sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CONCRETIZAÇÃO DO CASTIGO AMEAÇADOR

FICHA DO JOGO

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As últimas exibições deixavam adivinhar o castigo a qualquer momento. Sabidas das dificuldades que a equipa sempre encontra frente a formações bem organizadas defensivamente, Jesualdo Ferreira demonstrou não ter descoberto ainda as soluções adequadas para as ultrapassar, confiando demasiadamente no destino, na convicção que este cumpriria a missão de proteger o mais forte.

Tal como nos jogos anteriores, o professor deixou «rolar o marfim» durante os primeiros 45', renunciando à tomada de decisões, face às miseráveis prestações nesses períodos. Períodos longos de mais para ficar na expectativa. São até demasiado curiosas as suas palavras após as partidas evocando as más prestações como se nada tivesse a ver com o assunto. Caso esteja distraído, é da sua competência tentar alterar o rumo dos acontecimentos, o mais depressa possível.

Foram pois mais 45' duma pobreza franciscana, dose exagerada e imerecida para os Super Dragões, sempre incansáveis no apoio e incitamentos.

Depois do intervalo, então sim, mudou o sistema, passando para um 4x2x4, com a saída de Bellushi, reaparecido após lesão e cujo desempenho não foi além do sofrível, substituído por Falcao. O meio campo ficou entregue a Fernando e Meireles, alargando-se a frente de ataque com Mariano, Falcao, Farías e Hulk. Estava dado finalmente o sinal que deveria ter acontecido muito mais cedo.

Um golo fortuito, sofrido nos instantes iniciais do segundo período, num dos raríssimos contra-ataques, acabou por complicar ainda mais a tarefa portista. O assalto à baliza do Belenenses passou a ser frenético e avassalador, a maior parte das vezes sem o descerenimento devido, utilizando mais o coração do que a cabeça, com os prejuízos daí inerentes.

Criaram-se ocasiões mais que suficientes para alterar o marcador e construir um resultado folgado, mas só Farías por uma vez conseguiu acertar nas redes.


Castigo um tanto imerecido, pelas oportunidades despediçadas no segundo tempo, mas inevitável por mais uma primeira parte incompreensível.

Bruno Alves foi para mim o mais inconformado jogador azul e branco e um dos poucos que merecia algo mais. Aos 90' ainda fez estremecer o ferro da baliza contrária.

A nota negativa vai para o Professor Jesualdo Ferreira, único responsável por um conjunto de jogos em que se alheou das primeiras partes, limitando-se a fazer algumas correcções tardiamente. Estava à vista que mais tarde ou mais cedo sofreria as consequências. Mantenha as sua teimosias se quiser lutar pelo segundo lugar!

Caro Professor, quando se tem que solicitar a presença de mais adeptos no Estádio, é muito mau prenúncio. Para bom entendedor...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MAIS UM JOGO PARA SOFRER?

Mais um jogo complicado se adivinha para a noite de Sexta-feira no Dragão, na abertura da 9ª jornada da Liga Sagres.

A visita do Belenenses, servirá para confirmar ou não, o momento menos auspicioso que a equipa comandada por Jesualdo Ferreira atravessa, fustigada por lesões já para não repetir a frase estafada do cansaço.

Os lisboetas virão, como de costume, povoar o seu meio-campo, no sentido de colocar problemas na movimentação atacante portista.

O professor já poderá contar com o criativo Belluschi, recuperado de lesão, para ajudar a derrubar a muralha do Restelo. Não será fácil tendo em conta as dificuldades que os dragões sempre experimentam frente a adversários bem organizados defensivamente.

Espero e desejo que o FC Porto, com alguma paciência e muita competência consiga o seu objectivo, a vitória.

Jesualdo Ferreira convocou os seguintes atletas: Helton, Beto, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Nuno André Coelho, Álvaro Pereira, Fernando, Prediger, Guarín, Tomás Costa, Raul Meireles, Belluschi, Mariano Gonzalez, Hulk, Falcao, Farías e Cristian Rodriguez.

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Liga Sagres - 9ª Jornada
Jogo: FC Porto - Belenenses
Palco: Estádio do Dragão
Hora do jogo: 20:15 h
Árbitro: Olegário Benquerença - A.F. Leiria
Transmissão: RTP 1

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

ROLANDO verdadeiro capitão de equipa, foi um oásis no FC Porto durante cerca de 10 anos. Médio/defesa, de compleição física robusta, de uma entrega total ao jogo, visão de jogo extraordinária, posicionamento perfeito dentro do campo, cabelos loiros, foi às vezes o único jogador portista a merecer a chamada à Selecção Nacional.


Sabia onde a bola ia cair, estava atento aos lances ofensivos adversários, sendo muitas vezes o pronto-socorro dos laterais, era quase intransponível e ainda saía a jogar, organizando e distribuindo jogo. Foi um ídolo dos adeptos do FC Porto e uma referência do futebol português.

Injustamente, o saldo que conseguiu ao serviço do FC Porto não foi além de uma Taça de Portugal, conquistada na época de 1967/68, mas até por isso o seu mérito será tanto maior. Em plena travessia do deserto, conseguiu tornar-se numa estrela bem cintilante, marcando uma época.

Fonte:Memorial FC Porto - 100 Glórias, de Júlio Magalhães

domingo, 25 de outubro de 2009

REVOLTA DO MAL-AMADO

FICHA DO JOGO

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Mais um jogo incaracterístico do FC Porto, que acusou em demasia a falta de criatividade do seu meio-campo e simultâneamente a falta de espaços que os estudantes impuseram aos tetracampeões nacionais, trazendo a lição bem estudada a povoar bem o seu meio-campo, tapando todos os espaços.

Disto resultou uma primeira parte medíocre, sem inspiração, desastrosa no capítulo das transições e até desesperante no que diz respeito à qualidade do passe e do domínio da bola. Os azuis e brancos tiveram muita posse de bola perfeitamente inócua. O primeiro remate aconteceu aos 40 minutos, ilustrativo das dificuldades encontradas. Nesse período, Meireles, Hulk, Mariano, Falcao e Rodriguez nunca descobriram forma de se libertarem do espartilho estudantil. A lesão de Fucile, aos 4 minutos em muito terá contribuído para o marasmo em que caiu a partida, pois Sapunaru não conseguiu dar profundidade ao jogo portista.

No segundo tempo o Professor demorou a tomar decisões, embora me parecesse que os Dragões trouxeram uma nova atitude. Aos 58' Farías rendeu Rodríguez, o que motivou um coro de assobios por parte de alguma massa associativa, mas a verdade é que tal alteração mexeu com o desempenho global da equipa. Mariano foi ocupar o seu lugar natural na ala direita, Hulk derivou para a esquerda e Farías fez companhia a Falcao na frente de ataque.

O futebol portista ficou mais fluído e perigoso. Aos 64' Hulk disparou ao poste. Já antes Mariano tinha deixado dois defensores para trás em jogada espectacular para logo de seguida fazer um centro disparatado... à Mariano.

Mas sairia da cabeça do «afilhado» o desbloqueio deste jogo. Meireles marcou um canto na direita, Rui Nereu defendeu para a frente e Mariano, à entrada da área cabeceou para o fundo das malhas. Estava finalmente aberto o caminho do triunfo.

Mariano empolgado, ainda estaria na jogada do segundo golo, obtido dois minutos depois. Cruzamento da direita, Orlando falha, a bola chega a Farías que com raro sentido de oportunidade atirou a contar.

Quando parecia que o jogo estava resolvido, eis que a Académica numa reacção interessante, reduz o marcador com um golaço de Miguel Pedro num tiro de fora da área.

O jogo ficou endiabrado e Falcao teve tudo para fazer o golo após assistência de Hulk. Falhanço incrível! Foi Farías ao acorrer rápido a um passe magistral de Guarín que voltou a repor a diferença no marcador (3-1).

Não há fome que não traga fartura! Depois de uma primeira parte sem golos, a segunda foi fértil!

A Académica, que afinal não viera só para defender, logrou marcar um segundo golo já em tempo de descontos.

Foi um jogo complicado com duas partes distintas. A primeira onde não houve futebol e a segunda em que a equipa deu uma pálida imagem das suas capacidades. Marcou três golos mas sofreu dois, demonstrando alguma intranquilidade. Jesualdo queixou-se do cansaço e da inexperiência de alguns jogadores.

Num jogo destes não é fácil fazer destaques, no entanto, arrisco evidenciar a revolta de Mariano, a quem tenho feito criticas justificadas. Faço-o não pela qualidade evidenciada neste jogo, que a meu ver esteve próxima da vulgaridade, mas pela importância da abertura do marcador e da assistência para o segundo golo. Farías merece-o também pelos golos que marcou e pelo perigo que a sua ação causou na defensiva estudantil.





sábado, 24 de outubro de 2009

PROFESSOR, ATENÇÃO AOS ESTUDANTES!

A Liga Sagres está de regresso, depois de paragem prolongada para os compromissos das selecções nacionais e Taça de Portugal.

O Estádio do Dragão será o palco de mais uma jornada, que se espera gloriosa para as cores azuis e brancas. A Académica de Coimbra, agora treinada pelo novel treinador André Vilas Boas, ex-adjunto do «Special One», será o obstáculo a superar.

Jesualdo Ferreira, continua a não poder contar com todo o plantel pois as lesões são mais que muitas, com incidência particular para Belluschi, Varela e Valeri.

Deste modo, o Professor convocou os seguintes atletas: Helton, Beto, Fucile, Sapunaru, Rolando, Maicon, Bruno Alves, Nuno André Coelho, Álvaro Pereira, Fernando, Prediger, Guarín, Mariano Gonzalex, Hulk, Falcao, Farías e Cristian Rodríguez.

Creio que não haverá alterações na equipa titular que começará a partida, em relação à apresentada frente ao Apoel, tendo em conta a predilecção do padrinho pelo afilhado.

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Liga Sagres 2009/2010 - 8ª Jornada
Jogo: FC Porto - Académica de Coimbra
Estádio: Dragão - Porto
Hora e dia do Jogo: 20:15 h - Domingo 25 de Outubro de 2009
Árbitro: Hugo Miguel - A. F. Lisboa
Transmissão: RTP 1

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

MONTEIRO DA COSTA nasceu no dia 20 de Agosto de 1929. Foi um dos chamados «pau para toda a obra». Jogador polivalente, ocupou todas as posições excepto a de guarda-redes. Alinhou frequentemente como defesa central, evidenciando segurança e qualidade. Outras posições em que tinha alto rendimento eram as de médio ofensivo e avançado.


Concretizava inúmeros tentos nas balizas adversárias e, nos treze anos em que serviu o FC Porto (1949 a 1962), só no Campeonato fez 72 golos em 270 jogos.

Em Janeiro de 1951 foi o herói da extraordinária vitória por 2-0, sobre o Benfica, no Campo Grande em Lisboa, pois foi o autor dos dois golos.

Actuou nas equipas excepcionais que, nos anos 50, ganharam dois Campeonatos Nacionais e duas Taças de Portugal. Colaborou com vários treinadores, entre os quais os campeões Yustrich e Guttmann e jogou com excelentes futebolistas, como Barrigana, Virgílio, Miguel Arcanjo, Osvaldo Cambalacho, Pedroto, Carlos Duarte, Jaburu, Carlos Vieira e Hernâni.

O seu nome figura na lista dos «capitães» mais carismáticos da história do FC Porto. Foi de uma entraga e dedicação inexcedíveis, nada regateando ao seu amado Clube. Após a carrerira de futebolista, nele perdurou a disponibilidade para ajudar o FC Porto. Em momentos difíceis da equipa, aceitou comandá-la, como treinador (em parte das épocas de 1974/75 e 1975/76).

Monteiro da Costa ficou para a gloriosa história do FC Porto como um dos mais versáteis futebolistas, um belo exemplo de «amor à camisola», um coração azul e branco, uma grande glória do Clube.

Fontes: Revista Dragões; Livro de Ouro do Diário de Notícias

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

POBRE EXIBIÇÃO

FICHA DO JOGO

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Frente a uma equipa menos cotada, estreante na competição e confirmadamente a mais fraca do grupo, o FC Porto exibiu-se de forma estranha. Poucas vezes foi capaz de se afirmar como equipa mais evoluída e sobretudo não soube explorar a inexperiência e a ingenuidade da equipa cipriota pródiga no festival de brindes como há muito não via acontecer a este nível.

Jesualdo, o padrinho, mais uma vez colocou à disposição o lugar cativo a Mariano, o afilhado. Aqui, convém sublinhar, a fim de desfazer possíveis dúvidas, que a equipa provável colocada na antevisão dos jogos é a minha tentativa de adivinhar as ideias do Professor. Ora o «padrinho» fez questão de a confirmar (bingo!).

Sem poder contar com Belluschi, o meio campo acusou falta de criatividade e dificuldades na construção do jogo bem como nas transições ofensivas, obrigando Rodriguez a recuar à procura da bola, enquanto Hulk e Falcao padeciam da falta de bolas jogáveis.

Os cipriotas perceberam essas dificuldades, fechando bem os caminhos da baliza, procurando timidos contra-ataques. Foi num lances desses que lograram fazer história ao obter o primeiro golo na competição. Jogada aparentemente inofensiva em que a defesa portista consentiu, primeiro o cruzamento à vontade de Hélio Pinto, seguida da indecisão de Helton, completada pela intervenção defeituosa de Álvaro Pereira que terá desviado para as redes, num recital de asneirada da grossa.

O jogo, de uma forma geral foi caracterizado pelas falhas grosseiras que viriam a determinar o resultado. Os dois golos portistas foram também frutos desses erros. O primeiro nasceu de um mau atraso (mais um) de Michail na direcção de Falcão que lançou prontamente para Hulk não perdoar. O segundo num cruzamento aparentemente inofensivo Hélio Pinto meteu o braço na bola cometendo a falta capital. Mais uma vez Hulk transformou. Nem a reviravolta no marcador fez subir o nível. Os Dragões continuaram a complicar apesar de terem criado outras oportunidades para marcar.

Para cúmulo, o afilhado decidiu atraiçoar o padrinho. Aos 73 minutos agrediu Satsias e viu o cartão vermelho. Aparentemente, o Porto que a meu ver, tinha começado o jogo com dez (o afilhado só atrapalha) não deveria acusar essa exclusão. Puro engano! Então não é que recuaram no relvado com medo do Apoel? Não é que recorreram aos métodos usados pelas equipas fatelas, queimar tempo, ao ponto de Helton ter visto o amarelo por demorar a repor a bola? Substituição aos 93'? A minha alma ficou parva! Como foi possível temerem adversário tão fraco depois da expulsão do «marreta»?

Não sei, não quero saber e tenho raiva a quem saiba! Numa palavra: DEPLORAVEL.

No fim sobraram os três pontinhos que não garantindo (ainda) nada, servem para reforçar o segundo lugar. Valha-nos ao menos isso.

Deste desempenho menos conseguido tenho forçosamente que destacar pela positiva Hulk, principalmente pelos golos marcados (os primeiros na Champions League) e já agora dar os parabéns ao afilhado por ter conseguido o lugar na equipa principal (para não dizer no plantel)

No próximo dia 3 de Novembro é contra os mesmos mas em Nicósia.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

JOGAR PARA VENCER

A quarta-feira europeia vai trazer ao Dragão a equipa cipriota do Apoel, estreante na Champions League, mas que nem por isso deixa de alimentar a esperança de seguir em frente na competição.

Compete ao FC Porto, a jogar em casa, puxar pelos galões e apresentar o seu futebol, ser capaz de levar de vencida com maior ou menor facilidade a turma que o sorteio colocou no mesmo grupo.

Não será certamente uma partida para ser encarada de animo leve. Pelo contrário, os jogadores portistas sabem que terão de dar o seu melhor para saborearem uma vitória que lhes daria maior tranquilidade para encarar o futuro na prova.

Jesualdo não poderá contar com o ainda lesionado Varela a que se juntaram os argentinos Belluschi e Valeri.

O Professor convocou os seguintes atletas: Helton, Nuno, Fucile, Sapunaru, Rolando, Maicon, Bruno Alves, Álvaro Pereira, Alex, Fernando, Guarín, Raúl Meireles, Nariano Gonzalez, Dias, Hulk, Farías, Falcao e Cristian Rodríguez.

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: 3ª jornada do Grupo D - Champions League
Equipas: FC Porto - Apoel FC
Estádio: Dragão - Porto - Portugal
Árbitro: Felix Brych - Alemanha
Hora do Jogo: 19:45 h
Transmissão: RTP 1

domingo, 18 de outubro de 2009

ASSOCIAÇÃO DOS DRAGÕES TRANSMONTANOS


(Clicar no folheto para ampliar)


Solicitação de publicação efectuada pelo amigo Fernando Moreira de Vila Real, por mail

sábado, 17 de outubro de 2009

CHAPA 4 - DESTINO SERTANENSE

FICHA DO JOGO


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Depois de um longo interregno de futebol oficial, que afastou do seio da equipa uma boa parte do plantel principal, para satisfação dos compromissos das selecções, o FC Porto apresentou-se hoje no Dragão com uma equipa completamente alterada, constituída pelos jogadores com que Jesualdo Ferreira teve ensejo de trabalhar neste período.

Aproveitando o facto de ter como adversário o modesto Sertanense da II Divisão Nacional, o treinador portista não hesitou em proceder à gestão do plantel, dando oportunidade aos elementos que ainda não tinham dado o seu contributo e aos que apenas tinham jogado alguns minutos, aproveitando ainda para experimentar alguns jovens da formação.

A expectativa era enorme, especialmente por poder ver finalmente alguns atletas em acção.

Jesualdo começou por surpreender pelo sistema táctico utilizado, o 3x4x3 de Adriaanse! Fernando a lateral direito, Maicon a central e Nuno André Coelho a lateral esquerdo, com uma linha de quatro médios formada por Prediger, Sérgio Oliveira, Valeri e Mariano Gonzalez e na frente Hulk, Farías e Cristian Rodriguez.

O esquema funcionou perfeitamente, ante a um adversário frágil, incapaz de jogar no campo todo e a cometer erros comprometedores.

O marcador funcionou cedo, logo aos sete minutos por Hulk, reforçado aos dez por Farías, de inequívoca grande penalidade que teve como consequência a expulsão inevitável do defesa sertanense, colocando a equipa em redobrada exposição.

Serenamente, o FC Porto voltaria a marcar, de novo por Farías, cumprindo o ritual de bisar frente ao Sertanense em três épocas consecutivas e já perto do final Hulk imitaria o argentino fixando e repetindo o resultado das duas épocas anteriores: 4-0.

O professor, face à ténue réplica do adversário e à tranquilidade do resultado aproveitou para lançar mais três elementos da formação: Yero, Dias e Alex.

Não foi um jogo de molde a tirar-se grandes conclusões. No entanto ficaram-me na retina o bom desempenho de Nuno André Coelho, Prediger, Sérgio Oliveira e Farías.

Esperava mais de Valeri e não tanto de Cristian Rodriguez.

A arbitragem do lisboeta João Capela foi criticada no final pelo treinador Joaquim Mendes de forma exagerada. Teve evidentemente algumas falhas, entre as quais um penalty perdoado, por empurrão de Fernando, na área portista, com o resultado em 2-0, mas esteve muito bem nos lances que determinaram as expulsões dos jogadores do Sertanense, limitando-se a aplicar as leis do jogo.


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

MALTA PORREIRA!

Com a vitória mais que natural de hoje, frente à modesta selecção de Malta, Portugal confirmou o seu lugar nos play-off para a derradeira discussão da presença na África do Sul.

Num jogo de sentido único Portugal sentiu as dificuldades inerentes à luta desigual contra a muralha de pernas que se condensaram frente à área maltesa.

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Foi o que acabou por acontecer ao minuto 13
num remate de Nani à entrada da área. Desta vez com Deco em bom plano, os portugueses mantiveram a intensidade do jogo, nem sempre esclarecido, no sentido de alargarem a vantagem.

O dilatar do resultado aconteceu com toda a naturalidade face à modesta réplica do adversário, fixando-se o resultado nuns claros 4-0. Quem dá o que tem a mais não é obrigado. Malta é mesmo de outro campeonato!


Vitória fácil, tranquila e natural.

Pedro Mendes, sem ser o melhor do mundo, confirmou o nível superior de qualidade de que esta equipa padecia, só me espantando o facto de só agora ter sido descoberto por Carlos Queiroz. Mais vale tarde do que nunca.

Dos seleccionados portistas, jogou precisamente o que, em meu entender, menos razões tem neste momento, para fazer parte deste grupo. Meireles não atravessa um bom momento, antes pelo contrário, não me parecendo oportuno nem útil a sua inclusão na equipa. Voltou a falhar muitos passes, complicou algumas finalizações e demonstrou necessitar de descanso. No entanto, tal como Jesualdo no FC Porto, também Carlos Queiroz na selecção não prescinde dos seus serviços! Está visto que não entendo nada de futebol. Beto e Bruno Alves estiveram no banco e Rolando nem se equipou.

Vai seguir-se a fase mais importante para Portugal. A fase do tudo ou nada. Afastados do horizonte, os «papões» que nos têm infligido grandes dissabores (França e Grécia), graças à inovação esperta e saloia de um tal Platini (símbolo da transparência), sobra-nos equipas que aparentemente estarão ao nosso alcance, sem embargo de alguma surpresa (Eslovénia, Bósnia, Rep. Irlanda ou Ucrânia).

Com um pouco de sorte e alguma qualidade acrescida e o «milagre» consumár-se-à.

Portugal 4 Malta 0

Jogo no Estádio D. Afonso Henriques - Guimarães

Assistência: 29.350 espectadores.

Portugal:Eduardo, Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho, Miguel Veloso, Pedro Mendes, Raul Meireles (Nuno Assis, 62'), Deco, Simão, Nani (João Moutinho, 73') e Liedson (Edinho, 62').

Suplentes não utilizados: Beto, César Peixoto, Bruno Alves e Nuno Gomes.

Malta: Andrew Hogg, Emanuel Muscat, Brian Said, Keneth Scicluna, Ian Azzopardi, Roderick Briffa (Kevin Sammut, 88'), Jamie Pace, John Hutchinson, Shaun Bajada (Ryan Fenech, 73'), Andrew Cohen (Clayton Failla, 23') e Michael Mifsud.

Suplentes não utilizados: Mario Muscat, George Mallia, Gilberto Agius e Jonathan Carvana.

Árbitro: Alan Kelly (Irlanda).

Acção disciplinar: Cartões amarelos para, Kenneth Scicluna (43'), Clayton Failla (75'), Bosingwa (78') e Pepe (84').

Golos: 1-0, por Nani, aos 14'; 2-0, por Simão, aos 45'; 3-0, por Miguel Veloso, aos 52'; 4-0, por Edinho, aos 90'.

PARADA DE ESTRELAS

JABURU chegou às Antas no Verão de 1955. Chamava-se Jorge de Sousa Matos, mas dentro do campo de futebol respondia apenas pelo nome do pássaro aquático, pernalta e melancólico do Brasil - Jaburu.


Era um negro de envergadura física imponente, um verdadeiro bombardeiro ameaçador nas proximidades da baliza adversária. Arrastava consigo os defesas e fazia golos com facilidade.

Manteve-se durante três épocas no eixo do ataque portista, com sortes diversas: na primeira, 1955/56, sob o comando de Yustrich, apontou 22 dos 77 golos da equipa (muitos de cabeça, uma das suas especialidades) que reconduziram o FC Porto ao título que escapava há dezasseis anos; nas duas temporadas seguintes, após a partida deste treinador, que o tratava como o menino travesso e o colocava na ordem, perdeu o fulgor e a alegria de jogar, abusando das noitadas e do álcool afundando-se numa vulgaridade que tornou inevitável a desvinculação e o regresso ao Brasil.

Ainda assim, Jaburu ficou no coração de muitos portistas.

Fontes: Revista Dragões; Figuras & Factos, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

sábado, 10 de outubro de 2009

UMA LUZ AO FUNDO DO TÚNEL

A vitória portuguesa conjugada com a derrota da Suécia, fez renascer as poucas esperanças que ainda existem para a presença de Portugal na África do Sul.

O segundo lugar agora conseguido, faz depender de si próprio a possibilidade de vir a disputar os play-off de acesso.

Apesar do resultado dilatado, a equipa nacional não conseguiu disfarçar alguma intranquilidade e nervosismo, provocados pela absoluta necessidade de ganhar,a que se juntou a manifesta falta de forma de alguns jogadores, contribuindo para um futebol pobre, sem beleza, com muita transpiração e pouca inspiração.

Pertenceu mesmo aos húngaros o primeiro lance com sensação de perigo, logo aos sete minutos, após remate cruzado a que Eduardo se opôs com determinação.

Porém, a Selecção Nacional ao transformar em golo a primeira oportunidade criada, em remate oportuno de Simão, aos 18 minutos, teve o condão de restaurar a auto-confiança, ainda que o futebol praticado continuasse na mediocridade, principalmente pelo excesso de passes falhados e do mau desempenho de Deco e Meireles, que só a espaços apareciam no jogo.

Só a partir dos 60 minutos se viu Portugal no seu esplendor, a praticar um futebol rápido, perigoso e prático, garantindo mais dois golos.

Carlos Queiroz apostou em Pedro Mendes para substituir o castigado Pepe e em boa hora o fez. O médio a jogar na Escócia foi para mim o melhor homem em campo. Pendular, muito certo, tudo o que fez foi com grande qualidade e durante todo o jogo.

Os jogadores portistas envolvidos, tiveram diferentes desempenhos. Bruno Alves esteve imperial a defender e ainda colaborou no ataque. Foi dele a assistência para o segundo golo. Raul Meireles voltou a estar incerto, alternando algumas (poucas) boas jogadas com disparates pegados numa demonstração de má forma. Rolando não saiu do banco e Beto viu o jogo na bancada.

Segue-se Malta, em Guimarães.

Portugal 3 Hungria 0

Jogo no Estádio da Luz - Lisboa

Árbitro: Alain Hamer (Luxemburgo)

PORTUGAL - Eduardo; Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Duda; Raul Meireles, Pedro Mendes e Deco; Ronaldo (Nani 27'), Liedson (Nuno Gomes 83') e Simão (Miguel Veloso 80').

Suplentes não utilizados: Rui Patrício, Rolando, Paulo Ferreira e Edinho.

HUNGRIA - Babos; Bodnar, Gyepes, Juhász e Vanczak; Toth, Vadocz (Priskin, 56); Huszti (Buzsaky 66'), Gera e Dzudzak Vargas 84'); Thorgelle

Suplentes não utilizados: Kiraly, Miklos, Bodor, Csaba e Feher.

Golos: Simão (17' e 78'), Liedson (74')

PRIMEIROS ACORDES DA 9ª SINFONIA

Arrancou ontem, no Dragão Caixa, o Campeonato Nacional de Hóquei em Patins 2009/2010.

O FC Porto não deixou ficar os seus créditos por mãos alheias, vencendo o Calendária por 5-3.

Com dois golos cada, de André Azevedo e Pedro Gil e um de Reinaldo Ventura, os Dragões estrearam-se com uma vitória no novo Pavilhão.

O jogo foi disputado sob um ambiente intenso e de grande espectáculo, com os azuis e brancos quase sempre superiores ao adversário açoriano, compondo os primeiros acordes da 9ª Sinfonia, que se deseja, seja mais uma obra de arte com a chancela do Dragão.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

MIGUEL ARCANJO foi um excelente defesa-central, dotado de boa técnica e sentido posicional, muito querido dos adeptos do FC Porto, onde militou durante 16 anos.


Nascido em Angola, ingressou no Clube em 1950 e viria a tornar-se num dos mais importantes jogadores do FC Porto, mas só com a chegada do treinador brasileiro Yustrich atingiu o objectivo de singrar no futebol português.

A época de 1955/56, com a obtenção da «dobradinha» (Campeonato e Taça de Portugal), foi o ponto de partida para a grande carreira de Arcanjo.
Uma soberba compleição física servia de suporte a um apurado e raro sentido de colocação a que aliava a capacidade de corte das investidas adversárias, que cumpria com elegância, precisão e absoluta lealdade de processos. Com Virgílio e Osvaldo Cambalacho, formou um trio defensivo de alta qualidade.

Foi Campeão Nacional por duas vezes, em 1955/56 e 1958/59, vencendo também duas Taças de Portugal nas temporadas de 1955/56 e 1957/58. Vestiu a camisola da Selecção Nacional por 9 vezes.

Fontes: Figuras & Factos, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; Revista Dragões.

domingo, 4 de outubro de 2009

VITÓRIA JUSTA E TRANQUILA

FICHA DO JOGO

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Foi com alguma naturalidade que os Tetracampeões nacionais ultrapassaram mais um adversário que se antevia difícil. Marcando cedo o FC Porto foi aos poucos, sem grande esforço, levando a água ao seu moinho. Falcao voltou a ser decisivo com a sua presença na área, onde servido superiormente por Belluschi, mais uma bela exibição, elevou-se sem oposição rematando de cabeça para facturar o primeiro da partida, ainda não tinha passado o primeiro quarto de hora de jogo. Teve nova oportunidade logo a seguir mas cabeceou à figura.

Hulk, hoje pouco explosivo, ainda se isolou em passe magistral de Belluschi, mas fez o pior, tropeçou na bola e perdeu-se uma escandalosa oportunidade de dilatar o resultado. Teve ainda durante o encontro duas bolas nos ferros. Hoje não era o seu dia.

Sem jogar muito, os azuis e brancos controlaram a partida e aproveitaram duas das muitas oportunidades para marcar. Dir-se-ia que os Dragões estavam em contenção de esforços, talvez pelo desgaste provocado pelas duas anteriores partidas, que exigiram algum esforço competitivo suplementar.

Primeiro Bruno Alves, acorrendo a um centro bem medido do argentino Belluschi e mais tarde Falcao assistido por Hulk fixaram o resultado.

Vitória justa e tranquila, frente a um adversário que deu a réplica possível, com apontamentos interessantes de Castro e Ukra.

No FC Porto, para mim, os melhores foram Belluschi e Falcao, este pelos dois golos que marcou.





sábado, 3 de outubro de 2009

EM OLHÃO PARA JOGAR À CAMPEÃO

A equipa da Olhanense, treinada por Jorge Costa, é o próximo adversário a cruzar-se com o Tetracampeão nacional, para mais uma jornada, a sétima da Liga Sagres 2009/2010.

Esta deslocação ao Algarve acontece após duas vitórias importantes, frente a adversários de outra dimensão. Porém os Dragões, se quiserem voltar ao Porto com os três pontos da vitória, terão de se bater com humildade, denodo e ambição. Pela frente vão ter um adversário de mangas arregaçadas, dinâmica e entusiasta, ou não fosse constituído por meia dúzia de atletas formados nas escolas azuis e brancas ansiosos por demonstrar a Jesualdo Ferreira que poderá contar com eles no futuro próximo.

Estará muito enganado quem pensar que este facto favorece o FC Porto. Pelo contrário, Ukra, Castro, Tengarrinha, Zequinha, Rabiola e Stephane, tudo farão para que a equipa que hoje representam saia dignificada.

Nos Dragões, a braços ainda com lesões de alguns dos seus jogadores (Cristian Rodriguez, Silvestre Varela, Sapunaru, Miguel Lopes e Orlando Sá, bem como a necessitar de dar descanso aos mais utilizados, depois do chamado ciclo terrível, seria natural que o Professor optasse por gerir o plantel. Creio no entanto que irá manter a equipa que conseguiu as últimas vitórias, com um ou outro ajustamento.

Os jogadores convocados são os seguintes: Helton. Nuno, Fucile, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Àlvaro Pereira, Fernando, Prediger, Raul Meireles, Belluschi, Tomás Costa, Guarín, Valeri, Mariano Gonzalez, Falcao, Farías e Hulk.

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Liga Sagres 2009/2010 - 7ª Jornada
Jogo: Olhanense - FC Porto
Estádio: José Arcanjo - Olhão
Hora do jogo: 20:15 h
Árbitro: Pedro Henriques - Associação Futebol de Lisboa
Transmissão: RTP 1

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

PEDROTO profundo admirador de Pinga, a quem espiolhou até ao infimo pormenor, aos poucos foi firmando destreza no trato com a bola. O treinador François Gutka acolheu-o nos infantis do FC Porto. Passou pelos juniores do Leixões. Ao abrigo da lei militar, jogou no Vila Real de Santo António, onde se notabilizou em desafios contra o Sporting.

À compita, Belenenses, Benfica, Guimarães, Setúbal, Académica e FC Porto tentaram seduzi-lo oferecendo verbas avultadas para a época. Decidiu-se pelo Belenenses a troco de 25 mil escudos.

Em Belém nascia um astro. Os responsáveis portistas, sempre atentos, não descansaram enquanto não o vestiram com o emblema do Dragão. Para tal tiveram que desembolsar a verba, no maior contrato até então acordado em Portugal: 500 contos! Foi em 1952. O FC Porto estava a construir uma grande equipa que viria finalmente a quebrar um jejum de muitos anos.

Em 1955/56, comandada por Dorival Yustrich, a equipa do FC Porto conquista o Campeonato nacional e a Taça de Portugal. José Maria Pedroto foi uma das principais figuras da equipa. Voltaria a ser campeão em 1958/59, com Bella Guttmann.

Centro campista de grande qualidade, vestiu a camisola das quinas por 17 vezes.

Em 1960, Pedroto torna-se o primeiro treinador português com curso superior. Foi um treinador com excelentes capacidades técnicas associadas a um discurso agressivo, sempre pronto a enfrentar sem papas na língua o poder instituído quer da FPF, quer da Comunicação Social, que tal como hoje endeusava os clubes da 2ª circular.

Enquanto treinador, continuou a evidenciar-se nos estudos, obtendo uma brilhante classificação num curso de treinadores, efectuado em França. Estes resultados, aliados ao bom desmpenho nas camadas jovens do FC Porto, levaram-no ao posto de treinador da selecção nacional de juniores.

Com Pedroto ao «leme», Portugal conquistou o seu primeiro título europeu. Com Pinto da Costa como Director do Futebol profissional do FC Porto, José Maria Pedroto organizou o departamento e vocacionou-o para o grande Clube mundial que é hoje.

Fontes:Baú de Memórias, de Rui Anjos; Revista Dragões