domingo, 29 de junho de 2008

HÓQUEI PORTISTA NÃO SE CANSA DE GANHAR

O FC Porto ergueu hoje mais uma Taça de Portugal de hóquei em patins ao bater, em Aljustrel, o HC Braga por 5-1.

Os heptacampeões nacionais impuseram a classe que lhe tem garantido a hegemonia na modalidade vencendo de forma inequívoca mais uma final.

A "dobradinha" teve o seu inicio no Sábado, depois da vitória frente ao Óquei de Barcelos por 5-4.

Foi a 12ª Taça de Portugal conquistada pelos Dragões.


No Pavilhão Municipal de Aljustrel o FC Porto alinhou com: Edo Bosh; Pedro Moreira, Filipe Santos, Reinaldo Ventura e Emanuel Garcia.

Jogaram ainda: Caio, Ricardo Ferreira, Jorge Silva e André Azevedo.

Marcadores dos golos: André Azevedo (1-0 e 4-1), Pedro Moreira (2-1), Ricardo Figueira (3-1) e Filipe Santos (5-1).

Treinador: Franklim Pais

quarta-feira, 25 de junho de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

Concretizado e festejado o Tetra, Pinto da Costa já só pensava na época seguinte. O contrato de António Oliveira estava no fim, urgia renovar como parecia ser do interesse de ambas as partes, conforme conversas prévias antes de fechar a época.

1998/1998 O HISTÓRICO PENTACAMPEONATO

Súbita e estranhamente Oliveira deu uma reviravolta nas suas intenções e deu o dito por não dito, decidindo não renovar. O Presidente, apelando a toda a sua astúcia e clarividência fez uma rápida opção numa aposta arrojada. Fernando Santos foi o eleito para uma verdadeira prova de fogo, tendo em conta que o treinador apenas se tinha notabilizado em equipas de média dimensão, nomeadamente no Estoril e Estrela da Amadora.

As alterações na estrutura foram inevitáveis. Na equipa técnica apenas André e Mlynarczyk resistiram. Para além do treinador principal juntaram-se ainda os novos adjuntos Rodolfo Reis e Jorge Rosário. A preparação física ficou a cargo de Roger Spry.

O plantel sofreu também alguns ajustes, face às saídas de Sérgio Conceição para a Lázio de Roma e mais tarde de Doriva, no mercado de Inverno, para a Sampdória, também de Itália.

Do lado das aquisições continuavam as apostas nos guarda-redes. O internacional jugoslavo Kralj foi desta vez o indigitado para fazer esquecer Baía. Miki Feher, Panduru, Nelson, Ricardo Sousa, Ricardo Carvalho, Chainho e no mercado de Inverno Esquerdinha foram as cara novas.

O objectivo continuava a ser o mesmo de sempre: Vencer.


Na foto da esquerda para a direita, em baixo:Agostinho Guedes (roupeiro), Peixe, Fernando Mendes, Doriva, Ricardo Sousa, Nelson, Panduru, Folha, Paulinho Santos, Rui Barros, Carlos Manuel, Drulovic, Artur, Secretário e Ricardo Pereira (Roupeiro); ao meio: Luís César (Secretário Técnico), Fernando Brandão (Roupeiro), Chippo, Mlynarczik (Adjunto), André, Jorge Rosário (Adjuntos), Fernando Santos (Treinador), Pinto da Costa (Presidente), Reinaldo Teles (Director), Rodolfo Reis (Adjunto), Roger Spry (Preparador Físico), José Carlos Esteves (Médico), Rudolfo Moura (Enfermeiro), José Luis, Alfredo Marques (Massagistas) e Jorge Gomes (Relações com a Imprensa); Em cima: Lipcsei, João Manuel Pinto, Ricardo Carvalho, Mielcarski, Jorge Costa, Costinha, Kralj, Rui Correia, Capucho, Jardel, Miki Feher, Aloísio e Chainho.

A época começou em grande, com a vitória na supertaça frente ao Braga.

O campeonato iniciou-se nas Antas com uma vitória frente ao Rio-Ave por 4-0. A primeira fase da prova viria a revelar-se muito equilibrada e disputada. Só à 14ª jornada, o FC Porto logrou isolar-se no comando da classificação para não mais o largar.

Em 14 de Janeiro de 1999, Vítor Baía regressa a casa, por empréstimo do Barcelona, uma vez que o seu treinador Van Gaal, não lhe reconheceu os seus méritos. Assumiu a titularidade desde a 19ª jornada com uma estreia que se saldou numa goleada frente ao Beira-Mar, por 7-0.

O Boavista ainda deu alguma luta conseguindo 4 jornadas a um ponto de distância, no entanto o FC Porto embalou decisivamente para o título a partir da 26ª jornada.

De referir ainda a entrada no plantel de Deco, em Março, tendo-se estreado frente ao Braga com uma vitória por 1-0.

O Penta foi garantido na penúltima jornada na deslocação a Alvalade. O Boavista cedera um empate em Faro e foi já em clima de festa que os Dragões pisaram o relvado de Alvalade onde empataram 1-1.

Na foto a equipa que jogou o último jogo nas Antas. Da esquerda para a direita, em baixo: Zahovic, Esquerdinha, Nelson, Rui Barros e Drulovic; Em cima: Jorge Costa, Peixe, Capucho, Vítor Baía, Aloísio e Jardel.


A consagração fez-se nas Antas, frente ao Estrela da Amadora, em 30 de Maio de 1999.

Milhares de portistas acorreram ao estádio para celebrar o feito histórico e único no futebol português, o Pentacampeonato.

Os jogadores entraram pintados a preceito, evoluíram no relvado, marcaram dois golos e venceram o encontro. A festa que tinha arrancado nas bancadas, estendeu-se ao relvado e expandiu-se pelas ruas da cidade até à baixa.

O FC Porto concluiu o campeonato com o total de 79 pontos, em 24 vitórias, sete empates e três derrotas.
Marcou 85 golos e sofreu 26. Foi um campeão com a melhor defesa e o melhor ataque e ainda com o melhor goleador nacional e europeu com 36 golos: Mário Jardel.

MÁRIO JARDEL Artilheiro eficaz, gigante fura balizas ou máquina de fazer golos. Quaisquer destes apelidos podem ser utilizados para qualificar o menino do Ceará que nasceu para marcar muitos golos.

No FC Porto, Mário Jardel conseguiu os maiores êxitos desportivos da sua carreira. Foi vencedor da Supertaça Cândido de Oliveira na temporada 1996/1997. Tricampeão português em 1996/97, 1997/98, 1998/99 e vencedor da Taça de Portugal em 1997/98 e 1999/00. Foi quatro vezes melhor marcador do Campeonato Nacional fazendo trinta golos em 31 partidas na temporada 1996/97, 26 em 30 partidas em 1997/98, 36 em 32 partidas em 1998/99 e 38 em 32 partidas na temporada 1999/00. Nas competições europeias marcou 15 golos em 24 jogos realizados nos quatro anos. Foi Bota de prata em 1997 (2º melhor da Europa), bota de ouro em 1999 e bota de bronze em 2000.

No Verão de 2000 mudou-se para o Galatasaray da Turquia. Um dia regressou a Portugal e o seu destino parecia ser o FC Porto. A sua chegada foi mesmo filmado no aeroporto pelas TV's com o cachecol azul e branco no que parecia uma transferência consumada. Octávio Machado, na altura o treinado do Clube, fez abortar a contratação e o atleta assinou pelo Sporting de 2001 a 2003, onde foi campeão, vencedor da Taça de Portugal e Supertaça em 2001. Marcou 42 golos em 30 jornadas na temporada 2001/2002 sendo novamente bota de Ouro. Jardel tornou-se num avançado de referência da história do FC Porto ao lado de Pinga e Fernando Gomes.

domingo, 22 de junho de 2008

HEPTA CONQUISTADO NO REDUTO DOS RESSABIADOS

Ao cabo da quarta partida do play-off do campeonato nacional de hóquei em patins, o FC Porto ao derrotar na Luz por 4-2 os ressabiados deste país desportivo, conquistou pela sétima vez consecutiva o título, melhorando o record que já lhe pertencia.

Cedo os Dragões deram mostra de uma vontade ímpar de ver consagrada neste jogo a sua ambição.
Reinaldo Ventura com dois golos, aos 4 e aos 7 minutos desbravou o caminho que no entanto o clube da ave de rapina conseguiu equilibrar respondendo com dois golos, impondo a igualdade que durou até ao minuto 34, altura em que André Azevedo colocou de novo o FC Porto na rota do título, reforçado por Caio aos 46 minutos. Os ressabiados ainda reduziram para 3-4. aos 48 minutos mas já nada podiam fazer para alterar o rumo da história. Mais um título merecido conquistado no reduto dos infiéis.

São os seguintes os heptacampeões nacionais comandados por Franklim Pais: Edo Bosh, Filipe Santos, Pedro Moreira, Reinaldo Ventura, Emanuel Garcia, Caio, Ricardo Figueira, Jorge Silva e André Azevedo.

O treinador no final considerou: "Fomos mais regulares neste e nos últimos campeonatos. Uma das hipóteses de vencer o F.C. Porto era no play-off, mas ainda não foi esta época.
Fizemos um belíssimo jogo, fomod mais fortes e o FC Porto foi um justo vencedor. É o vencedor do campeonato da regularidade. Já estou no FC Porto há muito tempo e o objectivo é ganhar, é sempre vencer. Estamos a fazer história no campeonato português e temos trabalhado cada vez melhor para levar o nome do FC Porto à vitória".

Entretanto, enquanto o jogo decorria, uns quantos cobardes, não aguentaram a frustração de que vêem padecendo e toca de atear fogo ao autocarro em que foram transportados os adeptos portistas que se deslocaram em apoio da sua equipa. Evidentemente que o acto não foi observado pelas forças policiais dado que se tratava apenas do autocarro dos adeptos do FC Porto.

Relembro que o ano passado as mesmas forças impediram, a mando do ressabiado-mor, que o autocarro passa-se as portagens, já em Lisboa, obrigando os adeptos portistas a retornar o caminho de casa sem poderem assistir ao jogo.

Há onze anos, no final do jogo disputado na Luz, Filipe Santos foi agredido na cabeça por adeptos da ave de rapina que o deixou em estado lastimável tendo de ser operado.

Ai se isto acontece-se no Porto!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

FORÇA ALEMÃ FAZ SUCUMBIR SONHO PORTUGUÊS

Bastou apenas um único embate com uma selecção da 1ª Divisão Europeia, para demonstrar aos sonhadores portugueses, especialmente os que vinham enchendo a boca que tínhamos uma selecção candidata ao título, que afinal não era bem assim.

Não que Portugal se tenha apresentado mal neste jogo, muito pelo contrário. A meu ver a equipa até se bateu bem, mas não resistiu a falhas de palmatória que a este nível se pagam caras. Foram os falhanços habituais nos jogos chave que nos tem impedido de chegar ao cume.

E se em 2004 falhamos a grande oportunidade de lá chegar, com tudo a nosso favor, desde jogar em casa até jogarmos a final com a Grécia, dificilmente voltaremos a ter outra oportunidade de ouro.

Voltando ao jogo desta noite, Portugal viu-se eliminado nos quartos-de-final do Euro 2008 pela Alemanha, por 3-2, com dois dos golos sofridos resultantes da marcação de livres, pondo a nu a fragilidade da defesa nas bolas paradas. É certo que o terceiro golo foi precedido de falta que a equipa da arbitragem não sancionou, contudo a vitória alemã não sofre contestação. Portugal pode-se queixar de si próprio por falta de eficácia e de capacidade, especialmente do seu treinador que não teve a visão suficiente para operar as substituições devidas e a seu tempo.

Deco mais uma vez imperial, foi o que mais remou contra a maré. Bosingwa esteve bem, especialmente a atacar ainda que com alguma dificuldade em colocar a bola no sítio certo da área. Raúl Meireles entrou para substituir Moutinho lesionado, fazendo um jogo razoável. Experimentou alguns remates de meia distância mas todos sem a direcção da baliza. Postiga marcou o segundo golo dando na altura alguma esperança de recuperação que não se confirmou.

Só me resta dizer adeus a Scolari que vai ter uma prova de fogo em Inglaterra. Ou me engano muito ou lá, nem a Nossa (dele)senhora de Caravágio o vai salvar...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

As últimas conquistas nacionais tinham deixado os responsáveis portistas e seus adeptos entusiasmados e ansiosos por mais uma época futebolística, cuja meta estabelecida passava pela manutenção da ambição e vontade férrea de voltar a ganhar.

1997/1998 A CONQUISTA DO TETRA

O treinador António Oliveira manteve-se no comando da equipa técnica, avaliou o plantel e fizeram-se algumas aquisições. Oito portugueses e dois estrangeiros entraram como reforços, uns logo no inicio outros já no decorrer da época.

Rui Correia (ex-Braga) e Costinha (ex-Sporting), dois guarda-redes para tentarem fazer esquecer de vez Vítor Baía, um problema ainda não resolvido.

Secretário (ex-Real-Madrid), Neves (ex-Marítimo), Gaspar (ex-Setúbal), Capucho (ex-Guimarães), Kenedy (ex-Paris St. Germain) e Peixe (ex-Sporting), mais o brasileiro Doriva e o marroquino Chippo.

Na foto da esquerda para a direita, em baixo: Agostinho Guedes (Roupeiro), Folha, Chippo, Fernando Mendes, Paulinho Santos, Rui Jorge, Sérgio Conceição, Neves, Zahovic, Rui Barros, Drulovic, Artur, Costa e Ricardo Pereira (Roupeiro); Ao meio: Luís César (Secretário Técnico), Brandão (Roupeiro), , André, Mlynarczik, Joaquim Teixeira (Adjuntos), Reinaldo Teles (Director), Pinto da Costa (Presidente), Oliveira (Treinador), Hernâni Gonçalves (Preparador Físico), José Carlos Esteves (Mádico), Rodolfo Moura (Enfermeiro), Alfredo Marques, José Luis (Massagistas) e Jorge Gomes (Relações com a Imprensa); Em cima: Barroso, João Manuel Pinto, Mielcarski, Capucho,Kenedy, Rui Correia, Hilário, Eriksson, Taborda, Gaspar, Lula, Jorge Costa, Jardel, Aloísio, Butorovic e Wetl.

O título começou a ser desenhado durante a primeira volta , altura em que os Dragões cimentaram uma vantagem confortável de 14 pontos, que lhes permitiu gerir as emoções na recta final do campeonato, onde perderam pontos inesperados que felizmente nunca foram aproveitados pela concorrência.

A primeira derrota só aconteceu à 19ª jornada, no Restelo frente ao Belenenses, por 1-0, num jogo em que os portistas tudo fizeram para ganhar mas não tiveram a sorte pelo seu lado, para além de terem de lutar contra uma arbitragem defeituosa de um "artista" chamado José Pratas. Na jornada seguinte nova derrota, na Reboleira, diante do Estrela da Amadora, por 3-2, com mais uma arbitragem escandalosa da autoria de Jorge Coroado. Era a ajuda tentada aos perseguidores que ganhavam novas esperanças de um campeonato relançado. Voltaria a perder mais três vezes: à 26ª jornada, em Alvalade por 2-0; na 32ª jornada, na Luz por 3-0 e na 34ª e última jornada no Funchal, frente ao Marítimo por 3-2. Foram 5 derrotas que no final deixaram os seus adversários directos a uma pequena distância de "apenas" 9 pontos do segundo, o Benfica e 18 pontos do terceiro, o Guimarães. O Sporting acabou em quarto lugar a 21 pontos!

O tetracampeonato foi garantido na 31ª jornada, nas Antas frente ao Boavista. O Estádio das Antas encheu numa prova de confiança dos adeptos que sempre acreditaram nas potencialidades da equipa e quiseram viver a festa. Queriam principalmente "in loco" presenciar um feito histórico só antes alcançado pelo Sporting entre 1950 e 1954.

Foi um grande jogo de campeonato, com festa, espectáculo e muitos golos. Sérgio Conceição foi o primeiro a abrir a contagem, Paulinho Santos de grande penalidade aumentou o pecúlio, Martelinho reduziu para 2-1, Zahovic apontou o terceiro e já em tempo de descontos o ex-dragão Timofte encerrou a contagem em 3-2.

Para não variar, o S. João assentaria arraiais na baixa portuense com dois meses de antecedência. O último jogo nas Antas foi o penúltimo do campeonato. O vizinho Salgueiros foi o visitante. Neste jogo, o FC Porto já com o título no bornal, proporcionou uma despedida carregada de golos, de modo a acentuar nos adeptos a vontade de ver a equipa rapidamente de regresso. Jardel foi a figura do encontro ao apontar cinco dos sete golos, cimentando a sua posição de artilheiro-mor do campeonato. Foi também neste jogo que se estrearam os ex-sportinguistas Costinha e Peixe.

O jogo na Madeira, já acima referido, encerrou um campeonato em que o FC Porto se confirmou como indiscutível e claro vencedor, apesar de um número de derrotas pouco vulgar, todas fora de portas já que nas Antas os azuis-e-brancos apenas consentiram um empate frente ao Sporting. Os Dragões concluíram com 77 pontos, averbando 24 vitórias, 5 empates e 5 derrotas. Foi o melhor ataque com 75 golos marcados, 26 dos quais marcados por Jardel e sofreu 38 golos, cotando-se como a sexta do campeonato! A falta de Baía era por demais evidente. Continuava a faltar um substituto à altura. A época encerraria com mais uma vitória na Taça de Portugal, frente ao Braga por 3-1, concretizando a terceira dobradinha da história portista.

Na foto a equipa que disputou a final da taça de Portugal. Em baixo: Paulinho Santos, Zahovic, Drulovic, Doriva, Secretário e Sérgio Conceição; Em cima: João Manuel Pinto, Kenedy, Rui Correia, Aloísio e Jardel.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

PLANO B...DE BORRADA!

Portugal concluiu a fase de grupos do Euro 2008 com uma derrota por 2-0 frente à selecção da casa, a Suíça.

Scolari aproveitou o facto de ter assegurada quer a qualificação para os quartos-de-finais quer o comando do grupo, para fazer descansar, nada mais nada menos que oito dos habituais titulares.

Dessa revolução na formação da equipa resultou um futebol menos coeso, desarticulado e por isso de menor qualidade, pese embora alguns bons momentos que a serem devidamente aproveitados, principalmente no primeiro tempo, poderiam ter ditado outro resultado.

O "apitador" austríaco patenteou falta de classe para estas andanças contribuindo de forma decisiva para o desacerto geral com, pelo menos três decisões graves, duas contra e uma a favor. Refiro-me às avaliações erradas de um golo mal anulado a Postiga e uma grande penalidade sobre Nani não assinalada bem como a uma entrada fora de tempo de Paulo Ferreira merecedora de cartão vermelho directo, não mostrado.

Foi uma primeira parte sofrível e o descalabro completo na segunda metade. Tendo em conta a pouca importância do resultado deste jogo, para Portugal, considero que Scolari esteve bem ao utilizar estes jogadores, de quem alias se esperava uma outra prestação.

Dos jogadores portistas presentes, só Bruno Alves jogou ao seu nível. Raúl Meireles andou perdido o jogo todo e Quaresma só na primeira parte teve dois ou três bons apontamentos.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

As duas épocas excepcionais do FC Porto sob o comando de Bobby Robson, deram azo à cobiça do Barcelona, para onde o treinador inglês se transferiu, levando consigo o seu adjunto José Mourinho e o guarda-redes Vítor Baía.

Pinto da Costa meteu em ombros a difícil tarefa de substituir as pedras fulcrais dos últimos êxitos e como quase sempre saiu-se a contento.

1996/1997 FINALMENTE O TRI

No novo ciclo que começava e se pretendia de continuidade de resultados, o Presidente escolheu António Oliveira como técnico principal que elegeu para adjuntos Joaquim Teixeira, André e Mlynarczik. Com um calendário muito carregado, tornava-se necessário reforçar a equipa, apetrechando-a de jogadores ambiciosos e dispostos a contribuir para manter o Clube na senda das vitórias.

Na baliza as novidades foram as entradas de Wozniak e Hilário (promovido a sénior), na defesa Lula rendeu Zé Carlos e entraram também Buturovic, Diaz, Rui Óscar e Fernando Mendes, na linha média Wetl, Costa, Barroso, Sérgio Conceição e Zahovic e na frente Artur, Quinzinho, Romeu e Jardel.

Na foto da esquerda para a direita, em baixo: Rui Óscar, Rui Barros, Drulovic, Sérgio Conceição, Oliveira (Treinador), Pinto da Costa (Presidente), Reinaldo Teles (Director), Bino, Costa, Rui Jorge e Folha; Ao meio: José Luis (Enfermeiro), Mlynarczik (Adjunto), Fernando Mendes, João Pinto, Paulinho Santos, Domingos, Joaquim Teixeira (Adjunto), Rodolfo Moura (Massagista), Dr. José Carlos Esteves (Médico), Artur, Barroso, Wetl, Zahovic, Prof. Hernâni Gonçalves (Preparador Físico) e André (Adjunto); Em cima: Jardel, Quinzinho, Lula, Diaz, Mielkarski, Wozniak, Eriksson, Hilário, João Manuel Pinto, Romeu, Edmilson, Aloísio, Jorge Costa e Lipcsei

A época arrancou com a 1ª mão da Supertaça Cândido de Oliveira, nas Antas contra o Benfica com uma magra vitória portista por 1-0, num jogo em que os Dragões foram mais criativos, perigosos e com maior apetência pela baliza, superioridade não traduzida no resultado final, deixando antever uma segunda-mão muito disputada.


Até lá, o FC Porto entrou no campeonato a ceder um empate contra o Setúbal, nas Antas, seguindo-se três vitórias consecutivas , duas para o campeonato e outra para a Champions (a célebre vitória em S. Siro sobre o Milan por 3-2, com dois golos de Jardel).

Se S. Siro tinha sido uma noite de gala, a noite de 18 de Setembro de 1996 foi a da demonstração inequívoca da classe, mérito, grandeza, capacidade, organização e superioridade de uma equipa e de um Clube, que contra: as campanhas destabilizadoras; os programas desportivos hostis encomendados; a inveja sem pudor; as frustrações evidenciadas por quem se vê ultrapassado e ainda contra a maledicência e mentira, infligiu ao clube do regime, na sua própria casa uma goleada humilhante: 5-0!

O jogo da 2ª mão foi transmitida pela RTP1 e foi evidente o desconforto manifestado pelos comentadores de serviço, face a uma vitória e uma exibição arrasadoras.
Foi a conquista do 8º troféu em dezasseis disputados.

Na foto, da esquerda para a direita, em baixo os marcadores dos cinco golos: Artur, Edmilson, Jorge Costa, Wetl e Drulovic; Ao Meio: Lula, Jardel, Reinaldo Teles (Director), Oliveira (Treinador), Paulinho Santos e Wozniak; Em cima: Fernando Mendes, Sérgio Conceição, Rui Barros, Zahovic e João Manuel Pinto

O FC Porto cumpriu toda a primeira volta do campeonato sem conhecer o sabor amargo da derrota, tendo registada apenas dois empates, cedidos nas Antas (Setúbal - 1ª jornada e Estrela Amadora - 5ª jornada). As visitas a Alvalade e Luz foram coroadas de êxito com vitórias portistas por 1-0 e 2-1, respectivamente. No final da primeira metade a vantagem era já de 13 pontos.


A primeira das três derrotas surgiu à 21ª jornada frente ao Salgueiros (1-2), nas Antas, quando ninguém a esperava. Uma tarde negra para os Dragões que jogaram contra um adversário muito motivado, competente e feliz. Talvez ainda afectada por essa exibição menos conseguída, o FC Porto voltaria a perder pontos nas duas jornadas seguintes , cedendo um empate na Amadora (2-2) e nova derrota nas Antas contra o Sporting (1-2) que na altura fez reduzir a vantagem para sete pontos. Na "mourolândia" renascia a esperança e na estação televisiva de Carnaxide exultava-se com esses resultados. Pôncio Monteiro foi disso testemunha pois era ele que galhardamente defendia o FC Porto no programa "Donos da Bola". Um programa criado para enxovalhar o bom nome do nosso Clube.

Contudo, a equipa soube unir-se e recuperar forças para o assalto final rumo ao ambicionado Tri, dando resposta adequada e concludente às manobras insidiosas e patéticas de bastidores, concretizando o objectivo a três jornadas antes do fecho do campeonato. Guimarães foi o palco. A deslocação antevia-se complicada, mas os Dragões mostraram a sua raça. Num empolgante desafio o FC Porto demonstrou quem era a melhor equipa do campeonato goleando o Vitória local por quatro golos sem resposta. Foi o delírio e o grito de raiva da população azul já enojada de tanta aleivosia.

Seguiu-se depois o jogo contra o Benfica, nas Antas e em clima de festa os portistas despacharam o seu rival com uns claros 3-1, sendo que o golo dos lisboetas foi de uma grande penalidade inventada pelo árbitro António Costa. O jogo da consagração foi nas Antas frente ao Gil Vicente. O FC Porto fechou o TRI com três golos, mesmo a calhar para gáudio do imenso público que encheu o Estádio para comemorar o feito histórico: A conquista do 1º Tricampeonato do Clube. Os Dragões concluiram o campeonato com mais 13 pontos que o Sporting (2º) e mais 27 que o Benfica (3º). Jardel sagrou-se rei dos marcadores ao apontar 30 golos.

JOÃO PINTO
Jogador de fibra, de antes quebrar que torcer, , foi durante muitos anos o grande capitão e o transportador da famosa mística azul e branca. Começou a jogar futebol aos doze anos no C.F. Oliveira do Douro, tendo chegado ao FC Porto com 14 anos. Cumpriu grande parte da sua formação nas Antas. Em 1981/1982 integrou pela primeira vez a equipa sénior, mas só na época seguinte conquistou a titularidade no lado direito da defesa, sob o comando de Pedroto. Foi titular no FC Porto por mais de uma década e nunca mais vestiu outra camisola, tendo envergado a braçadeira de capitão durante grande parte da sua carreira. Em 1984 jogou a final da Taça das Taças que o FC Porto perdeu contra a Juventus. Três anos depois, já como capitão de equipa ergueu a Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Viena e ficou para a história por não ter largado a taça por um momento sequer desde que lhe foi entregue até recolher aos balneários. A Taça Intercontinental e a Supertaça europeia, ganhas na mesma época completam o seu palmarés internacional. A nível interno , participou em 407 jogos e venceu mais de 20 títulos com o FC Porto incluindo o TRI, momento que escolheu para terminar a sua carreira de jogador. Foi internacional, estreando-se na selecção nacional A em 1983 contra a França, quando tinha pouco mais de 21 anos e contava com 34 internacionalizações nas selecções jovens. Pela selecção principal disputou 70 partidas, tendo marcado apenas 1 golo, contra a Suíça, num jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo de 1990. Portugal não se qualificou para esse Mundial mas João Pinto já havia feito parte da convocatória em duas grandes ocasiões: Jogou as quatro partidas que Portugal disputou no Euro 84, enquanto no Mundial 86, lutando contra uma pleurisia, foi suplente não utilizado. Ao disputar a sua 67ª partida pela selecção nacional, João Pinto tornou-se o futebolista mais internacional de sempre. Despediu-se da equipa das quinas em 1996 , no Estádio das Antas, contra a Ucrânia, com vitória por 1-0. Ao abandonar a carreira depois da conquista do Tri em 1996/1997, abraçou a carreira de treinador, tendo treinado os júniores portistas em 1997/1998. É hoje um dos treinadores adjuntos de Jesualdo Ferreira.

Palmarés:
1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (1987) 1 Supertaça Europeia (1987) 1 Taça Intercontinental (1987) 9 Campeonatos Nacionais (1984/85, 1985/86, 1987/88, 1989/90, 1991/92, 1992/93, 1994/95, 1995/96, 1996/97) 4 Taças de Portugal (1983/84, 1987/88, 1990/91, 1993/94) 8 Supertaças Cândido de Oliveira (1983, 1984, 1986, 1990, 1991, 1993, 1994, 1996)

MAGIA DE DECO E GOLO DE QUARESMA

Portugal voltou a ganhar no Campeonato da Europa 2008.
O alvo foi a República Checa que apesar da boa réplica que exerceu, não resistiu à maior capacidade técnica dos jogadores lusos (e luso-brasileiros).

Deco foi o expoente desta selecção repetindo a exibição de alto nível que já tinha feito no primeiro jogo, espalhando a magia que muito bem sabe oferecer. Foi dele o primeiro golo do encontro e esteve ligado aos restantes dois.

A vitória por 3-1 coloca Portugal praticamente com a passagem assegurada.

A força azul deste jogo esteve na presença de Bosingwa (os 90') e Quaresma (10') autor do 3º golo.

terça-feira, 10 de junho de 2008

VÍTOR BAÍA - O TÍTULO QUE LHE FALTAVA!

Depois dos trinta e dois títulos conquistados ao longo da sua inigualável carreira, o antigo guarda-redes do FC Porto, Vítor Baía, actualmente director Relações Externas do Clube, viu finalmente reconhecido todo o esforço e classe ao ser hoje condecorado pelo Presidente da República Prof. Cavaco Silva, com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, galardão que assinala o trabalho de divulgação e expansão de Portugal no Mundo, no âmbito das comemorações do dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas, realizadas hoje em Viana do Castelo.

Baía é ainda hoje o jogador em todo o mundo com maior número de títulos conquistados, pelo que o seu currículo justifica plenamente a distinção.

Aproveito para lhe endereçar os meus parabéns e desejar que a sua formação como dirigente desportivo lhe proporcione um desempenho ao nível da sua carreira como atleta. O FC Porto e seus adeptos ainda esperam muito do Vítor, que ou me engano muito ou vai ser a médio prazo um grande presidente do Clube.

domingo, 8 de junho de 2008

CONTRIBUTO AZUL E BRANCO NO EURO 2008

Agora que começou a fase final do Euro 2008 que se está a disputar na Suíça e na Áustria, as atenções estão naturalmente viradas, preferencialmente para esta competição.

Scolari teve o condão de fazer unir a maioria dos portugueses em torno da selecção nacional que de forma exuberante se manifesta dentro e fora do país, pese embora as provocações que dirigiu ao FC Porto, que jamais serão esquecidas pelo menos pela maioria dos portistas, ao ponto de muitos deles ficarem de costas voltadas para uma selecção a que chamam a "equipa de Scolari".

Eu, como portista também nunca poderei esquecer as atitudes reprováveis do "sargentão", mas estou consciente que a história de Portugal é bem mais forte que as afrontas de um qualquer estrangeirito, para além de que nesta selecção estão também alguns jogadores e ex-jogadores do FC Porto (e não são poucos!).

Estou por isso com alguma alma e algum coração com a selecção portuguesa, disposto a engolir o sapo canarinho, paixão que no entanto não se compara à que nutro pelo meu clube (este sim, posso dizer que me pertence pois sou sócio e accionista).

Posto este preâmbulo e para situar a força azul e branca deste grupo passo a referir os atletas que foram escolhidos para fazer parte da equipa que se encontra em Neuchatel:

NUNO - Guarda-redes, 34 anos. Chamado pela primeira vez por Scolari para substituir o lesionado Quim.

BOSINGWA - Defesa direito, 26 anos. Esteve em cinco jogos da qualificação (39' contra a Bélgica e os 90' contra a Polónia, Sérvia, Arménia e Finlândia). Jogou os 90' do jogo contra a Turquia desta fase final. Vai jogar a próxima época no Chelsea de Inglaterra.

BRUNO ALVES - Defesa central, 26 anos. Esteve em sete jogos da qualificação (16' contra a Arménia e os 90' contra Polónia, Sérvia, Azerbaijão, Cazaquistão, Arménia e Finlândia. Marcou 1 golo contra o Azerbaijão)

RAÚL MEIRELES - Médio, 25 anos. Participou em cinco jogos da qualificação (90' contra o Cazaquistão, 15' contra a Sérvia, 90' contra a Arménia, 7' contra a Sérvia e 18' contra a Finlândia). Jogou os últimos minutos contra a Turquia e foi dele o 2º golo)

RICARDO QUARESMA - Avançado, 24 anos. Participou em onze jogos da qualificação (34'+84'contra o Cazaquistão, 68'+90' contra a Bélgica, 8'+25' contra a Sérvia, 28'+60'contra a Arménia, 21' contra a Polónia, 69' contra o Azerbaijão e 85' contra a Finlândia. Marcou 1 golo contra a Bélgica em Alvalade)

HÉLDER POSTIGA - Avançado, 26 anos. Esteve em dois jogos da qualificação (79' contra a Bélgia, marcou 1 golo e 60' contra a Arménia).
Depois de começar a época no FC Porto, foi emprestado ao Panathinaikos da Grécia e acabou por assinar pelo Sporting aquando da concentração da selecção em Viseu antes de partir para a Suíça.

sábado, 7 de junho de 2008

ENTRAR BEM

Portugal entrou com o pé direito na fase final do Campeonato Europeu que hoje começou na Suíça.
A vitória por 2-0 começou a ser desenhada logo após o apito inicial com a equipa das quinas à procura do golo que apenas chegou aos 61' por Pepe. Raúl Meireles que entrou aos 83' selou a contagem já em tempo de descontos.

Numa exibição agradável, Portugal cumpriu o objectivo de entrar a ganhar.

Bosingwa foi o outro Dragão utilizado neste desafio, jogando o tempo todo.

O guarda-redes Nuno foi o escolhido por Scolari para substituir o lesionado Quim e juntar-se-à ao grupo durante o dia de amanhã.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

EM MAUS LENÇÓIS

Por maior distanciamento que procure manter do momento atribulado que o FC Porto está a atravessar, torna-se de todo impossível alhear-me completamente.

Não tem sido fácil digerir desde há quatro anos para cá as constantes campanhas difamatórias e as perseguições a que o Clube e o seu Presidente têm sido votados.

As preocupações avolumam-se à medida que as sanções vão sendo conhecidas, apesar das etapas que ainda faltam percorrer e nem as palavras de confiança de Pinto da Costa na entrevista de ontem as conseguem dissipar.

Sabemos que os lugares chave onde se tomam as decisões foram estrategicamente asseguradas por quem vislumbrou assegurar que as coisas se "resolveriam por outro lado" (os responsáveis portistas deveriam ter em conta esse pormenor). Foi neste contexto que o FC Porto foi sancionado pela Comissão Disciplinar da Liga.

A forma como a FPF apresentou à Uefa as decisões do acordão da CD da Liga, terá contribuído para ajudar o organismo que tutela o futebol europeu a impedir os Dragões de participar na Liga dos Campeões.

O Presidente vai apresentar o respectivo recurso, sustentado em quatro pareceres jurídicos emanados de verdadeiros experts na matéria, tentando demonstrar a ilegalidade das condenações.

Confesso que não partilho do optimismo de Pinto da Costa, porque suspeito que o Comité de Apelo da Uefa será muito mais sensível à decisão tomada na primeira instância, baseada no reconhecimento de culpa do FC Porto, pelo facto de não ter recorrido da sanção nacional.

Não vou aqui crucificar os dirigentes portistas e muito menos Pinto da Costa, que não me merece essa ingratidão, mas reconheço a irresponsabilidade manifestada ao prescindirem do recurso,
tendo como argumento evitar a possibilidade de começar o
próximo campeonato com seis pontos negativos.

Escrevi na altura que o recurso era essencial para a defesa da honra e nem sequer estava a imaginar as repercussões internacionais que a medida viria a suscitar.

Não consigo perceber como alguém que se diz inocente e de consciência tranquila, pudesse configurar tal cenário. Falta de confiança na justiça desportiva? Talvez! Mas ainda assim, se eu fosse presidente jamais daria trunfos aos invejosos e frustrados deste país para me atirarem à cara o reconhecimento da culpa.

Posto isto, resta-me aguardar com a maior serenidade possível os próximos episódios , duma novela que preconizo só venha a terminar na última instância, o TAD.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

No dia 11 de Agosto de 1996, em Atlanta, cidade do estado norte-americano da Geórgia, uma atleta portuguesa impôs-se a toda a concorrência, na pista do Estádio Olímpico e ganhou uma medalha de ouro na corrida dos 10.000 metros.

OURO OLÍMPICO COM TONS AZUIS E BRANCOS

Por baixo da camisola da selecção nacional batia o coração de uma mulher nortenha, portuense e portista: A nossa muito querida (dos portugueses em geral e dos portistas em particular) FERNANDA RIBEIRO.


FERNANDA RIBEIRO

Nasceu em Novelas, concelho de Penafiel, distrito do Porto, a 23 de Junho de 1969. Começou a correr ainda muito jovem, com a camisola do Valongo, de Sousão, mas o primeiro clube a sério foi o Grupo Desportivo do Kolossal, a partir de 1981. No ano seguinte, ainda iniciada, venceu vários títulos nacionais de júniores de corta mato e pista.


O FC Porto, clube do seu coração, "agarrou-a" nesse mesmo ano. Correu de azul e branco durante vinte anos, divididos por dois períodos de dez, primeiro entre 1982 e 1992 e depois de 1994 a 2004. Pelo meio competiu durante dois anos pelo Maratona Clube da Maia. Em 2004 tornou-se atleta dos espanhóis do Valência, Terra Y Mar.

A nível internacional despontou em 1988, quando se sagrou campeã europeia de júniores, nos 3 mil metros e vice-campeã mundial na mesma distância. Foram as primeiras medalhas de uma carreira brilhante.

Com 15 subidas ao pódio em grandes competições, Fernanda Ribeiro é a atleta portuguesa mais medalhada de sempre.

Ainda em 1988 estreou-se nos Jogos Olímpicos, mas foi eliminada nos 3.000 m, tal como aconteceu quatro anos mais tarde.

As primeiras grandes vitórias internacionais tiveram lugar em 1994. Fernanda ganhou a medalha de ouro nos 10.000 m dos Europeus de pista e nos 3.000 m dos Europeus de pista coberta, bem como a de prata nos 10.000 m da Taça do Mundo de pista. No ano seguinte foi campeã mundial de pista nos 10.000 m e vice-campeã nos 5 mil.

Em 1996 ganhou nova medalha de ouro nos 3.000 m dos Europeus de pista coberta, mas o grande momento aconteceu nos Jogos Olímpicos de Atlanta, onde Fernanda Ribeiro venceu os dez mil metros de forma espectacular , batendo inclusive o record olímpico.

Em 1997 conquistou mais três medalhas: prata nos 10 mil metros e bronze nos 5 mil dos Mundiais de pista e nos 3 mil metros dos Mundiais de pista coberta. Um ano depois levou mais duas vezes a prata para casa: Nos 10 mil metros dos Europeus de pista e nos 3 mil dos Europeus de pista coberta.

A última grande prestação internacional aconteceu nos Jogos Olímpicos de 2000, em Sidney, onde conquistou a medalha de bronze nos dez mil metros.

Fernanda Ribeiro ainda participou pela quinta vez nos Jogos , em 2004, mas desistiu nos 10 mil metros, devido a problemas físicos. Nos últimos anos tem experimentado distâncias maiores. Foi sexta na maratona de Hamburgo , alcançando a sua melhor marca na distância, com 2h29m48s.

terça-feira, 3 de junho de 2008

A MAIOR VANTAGEM DA HISTÓRIA

Os vinte pontos de vantagem do FC Porto de Jesualdo Ferreira, conseguídos no terreno de jogo, relativamente ao segundo classificado, constituem um record nacional, destronando a marca feita pelo Benfica de Jimmy Hagan na época de 1972/1973, com diferença de 18 pontos.

A melhor marca dos Dragões pertencia a Tomislav Ivic, com uma diferença pontual de 15 pontos, alcançada na época de 1987/1988.

Convém entretanto recordar que o actual sistema de pontuação com a vitória a valer três pontos está em vigor desde 1995/1996 e que o número de jornadas tem sido variável ao longo dos tempos.

O quadro abaixo ajuda a análise: