domingo, 30 de novembro de 2008

FUTEBOL CATEDRÁTICO PARA RECEBER ESTUDANTES

Com o jogo da jornada 9 da Liga Sagres adiado para o dia 17 de Dezembro, o FC Porto prepara-se para receber no seu estádio a Académica de Coimbra no âmbito da 10ª jornada.

Pedro Emanuel é a baixa por lesão mais sonante. Sapunaru e Fucile recuperados de lesões estão aptos para o jogo bem como Lucho Gonzalez que volta à equipa.

São os seguintes os jogadores convocados: Helton, Nuno, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Fucile, Stepanov, Lino, Fernando, Raúl Meireles, Lucho Gonzalez, Guarín, Tomás Costa, Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez, Hulk, Cristian Rodríguez e Farías.

EQUIPA PROVÁVEL

Esperamos evidentemente uma exibição à medida dos pergaminhos do Clube e um resultado favorável às pretensões legítimas do desejado tetracampeonato, ainda no horizonte, apesar do atraso registado nesta altura.

O jogo vai disputar-se no Estádio do Dragão, Segunda-feira dia 01.Dez.2008 às 18:15 h.
Àrbitro designado: Elmano Santos - A.F. Madeira

Transmissão televisiva: SportTv1

sábado, 29 de novembro de 2008

O FC PORTO NA CHAMPIONS LEAGUE

A prova rainha da Europa do futebol é como sabemos a Liga dos Campeões Europeus que começou a disputar-se na época de 1955/1956, num modelo completamente diferente do actual (Eliminatórias em dois jogos até à final disputada num só jogo). Chamava-se então a Taça dos Clubes Campeões Europeus onde apenas tinham acesso os campeões de cada um dos campeonatos europeus que nela se inscreviam.

Esta prova tem vindo, ao longo dos anos, a sofrer alterações quer quanto ao seu formato quer quanto ao seu acesso.

Actualmente o acesso é limitado de acordo com o coeficiente da UEFA (Ranking dos países que disputam os seus campeonatos) dos últimos cinco anos. Quanto maior for esse coeficiente a mais vagas esses países terão direito. Deste modo, países como Espanha, Inglaterra, Itália e Alemanha por exemplo, poderão ter três, quatro ou mesmo cinco clubes a disputar a prova.

O modelo mais recente está em vigor desde 2003/2004.

Inicia-se com 3 pré-eliminatórias no fim das quais são formados oito grupos. Destes apuram -se os dois primeiros de cada. A fase seguinte é a eliminar em dois jogos (casa e fora) até à final que se disputa num só jogo.

Escrevi há dias por ocasião da terceira qualificação consecutiva, do FC Porto para os oitavos-de final da Champions League, quando ainda falta uma jornada para concluir a fase de grupos (facto que pela sua normalidade teve um tratamento discreto pela Comunicação Social), que o FC Porto era a própria história desta competição, enquanto outros, classificando-se pela primeira vez esta época fizeram história, amplamente sublinhado pela mesma Comunicação Social panfletista e propagandista, comportamento aliás a que nós portistas estamos já habituados.

Para ilustrar exactamente essa minha afirmação fiz um trabalho de pesquisa que hoje quero partilhar com todos os leitores em geral e os portistas em particular.

O FC Porto começou a disputar esta prova em 1956/1957 somando 9 presenças até 1990/1991.
Não foi feliz nas primeiras cinco participações onde não foi além da primeira ou segunda eliminatórias, mas chegou ao triunfo em 1986/1987, ao bater na final o Bayern de Munique e aos Quartos-de-finais em 1990/1991.

Em 1992/1993 o figurino foi modificado e a prova adoptou o nome de Champions League.
Com este novo visual o FC Porto tornou-se num habitué de presenças, vai já em 14.
Mais 1 título (2003/2004), 1 Meia-final (1993/1994), 1 Quartos-de-final (1996/1997) e 4 Oitavos-de-finais (2004/2005, 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009), foram estes os melhores registos dos Dragões.

Legenda: Pr = Presenças; J = Jogos; V = Vitórias; E = Empates; D = Derrotas; GM = Golos Marcados e GS = Golos sofridos

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O LONGO JEJUM DE 19 ANOS

Antes de se tornar no grande clube ganhador aquém e além fronteiras o FC Porto viu-se forçado a fazer a travessia do deserto que constituiu em dezanove anos consecutivos sem um único título de campeão nacional.

De Bella Gutmann, na época de 1958/1959 a José Maria Pedroto, na época de 1977/1978, decorreu um período demasiado alargado, fértil em acontecimentos negativos, umas vezes de origem interna outras do foro da falta de verdade desportiva, que afastaram o Clube da consagração.

Sucederam-se vários treinadores: Ettore Puricelli, Daucik (1959/60), Jorge Orth, Reboredo (1961/60), Kalmar (1962/63), Artur Baeta (1963/64), Oto Glória (1964/65), Flávio Costa (1965/66) Pedroto (1966/69), Schwartz, Vieirinha (1969/70), Tommy Doc, António Teixeira, Artur Baeta, António Feliciano, Morais (1970/71), Paulo Amaral (1970/72), Fernando Riera, António Feliciano (1972/73), Bella Gutman (1973/74), Aimoré Moreira, Monteiro da Costa (1974/75), Stankovic e Monteiro da Costa (1975/76), mas nenhum conseguiu o principal objectivo.


Emergiram no entanto duas vitórias na Taça de Portugal, em 1967/1968 e 1976/1977, ambas com Pedroto no comando técnico.


O FC Porto teve nas suas fileiras um punhado de bons jogadores com destaque para Hernâni, Virgílio, Acúrsio, Miguel Arcanjo, Carlos Duarte, Américo, Festa, Custódio Pinto, Rolando, Pavão e Cubillas.

Na foto da esquerda para a direita: Virgílio, Hernâni, Pavão e Cubillas

Fica para a história algumas das equipas portistas que lutaram pelo título que não surgiu:

Na foto do canto superior esquerdo a equipa de 60/61, da esquerda para a direira em cima: Virgílio, Barbosa, Miguel Arcanjo, Luis Roberto, Monteiro da Costa e Acúrsio; Em baixo: Carlos Duarte, Hernâni, Noé, Teixeira e Perdigão.

Na foto do canto superior direito a equipa de 62/63, da esquerda para a direita em cima: Vasconcelos, Custódio Pinto, Paula, Festa, Manhiça e Américo; Em baixo: Carlos Duarte, Jaime, Valdir, Romeu e Hernâni.


Na foto do canto inferior esquerdo a equipa de 63/64, da esquerda para a direita em cima: Atraca, Custódio Pinto, Festa, Paula, Almeida e Américo; Em baixo: Carlos Duarte, Jaime, Valdir, Serafim e Nóbrega.


Na foto do canto inferior direito a equipa de 68/69, da esquerda para a direita em cima: Rui, Bernardo da Velha, Rolando, Almeida, Valdemar e Atraca; Em baixo: Pavão, Djalma, Gomes, Custódio Pinto e Nóbrega.


Na foto do canto superior esquerdo a equipa de 70/71, da esquerda para a direita em cima: Rolando, Gualter, Pavão, Valdemar, Joaquim Jorge e Rui; Em baixo: Abel, Custódio Pinto, Bené, Lemos e Nóbrega.

Na foto do canto superior direito a equipa de 71/72, da esquerda para a direita em cima: Manhiça, Pavão, Leopoldo, Rolando, Gualter e Rui; Em baixo: Ricardo, Bené, Nóbrega, Abel e Lemos.

Na foto do canto inferior esquerdo a equipa de 72/73, da esquerda para direita em cima: Guedes, Pavão, Valdemar, Rolando, Gualter e Rui; Em baixo: Celso, Abel, Flávio, Oliveira e Malagueta.

Na foto do canto inferior direito a equipa de 75/76, da esquerda para a direita em cima: Teixeirinha, Murça, Simões, Gabriel e Rui; Em baixo: Teixeira, Octávio, Júlio, Oliveira, Cubillas e Diniz.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

LISANDRO, UM MATADOR EM ISTAMBUL!


FICHA DO JOGO

(CLICAR NO QUADRO PARA AMPLIAR)

Com a eficácia de Lisandro Lopez, de novo de volta, o FC Porto construiu o resultado que melhor servia as aspirações de seguir em frente na Champions League.

Foi uma exibição esforçada, com momentos de grande lucidez e realismo, que permitiu o controlo do jogo em largos períodos da partida, inibindo os turcos de construírem um futebol fluído como desejavam, obrigando-os a cometer uma série de erros que os Dragões aqui e ali souberam aproveitar.

O Fenerbahçe até entrou melhor na partida. Muito pressionante e ousado no ataque, mas foi sol de pouca dura, já que o FC Porto cedo pôs em respeito a turma anfitriã, com perigosos contra-ataques.

Aos 13' Raúl Meireles deu a entender o que é que os tricampeões portugueses pretendiam, obrigando o guardião turco a defesa complicada para canto.

Seis minutos mais tarde o argentino Lisandro Lopez no coração da área recebeu um cruzamento de Bruno Alves e com toda a oportunidade não perdoou. Estava aberto o caminho da vitória.

Os turcos sentiram o golo perdendo muitos lances no meio campo onde o trio portista dominava e recuperava lances atrás de lances. Pena a deficiente definição do último passe quase sempre mal elaborado destruindo várias oportunidades de aparecer frente ao guardião turco em condições de ampliar o resultado.

Aos 28' Lisandro voltou a facturar tirando partido do seu elevado sentido de oportunidade ao aproveitar uma bola que Volkan Demirel não foi capaz de segurar. Cinco minutos depois o 0-3 esteve muito perto de acontecer. Raúl Meireles lançou Tomás Costa na esquerda e este à saída do guarda-redes turco rematou em jeito fazendo a bola bater no poste mais longe da baliza deserta.

No segundo tempo o Fenerbahçe apareceu mais decidido na tentativa de recuperar a desvantagem consentida, com o Porto na procura de serenar e controlar a partida. Hulk depois de uma jogada enleante, fugiu sob a esquerda, passou o guarda-redes e quase sem ângulo procurou a baliza rematando fraco mas às malhas laterais, perdendo uma bela ocasião de liquidar todas e quaisquer veleidades dos adversários.

Não marcou o Porto, marcou o Fenerbahçe num lance feliz já que a bola rematada por Kazim Kazim tabelou nas pernas de Bruno Alves traindo Helton, aos 63'.

Até final o FC Porto controlou e fez chegar a bola com perigo ao último reduto turco, mas o resultado não se alterou. Estava carimbada a passagem (mais uma) aos oitavos-de-final da prova, beneficiando naturalmente da derrota do Dínamo de Kiev em Londres.

Enquanto uns fizeram (esta época) história, nós somos a própria história! Esta é a terceira consecutiva...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

QUEREMOS UM DRAGÃO DE OURO NO INFERNO DE ISTAMBUL

Depois de um interregno, para mim demasiado longo, o FC Porto vai voltar amanhã (finalmente) à alta competição.

Espero naturalmente que este intervalo, alargado em função do adiamento do jogo da Liga Sagres frente ao Estrela da Amadora, tenha cumprido cabalmente o objectivo, que julgo ter sido o de poupar e/ou recuperar de esforços por um lado e o de resguardar de hipotéticas lesões por outro, permitindo aos Dragões apresentarem-se com níveis físicos, mentais e técnicos que lhes permitam encarar esta difícil deslocação à Turquia com a confiança devida.

Sabemos das dificuldades que a turma do Fenerbhaçe nos irá colocar, mas temos confiança no bom desempenho dos nossos atletas no sentido de alcançarem um resultado positivo, que se não for já o do carimbo automático para os oitavos-de-final que seja pelo menos o de continuar a alimentar esperanças para lá chegarmos.

Sapunaru por lesão e Lucho Gonzalez por castigo são as baixas mais sonantes. Jesualdo Ferreira terá por isso de exercitar as suas competências para arquitectar a melhor solução.

Estão já na Turquia os seguintes jogadores: Helton, Nuno, Fucile, Rolando, Bruno Alves, Pedro Emanuel, Stepanov, Lino, Fernando, Raúl Meireles, Tomás Costa, Guarín, Pelé, Tarik Sektioui, Lisandro Lopez, Hulk, Farías, Cristian Rodriguez e Mariano Gonzalez.

O Professor já disse que Fucile jogaria na direita e rejeitou revelar quem jogará à esquerda. Espero que não seja o Mariano Gonzalez!

A ausência de Lucho deverá colocar Tomás Costa na «poule position» para o substituir. Pedro Emanuel poderá ser o lateral esquerdo que Jesualdo não quiz revelar enquanto na frente várias combinações são possíveis mas complicadas de prognosticar. É que o Professor tem-se revelado por vezes surpreendente no escalonamento da equipa titular. Em todo o caso aqui vai a

EQUIPA PROVÁVEL

O jogo vai disputar-se amanhã pelas 19:45 h em Istambul, no Saroçoglu Stadyumu.
O árbitro será o espanhol Alberto Undiano Mallenco.
Transmissão televisiva na RTP1

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

HERMANN STESSL

O Verão quente de de 1980 já foi aqui aflorado na rubrica Baú de Memórias. Hoje decidi recordar uma personalidade que foi "apanhada" no meio de um verdadeiro imbróglio, o treinador austríaco Hermann Stessl.

Foi o treinador escolhido para preencher o lugar do "Mestre" que havia renunciado ao cargo em função da falta de solidariedade do Presidente Dr. Américo de Sá.

No dia da sua apresentação, 14 jogadores recusaram-se à formalidade. Os dissidentes, entre os quais Oliveira, Fernando Gomes, Octávio, Sousa, Teixeira, Quinito e Lima Pereira, treinaram-se à parte em Santa Cruz do Bispo, por conta própria. Os outros seguiram para o estágio em Leiria com o novo treinador.

Nesse período quente, estalaram novos episódios. Foram anunciados processos laborais, cruzaram-se acusações, Teixeira foi suspenso, Octávio viu o seu contrato não ser renovado, Oliveira só ficaria com Pedroto e Pinto da Costa, abalando para o Penafiel como treinador-jogador, Fernando Gomes, há muito pretendido pelo Gijon, abala também, com um contrato de mais de 40 milhões de pesetas, que possibilitou ao FC Porto arrecadar 30 milhões e Pedroto fixou-se em Guimarães levando consigo Artur Jorge como adjunto.

Entretanto Stessl, tranquilo no meio da tempestade recebe nas Antas o Manchester City para inauguração da pré-temporada, com o qual empata a zero, utilizando cinco júniores.

Agosto foi o mês da reconciliação da maioria dos dissidentes que integraram a comitiva que se deslocou à Corunha para participar no Torneio Teresa Herrera. O FC Porto perdeu com o Real Madrid por 2-1 e venceu o Flamengo por 4-1.

Na foto da esquerda para a direita, em cima: Gabriel, Teixeira, Walsh, Freitas, Simões, Rodolfo e Fonseca; Em baixo: Duda, Frasco, Albertino e Sousa.

Afável e simples Hermann Stessl deambulava nas Antas com o objectivo primeiro de unir a equipa e trabalhar para altos voos.

O Campeonato Nacional da época 1980/1981 começou nos finais de Agosto com o FC Porto a ir bater o Sporting em Alvalade por 1-2. Terminou no 2º lugar a dois pontos do Benfica treinado pelo húngaro Lajos Baroti e com uma vantagem de 11 pontos para o Sporting, 3º classificado.

Foi finalista da Taça de Portugal com o Benfica com o qual perderia por 3-1.

Tendo em conta a turbulência inicial, o FC Porto conseguiu uma época positiva, só ao alcance de um grande clube, com fortes alicerces e forte determinação.

Com a eleição de Pinto da Costa no final dessa época tornou-se mais que claro que Stessl não teria futuro no Clube, apesar da conquista da Supertaça disputada em duas mãos contra o Benfica, com vitória clara nas Antas por 4-0, pois o treinador do Presidente era obviamente o "Mestre" José Maria Pedroto.

domingo, 16 de novembro de 2008

DE INOCÊNCIO A BRUNO, SEMPRE A MESMA PAIXÃO!

A polémica arbitragem de Bruno Paixão no jogo Sporting-Porto da Taça de Portugal, suscitou vários tipos de apreciação.

Os pasquins amestrados dirigiram-lhe criticas cerradas, alinhadas aliás pelos comentários de Paulo Bento e Soares Franco, como não poderia deixar de ser. De repente o árbitro setubalense passou para essa gente de bestial a besta. A causa próxima foi a eliminação do Sporting da Taça de Portugal.

Há muito que os portistas vêem manifestando indignação pelas exibições deste pseudo árbitro tais as atrocidades que vem cometendo com o beneplácito da APAF, da Comissão de Arbitragem da Liga, do Concelho de Arbitragem da FPF e dos Orgãos de Informação em geral, dos paquins amestrados em particular.

O jogo Campomaiorense-FC Porto de 19 de Fevereiro de 2000 constituiu para mim um dos maiores escândalos registados em campos de futebol mundial. Bruno Paixão esteve nesse jogo igual a si próprio numa clara demonstração de incompetên
cia a roçar até a falta de honestidade.

A Comunicação Social (dita especializada e de referência) no entanto, decidiu branquear e colocar-se ao lado do prevaricador dado que tal exibição serviu para oferecer o título dessa época ao Sporting. Os fins justificaram os meios.

Na última edição do programa Trio de Ataque da RTPN o representante benfiquista prometeu oferecer ao Dr. Rui Moreira recortes dos jornais sobre o jogo Benfica-Cuf apitado por Inocêncio Calabote, onde a verdadeira história sobre este árbitro, segundo ele se encontra desmitificada, demonstrando que o juiz afinal não passou de uma vítima.

Meu caro cineasta, nós portistas conhecemos a tradição jornalística deste país. Já todos estamos habituados ao branqueamento quando os prejudicados somos nós. Toda e qualquer literatura que o senhor possua não apagará o que efectivamente se passou. De resto, remeto-o para os relatos do badalado jogo Campomaiorense-FC Porto onde a performance do árbitro Bruno Paixão foi considerada excelente o que demonstra a falta de seriedade com que alguma CS desde sempre abordou estas questões.

Mas numa coisa tem razão, Inocêncio Calabote foi efectivamente uma vítima. Vítima do sistema que protegia descaradamente os clubes de Lisboa; vítima do sistema que concertava a eleição do FPF apenas e só entre os clubes de Lisboa e principalmente vítima da "justiça" que castigou o corrompido deixando impune o corruptor.

OS FACTOS:

Antes da última jornada do Campeonato Nacional de 1958/1959 FC Porto e Benfica encontravam-se com o mesmo número de pontos, com vantagem para os portistas de quatro golos no goal-avarage. O FC Porto deslocava-se a casa do último classificado, o Torriense e o Benfica recebia a Cuf do Barreiro, que se encontrava a meio da tabela. Durante a semana, o esquema foi urdido no sentido de garantir o título à equipa da Capital. Valdivieso, treinador adjunto do Benfica esteve mesmo sentado no banco do Torriense, supostamente na supervisão da orientação técnica do jogo contra o FC Porto.

Enquanto o jogo em Torres Vedras c
omeçou à hora determinada pela Federação, o jogo da Luz foi atrasado em sete minutos, depois de algumas manobras de diversão, apesar do regulamento ser bem claro que os jogos deveriam começar todos à mesma hora. O guarda-redes da Cuf, em tarde tão infeliz a consentir golos atrás de golos, também ele a roçar a desonestidade ao ponto de ter sido substituído a pedido dos seus colegas.

Calabote assinalou três penalties contra a Cuf e expulsou-lhe três jogadores o que provocou uma reacção de indignação de alguns dos seus jogadores que denunciaram o «arranjinho». O resultado final foi de 7-1! Ainda assim curto porque entretanto o FC Porto ganhava ao Torriense por 0-3, com os golos a serem conseguidos nos últimos minutos. Os jogadores e equipa técnica tiveram de ficar à espera do resultado final da Luz para finalmente festejarem o título.

Clemente Henriques, árbitro portuense da altura afirmou sobre Calabote:
«Cheguei a ouvir uma conversa, em Lisboa. Ouvi o Calabote, à distância, dizer a uns senhores que ainda faltavam 20 contos para que o Benfica lhe pagasse a última prestação» In JN 30.Maio.1998

Inocêncio Calabote acabaria irradiado.

Apesar de campeões nacionais, nós os portistas não nos calaremos e reagiremos às frequentes manobras de bastidores. É que não andamos cá por ver andar os carros eléctricos!

sábado, 15 de novembro de 2008

DE NOVO NO TRILHO CERTO


FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Com a vitória de hoje o FC Porto recuperou o trilho das vitórias, que espero, o conduza definitivamente para a conquista em mais um campeonato nacional.

A crise parece efectivamente debelada ainda que continue a notar-se momentos de menor confiança que vai inibindo os Dragões de rubricar exibições consistentemente duradouras.

O jogo frente aos vimaranenses foi demonstrativo das dificuldades que a equipa ainda possui para chegar ao golo. Com uma primeira parte de bom nível, obrigando o seu adversário a remeter-se a uma defesa porfiada sem tempo para pensar sequer no ataque, o FC Porto só pecou pelo fraco aproveitamento do seu pendor atacante. Sapunaru e Lisandro no primeiro minuto da partida, Rodriguez e novamente Lisandro mais tarde, foram os autores dos remates mais perigosos do Porto. A exibição era positiva mas a ineficácia dos remates fazia as equipas recolherem às cabines com um injusto empate sem golos.

Curiosamente na etapa complementar o FC Porto baixou de produção. A ansiedade tomou conta da equipa e o futebol saía menos fluído. Apesar disso os minhotos nunca foram capazes de levar perigo à baliza de Helton, equilibrando o jogo mais a meio campo.

Aos 66' finalmente respirou-se de alívio no Dragão com o golo de Lisandro dando uma expressão menos injusta ao cariz do jogo, resultado que viria a ser ampliado por Farías, aproveitando da melhor forma um dos muitos lances que acabaram por aparecer em catadupa junto das redes de Nilson.

Foi uma vitória importante para o consolidar da confiança, sustentada numa exibição muito prometedora. Fernando todo o jogo e Rodriguez a espaços foram a meu ver os azuis e brancos mais em evidência.



sexta-feira, 14 de novembro de 2008

DE IMPORTÂNCIA CAPITAL

A 8ª jornada da Liga Sagres vai pôr frente a frente as equipas do FC Porto e do V. Guimarães, que após as sete jornadas disputadas ocupam o 8º e 10º lugares, respectivamente. Apenas dois pontos separam os Dragões dos Afonsinhos, o que não deixa de ser curioso.

Temos por isso em perspectiva um jogo difícil, equilibrado e de vencedor imprevisível, tanto mais que os portistas perderam os dois últimos encontros (Kiev e Leixões) que disputaram no Dragão.

Sendo certo que entretanto a saúde anímica dos jogadores azuis e brancos saiu reforçada pelas duas importantes vitórias fora de casa frente ao Dínamo de Kiev e Sporting, a verdade é que o momento que a equipa atravessa ainda não é de molde a encarar este jogo com a tranquilidade habitual.

Com Pedro Emanuel e Hulk castigados em função duma excessiva Paixão do jogo de Alvalade, Jesualdo Ferreira vai ter, mais uma vez, que mexer na equipa. Sabemos como o Professor adora surpreender ao ponto de já ter experimentado várias composições.

Na baliza já jogaram Helton e Nuno, na direita Sapunaru, Fucile, Tomás Costa e Fernando, na esquerda Benítez, Fucile, Lino, Tomás Costa e... Mariano Gonzalez, no centro Pedro Emanuel + Bruno Alves, Stepanov + Pedro Emanuel, Rolando + Bruno Alves (esta a dupla mais utilizada), a trinco já jogaram Guarín, Fernando, Raúl Meireles e Pelé, no miolo Meireles + Lucho, Lucho + Tomás Costa, Meireles + Guarín, Guarín + Tomás Costa, na ala direita Mariano, Candeias, Tarik e Lisandro, a ponta de lança Lisandro, Hulk e Farías e na ala esquerda Rodriguez, Hulk e Lisandro. Enfim, uma parafernália de experiências, algumas bem exóticas.

Lista completa dos convocados: Helton, Nuno, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Stepanov, Fucile, Lino, Fernando, Raúl Meireles, Lucho Gonzalez, Pelé, Tomás Costa, Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez, Farías, Cristian Rodriguez e Tarik Sektioui.

EQUIPA PROVÁVEL

Para o FC Porto ganhar é a palavra de ordem. O lugar que ocupa na classificação é demasiado penalizadora e nada habitual pelo que os três pontinhos servirão no imediato para suavizar e ajudar a subir na tabela. De importância capital portanto.

Jogo no Estádio do Dragão
Sábado, dia 15 Novembro às 18:15 h
Árbitro: Olegário Benquerença - A.F. Leiria
Transmissão: SportTv1