sábado, 15 de agosto de 2009

NA PROCURA DA BOA FORMA


Vai começar este Domingo a dura caminhada do FC Porto, na tentativa de juntar ao seu rico palmarés o segundo Pentacampeonato da história do futebol português.

A tarefa, como de costume, não se afigura fácil pois como é sabido não nos chega ser melhores, teremos de ser muito melhores, «vocês sabem do que é que estou a falar...» e os Dragões até já aprenderam a conviver com essa realidade, transpondo essas dificuldades com muito empenho e classe quanto baste.

Os jogos desta época mostraram uma equipa ainda longe do que se espera dela, face à inegável categoria dos atletas que compõem o plantel, sendo certo que Jesualdo tem tido algumas contrariedades na sua preparação.

Depois da conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, os azuis e brancos voltam a encontrar-se com o Paços de Ferreira (vicissitudes do sorteio), desta feita na casa do adversário.

O Professor fez a sua escolha, com destaque para as reentradas de Beto e Falcao, que não tinham sido convocados na semana anterior, o guarda-redes por opção técnica e o avançado por falta do certificado internacional, que entretanto se resolveu.

Lista completa: Helton, Beto, Fucile, Rolando, Bruno Alves, Nuno André Coelho, Álvaro Pereira, Fernando, Raul Meireles, Belluschi, Tomás Costa, Guarín, Valeri, Mariano Gonzalez, Hulk, Farías, Falcao e Varela.

EQUIPA PROVÁVEL


Relembro que a equipa provável aqui apresentada é sempre aquela que eu prevejo que Jesualdo utilizará, face aos desenvolvimentos da semana, apenas e só.

O Jogo terá como palco o Estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira e será realizado no dia 16 de Agosto de 2009, pelas 18:00 H.

Terá como Juíz o árbitro Carlos Xistra da Associação de Futebol de Castelo Branco e será transmitido em directo pela SporTV1

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

PARADA DE ESTRELAS

ACÁCIO MESQUITA estreou-se na equipa principal do FC Porto em 1927, frente ao Sport Progresso (2-2), no Estádio do Lima. Foi também um produto da escola de infantis dos anos 20.

Tal como Valdemar Mota, tornou-se rapidamente popular, revelando-se desde as primeiras actuações, um avançado centro demasiado rápido para os defesas da época, com reflexos velozes e imprevisíveis e dotado de uma técnica apurada e subtil, capaz de transformar a competição em arte.



Foi campeão infantil, campeão regional do Norte (várias vezes), campeão de Portugal, em 1932 e campeão da 1ª Liga. A primeira internacionalização conquistou-a com apenas 17 anos.

Acácio Mesquita era um verdadeiro atleta e um apaixonado pelo desporto em geral. Naquele tempo era comum alguns jogadores de futebol acumular esta modalidade com outras do seu gosto.


Este ecléctico atleta praticou também, em simultâneo, ao mais alto nível, atletismo e basquetebol. Foi recordista nacional do triplo-salto, dos 110 metros barreiras e dos 4x100 metros, tornando-se assim um símbolo do Clube.

Já na década de 50, na inauguração do Estádio das Antas, comandou o desfile dos atletas mais representativos do FC Porto. Viria a falecer logo a seguir, em 1952.


Fontes: Revista Dragões; Figuras & Factos, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ACTUALIZAÇÃO DO RANKING

Após a vitória da 16ª Supertaça Cândido de Oliveira, o FC Porto deu mais um passo na aproximação ao primeiro lugar do ranking dos clubes nacionais com mais títulos.

Soma agora 64 e fica a apenas um título de igualar essa «potência planetária!!!»:

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domingo, 9 de agosto de 2009

COMEÇAR EM FESTA

FICHA DO JOGO

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Tal como tinha previsto, o FC Porto conquistou mais uma Supertaça Cândido de Oliveira, a 16ª em 25 presenças, sem brilho face a um adversário nitidamente mais fraco mas a desenvolver um futebol mais competitivo, fruto provavelmente da fase mais adiantada de preparação, em função dos jogos que teve de disputar para a Liga Europa.

Em todo o caso, era expectável um melhor desenvolvimento da equipa mais favorita, o FC Porto que no entanto não aconteceu.

O início de temporada com tal fragilidade começa já a ser típico nas hostes azuis e brancas comandadas por Jesualdo Ferreira, razão pela qual não acalentava grandes expectativas em relação à qualidade de jogo que os Dragões iriam apresentar esta noite.

A primeira parte foi mesmo um deserto de ideias e sobretudo um recital de coisas mal feitas, desde o deficiente controlo da bola, passando pela quase caricata troca de bola, perdida ao segundo ou terceiro passe, para terminar na incapacidade de criar lances perigosos, resultando na inexistência de oportunidades de golo. Exceptua-se uma jogada do incrível Hulk que ofereceu essa possibilidade a Belluschi, que desperdiçou, já o relógio caminhava para o 25º minuto.

Só aos 59', já com Farías em campo, surgiu o golo portista, uma verdadeira dádiva do guarda-redes Cássio. O argentino, rato da área, aproveitou uma fífia do pacense e não perdoou, colocando o FC Porto na frente do marcador, sem saber ler nem escrever!

O Paços sentiu o toque e começou a desunir-se. A partir de então, os Dragões tomaram conta do jogo, criaram novas oportunidades e marcaram mesmo, por Bruno Alves que acorreu a um canto marcado por Meireles, elevou-se mais alto a cabeceou para o golo.


Vitória, apesar de tudo justa, mas repito, sem qualquer brilho. Ainda bem que o adversário de hoje era fraquito, senão...


Não vou fazer destaques individuais porque foram todos uma nódoa. Apenas salientar a 16ª conquista neste troféu, a primeira de Jesualdo Ferreira em três tentativas, que desta forma completa a sua colecção das três mais importantes competições nacionais.

sábado, 8 de agosto de 2009

PODE SER MAIS UM «CANECO»?

Após duas tentativas falhadas, Jesualdo Ferreira vai ter amanhã a terceira possibilidade para vencer o Troféu nacional que falta no seu palmarés, a Supertaça Cândido de Oliveira.

Será a estreia oficial do FC Porto, sucedendo a um mês de intensa preparação, após as férias. O professor tem certamente a equipa já pensada, tendo em conta algumas ausências como as de Cristian Rodriguez e Orlando Sá, por lesão e de Falcao por lhe faltar o certificado internacional.

Depois do que nos foi dado verificar no período de preparação, não será difícil prognosticar a constituição da equipa, que não andará muito longe daquele em que Jesualdo mais tem insistido: Helton, na baliza; no quarteto defensivo, Fucile, Rolando, Bruno Alves e Álvaro Pereira; No meio campo, Fernando, Raul Meireles e Belluschi; e no tridente atacante, Mariano Gonzalez, HulK e Silvestre Varela.

Creio ser uma constituição perfeitamente capaz de levar de vencida o valoroso Paços de Ferreira, mas para ser sincero não espero um grande jogo de futebol. As duas participações anteriores do FC Porto nesta prova, foram desoladoras quer em termos de resultado quer em termos de exibição, deixando-me naturalmente muitas reservas em relação à qualidade do futebol, nesta altura, possível de apresentar. Tem sido assim e creio voltará a ser, ainda que acredite obviamente na conquista de mais esta Taça.

Nuno, Miguel Lopes, Maicon, Guarín, Valeri, Tomás Costa e Farías, completam o lote dos convocados.

O jogo terá como palco o Estádio Municipal de Aveiro, um dos dez construídos para o Euro 2004 , projectado pelo arquitecto Tomás Taveira, será dirigido por Jorge Sousa da Associação de Futebol do Porto e transmitido pela RTP 1, pelas 20:45 h de Domingo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

PARADA DE ESTRELAS

VALDEMAR MOTA foi o primeiro atleta olímpico do FC Porto, no âmbito do Jogos de Amesterdão, na Holanda, disputados em Maio de 1928. Curiosamente, um futebolista que, sem ponta de exagero marcou os anos vinte com outro nome de referência, Acácio Mesquita (que será brevemente evocado nesta rubrica), ambos produto do bom trabalho que já então era desenvolvido nas escolas de infantis.

A estreia na equipa principal aconteceu frente ao Salgueiros, a 10 de Outubro de 1926 na Constituição, com uma vitória por 2-1. Despertaria para uma carreira fulgurante, como extremo e também interior direito, quer ao serviço do Clube quer ao da Selecção Nacional.

Obteve a sua primeira internacionalização em Janeiro de 1928, no sexto Portugal-Espanha (2-2 no Lumiar, em Lisboa), tornando-se um indiscutível. Fez 21 jogos com a camisola das quinas, uma proeza notável, tendo em conta a escassez de jogos internacionais por essa altura.

Era um jogador vocacionado para os grandes jogos, produzindo regularmente excelentes exibições. O seu jogo mais marcante terá sido o disputado no Porto, no Campo do Amial, na vitória portuguesa, pela marca expressiva de 4-1, contra a Itália, contribuindo com três golos da sua autoria, na que seria uma das derrotas mais humilhantes dos transalpinos, apesar de contar com alguns dos mais famosos jogadores da Europa.

Marcou também nas Olimpíadas de 1928, nas vitórias de Portugal frente ao Chile (4-2) e frente à Jugoslávia (2-1).
Foi também o primeiro jogador do FC Porto a capitanear a Selecção Nacional, precisamente frente à Itália, jogado no Estádio do Lima.

Era um artista a jogar. Tecnicamente insuperável, foi considerando durante longos anos um dos melhores avançados de sempre. Reunia um conjunto raro de qualidades aliando a força física ao poderoso remate. Possuía ainda absoluta frieza em situações difíceis, perfeito domínio de bola e um raro instinto. Com Pinga e Acácio Mesquita formou o famoso trio denominado «os três diabos do meio-dia», epíteto resultante dum jogo internacional frente ao First Viena, que o FC Porto venceu por 3-0, disputado ao meio-dia e que ficou na história.


Foi campeão nacional por duas ocasiões: 1934/35 e 1936/37.

Fontes:Revista Dragões; 100 Anos de História, de Álvaro Magalhães e Manuel Dias.

domingo, 2 de agosto de 2009

UM PLANTEL PARA O PENTA!

A oito dias do primeiro jogo oficial da época e terminada a participação na Peace Cup, em Isla Canela, que serviu de preparação do plantel, é tempo para uma retrospectiva sobre o trabalho desenvolvido e projecção para o futuro.

Qualquer tipo de ilação será sempre prematuro, tendo em conta o curto período de trabalho, as onze alterações (até agora) operadas no plantel e a sua chegada a conta-gotas, a que se somou a indisponibilidade de uns quantos por lesão (Sapunaru, Miguel Lopes, Orlando Sá, Farías e Cristian Rodriguez), que teve como consequência patamares de ritmos, condição física e técnica diferenciados, condicionando obviamente quer o escalonamento quer a performance da equipa, sujeita a um calendário apertado de jogos (três com um dia de intervalo a separá-los).

Contudo, não quero deixar de partilhar algumas considerações, correndo evidentes riscos de avaliação, no âmbito do treinador de bancada que existe em cada um de nós, certamente influenciadas pela intransponível paixão clubista, eventual causadora de algum excesso de apreciação, que só o tempo e os factos desmentirão.

A ideia com que fiquei dos cinco jogos que acompanhei (Leixões, Mónaco, Lyon, Besiktas e Aston Vila) é que Jesualdo Ferreira tem entre mãos uma tarefa complicada.

Uma vez mais, amputada de três dos melhores interpretes do seu sistema de jogo, cabe ao Professor pôr em prática a tão apregoada capacidade para restaurar a equipa.


A baliza parece bem apetrechada. À saída de Ventura por empréstimo, a SAD disponibilizou o guarda-redes do momento, Beto que se mostrou corajoso e competente, capaz de pôr em causa a titularidade de Helton, que pelos vistos continua a introduzir nas suas boas exibições, momentos de completa infantilidade, ocasionando grande perplexidade. Nuno compõe o ramalhete, suponho que desta vez para acautelar castigos ou lesões dos seus concorrentes.

A linha defensiva poderá ter ficado mais equilibrada face à entrada de dois promissores centrais (Maicon e Nuno André Coelho). No entanto vão ter de trabalhar muito para ganhar a titularidade a Rolando e Bruno Alves. Nas laterais, Álvaro Pereira leva vantagem na esquerda, dando a ideia de tratar-se de um substituto à altura do seu antecessor. Já na direita, o momento levanta alguma preocupação. Fucile ainda não conseguiu a bitola a que já nos habituou, Sapunaru tem estado incapacitado e Miguel Lopes só começou a trabalhar sem reservas há muito pouco tempo.

No meio campo a dúvida parece ser quem fará companhia a Fernando e Raúl Meireles. Belluschi tem sido, quer o mais utilizado quer o que melhor rendimento tem demonstrado. É um jogador muito diferente de Lucho. Mais criativo mas também menos pendular. Vai ter que discutir o lugar com Valeri, ainda sem tempo de integração a quem foram dados uns «minutinhos» para se ir habituando ao peso da camisola, e circunstancialmente com Tomás Costa, pau para toda a colher, de quem se espera a explosão prometida. Parece que ainda não vai ser desta que Guarín conseguirá impor-se. Lento nas progressões, demasiado complicativo nos processos e pouco discernimento na definição das jogadas, fazem dele o elo mais fraco do miolo do campo. Prediger é para já uma incógnita.

Na dianteira Silvestre Varela pode vir a ser um jogador importante, mas tem ainda uma longa «via-sacra» a percorrer. Não lhe basta ser voluntarioso, forte fisicamente e rápido. Necessita aliar qualidade de passe e precisão no remate. Se o conseguir transformar-se-à num caso muito sério. Terá, a meu ver, que discutir um lugar nas alas, com Mariano Gonzalez, Cristian Rodriguez e eventualmente com o próprio Hulk. O argentino tem sido igual a si próprio, capaz de no mesmo jogo alternar o bom com o sofrível. Jogador esforçado mas muito trapalhão, que eu dispensaria sem hesitações caso Varela se afirme. O uruguaio chegou lesionado, mas uma vez recuperada a forma o lugar será seu. No ponto nevrálgico da área, à partida parece não haver lugar para dúvidas: Pois claro, o incrível Hulk com todos os defeitos e virtudes patenteados já na época passada mas este ano sem a sombra de Lisandro Lopez. Hulk é força, é potência, é rapidez é pânico nas defesas contrárias e é golos. A concorrência de Farías, a eterna «sombra» que aparece de quando em vez e de Falcao que no pouco tempo de utilização pareceu ligeiramente mais móvel e dotado tecnicamente que o seu compatriota, não parece de grande monta. Orlando Sá ainda a braços com uma lesão ainda não se mostrou.

Continuo a achar que falta um avançado de envergadura, com boa presença na área capaz de jogar de cabeça para ganhar o jogo aéreo. É com esta matéria-prima que Jesualdo Ferreira terá de construir uma equipa ambiciosa e competente para levar de vencida os objectivos do costume. Veremos se com esta dará o salto qualitativo que se impõe.

Não quero terminar sem um alerta para um exagerado optimismo que assola pela blogoesfera de cariz azul e branco. As «coisas» neste país não se alteraram. Continuam a ser feitas «por outro lado»! Para vencermos não nos basta ser melhores, temos de ser muito melhores. Por isso é bom que não comecemos, desde já, a embandeirar em arco e a menosprezar os rivais, como tenho constatado.