segunda-feira, 31 de maio de 2010

LIDERANÇA ADIADA

A primeira tentativa do FC Porto liderar o ranking nacional, do futebol profissional, ficou esta época em suspenso.

FC Porto e Benfica dividiram os títulos equitativamente, mantendo a diferença relativa que os separavam.

Os Dragões abriram a época com o triunfo na Super Taça Cândido de Oliveira e encerraram-na com a conquista da Taça de Portugal, enquanto o clube da ave de rapina arrecadou a Taça da Liga e o Campeonato nacional.

QUADRO ACTUAL

sexta-feira, 28 de maio de 2010

TRABALHO DE JESUALDO, À LUPA!

Estando já confirmado o encerramento do ciclo Jesualdo Ferreira, é a hora certa para proceder ao balanço da sua actuação no comando do plantel azul e branco.

Foram quatro anos de trabalho profícuo, sério, competente e corajoso. Creio que todos, mesmo os mais críticos, serão capazes de o reconhecer.

Profícuo porque conseguiu enriquecer o já recheado palmarés de um dos Clubes mais prestigiados do mundo;

Sério e competente, pela partilha de conhecimentos, pela capacidade de renovar as equipas face à perda dos elementos que mais deram nas vistas e ainda pela aposta mais ou menos acertada nos seus substitutos;

Finalmente corajoso, por ter dado o peito às balas, muitas vezes assumindo de forma isolada, a defesa do seu grupo de trabalho, contra a série de arbitrariedades e injustiças vindas dos mais diversos agentes desportivos e não só.


Faltou-lhe porém, um pouco mais de ambição e algum arrojo. Perdeu alguns jogos importantes por se deixar vencer pelo receio, patenteadas por opções inacreditáveis, a que os adeptos apelidaram de «invenções» e venceu outros, tangencialmente e sofridos, à conta de defender curtas vantagens.

Ao longo dos quatro anos, foram raras as exibições de gala, daquelas que entusiasmam e galvanizam.

Foram muito mais as performances cinzentas e amorfas, muitas vezes disfarçadas pela qualidade técnica de executantes de eleição como Vítor Baía, Bosingwa, Pepe, Bruno Alves, Paulo Assunção, Anderson, Quaresma, Lucho Gonzalez, Lisandro Lopez, Cissokho, Álvaro Pereira e Falcao, entre outros.

O professor orientou a equipa em 188 jogos. Seguem-se os quadros que resumem os resultados totais e parciais nas diversas competições:

QUADRO GERAL


CHAMPIONS LEAGUE

Pontos altos: Vitórias sobre o Hamburgo por 4-1, no Dragão e 3-1, no Arena de Hamburgo em 2006/2007; Bela exibição frente ao M. United, (2-2) em Old Trafford, em 2008/2009; Vitória categórica frente ao Atlético de Madrid, no Vicente Calderon (3-0), em 2009/2010.

Pontos baixos: Derrota copiosa em Liverpool (4-1) e eliminação nos oitavos de final pelo acessível Shalk 04, no Dragão nas g.p., em 2007/2008; Goleada no Arsenal (4-0) e derrota no Dragão (0-1) frente ao Dínamo de Kiev, em 2008/2009; Humilhante goleada frente ao Arsenal (5-0), em 2009/2010.


LIGA NACIONAL


Pontos altos: Conquista do título, em 2007/2008, alcançada na 25ª jornada com goleada de 6-0, frente ao E. Amadora, cavando uma diferença pontual de 20 pontos para o 2º (Sporting); Série de 23 jogos sem perder(da 8ª à 30ª jornadas) , em 2008/2009; A série de 9 vitórias, após a despenalização de Hulk, em 2009/2010.

Pontos baixos: O número excessivo de derrotas (5), em 2006/2007, sendo que duas aconteceram no Dragão, (0-1 E. Amadora e 0-1 Sporting); Derrota no Dragão em 2007/2008, frente ao Nacional (3-0), na 29ª jornada; Derrota no Dragão (3-2) frente ao Leixões, em 2008/2009; Os empates no Dragão frente a equipas modestas ( Belenenses, Paços de Ferreira e Olhanense), e o 3º lugar, atrás do Braga (!), em 2009/2010.

TAÇA DE PORTUGAL


Pontos altos: Eliminação do Sporting, em Alvalade, nas grandes penalidades, em 2008/2009; Vitória concludente (5-2) frente ao Sporting, em 2009/2010.

Pontos baixos: Eliminação em pleno Dragão, frente ao modesto Atlético (0-1), logo no primeiro confronto, que aconteceu na 4ª eliminatória, em 2006/2007; Derrota frente ao Sporting 2-0), na final de 2007/2008; Derrota frente ao E. Amadora (2-1), na 2ª mão das meias-finais, que não foi suficiente para eliminar o FC Porto.


SUPER TAÇA CÂNDIDO DE OLIVEIRA


Pontos baixos: As duas derrotas frente ao Sporting nas edições de 2007/2008 e 2008/2009

TAÇA DA LIGA


Pontos baixos: Eliminação frente ao Fátima, nas grandes penalidades, no primeiro e único encontro de 2007/2008; Pesada derrota em Alvalade, onde o FC Porto foi muito prejudicado pela arbitragem (4-1), sendo eliminado nas meias-finais, em 2008/2009; Derrota por 3-0, frente ao Benfica, após frango de Nuno, em 2009/2010

Legenda: J (jogos); V (vitórias); E (empates) ; D (derrotas); F (golos marcados); C (golos sofridos); L (lugar na classificação)

terça-feira, 25 de maio de 2010

O VOO DO FALCAO

O futebol é sem dúvida o melhor espectáculo do mundo, mas há quem insista em tentar transforma-lo num circo!

Na falta de outros aliciantes, um clube nacional decidiu promover, de há uns tempos para cá, o voo de um milhafre como espectáculo, para oferecer aos seus apaniguados. Curioso foi apreciar o ar enternecido e orgulhoso dos seguidores, bem como ouvir as palavras emocionadas da maioria dos locutores de rádio e televisão que foram cobrindo a evolução da ave de rapina.

Cá mais a Norte, os adeptos de futebol são mais exigentes, não se deixam ludibriar com manobras de diversão. Apreciam outros voos, o verdadeiro espectáculo, principalmente se ele for interpretado por predestinados artistas da bola, capazes de oferecerem beleza técnica, jogadas fabulosas, defesas impossíveis, golos extraordinários... O voo do Jardel sobre os centrais mereceu até honras de canção no reportório de Rui Veloso.


Por cá passaram, passam e continuarão a passar muitos desses artistas.

Falcão pode ser um nome de ave? Poder pode, mas não é da ave que vos quero falar. Quero é mesmo falar de um Falcao sem til, o Radamel, reforço colombiano que passou a integrar o plantel azul e branco no princípio desta época, para fazer esquecer o nosso estimado Lisandro Lopez.

Radamel Falcao chegou ao Porto proveniente do River Plate, da Argentina. Nasceu em 10 de Fevereiro de 1986, em Santa Marta, na Colômbia.

Iniciou o seu percurso no futebol juvenil no Millonarios, de Bogotá, no seu país, clube onde o histórico River Plate o foi descobrir. Falcao, com apenas 15 anos jogava então no escalão etário superior (sub-17) o que atraiu ainda mais os observadores argentinos.

Estreou-se na primeira categoria do River Plate aos 20 anos, onde marcou muitos e bons golos, que o tornaram num alvo apetecido de clubes europeus. O Desportivo da Corunha e o Benfica manifestaram interesse em contrata-lo, mas foi o FC Porto que venceu essa corrida.

A missão de fazer esquecer Lisandro era, à primeira vista, quase impossível. No entanto, Falcao não se atemorizou demonstrando o seu real valor e cedo conquistou a massa adepta do Clube, pela raça, atitude e principalmente pelos golos importantes que marcou, 34 no total em todas as provas em que participou.

Só não venceu o título de melhor marcador da Liga, pelo facto de lhe terem sido invalidados indevidamente quatro golos perfeitamente regulares (como ele próprio reconheceu, em Portugal passam-se coisas estranhas).


Foi dos poucos atletas que pegou de estaca, não tendo necessidade de tempo suplementar de adaptação. Foi contratado para marcar golos e marcou mesmo.

LISTA DOS MARCADORES DOS GOLOS DO FC PORTO 2009/2010

Espero e desejo que seja para continuar.

domingo, 23 de maio de 2010

TRILOGIA DO SISTEMA

O famoso «sistema», no futebol português, foi inventado como se sabe, da necessidade óbvia de por em causa a clara e justa hegemonia conquistada pelo FC Porto.

A capital do império jamais poderia aceitar que um clube da província se tornasse no grande Clube de nível internacional, capaz de discutir e vencer títulos europeus e mundiais.

Dias da Cunha, presidente do Sporting à altura, talvez o intérprete mais fiel da ideologia de Calimero, foi o grande impulsionador de todo um ambiente de suspeição, pronta e avidamente acolhido pela Comunicação Social em geral e a desportiva em particular. Preparou o rastilho, atiçou o fogo, alimentou a fogueira e logo que encontrou um energúmeno à altura, cedeu-lhe a empreitada retirando-se estrategicamente ao aconchego da sua poltrona para gozar, de camarote, a extensão dos estragos produzidos.

Confesso que me apercebi bem cedo dos fins e alcance da campanha que acabaria por gerar a «trama» dos Apitos dourados e final. A forma como os pasquins amestrados fomentaram as condenações na praça pública das pessoas e clubes visados, não deixaram margem para dúvidas.

Se pomposamente se apelidou de sistema, todas as artimanhas e manigâncias que os tribunais civis se encarregaram de arrasar, ilibando Pinto da Costa e o FC Porto das monstruosidades de que eram acusados e perante os acontecimentos mais recentes, pela forma como foi encontrado o campeão nacional desta época, só posso concluir que estamos agora confrontados com uma nova realidade: a Trilogia do Sistema.

Apostar nos homens certos nos lugares certos, fazer as coisas por outro lado e ter o apoio CS como veículo de propaganda, encerram a filosofia determinante desta nova corrente do futebol nacional, com os resultados conhecidos.

Se a sementeira levou algum tempo a germinar, a colheita foi proveitosa!

*** Hermínio Loureiro, Ricardo Costa e Vítor Pereira, funcionando como os três mosqueteiros leais e fiéis defensores do seu rei, o clube do regime (criaram troféu onde todos os anos se vai ajustando o regulamento de forma a inclinar suficientemente o campo garantindo o tal vencedor; Aplicaram as justiça e injustiça ao sabor das conveniências e nomearam os intérpretes do apito mais conotados com a defesa dos interesses instalados);

*** Os Stwards e as claques funcionaram como o braço armado, promovendo emboscadas nos túneis, agressões com tacos de baseball, assassínios com very lights, incêndios de autocarros, apedrejamentos de viaturas e adversários;

*** Os jornais, estações de rádio e tvs encarregaram-se da intoxicação da opinião pública e propaganda.


A contratação de um treinador mais conhecedor e ambicioso, foi o toque a rebate na nação lampiónica. Desde logo não faltaram as exaltações da CS numa gigantesca acção promocional, com referências e incitações à conquista de todas as provas.

Com o início das competições, cedo ficou evidente o perfeito desenvolvimento da trilogia do sistema.

** Jogadores adversários expulsos facilitando a vidinha, foi um ver se te avias. Neste particular foi batido o recorde nacional de tempo jogado em superioridade numérica, fixado em 421 minutos!;

** Olhos fechados a agressões de atletas do clube do regime;

** Golos irregulares validados;

** Golos mal anulados aos adversários;

** Penaltis mal assinalados, outros perdoados, enfim uma parafernália de espertezas saloias a constituírem o colinho salvador na discussão do título que apesar da propagandeada superioridade acabou por ser confirmada, no terreno de jogo, só na última jornada, depois do banho sofrido no Dragão, uma jornada antes.

Conclusão: A tal equipa, venceu objectivamente graças à acção concertada da trilogia do sistema, como já tinha vencido no ano do Leal das Cunhas. Estes são factos insofismáveis, que poucos têm a coragem de denunciar.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A INFLUÊNCIA DAS LESÕES

Com as competições nacionais encerradas, no que ao futebol profissional diz respeito, é hora de fazer o balanço da época que terminou.

Apesar do falhanço do objectivo principal, a conquista do pentacampeonato, o FC Porto não deixou de coleccionar mais dois títulos importantes para o seu historial, a Supertaça e a Taça de Portugal, abrindo e encerrando a época a ganhar.

Para além disso, na Europa ficou-se pelos oitavos-de-final da prova rainha.

Foi uma época em que nem tudo correu bem. As lesões marcaram decisivamente a irregularidade do desempenho da equipa. Jogadores influentes estiveram afastados durante muito tempo (Cristian Rodriguez, Silvestre Varela, Rúben Micael, Farías, Hulk) e outros fizeram uma época muito abaixo do seu normal (Bruno Alves, Raul Meireles, Fucile).

As revelações foram os reforços Álvaro Pereira, Falcao e Silvestre Varela e as decepções Prediger e Valeri.


Beto e Guarín emergiram na parte final da época, altura em que Jesualdo foi obrigado a apostar num sistema de jogo diferente, o 4x4x2.

Ficou evidente que a planificação não sortiu o efeito desejado, face ao falhanço de algumas individualidades. O lugar de trinco não foi convenientemente acautelado. Fernando continuou sem concorrência à altura. Aliás considero este lugar de fulcral importância onde deveríamos ter até mais que duas opções. Acho que este lugar é a chave do problema actual do FC Porto.

Fernando é um bom jogador, defende bem, é acutilante, recupera muitas bolas, mas tem um conjunto de problemas insanáveis. Sai mal a jogar, não tem qualidade de passe, desperdiça demasiado jogo e coloca frequentemente a defesa em apuros com entregas de bola ao adversário, em zonas do terreno absolutamente proibidas.

Necessitamos de um trinco com classe! Que defenda bem, recupere bem, com qualidade de passe, com boa meia distância e que apareça, quando necessário, em zona de finalização.

Por outro lado, Jesualdo demorou demasiado tempo a concluir que a equipa tinha de jogar num sistema diferente do seu preferido, face à ausência de um nº 8 do gabarito de Lucho. Belluschi rende incomparavelmente mais como nº 10 e Valeri não mostrou qualidades para integrar o plantel.

Os desajustados e incríveis castigos de Hulk e Sapunaru contribuíram de igual modo para um menor rendimento.

Ao longo da época, Jesualdo Ferreira utilizou 31 atletas, nas quatro principais provas.

Álvaro Pereira sobressai como o mais utilizado, dividindo o pódio com Rolando e Bruno Alves:

quarta-feira, 19 de maio de 2010

JESUALDO FERREIRA. SIM OU SOPAS?

A continuidade ou não de Jesualdo Ferreira está na ordem do dia, como habitualmente por esta altura da época, desde que o professor assinou pelo FC Porto, para colmatar a intempestiva saída do holandês Co Adriaanse, já lá vão quatro temporadas.

Como sabem, não sou seu particular admirador. Encontro-me no lote dos que entendem que o ciclo terminou e que será melhor para todos que não continue.

A verdade é que já tenho saudades de um FC Porto forte, autoritário e a praticar futebol de recorte técnico apreciável. Do tal que encanta as multidões e as põe a festejar com entusiasmo e fervor, bem ao contrário da do passado fim de semana!

Títulos são títulos e Jesualdo não deixou de os arrecadar em todas as épocas ao serviço dos Dragões. Não está em causa a seriedade e a competência do seu trabalho, só que neste Clube não basta vencer, é necessário convencer, para gáudio da exigente massa adepta.

O êxodo dos jogadores mais influentes, época após época, rumando a outros campeonatos mais competitivos, deixando os cofres portistas mais recheados, tem sido apontado como um forte atenuante. É verdade, mas essa é uma fatalidade com que todo e qualquer treinador do FC Porto terá de contar. Antes dele, outros passaram pela mesma dificuldade.

O segredo tem sido conseguir encontrar as soluções mais satisfatórias e aí nem sempre Jesualdo foi feliz.

Esta época foi algo atípica no que diz respeito a lesões e a acontecimentos de bastidores, mas também serviu para aferir da qualidade, ou falta dela, de alguns elementos do plantel que certamente tiveram o aval do professor.

O FC Porto necessita de dar o salto qualitativo. O futebol que pratica está cada vez mais longe desse passo e algumas das razões que encontro passam pela falta da aposta em jogadores de qualidade, pelos receios e invenções de Jesualdo.

Assim sendo, meu caro professor está na hora de uma nova aposta.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ANDEBOL: SOMA E SEGUE!

O andebol portista continua na senda das vitórias.

No passado Sábado, o FC Porto, ao derrotar o ABC, em Braga por 37-25, na 8ª jornada da fase final do campeonato nacional masculino, sagrou-se bicampeão nacional, fazendo a festa, quando ainda faltam duas jornadas para o termo e tem ainda um jogo em atraso, frente ao Madeira Sad.

Este é o 15º título de campeão nacional de andebol conquistado pelos Dragões, numa lista liderada pelo Sporting (17) e à frente do ABC (12), Benfica (7), Belenenses (5), Salgueiros ( e Madeira Sad (1).

Parabéns a quantos contribuíram para engrandecer o nome do FC Porto!

domingo, 16 de maio de 2010

LINDA!...MAS SEM BRILHO

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Conforme previsto, o FC Porto venceu hoje a sua 15ª Taça de Portugal, cumprindo a «obrigação» de derrotar o modesto Desportivo de Chaves, acabado de baixar da Liga de Honra para a 2ª Divisão Nacional.

Contudo, o futebol portista foi uma desilusão. Sem chama, sem inspiração e pior que isso, sem atitude. Os Dragões entraram no jogo a ver jogar, cumprindo a lei do menor esforço que os conduziu aos serviços mínimos.

Se na primeira metade, mesmo a passo, deu para marcar dois golos e falhar uma mão cheia de oportunidades, face à fragilidade adversária, o segundo tempo traduziu-se numa lamentável baixa de nível, a fazer lembrar um jogo quiçá da terceira divisão, onde não faltou sequer a displicência de Bruno Alves, primeiro a oferecer o golo de honra do Chaves e depois a ser excluído do jogo num lance escusado.


Foi, a meu ver, uma exibição para esquecer e que envergonha quantos se deram ao trabalho de percorrer tantos quilómetros para assistir a espectáculo tão deprimente. Uma vergonha!

Sorte a nossa encontrar pela frente um adversário frágil apesar de voluntarioso, dando ainda assim para erguer a Taça numa festa sem brilho, mais uma aliás. As Taças anteriores da era Jesualdo não foram muito diferentes!

Faço votos para que na próxima época se consiga dar o salto qualitativo que esta equipa necessita para podermos aspirar a um futebol de outro nível.

Para a história fica o 15º triunfo na Taça de Portugal, o segundo consecutivo que eleva para 65 o número de vitórias em todas as provas.

sábado, 15 de maio de 2010

QUEREMOS A 15ª TAÇA DE PORTUGAL

Sob o comando de Jesualdo Ferreira, o FC Porto está pela terceira vez consecutiva presente na final da Taça de Portugal. Nas duas anteriores edições, conta com uma derrota frente ao Sporting, em 2007/2008, por 0-2 após prolongamento e uma vitória frente ao Paços de Ferreira, em 2008/2009, por 1-0.

Segue-se o Desportivo de Chaves, equipa da Liga Vitális (Liga de Honra) com comportamento intermitente que lhe valeu a descida ao escalão inferior.

Os Dragões apresentam-se por isso com uma dose forte de favoritismo face à grande diferença de potencialidades. Não significa no entanto menor empenhamento dos atletas azuis e brancos, pois não se esperam facilidades. Uma final é sempre um jogo diferente dos outros onde a lógica nem sempre funciona. Os transmontanos vão certamente por em campo toda a sua combatividade e dificultar ao máximo a manobra portista.

Ao FC Porto exige-se concentração, empenhamento, raça, capacidade técnica e eficácia, para que a história de David e Golias não se repita.

CARREIRA PORTISTA ESTA ÉPOCA

Lista dos convocados: Helton, Beto, Miguel Lopes, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, Davis Addy, Fernando, Raul Meireles, Tomás Costa, Guarín, Belluschi, Valeri, Hulk, Falcao, Farías e Cristian Rodríguez.


EQUIPA PROVÁVEL

Competição:
Taça de Portugal - Final
Palco: Estádio do Jamor - Lisboa
Data e hora:16 de Maio de 2010, às 17:00 h
Árbitro: Pedro Proença - A.F. de Lisboa
Transmissão: TVI

quarta-feira, 12 de maio de 2010

HISTORIAL AZUL E BRANCO NA TAÇA DE PORTUGAL

A Taça de Portugal é uma das competições com mais tradições no panorama desportivo nacional, começando a disputar-se neste formato desde a já longínqua época de 1938/1939.

Há quem a considere a prova rainha do futebol português pelo facto de se tratar de uma competição "sui-generis", envolvendo equipas de vários escalões do futebol Nacional. Equipas de menores recursos têm nesta taça a possibilidade de esgrimir forças com as mais consagradas e tornarem-se em «tomba-gigantes».

Na lista dos vencedores da Taça de Portugal, figuram, para além dos três grandes de Portugal, clubes como o Boavista, Belenenses, Vitória de Setúbal, Académica, Estrela da Amadora, Leixões, Sporting de Braga e Beira-Mar, num total de onze emblemas.

No que ao FC Porto diz respeito, não se pode dizer que esta prova seja muito importante. Há adeptos que têm a tendência para a desvalorizar, talvez pelo facto de encerrar a tradição da «obrigatoriedade» da final ser jogada em Lisboa (mais precisamente em Oeiras), no estádio nacional do Jamor (um dos símbolos salazaristas).

Tendo em conta que as edições de 1946/47 e 1949/1950, não foram disputadas, a prova completa esta época 68 anos. As participações azuis e brancas foram, ao longo das épocas, algo modestas, atendendo à grandiosidade do Clube.

A foto documenta algumas das vitórias na Taça de Portugal

O FC Porto conta com apenas 14 êxitos em 26 presenças na final. Estreou-se nas finais só em 1952/53!

Década de 50: 2 vitórias em 4 presenças

Década de 60: 1 vitória em 3 presenças

Década de 70: 1 vitória em 3 presenças

Década de 80: 2 vitórias em 5 presenças

Década de 90: 4 vitórias em 5 presenças

Na última década os Dragões superaram as suas presenças na final da Taça, onde somam quatro vitórias nas seis anteriores edições, com possibilidades de somar mais uma, a deste ano.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

AS ESCOLHAS DE QUEIRÓS

O seleccionador nacional Carlos Queirós escolheu hoje os 24 jogadores que vão participar na fase final do Mundial de futebol, que se vai disputar na África do Sul. O guarda-redes Beto, os centrais Rolando e Bruno Alves e o médio Raul Meireles, são os quatro Dragões que defenderão a camisola das quinas nesse certame. Para eles os meus parabéns e o desejo de muitas felicidades na campanha que se avizinha.

sábado, 8 de maio de 2010

ACABAR EM BELEZA

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Falar do jogo do FC Porto em Leiria, resume-se praticamente à segunda parte, período em que os Dragões puxaram dos galões e partiram para um futebol simples, prático e demolidor, que lhe haveria de render quatro golos. Para trás tinham ficado 45' de marasmo tão incompreensível quanto imperdoável, onde o adversário se deu ao luxo de mandar no jogo marcar 1 golo e falhar mais duas ocasiões flagrantes.

A equipa apresentou-se com as novidades Nuno André Coelho e Valeri. Se o central não comprometeu, realizando até uma exibição credível já o médio argentino esteve longe do que seria aceitável. A manifesta falta de qualidade do passe foi o principal responsável pela exibição cinzenta do primeiro período, aliado à boa organização defensiva dos leirienses.

Com a entrada de Cristian Rodríguez logo no início da segunda parte, O FC Porto soltou-se, foi muito mais agressivo e perigoso, tendo como consequência um futebol fluído, prático e demolidor.
Os golos e as oportunidades apareceram como corolário lógico destas qualidades.

Ao objectivo da vitória os azuis e brancos ainda puderam somar um outro de que se falou durante a semana, o de contribuir para que Falcao marcasse, no sentido de viabilizar a sua candidatura ao título de melhor marcador do campeonato. O colombiano não foi muito feliz, mas ainda assim apontou dois golos, o primeiro obtido com um gesto técnico espectacular e o segundo de grande penalidade, guindando-se ao 1º lugar com 25 golos, mais um que o benfiquista Óscar Cardozo, que amanhã terá todas as possibilidades de vencer o troféu.



Boas exibições de Álvaro Pereira, Cristian Rodríguez, Falcão e Hulk, todos na segunda parte. O FC Porto encerra o Campeonato, na terceira posição com 68 pontos, 70 golos marcados e 26 sofridos.

Desde que Hulk foi despenalizado pelo CJ da FPF, os Dragões somaram por vitórias os nove jogos ralizados (7 para o Campeonato e dois para a Taça de Portugal), com a cifra de 35 golos marcados (média de 3,8 golos/jogo) e 6 sofridos, o que diz bem da influência no desfecho do campeonato de um tal de Ricardo Costa.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

UM POR TODOS, TODOS POR FALCAO

O FC Porto vai fechar a Liga Sagres desta temporada com a deslocação a Leiria, num jogo que se disputará amanhã e que se destina quase a cumprir calendário, dado que o resultado em nada influirá na classificação final.

O interesse deste joga vai focalizar-se na possibilidade de Falcao poder vir a ser o rei dos marcadores desta época. Para tal terá de marcar dado que tem menos um golo que o líder da respectiva tabela. Creio que o colombiano entrará motivado e espero que a equipa saiba contribuir, serena e eficazmente para esse objectivo.

A tarefa não será fácil, tanto mais que o seu competidor directo só entrará em acção no dia seguinte, já sabendo portanto, quantos golos necessitará de marcar para superar os golos que eventualmente Falcao venha a alcançar.

Face às vicissitudes deste campeonato, arrisco até a afirmar que o jogo do aviário será o corolário da mentira desportiva, onde não faltarão as expulsões e os penaltys, para que tudo seja garantido.

É que a festa está RESERVADA desde a pré época!

Jesualdo Ferreira vai provavelmente dar a oportunidade a Nuno André Coelho de jogar a titular, pela primeira vez. Com a ausência de Raul Meireles, talvez a entrada de Cristian Rodríguez para o meio campo se justifique, no sentido de tornar a equipa mais ofensiva na tentativa de produzir lances favoráveis à intervenção de Falcao.

Lista dos convocados: Beto, Nuno, Miguel Lopes, Rolando, Maicon, Nuno André Coelho, Álvaro Pereira, David Addy, Fernando, Tomás Costa, Guarín, Valeri, Belluschi, Hulk, Falcao, Farías, Orlando Sá e Cristian Rodríguez.

EQUIPA PROVÁVEL

Competição:
Liga Sagres - 30ª Jornada
Palco: Estádio Dr. Magalhães Pessoa - Leiria
Data e hora: 08 de Maio de 2010, às 19:15 h
Árbitro: Hugo Miguel - A.F. de Lisboa
Transmissão: SportTv1

terça-feira, 4 de maio de 2010

A TARDE AZUL DE LEMOS

A vitória de Domingo frente aos abutres da Luz, trouxe-me à memória a época de 1970/71, em que o FC Porto bateu o seu rival, nas Antas por concludentes 4-0, todos os golos marcados por Lemos, decorria então a longa travessia do jejum de dezanove anos, que só seria interrompido em 1977/78.

Aconteceu na tarde soalheira de 31 de Janeiro de 1971. Lemos endiabrado, desbaratou a defesa lampiónica, transformando-a num autêntico queijo suíço cheio de buracos, transformando-se no herói da tarde.

Era o tempo da vida barata em que os jogadores de futebol eram contemplados com prémios oferecidos pelas Empresas.

Nessa tarde foi anunciado através da instalação sonora a oferta de um guarda-chuva "Bangu" ao jogador do Porto que marcasse um golo ao Benfica; meia dúzia de camisas "Cinco Quinas" se marcasse dois e um módulo completo de trinchas e pincéis "1001", ao jogador do Porto que marcasse três golos! Os sorrisos instalaram-se nos semblantes dos adeptos portistas, pela improbabilidade do feito frente a adversário tão forte.

A equipa portista entrou bem no jogo e a passe de Pavão Lemos fez o primeiro golo, por volta dos vinte minutos, levando a bancada ao rubro. O guarda-chuva estava já no papo.

Chegava o intervalo e com ele nova oferta. Agora de uma mobília de quarto ao jogador do Porto que marcasse quatro golos, naquele jogo!

Desta vez a massa adepta não evitou um coro de gargalhadas.


Mas o melhor estava reservado para o segundo tempo. Lemos, com toda a sua disponibilidade e espírito de luta
que o caracterizava, nunca dava como perdido qualquer lance.

Perante a incredibilidade de todos, inclusive da defensiva encarnada, correu como louco para apanhar dentro dos limites do terreno do jogo, um passe que parecia demasiado comprido. Já muito perto da linha de cabeceira, evita que a bola saia, domina-a, vira-se para a baliza e em ângulo muito apertado remata forte e faz a bola passar entre as pernas do guarda-redes José Henrique. Espectacular! As bancadas corresponderam com um estrondoso e prolongado aplauso. Outro no seu lugar não teria dispensado tal esforço e a bola perder-se-ia.

O terceiro nasceu de um lançamento de linha lateral efectuado pelo médio Bené. Lemos recebeu a bola olhou para a baliza, viu o guarda-redes ligeiramente adiantado, desenhou um eficaz e vistoso chapéu, fazendo a bola beijar as malhas,provocando mais uma explosão de alegria.

Contra todos os prognósticos, Lemos acabava de juntar ao guarda-chuva e às camisas, as trinchas e os pincéis, perante o olhar atónito de adversários e massa adepta portista!


Querem ver que o Lemos se está a fazer à mobília? A resposta não demorou, Lemos apontou mesmo o quarto golo, sagrando-se rei por uma tarde.


O FC Porto terminaria esse campeonato, curiosamente na 3ª posição (com 37 pontos), menos 1 que o Sporting (2º) e menos 4 que o Benfica (1º). O Jogo da Luz traduziu-se num empate a duas bolas e Lemos foi o autor dos golos portistas.

Equipa de 1970/71. Da esquerda para a direita, em cima: Rolando, Gualter, Pavão, Valdemar, Manhiça e Rui; Em baixo: Abel, Custódio Pinto, Bené, Lemos e Nóbrega.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

APARATO, PREPOTÊNCIA E ESTUPIDEZ

O aparato policial montado para o jogo do Dragão de Domingo passado, foi um espectáculo degradante, ridículo, prepotente, estúpido e desproporcionado.

Tudo isto para proteger as «papoilas saltitantes» de eventuais ataques «terroristas» de uma dúzia de «putos» irreverentes e revoltados, daqueles que costumam seguir o FC Porto para todo o lado, sentindo na pele as provocações, as emboscadas e agressões, sem qualquer tipo de protecção. Vezes sem conta, são também castigados indiscriminadamente por esses trogloditas, que os recebem à bastonada.

Foram afectados para esta operação 700 agentes, com inclusão da polícia de intervenção, equipados à ninja e alguns empunhando shot-guns, umas dezenas de viaturas, motos, cães, helicópteros, etc.

Bloquearam-se percursos, restringiram-se estacionamentos, afastaram-se os transeuntes, tudo sob um forte dispositivo policial.

Apesar disto tudo, foram incapazes de evitar as pedradas nos autocarros dos dois clubes, do arremesso de petardos para as bancadas e para o relvado!

Pode bem dizer-se que o aparato foi inversamente proporcional à competência.

De mentalidade tacanha e treinados para a pancadaria, os corpulentos ninjas apresentavam faces esgaziadas, como se estivessem drogados, com expressão de ódio e rancor, ansiosos por «arriar» a qualquer movimento.

Assisti incomodado à violenta imobilização de um «puto», alegadamente por ter arremessado pedras, situação que não presenciei.

Foi esta a imagem de justiça que estes pacóvios fizeram passar a este país sem rei nem roque, onde o prevaricador é protegido e os inocentes barbaramente espancados. Esqueceram quem matou um adepto no Jamor, quem protagonizou uma emboscada ao hóquista Filipe Santos, deixando-o em coma, quem ateou fogo a um autocarro de adeptos, etc.

DEPLORÁVEL!

domingo, 2 de maio de 2010

NO DRAGÃO MANDA O TETRACAMPEÃO!

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

O FC Porto, demonstrou esta noite, ao vencer categoricamente o seu rival, que este campeonato se vai decidir, principalmente pelo futebol jogado fora das quatro linhas, mais precisamente pelas manigâncias da CD da Liga e dos apitos vermelhos, que despudoradamente inclinaram os relvados, beneficiando sempre os mesmos: O clube do regime.

Assistiu-se no Dragão a mais uma tentativa, desta vez frustrada de Olegário Benquerença, ao excluir do jogo o defesa Fucile, aos 52', obrigando os azuis e brancos a um esforço suplementar.

O azar é que pela frente surgiu o verdadeiro Tetracampeão, lesto na desmistificação da apregoada superioridade de uma equipa, que na máxima força, saiu vergada a uma derrota inequívoca e até lisonjeira.

Sem poder contar com Helton, Rúben Micael, Varela e Falcão, os Dragões patentearam lucidez, classe, ambição e capacidade técnica para levar de vencida uma equipa tímida e sem soluções. Mesmo a jogar contra dez, como foi apanágio em grande número dos jogos disputados neste campeonato, as aves de rapina foram cilindradas pelo melhor futebol portista, coroado com três golos de belo efeito.

Destaque para as exibições de Beto, A. Pereira, Guarín, Belluschi e Hulk.


Querias festejar no Dragão? TOMA!!!