domingo, 29 de novembro de 2009

MAIS DO MESMO!


FICHA DO JOGO

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A vitória, mais uma sofrida, não chega para disfarçar o momento periclitante que a equipa do FC Porto atravessa.

Na noite chuvosa e fria de hoje, tenho que enaltecer a pachorra de 22.512 espectadores que, corajosamente se deslocaram ao Dragão para assistir a mais um jogo medíocre dos azuis e brancos.

Tal como havia vaticinado na antevisão a «catrefada» de passes mal executados, de lançamentos compridos mal dirigidos, a perda de bolas inacreditáveis, alguns remates caricatos e oportunidades escandalosamente desperdiçadas foram uma realidade.

O futebol desta equipa mete dó! Fiquei estupefacto com as declarações, de Jesualdo após o jogo quando defendeu tratar-se de um jogo bem jogado! Francamente!

A equipa, para além dos defeitos acima apontados, denotou grandes dificuldades para criar espaços, muito pouca imaginação, ineficácia, intranquilidade na defesa,(onde a novidade foi a presença de Maicon no lugar de Rolando) e ainda pouca lucidez.

O primeiro golo portista resultou de uma investida de Hulk, que depois de tabelar com Falcao, foi feliz em dois ressaltos aparecendo na cara de Carlos a desfeitea-lo. No entanto, a vantagem portista desfez-se um minuto depois pela cabeça de João Tomás, ao saltar mais alto que Fucille, na zona de juridisção de Maicon (!). O Porto sentiu o golpe, desuniu-se um pouco mas recuperou a calma e voltou a tentar novo golo, quase sempre da pior maneira.


Na segunda metade, os Dragões mantiveram a toada mais atacante e beneficiaram de uma grande penalidade muito duvidosa sobre Fucille, mas Falcao não aproveitou fazendo a bola esbarrar na barra. O guarda-redes vilacondense galvanizado, efectuou um punhado de excelentes defesas negando o golo em tres ou quatro ocasiões. O jogo parecia condenado a terminar empatado. O Professor decidiu-se finalmente por fazer entrar Silvestre Varela e, coincidência ou não, foi ele que desencravou o resultado aproveitando com todo o oportunismo o toque de cabeça de Farías, após um canto para atirar a contar, aos 81'.


Os minutos finais foram de algum dramatismo, com o FC Porto a defender a vantagem. O Rio Ave por pouco não empatou, deixando a sensação que poderia ter conseguido um resultado bem diferente se fosse mais ousado.

O meu destaque vai para Varela pela importância do golo que marcou.




sábado, 28 de novembro de 2009

ARTILHARIA PESADA PARA DERRUBAR NAU VILACONDENSE

De regresso à Liga, no rescaldo do recente desaire diante do Chelsea, o FC Porto vai receber o Rio Ave, sexto classificado com apenas uma derrota, numa altura em que os Dragões não vencem para o Campeonato à duas jornadas consecutivas (empate com o Belenenses e derrota com o Marítimo).

Espera-se dos vilacondenses uma toada defensiva, na tentativa de travar o natural ímpeto atacante dos portistas, razão pela qual, as dificuldades de penetração daí inerentes a somar à habitual falta de soluções da equipa azul e branca, ainda longe de produzir um futebol demolidor, vão certamente fazer-se sentir.

Creio que vamos continuar a assistir à «catrefada» de passes mal executados, de lançamentos compridos mal dirigidos, à perda de bolas inacreditáveis, de alguns remates caricatos e de oportunidades escandalosamente desperdiçadas. Sinceramente gostava que tal não passasse de mero e injustificado pessimismo da minha parte. A ver vamos.

Apesar de tudo continuo a acreditar que vamos ganhar! Trata-se da chama do Dragão, que no meu caso, permanece eternamente intensa, quaisquer que sejam as performances e os resultados.

Jesualdo Ferreira deixou de novo Helton fora das opções, aparentemente por motivos de incapacidade física. Fucille de regresso é a boa notícia. Os convocados são os seguintes: Beto, Nuno, Fucille, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Fernando, Raul Meireles, Belluschi, Guarín, Valeri, Hulk, Silvestre Varela, Falcao, Farías e Cristian Rodríguez

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Liga Sagres - 11ª Jornada
Jogo: FC Porto - Rio Ave
Palco: Estádio do Dragão - Porto
Árbitro: Paulo Costa - A.F. Porto
Hora e dia do jogo: 20:15 H de Domingo (29.11.09)
Transmissão: RTP1

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

PAVÃO nasceu em Chaves no ano de 1947. O seu nome completo era Fernando Pascoal das Neves, mas desde cedo lhe puseram a alcunha de «Pavão» porque fintava os adversários com os braços abertos.

Deu os primeiros pontapés, no Desportivo local. O mestre Artur Baeta reconheceu-lhe talento e trouxe-o para as Antas. Corria então o ano de 1964. Ingressou nos juniores ainda com idade de juvenil e foi logo campeão da categoria cuja equipa integrava entre outros, Artur Jorge, Vieira Nunes e Sucena.

A chamada à equipa principal não tardaria. Flávio Costa iria lança-lo, com apenas 18 anos, num jogo contra o Benfica, nas Antas, com a tarefa de vigiar Mário Coluna, o «motor» dos lisboetas, missão extraordinariamente executada pois não permitiu ao benfiquista explanar o seu futebol, para além de rubricar uma grande exibição que esteve na base de uma saborosa vitória por 2-0. Chegou mesmo a capitão, assumindo-se como a estrela da companhia.

Pavão tornou-se um ídolo para a maior parte dos portistas! Era um jogador genial, com uma visão de jogo impressionante, um predestinado dos mais dotados jogadores portugueses que vi jogar. O facto de ter sido jogador do FC Porto tê-lo-há impedido de alcançar uma maior projecção ao nível da Selecção Nacional.

A auspiciosa carreira viria a ser brutalmente interrompida, no dia 16 de Dezembro de 1973, num jogo, no Estádio das Antas, frente ao Vitória de Setúbal, equipa então treinada por Pedroto que liderava o campeonato, a contar para a 13ª jornada. Aos 13 minutos de jogo, quando os Dragões já ganhavam e as bancadas estavam em festa, depois de ter ganho um lance a meio-campo e endossado a bola com rigor milimétrico a António Oliveira, Pavão deu mais um passo em frente e caiu de bruços. O médico do Clube, Dr. José Santana, assistiu o atleta no lugar da queda e ordenou que fosse transportado para o Hospital de S. João, apercebendo-se imediatamente da gravidade da situação.

O jogo prosseguiu sob uma atmosfera quase dramática. Ao intervalo, aos altifalantes do estádio, apelava-se à calma indicando uma indisposição como razão da ida de Pavão ao Hospital. No final do encontro, foi anunciada a sua morte na sequeência da difusão da notícia pela rádio. Foram momentos de estupefaccção, dor e lágrimas que não consegui evitar e jamais esquecerei.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

DIFERENÇA NA EFICÁCIA... E NÃO SÓ!

FICHA DO JOGO

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A visita do Chelsea ao Dragão colocava algumas interrogações. Com que FC Porto poderíamos contar? Com o amorfo dos últimos jogos ou o que se apresentou em Stamford Bridge? Esta prolongada paragem na competição terá sido útil ou pelo contrário? Seria o FC Porto actual capaz de cumprir a ambição de ser o líder do Grupo?

O jogo desta noite deu todas as respostas.

Jesualdo Ferreira começou por surpreender ao deixar Hulk no banco, dando o seu lugar ao recuperado Silvestre Varela que cumpriu sob o ponto de vista defensivo, cobrindo o flanco direito na ajuda a Sapunaru quando se impunha. No ataque pareceu-me menos incisivo mas creio ter feito o suficiente para justificar a aposta do treinador.

A inclusão de Bellushi no onze titular trouxe ao meio campo a natural criatividade com que na primeira parte os Dragões justificariam a vantagem no marcador, não fora a maldita ineficácia, principalmente em dois lances construídos pelo argentino (os mais perigosos do primeiro tempo), sendo que no primeiro o seu remate esbarrou em Petr Cech, sobrando a bola para Falcao fazer a recarga sem êxito, enquanto no segundo foi a barra a impedir o golo.

Raul Meireles, em clara subida de forma, contribuiu também para um maior ascendente portista, contudo, a habitual falta de qualidade de passe acabou por fazer perder boas jogadas, cortando de algum modo a iniciativa portista e proporcionando aos ingleses um maior controlo do jogo.

A etapa complementar forneceu mais do mesmo, com as duas equipas a interpretar o futebol algo desligado, o do FC Porto, e o de melhor qualidade, o do Chelsea.

Não é possível continuarmos a recuperar bolas para de seguida «oferecer» ao adversário; Construir jogadas para queimar com o último passe; Insistir em passe longos geralmente mal direccionados; não ser capaz de municiar o ponta de lança com lances capazes de conclusão eficaz.

Jesualdo experimentou lançar Hulk mas o brasileiro não trouxe grandes melhorias, pelo contrário. Sapunaru ficou mais exposto e foi mesmo pelo seu lado que nasceu o lance do golo inglês, concretizando a primeira vitória de Chelsea ao terceiro jogo no Dragão.

Conclusão, o FC Porto de hoje ficou a meio caminho entre as últimas exibições e a tal de Londres. A paragem na competição foi útil para a recuperação de Varela e pouco mais (pelo menos para este jogo). A equipa não cumpriu a ambição de ser líder do Grupo e, em minha opinião, está ainda longe para ambicionar mais do que já conseguiu, os oitavos-de-final.

Hoje gostei mais de Raul Meireles, cuja exibição ficou ainda abaixo das suas possibilidades (como ficou demonstrado nos dois jogos pela selecção) e do Belluschi, mesmo com altos e baixos (bem a atacar e a rematar mas frágil a defender).

terça-feira, 24 de novembro de 2009

QUE FC PORTO PODEMOS ESPERAR?

O futebol de alta competição vai estar de regresso ao Dragão, o palco dos sonhos portista, com mais um jogo da Liga dos Campeões.

É o regresso depois de uma longa ausência (o último encontro oficial disputou-se no já longínquo e fatídico dia 8 do corrente mês, na Madeira, com o resultado que sabemos...).

As paragens longas não costumam trazer-nos boas recordações, bem pelo contrário. Contudo, desta vez, creio que o grupo de trabalho, apesar de mutilado pelos internacionais que deram o seu contributo nas diferentes selecções, pôde recuperar alguns dos lesionados e preparar minimamente o próximo encontro.

O opositor é de respeito, nada mais, nada menos que o Chelsea, o actual líder da Premier League e também o líder do Grupo D, com apenas mais um ponto que o FC Porto, ambos já qualificados para os oitavos-de-finais da prova.

É pois uma oportunidade para os Dragões experimentarem o assalto ao primeiro lugar, desiderato que estou certo, atletas e equipa técnica ambicionam.

Tarefa sempre complicada naturalmente, mas dependente do FC Porto que se vai apresentar amanhã. Se o dos últimos jogos, de qualidade duvidosa e pouco habitual, ou o «verdadeiro», o capaz de entusiasmar e fazer vibrar a sua dedicada massa associativa.

Espero evidentemente este último.

Jesualdo Ferreira fez as suas escolhas, na certeza de não poder contar ainda com Fucile e Helton, a braços com as suas lesões mas com recuperação para breve e ainda o seu idolatrado Mariano Gonzalez, a cumprir o último jogo de castigo. Assim, a convocatória recaíu sobre os seguintes atletas: Beto, Nuno, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Fernando, Raul Meireles, Guarín, Valeri, Tomás Costa, Belluschi, Hulk, Falcao, Farías, Varela e Cristian Rodriguez.

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: 5ª jornada do Grupo D - Champions League
Equipas: FC Porto - Chelsea
Estádio: Dragão - Porto - Portugal
Árbitro: Jonas Eriksson - Suécia
Hora do Jogo: 19:45 h
Transmissão: RTP 1

sábado, 21 de novembro de 2009

POLÉMICA? OLHEM QUE NÃO!

O adiamento do jogo Oliveirense - FC Porto para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, determinada pelo árbitro Bruno Paixão, está a ser motivo de grande polémica.

O juiz setubalense recorreu-se dos regulamentos, após verificação das condições precárias do terreno agravado pelas condições meteorológicas ocorridas durante a manhã, estendendo-se há hora do jogo.

Há quem defenda que a atitude do árbitro foi imposta pelo «poder» que Pinto da Costa «deterá» nas altas esferas do futebol nacional (!), cujas declarações e comunicados antes do jogo terão funcionado como factores de pressão. Só falta acusarem-no de ter feito complot com o S. Pedro.

Ora esta corrente de opinião é a mesma que tanto criticou as condições em que Portugal foi obrigado a jogar na Bósnia;

É também a mesma que considera normal arrancar as cadeiras das bancadas para duplicar a lotação, ignorando as normas de segurança;

É também a mesma que tolera que num estádio lisboeta se «obrigue» a instalar 3000 adeptos portistas num espaço destinado a 1000;

A mesma que defende que o Campeonato Nacional de Juniores devia ser ganho à pedrada;

É ainda a mesma que entende como perfeitamente normal a mudança de um jogo a contar para a Liga Profissional, do Estoril para o Algarve, passando por cima dos regulamentos, para servir interesses instalados.

Alvitram que a Oliveirense defrontou os últimos dois adversários para a Liga Vitális, nas mesmas condições (Carregado e Gil Vicente), como se um erro justificasse um cento; que o futebol profissional deveria ser encarado como o amador, enfim... o folclore do costume.


Parece-me evidente que o presidente José Godinho se aproveitou da grandeza do FC Porto para estrategicamente procurar sensibilizar a comunidade oliveirense para a necessidade da construção de um novo estádio. As suas palavras são inequívocas: «Espero que seja irreversível o processo para a construção de novo estádio. Demonstrámos a toda a comunidade oliveirense que para estarmos numa competição não podemos ter este estádio, ou então teremos de descer de divisão.»

Considero legítimo que a Oliveirense pretenda efectuar o jogo no seu estádio. Foi esse o sentido do sorteio. Para tal, deverá esforçar-se no sentido de apresentar as condições minimas regulamentares, sem o recurso a expedientes ou a saloiadas. Seria agradável conseguir ter o Sol na eira e a chuva no nabal, mas tal não será possível como ficou evidente.

IMPEROU O BOM SENSO

Perante um relvado muito mal tratado, agravado pela intempérie que se abateu na manhã e principio da tarde de hoje, Bruno Paixão, o árbitro designado para dirigir o encontro, decidiu pelo adiamento por não haver condições mínimas para a sua realização.

Os atletas ainda fizeram o aquecimento no lamaçal que ameaçava ficar num completo batatal à medida que ia sendo pisado.

O jogo fica assim adiado para data a determinar.

Sobre o assunto, parece-me pertinente uma série de criticas:

1 - Como é que a Liga Profissional permitiu e continua a permitir a realização de jogos da Liga Vitalis, nas mesmas condições? É desta forma que se defende o futebol? Santa incompetência!

2 - A Federação Portuguesa de Futebol que foi tão crítica quanto às más condições encontradas na Bósnia, lavou as mãos como Pilatos, deixando para o árbitro a decisão que ela própria tinha a obrigação de tomar. Não têm olhos na cara? Covardia tem limites!

3 - As preocupações e reacções dos dirigentes e equipa técnica portista tinham, como se verificou, toda a razão de ser.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

CUSTÓDIO PINTO representou o FC Porto da época de 1961/62 a 1970/71. Começou por jogar a médio, mas José Maria Pedroto descobriu-lhe talento para avançado, lugar que ocupou nos últimos anos da sua carreira, conseguindo belos golos de cabeça que lhe valeram o epíteto de «cabecinha de ouro».

Disputou 242 jogos no campeonato, marcando 80 golos. Foi capitão da equipa durante alguns anos e nessa condição coube-lhe erguer a Taça de Portugal conquistada em 1967/68, o único título do longo jejum de 19 anos.
Vestiu a camisola da Seleccção Nacional por treze vezes, estreando-se contra a Suíça num jogo amigável que Portugal perdeu por 2-3. Fez parte da Selecção dos «Magriços» mas apenas foi utilizado contra a Roménia, precisamente o último jogo da fase de qualificação para a fase final em Inglaterra, onde esteve com a camisola 19, não lhe tendo sido dada a oportunidade de se estrear. Ainda participou num Portugal-Grécia, a 4 de Maio de 1969, a contar para o apuramento do Mundial de 1970.

Terminada a carreira de futebolista, ainda foi treinador dos juniores do FC Porto.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

CARIMBADO A AZUL PASSAPORTE PARA A ÁFRICA DO SUL

Se na primeira mão em Lisboa pertenceu ao portista Bruno Alves o golo da vitória, nesta segunda mão, em Zenica, outro portista «resolveu» marcando o golo da vitória: Raul Meireles.

Num terreno irregular e difícil, impróprio para futebol deste nível, Portugal impôs-se evidenciando a gritante diferença de qualidade entre as duas selecções. Começou cauteloso mas controlador nunca permitindo que o perigo rondasse a sua baliza. Bruno Alves, Ricardo Carvalho e Pepe, bem coadjuvados pelos laterais Paulo Ferreira e Duda estiveram muito seguros reduzindo os bósnios a remates de meia distância que não deram para assustar.

Pertenceu mesmo a Portugal as melhores ocasiões de chegar mais cedo ao golo. Raul Meireles aos 28 minutos, servido de calcanhar por Tiago, rematou contra o guarda-redes, quando tinha tudo para fazer golo.

Na segunda parte os portugueses assumiram finalmente o comando do jogo e a Bósnia abriu brechas que a selecção nacional nem sempre soube aproveitar. Nani dentro da área viu o guarda-redes defender com os pés negando-lhe o golo. Redimiria-se mais tarde colocando a bola ao alcance de Meireles que fez a bola entrar nas redes adversárias, dando alguma justiça ao resultado.

O jogador portista, que foi o melhor jogador em campo, disporia ainda de duas outras soberanas ocasiões de marcar mas não foi feliz.

No final uma vitória tão justa quanto escassa, espelhando classe mas também falta de eficácia no remate.
Os portistas envolvidos, Bruno Alves e Raul Meireles, foram enormes. Bruno imperial na defesa e Meireles a percorrer o campo to
do, a distribuir e a rematar. Ambos deixaram a marca do Dragão, carimbando com as cores azul e branco o passaporte para o mundial da África do Sul. O médio portista foi o único totalista desta selecção em toda a campanha.


Bósnia- Herzgovina 0 Portugal 1

Jogo no Estádio Bilino Polje, em Zenica.

Assistência:Cerca de 15.000 espectadores.

Bósnia: Hasagic; Pandza, Nadarevic, Jahic; Ibricic, Bajramovicv (Berberovic 82’), Medunjanin (Muslimovic 46’), Pjanic, Salihovic; Ibisevic e Dzeko.

Suplentes não utilizados: Asmir Begovic, Adnan Mravac, Damir Mirvic, Ninoslav Milenkovic e Dario Damjanovic.


Treinador:Miroslav Blazevic

Portugal:Eduardo; Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Duda; Pepe, Raul Meireles e Tiago; Nani (Edinho 73’), Simão (Deco 80’), e Liedson (Miguel Veloso 90’).

Suplentes não utilizados: Hilário, Miguel, Rolando e Hugo Almeida.

Treinador: Carlos Queiroz

Árbitro:Roberto Rosetti, de Itália.

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Jahic (25’), Simão (27’), Nadarevic (37’), Dzeko (58’), Salihovic (76’ e 76’) e Berberovic (92’). Cartão vermelho por acumulação para Salihovic (76’).

Golos: 0-1, por Raul Meireles, 56’.

sábado, 14 de novembro de 2009

TUDO OU NADA - PRIMEIRA PARTE

Após a vitória de hoje, arrancada frente à Bósnia, na 1ª mão do play-off, jogada no estádio da Luz, Portugal ganhou uma curta vantagem na qualificação para a fase final do Campeonato do Mundo que se vai realizar na África do Sul.

Bem apoiada por cerca de 62.000 espectadores, a equipa nacional procurou desde cedo assumir o controle da partida, remetendo o adversário para uma toada cautelosa mas sempre à espreita de uma oportunidade para criar perigo às redes portuguesas.

Sem Cristiano Ronaldo lesionado, Queirós apostou na velocidade de Nani, que acabou dando frutos pois foi dele o cruzamento a que Bruno Alves deu seguimento para inaugurar o marcador. Foi um lance bem construído, Deco lançou Nani na direita, este foi à linha cruzar, a bola percorreu a área bósnia surgindo Bruno Alves ao segundo poste a rematar de cabeça, sem oposição. Estavam decorridos 31 minutos de um jogo intenso e emotivo.

Os bósnios demonstraram dispôr de um bom colectivo e em alguns momentos colocaram muitas dificuldades. Tiveram três bolas nos ferros da baliza portuguesa, que poderiam ter sentenciado um desfecho diferente.

Portugal voltou a patentear a pecha do costume, a habitual ineficácia do remate. Por duas ocasiões o resultado podia ter sido ampliado. Liedson depois de um trabalho fabuloso dentro da área desperdiçou incrivelmente, atirando ao lado e mais tarde Deco rematou para fora com a baliza à sua mercê.

A equipa portuguesa acabou por ter alguma felicidade e a passagem à fase final está ainda longe de ser concretizada. Espera à nossa selecção uma Quarta-feira de muita entrega, muita emoção, muito trabalho e muita sorte.


Bruno Alves e Meireles foram, como vem sendo hábito, as presenças portistas no onze titular. Duas belas exibições! Bruno foi igual a si próprio: raça, coragem, personalidade e ambição. O golo assenta-lhe como uma luva, um prémio mais que merecido; Meireles fez finalmente um grande jogo: Bem a defender, bem nas transições, bem a colocar a bola (mesmo nos passes longos) e bem a rematar. Até parece que se esteve a poupar para este jogo!

Rolando, a terceira unidade portista só saíu do banco para aquecer numa altura em que Bruno Alves levou um toque e ficou queixoso, sentando-se logo que se confirmou a disponibilidade do seu companheiro.

Portugal 1 Bósnia 0

Jogo no estádio da Luz -Lisboa.


Assistência: Cerca de 62.000 espectadores

Portugal: Eduardo; Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Duda; Pepe, Raul Meireles e Deco (Tiago, 83m); Nani (Fábio Coentrão, 68m), Simão (Hugo Almeida, 87m) e Liedson.

Suplentes não utilizados: Rui Patrício, Miguel, Rolando e Edinho.

Treinador: Carlos Queiroz.

Bósnia: Hasagic; Jahic, Nadarevic e Spahic; Ibricic, Salihovic, Rahimic e Muratovic (Pjanic, 86m); Misimovic (Muslimovic, 81m), Ibisevic e Dzeko.

Suplentes não utilizados: Begovic, Pandza, Berberovic, Bajramovic e Medunjanin.

Treinador: Miroslav Blazevic.

Árbitro:
Martin Atkinson (Inglaterra).
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Deco (13m), Ibisevic (14m), Muratovic (36m), Rahimic (47m), Spahic (71m).


Golos: 1-0, Bruno Alves (31m).


OFF-TOPIC

O avançado do FC Porto Hulk vestiu hoje pela primeira vez a camisola do Brasil, num jogo particular, frente à Inglaterra jogado no Khalifa Stadium em Doha, no Catar com o resultado final de 1-0 a favor dos brasileiros.

O avançado entrou aos 66m em substituíção de Luís Fabiano, numa altura em que o Brasil geria já o resultado provocando várias substituíções.

Hulk optou por jogar simples e se
m comprometer. Jogou solto na frente de ataque, num esquema de dois avançados, com liberdade de recuar no terreno.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

ALBERTO FESTA foi o defesa direito escolhido para cumprir a ingrata missão de substituir o consagrado Virgílio Mendes.


Natural de Sto. Tirso, foi recrutado ao Tirsense, clube que representava e onde deu nas vistas. Festa rapidamente provou tratar-se de uma aposta ganha.

Chegou ao Clube na época de 1960/61 onde jogou até 1967/68.

Foi internacional, vestindo a camisola da Selecção Nacional por 19 vezes e um dos três representantes portistas da equipa dos «Magriços», que esteve presente em Inglaterra no Campeonato do Mundo de 1966.

Foi aliás o único que teve a oportunidade de jogar, envergando a camisola com o número 22.

Alternou a participação com o defesa direito Morais, do Sporting, cabendo-lhe três dos seis jogos disputados.

Estreou-se na segunda partida do seu grupo, na vitória de Portugal por 3-0, frente à Bulgária; esteve nas meias-finais contra a Inglaterra, na derrota que nos afastou da final, por 1-2 e terminou a sua participação frente à URSS de Yashin, com vitória portuguesa por 2-1, contribuindo assim para a conquista histórica do 3º lugar.

domingo, 8 de novembro de 2009

PORTO INTRAGÁVEL VOLTA A CEDER

FICHA DO JOGO


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Aconteceu o que infelizmente já esperava, na sequência de um conjunto de jogos em que o FC Porto vinha dando sinais de não ser capaz de fugir à mediocridade do seu futebol.

Hoje, no Funchal foi a confirmação de um período muito mau de desempenhos onde a vulgaridade foi marcante em todos os capítulos do jogo: Defesa permeável, meio campo inoperante e ataque inexistente, com prestações desoladoras em termos do passe, da recepção, do domínio da bola, no capítulo do remate, enfim um completo zero a toda a extensão do terreno, com inclusão do próprio banco que contou com um treinador resignado, de braços cruzados e incapaz de intervir no jogo, durante longos e penosos 45 minutos.

Para quem viu a primeira metade do jogo, ainda assim o pior período do FC Porto em todo o tempo, diria que os Dragões estariam a jogar com o equipamento trocado. À pobreza do futebol azul e branco, os insulares responderam com um futebol adulto, prático, inteligente, de grande segurança na circulação da bola, pondo em risco permanente a baliza de Helton, que tremeu duas ou três vezes com as oportunidades flagrantes que os insulares iam desperdiçando.

Rolando, qual Robin dos Bosques, decidiu fazer justiça pelos seus próprios pés, ao desviar um cruzamento para o fundo da sua baliza apanhando de surpresa o adiantado Helton que pouco ou nada fez para tentar evitar o infortúnio. O resultado no final da primeira parte era muito lisonjeiro para as cores azuis e brancas.

O Professor, ao intervalo recorreu à sua cartada preferida, lançando no jogo o seu jogador fetiche! Ora uma aposta deste quilate, foi para mim (que não entendo nada de bola) esclarecedora. Ficavamos definitivamente condenados ao fracasso. O argentino apenas se limitou a alinhar pelo mesmo diapasão, não debitando a qualidade que a equipa necessitava.

Neste período o FC Porto realmente apareceu mais junto à baliza contrária, mais pelo recuo estratégico do Marítimo que preferiu controlar o jogo em vez de continuar a domina-lo.

Os azuis e brancos continuaram a dar mostra de incapacidade, de falta de criatividade e de lucidez para virar o rumo dos acontecimentos. Patentearam muita vontade aliada a muita precipitação mas nenhuma clarividência. Em desespero de causa voltaram a recorrer ao pouco recomendável chuveirinho, com Bruno Alves a ponta de lança com os resultados que todos conhecemos.

Esta derrota merecida castiga a banalidade apresentada no Funchal, onde teremos hipotecado o sonho de repetir o pentacampeonato.

sábado, 7 de novembro de 2009

PORTO DE QUALIDADE PARA NÃO LEVAR «BAILINHO»

A deslocação à Madeira para defrontar o Marítimo é a próxima batalha de uma guerra que continuamos a querer ganhar.

Dizer que vai ser mais um jogo difícil será um lugar comum. O actual momento que a equipa portista atravessa não é o melhor, pese a vitória conseguida no Chipre, que a meu ver não chegou para disfarçar os problemas que efectivamente existem.

Apesar de tudo, o FC Porto deve ser considerado favorito dado tratar-se ainda de um sério candidato ao título.

A equipa continuará a não poder contar com o contributo de alguns jogadores influentes como Fucile e Varela, ambos a recuperar de lesões, mas terá o regresso do «imprescindível» Mariano para gáudio quer do treinador quer dos apologistas da disciplina táctica e da capacidade de luta, ou seja, dos contagiados pela síndrome Mariano.

Confesso que o meu estado de espírito é algo parecido com o que vivi antes do jogo contra o Belenenses, ou seja, sinto-me invadido por forte expectativa e alguma desconfiança. Será o FC Porto actual capaz de sair deste embate mais fortalecido nas suas ambições? Rezo a todos os santinhos para que sim!

A equipa, de entre alguns inconvenientes terá pelo menos duas vantagens: A de não ter que suportar os assobios dos seus próprios adeptos (sim porque esses não devem acompanhar o Clube fora de casa!) e a de poder encontrar os espaços que no Dragão os adversários teimam em não conceder. Dois factores importantes, não determinantes, mas que poderão contribuir para um melhor rendimento global.

Os jogadores escolhido por Jesualdo Ferreira são os seguintes: Helton, Beto, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Fernando, Prediger, Raul Meireles, Belluschi, Guarín, Tomás Costa, Marianao Gonzalez, Hulk, Falcao, Farías e Cristian Rodriguez.

Eu apostaria numa equipa diferente (da que julgo que o Professor vai fazer alinhar, ilustrada no quadro abaixo) com um meio campo servido por Fernando, Belluschi e Guarín e na frente Hulk, Falcao e Rodríguez, mas isso sou eu que não sou treinador!

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Liga Sagres - 10ª Jornada
Jogo: Marítimo - FC Porto
Palco: Estádio dos Barreiros - Funchal
Árbitro: Paulo Baptista - A.F. Portalegre
Hora e dia do jogo: 18:00 de Domingo (08.11.09)
Transmissão: Sport TV1

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

AMÉRICO foi guarda-redes e brilhou a grande altura. A baliza foi sua durante a década de 60, marcada por um quase deserto de títulos. Patenteou ao longo da sua carreira solidez, segurança, coragem, elasticidade e frieza, assumindo o estatuto de líder da equipa.

Ainda mantenho bem viva na memória uma imagem de Américo entre os postes a ser provocado por John Toshack, avançado do Cardiff City (o mesmo que viria, anos mais tarde , a treinar o Sporting), antes da marcação de uma grande penalidade, nos últimos minutos da partida das Antas, no jogo da segunda mão da Taça dos Vencedores das Taças, cujo resultado estava em 2-1 (depois de um empate conseguido no País de Gales a 2 golos) e que a ser concretizado levaria o jogo para prolongamento. Américo, naquele seu ar compenetrado e imperturbável, defendeu o remate do galês levando o numeroso público ao delírio.

Estas características eram apreciadas e foram reconhecidas pelo seleccionador nacional que o convocou para a campanha do Mundial de 1966 em Inglaterra, a famosa selecção dos «Magriços» que contou com mais dois jogadores portistas, Festa e Custódio Pinto. Curiosamente tocou-lhe a camisola com o número um, mas surpreendentemente não chegou a ser utilizado, o que constituiu numa grande injustiça. Somou 15 internacionalizações.

Na condição de suplente de Pinho foi campeão nacional na temporada de 1958/59, sob o comando de Yustrich, época em que se estreou no plantel principal. Venceu como titular a Taça de Portugal, na época de 1967/68, na final do Jamor frente ao Vitória de Setúbal.

Fontes: Memorial FC Porto - 100 Glórias, de Júlio Magalhães; Figuras & Factos, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

terça-feira, 3 de novembro de 2009

NOS OITAVOS, JÁ!!!!!

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Mais uma vez, o FC Porto alcançou os oitavos-de-finais da Champions League, quando faltam ainda duas jornadas para concluir a fase de grupos.

Para tal, a vitória em Nicósia, cumprindo a sua parte, e o contributo do Chelsea com o empate em Madrid frente ao Atlético, foram resultados determinantes.

Jesualdo Ferreira começou por apresentar a equipa que eu tinha previsto, no lançamento deste jogo, com uma diferença, a opção por Guarín em detrimento de Belluschi, deixando o ataque entregue ao tridente Hulk, Falcao e Rodriguez, curiosamente um trio a atravessar uma fase menos lúcida das suas reais capacidades.

Frente a um modesto adversário, os Dragões cedo tomaram conta do controlo e domínio do jogo, face à maior capacidade técnica e experiência dos seus jogadores. Contudo, os azuis e brancos patentearam dificuldades surpreendentes nas transições atacantes muito por culpa das deficiências nos passes, nas recepções da bola e nas opções (remate quando se impunha o passe e vice versa).

Foi até incrível a forma como Hulk não conseguiu desfeitear Chiotis, primeiro após uma saída extemporânea e mais tarde quando isolado, na frente do guarda-redes, lhe «ofereceu» a bola, coma havia feito no Dragão! Também Falcao desperdiçou uma magnífica oportunidade de golo, depois de servido por Hulk, atirando à figura do guardião cipriota.

O colombiano redimir-se-ia ao 84' com um belo e potente remate, inaugurando o marcador, selando a vitória e a passagem aos oitavos, cumprindo desde já o objectivo traçado pela Sad, para esta competição.

Vitória justa mas demasiado dificultada, mais por culpa própria do que pela oposição do adversário.

Os meus destaques vão para Fernando, Guarín (enquanto teve pulmão) e Falcao pelo golo importante e decisivo que conseguiu.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PROVA REAL

Depois de três jogos consecutivos no Dragão, o FC Porto terá amanhã um novo teste, desta vez fora de casa, ao seu momento actual.

Tal como na época anterior, o factor casa tem inibido a mecânica azul e branca resultando num futebol incaracterístico, incipiente e sem chama, nada condizente com as insígnias que pomposamente exibe nas suas camisolas (campeão nacional e tetracampeão).

O que está para trás é passado e a lição que deveremos retirar é que aquilo que não nos mata pode tornar-nos mais fortes.

Esta deslocação a Nicósia, para defrontar os cipriotas do Apoel, vem no momento certo. A equipa deve estar ansiosa para demonstrar que o período menos bom já terá sido ultrapassado; Depois, porque o badalado «processo» do Professor Jesualdo Ferreira terá sido concebido para brilhar nos espaços, compreensivelmente mais fáceis de encontrar fora do que em casa; Por último, perdoem-me os seus fãs, não teremos o Mariano pelo que, desta vez a equipa alinhará mesmo com onze jogadores!

Os Dragões vão certamente encontrar dificuldades, contudo espero resultados positivos da maior experiência, da maior valia e do maior prestigio.

Sem Fucile, lesionado e sem o seu querido Mariano, castigado, Jesualdo convocou os seguintes atletas: Helton, Beto, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Fernando, Tomás Costa, Guarín, Dias, Raul Meireles, Belluschi, Hulk, Farías, Falcao, Claro e Rodríguez.

A equipa titular poderá apresentar surpresas, especialmente a meio-campo, onde Guarín poderá aparecer no lugar de Belluschi. Pessoalmente apostaria num meio campo formado por Fernando, Guarín e Belluschi. Jesualdo será certamente mais conservador.

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: 4ª jornada do Grupo D - Champions League
Equipas: Apoel FC - FC Porto
Estádio: Neo G.S.P. Stadium - Nicósia - Chipre
Árbitro: Damir Skomina - Eslovaquia
Hora do Jogo: 19:45 h
Transmissão: RTP 1