sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O CLÁSSICO DEMORA MUITO?

Joga-se no Sábado o clássico que porá frente a frente os bicampeões nacionais e o actual 2º classificado. A distância é de quatro pontos com vantagem para os nortenhos.
A Comunicação Social em geral tem publicitado insistentemente que essa diferença poderá ser reduzida para um ponto, evidenciando um desejo mais que uma possibilidade de entre três possíveis já que as outras duas foram liminarmente ignoradas.


Aparentemente alheios a este descarado empolgamento vermelhusco, o plantel azul e branco tem trabalhado regularmente, anímica ( procurando esquecer o desaire da CL) , técnica e tacticamente, adquirindo níveis de confiança capazes de reverter a seu favor o próximo confronto que costuma ser o de uma luta desigual tais as ajudas exteriores de que o adversário vai beneficiando de forma despudorada, ou não fosse o auto proclamado clube dos seis milhões, cuja perda da hegemonia para, mais que um rival, um inimigo de estimação, tem refinado os meios para atingir de morte o principal causador dessa desgraça. Esse mesmo, Pinto da Costa.

O próximo jogo será, pela soma de vários factores, muito mais que que uma simples jornada do campeonato. Será também, mais uma vez, a resposta aos detractores, aos invejosos e principalmente aos frustrados deste país que não aceitam a superioridade com que as cores azuis e brancas os tem brindando.

Por isso, a equipa portista tem que apelar ao seu esforço, classe e competência para construir mais uma jornada vencedora.
Para tal, Jesualdo Ferreira chamou os seguintes atletas: Helton, Nuno, Bosingwa, Stepanov, Bruno Alves, Fucile, Pedro Emanuel, Marek Cech, Paulo Assunção, Raúl Meireles, Lucho Gonzalez, Bolatti, Kazmierczak, Leandro Lima, Quaresma, Lisandro Lopez, Tarik Sektioui, Hélder Postiga e Mariano Gonzalez.

EQUIPA PROVÁVEL


Jogo está marcado para as 19:45 h de Sábado, o homem do apito será Jorge Sousa do Porto e terá transmissão televisiva na SporTv1.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

PERDIDA A BATALHA MAS NÃO A GUERRA

Palco do jogo:Estádio Anfield Road - Liverpool
Competição: Champions League - 5ª Jornada - Grupo A
Hora do jogo: 19:45 h
FC Porto: Helton; Bosingwa, Stepanov, B. Alves e M. Cech; P. Assunção (H. Postiga 81'), Kazmierczak (R. Meireles 65') e Lucho G.; Mariano G. (T.Sektioui 77'), Lisandro L. e Quaresma.
Suplentes não utilizados: Nuno, P. Emanuel, Fucile e Bolatti
Árbitro: Roberto Rosetti (Itália)
Marcadores: Lisandro Lopez (33')
Acção disciplinar: Cartões amarelos para P. Assunção (48'), Stepanov (82') e Quaresma (91')

Uma presença sem brilho nem glória em terras de Sua Magestade foi quanto a equipa do FC Porto conseguiu apresentar no inferno de Anfield Road.

O Liverpool a necessitar de vencer para se posicionar na discussão pelo direito a estar presente nos oitavos de final da prova entrou no jogo com a habitual velocidade e ritmo de jogo tipicamente britânicos que o FC Porto conseguiu a espaços sacudir.

No
entanto eram visíveis as dificuldades dos dragões saírem para o ataque com a bola controlada em função de uma percentagem elevada de passes errados para o adversário que aproveitava para se acercar da nossa baliza, algumas vezes com muito perigo.

Com uma equipa algo diferente do habitual face à titularidade de Marek Cech, Kazmierczak e Mariano Gonzalez o Porto procurou adormecer o jogo mas as transições foram quase sempre deficientes, precipitadas e até confusas dando trunfos ao adversário que não se fez rogado.

Aos 19' o Liverpool inaugurou o marcador por Fernando Torres, na sequência de um canto. Lucho Gonzalez quando se fazia ao lance escorregou permitindo que o avançado cabeceasse sem oposição.

O Porto não se desuniu apesar de continuar a patentear dificuldades e numa transição rápida pela esquerda Kazmierczak coloca primorosamente a bola na cabeça de Lisandro que no coração da área fez a bola beijar as malhas num golo de belo efeito. Três minutos depois o mesmo Lisandro teve nos pés a possibilidade de fazer novo golo , quando recebeu a redondinha já dentro da área rematando para uma defesa do guarda-redes que a conseguiu desviar passando a poucos centímetros do poste. Foi o melhor período dos dragões que conseguíram até ao intervalo controlar a partida.

Na segunda parte o Liverpool entrou menos perigoso e intranquilo, talvez a acusar a responsabilidade do encontro. Mas os jogadores portistas que iam anulando com segurança os lances de ataque perdiam-se no endosso da bola que cada vez mais sistematicamente acabava nos pés dos adversários. O Liverpool foi ganhando confiança e por volta dos vinte minutos intensificou o assalto ao último reduto portista provocando momentos de aflição como ainda não se tinha visto. Foi por isso com toda a naturalidade que apareceu o segundo golo. O Avançado espanhol do Liverpool F. Torres beneficiando de um ressalto em Stepanov fica com o caminho livre para desferir o remate certeiro.

O Liverpool galvanizou-se e passados cinco minutos o árbitro italiano sancionou uma mão de Stepanov que estava a sofrer falta, dentro da área, apontando grande penalidade. Gerrard na marcação não deu hipóteses a Helton.

O Porto vivia agora momentos de pânico. A entrada do gigante Peter Crouch e a substituição feita por Jesualdo fazendo sair P. Assunção para a entrada de Hélder Postiga ajudaram à festa. E o quarto golo surgiu mesmo aos 87' na sequência de um canto, por Crouch que à vontade nem precisou de saltar para cabecear e introduzir a bola na baliza portista instalando definitivamente o desalento no seio dos azuis e brancos.

Numa exibição para esquecer só merece realce o esforçado Lisandro Lopes que foi de longe o portista que menos mereceu esta derrota violenta. Apesar deste resultado o Porto mantém a liderança e continua a depender apenas de si próprio para se apurar para os oitavos-de-final da prova.



ENTRAR A GANHAR NUMA PROVA PARA RODAR


Palco do Jogo: Centro de treinos do Olival
Competição: Liga Intercalar - 1ª jornada do campeonato de Inverno
Hora do jogo: 15:00 h
FC Porto: Ventura; Eridson, João Paulo, André Pinto e Lino;Castro, Leandro Lima e André André (Graça 89'); Rui Pedro, Adriano e Edgar (Tengarrinha 72').
Suplentes não utilizados: Ruca, Marco Aurélio e Caetano
Árbitro: Ivan Vigário
Marcadores: Adriano (19' e 88') e Rui Pedro (23')

Treinador: Rui Barros

O Porto entrou hoje a ganhar nesta novel competição, inventada para desenferrujar alguns atletas menos utilizados na equipa principal e fazer rodar algumas jovens esperanças.
Jogado a horas inconvenientes, para quem tem trabalho diurno, ainda assim estiveram presentes cerca de dois mil assistentes.

Não vou entrar em pormenores sobre um jogo que não vi, mas segundo a crónica do site oficial a exibição foi promissora.

Tenho a ideia que esta competição não será de grande importância, a não ser a de fazer rodar alguns jovens, face à fraca competitividade da mesma. Quanto aos atletas do plantel principal não é com ela que adquirirão a endurance para conquistar a titularidade. Apesar de tudo é preferível ter esta que nenhuma.

O próximo jogo é na próxima Quarta-feira frente ao Guimarães à mesma hora.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

COM A QUALIFICAÇÃO NA MIRA

Stepanov e Fucile devem regressar à titularidade no importante jogo de amanhã em Anfield Road para defrontar o Liverpool na penúltima jornada do grupo A da Champions League.

Em relação à última convocatória apenas a registar a saída de João Paulo e os regressos de Bolatti e do já mencionado central sérvio.

A equipa parece confiante e segundo as palavras de Quaresma também preparada para enfrentar sem medo o inferno que nos espera, na defesa do primeiro lugar que o FC Porto ocupa no seu grupo.

Tudo quanto esperamos é um Porto concentrado, inteligente, personalizado, eficaz e ganhador.
Matéria prima não falta. Vamos mais uma vez prestigiar o futebol português.

Força FC Porto!

domingo, 25 de novembro de 2007

DE VOLTA ÀS VITÓRIAS

Palco do Jogo: Estádio do Dragão - Porto
Assistência: 37.309 espectadores
Competição: Bwin Liga - 11ª jornada
Hora do jogo: 18:15 h
FC Porto: Helton; Bosingwa, P. Emanuel, B. Alves e M. Cech; P. Assunção (Kazmierczak 86´) , Lucho G. e R. Meireles (Farías 86'); Quaresma, Lisandro L. e T. Sektioui (Mariano G. 63').
Suplentes não utilizados: Nuno, João Paulo, Fucile e H. Postiga
Árbitro: Carlos Xistra - Castelo Branco
Marcadores: Lisandro L. (6') e Quaresma (86')
Acção disciplinar: Cartões amarelos para Bosingwa (11'), P. Assunção (36'), P. Emanuel (79') e R. Meireles (85')



Num jogo que se previa de dificuldade elevada o Porto entrou bem e disposto a resolver o mais depressa possível a contenda para, por ventura, poder gerir o esforço, face aos próximos compromissos que constituem um final de ano verdadeiramente trabalhoso.

Logo aos 6' Lisandro Lopez, aproveitando um bom trabalho de Lucho que lhe endossou a bola depois de tirar dois adversários do caminho, abriu o activo, de pé esquerdo aproveitando a saída do guarda-redes sadino.

A ganhar desde cedo, o Porto tomou conta das operações e partiu para uma exibição pausada, controlada e inteligente, nunca dando aso a quaisquer surpresas anulando toda e qualquer veleidade do adversário, que diga-se jamais conseguiu constituir algum perigo.

As oportunidades para dilatar o resultado foram sendo criadas e esbanjadas. Ficaram-me na retina, primeiro um excelente momento de Lisandro por volta do quarto de hora, ao driblar dois adversários à entrada da área apenas fracassando no remate sem força que Eduardo defendeu e depois aos 49' uma jogada de Lucho que entrou pelo lado direito da área sadina, fintou o guarda-redes e rematou às malhas laterais.

Pelo meio ficou ainda um penalty por assinalar sobre Lisandro que Xistra, equipando de vermelho, não quis sancionar.

O segundo golo apareceu com toda a naturalidade aos 86' por Quaresma que disparou forte a cerca de 25 metros da baliza fazendo um belo golo e dando uma expressão mais justa ao resultado.

A partir daí Jesualdo mexeu na equipa que continuou a dominar o jogo com toda a tranquilidade.

Os homens do jogo foram Lisandro e Quaresma não só pelos golos. P. Emanuel esteve bem como quase toda a equipa.

sábado, 24 de novembro de 2007

PARA DESCASCAR A LARANJA!

Com todo o plantel à disposição, O FC Porto realizou hoje de manhã o último treino de preparação com vista à recepção ao Vitória de Setúbal.

Jesualdo Ferreira deixou de fora, como alias já vinha durante a semana a dar indícios, o central Stepanov , que só na sexta-feira se juntou ao grupo tal como Fucile que apesar do desgaste a que tem sido sujeito foi convocado.

O professor continua a fazer a rotatividade no banco e por isso dispensou também Adriano e Bolatti.

Lista dos convocados: Helton e Nuno; Bosingwa, B. Alves, P. Emanuel, Fucile, João Paulo e M. Cech; P. Assunção, R. Meireles, Lucho G. e Kazmierczak; Quaresma, Lisandro L., T. Sektiuoi, Mariano G., H. Postiga e Farías.

EQUIPA PROVÁVEL

O jogo está marcado para este domingo no Dragão às 18:15 h. O homem do apito vai ser Carlos Xistra - Castelo Branco. Transmissão televisiva na SporTv1

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

TAÇA DE PORTUGAL

Realizou-se esta quinta-feira o sorteio para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal que contou já com a presença dos clubes do escalão maior do futebol nacional.

O Desportivo de Chaves será o nosso anfitrião em jogo a realizar no dia 7 de Dezembro.

Os flavienses encontram-se na II Divisão e neste momento comandam a série A.

Este troféu, o segundo da hierarquia do futebol português, já foi ganho pelos dragões por 13 vezes (55/56, 57/58, 67/68, 76/77, 83/84, 87/88, 90/91, 93/94, 97/98, 99/00, 00/01, 02/03 e 05/06.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

MISSÃO CUMPRIDA

Portugal garantiu hoje a mais do que esperada qualificação para a fase final do Euro 2008, ao conseguir o ponto que faltava, frente à Finlândia finalizando com o resultado em branco. Fê-lo sem grande brilhantismo, num jogo sofrido, com alguma intranquilidade não tanto pelo que jogou a Finlândia mas principalmente pela incerteza do resultado. Os portugueses nunca foram esclarecidos na procura do golo desperdiçando algumas oportunidades. Os nórdicos apenas ameaçaram nos instantes finais da partida uma vez que o resultado não os favorecia e chegaram a preocupar a imensa multidão que encheu o Dragão que nunca deixou de apoiar a equipa das quinas.

Num grupo aparentemente fácil parecem estranhas as dificuldades encontradas e sobretudo algumas fracas exibições. A campanha que hoje encerrou, iniciou em 6 de Setembro de 2006 e contou com a participação de seis atletas do FC Porto:

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Classificação final das primeiras três equipas:
Portugal ao classificar-se no 2º lugar do grupo, fará parte do pote 3 juntamente com a Espanha, Alemanha e Roménia. O sorteio para a fase final vai realizar-se no dia 2 de Dezembro. Resta dizer que a exibição dos portistas no jogo de hoje foi de boa (Bosingwa, B.Alves e R.Meireles) a razoável (Quaresma).

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

UM SENHOR

O nome de Vítor Baía nunca deixou de ser falado no FC Porto, nem mesmo quando saiu e rumou a Barcelona. Agora que terminou a carreira, e vestiu a pele de dirigente, os adeptos continuam a ir ter com ele sabendo que encontrarão um discurso sensato e sempre na defesa dos interesses do clube. Na terceira viagem na condição de director das Relações Externas do FC Porto, em entrevista a O JOGO Vítor Baía não mostrou os trunfos quanto ao futuro, mas foi deixando nas entrelinhas indicadores do que pode suceder. Inscreveu-se na universidade para tirar um curso de gestão desportiva e não quer ficar por aqui, sinal de que está a fazer uma preparação no dirigismo, como o próprio confessou. Sem querer queimar etapas, talvez a única certeza que se tenha é que continuará ligado ao clube que ama desde que nasceu. Pelo meio fez uma análise à equipa, mostrando-se confiante na revalidação do título, tocando também nos assuntos Barcelona e Scolari.

Já conseguiu habituar-se ao dia-a-dia sem futebol? Já libertou as toxinas todas?
(longa pausa) Digam
os que sim. Quando assumi que ia deixar de jogar futebol, a minha forma de pensar modificou logo. Terminei quando achei que devia terminar e não há que lamentar nada, há sim muito para recordar, coisas boas que fiz. Tive uma carreira, não posso cansar de dizê-lo, a todos os níveis brilhante, recheada de títulos e de coisas boas. Mas terminou. Foi um ciclo que se fechou e há que trabalhar, virar as baterias para outro ciclo que espero que também esteja ao mesmo nível do ciclo que acabou.

As pessoas questionam-se acerca do que faz e do cargo que ocupa. O que faz exactamente no dia-a-dia?
Tenho o meu gabinete. Estou a chefiar um departamento, mas não estou preso, nem tenho que estar sempre no gabinete. Tenho que estar quando tenho reuniões e trabalho para fazer, porque tenho uma agenda. Estou na faculdade, todos os dias de manhã e sempre que há necessidade de estar no Dragão, estou. E depois tenho algo muito importante, e que não fiz sempre quando era jogador, que é dedicar-me aos meus filhos. Prezo muito ser um pai presente na educação dos meus filhos. Tento também tratar um pouco da minha saúde, fazendo ginásio e, tendo umas condições extraordinárias como
as do Parque da Cidade do Porto, também me podem ver lá a correr.

Terminou a carreira como sendo o jogador com mais títulos conquistados. Ambiciona coleccionar os mesmos títulos, mas como dirigente?
Eu quero é fazer um trabalho válido, de qualidade e sério como dirigente. Não nasci dirigente e as coisas vão-se proporcionando. Também não nasci jogador e as coisas foram evoluindo nesse sentido. Estou a fazer a minha preparação como dirigente. Não é por acaso que voltei à universidade, estou a fazer o curso de gestão de desporto e estou a sentir-me muito bem. É um curso de três anos. Só tenho a ganhar com isso, faz parte da minha evolução natural e do meu crescimento a outros níveis.
É um curso que me pode ser bastante útil, como outros que também penso vir a tirar, mais direccionado para o futebol, para o dirigismo futebolístico. Não obrigatoriamente em Portugal, mas tenho outros objectivos, que podem abranger cursos essenciais e federações importantes do dirigismo, que tem exactamente que ver com esta vertente. Na minha vida trato de fazer as coisas de uma forma cuidada, bem pensada e, acima de tudo, estruturada. Não pretendo saltar etapas.

Falando do presente. Tem projectos, ideias e 'timings', mas que se calhar não revela... Este cargo de director de Relações Externas é uma etapa para depois chegar a outras funções?
A única coisa que
eu quero é poder ser útil ao clube nestas funções. O clube acha que eu posso ser mais útil nestas funções e eu tento fazer o melhor que posso na defesa da imagem do FC Porto a nível nacional e internacional.

Rui Costa poderá abraçar uma função de dirigente no Benfica. Já imaginou um duelo com ele de fato e gravata a lutarem por títulos?
(risos) Vocês conhecem-me e eu não faço esse tipo de previsões. Tudo a seu tempo. Neste momento, é este o meu pensamento e a minha ambição. É este o caminho que tenho de percorrer. Não penso em algo mais do que isto, mas depois
há a especulação jornalística…

As pessoas não lhe dizem para ser presidente um dia mais tarde?
As pessoas demonstram o carinho a alguém que deu tudo o que tinha ao FC Porto, a alguém que demonstrou gostar do clube e do que fazia, defendendo os interesses do emblema. Isso é gratificante, ver que vale a pena ser-se sério e ir ao máximo das nossas capacidades, passar por sacrifícios. Vale a pena sofrer e, acima de tudo, ter apostado numa carreira que deu
os frutos que deu. E ainda por cima, aliado a isso, há o facto de ser portista e de ter nascido futebolisticamente neste clube. Isso é o que mais retiro quando as pessoas falam comigo. Sabem reconhecer isso, serem justas e gratas. As pessoas são gratas e isso é o melhor que podemos ter. Estamos num desporto em que a ingratidão está de mãos dadas com todos os fenómenos.

O percalço na Amadora pode abalar a equipa? Não. Conheço bem a estrutura da equipa e a capacidade das pessoas que estão à frente do clube, bem como a qualidade e a capacidade dos jogadores, e isto será apenas um motivo de maior união. Não será um motivo de preocupação, antes de querer voltar rápido às vitórias.

O FC Porto vai ser campeão?
É o objectivo principal. Por norma, adormecemos e acordamos a pensar em sermos campeões. Mas isso acontece desde meninos, é algo espontâneo querer e lutar para sermos campeões. A confiança mantém-se exactamente na mesma em relação ao início da época.

Considera que seria particularmente interessante ser campeão no primeiro ano na pele de dirigente?
Era giro, motivante e algo que iria motivar uma recordação maior por ser o primeiro título enquanto dirigente, embora as minhas funções não estejam directamente ligadas à equipa. O contacto que tenho com a equipa e todo o staff tem que ver com as viagens que faço em termos de Liga dos Campeões. No dia-a-dia não tenho qualquer ligação à equipa. Estou a comandar um departamento que não está directamente ligado ao
campo, mas sei como está a equipa e a forma como evolui. Por isso, tenho uma confiança enorme de que as coisas voltarão rapidamente ao seu rumo normal.

Este jogo na Amadora fez lembrar-lhe a partida de há duas épocas, quando era jogador?
São jogos distintos. Nesse jogo, infelizmente, começámos a perder e não conseguimos dar a volta ao resultado. Perdemos e acabou por ser de má memória, porque infelizmente o único erro que tive na altura acabou por me custar o lugar. Mas já nem vale a pena falar disso, é passado. As situações não são equiparáveis.

Os níveis de popularidade mantêm-se?
Sim, felizmente. É uma realidade que tem que ver com a minha carreira, postura e o trabalho na Fundação Baía 99, que é algo muito importante e que esqueci de realçar atrás. Aliás, deve ser dos trabalhos mais importantes que faço. Continuo o meu trabalho ao nível da Fundação, atingindo níveis cada vez mais elevados, isto é, conseguir chegar a todas as zonas do país, não a todos os sítios, mas a todo o lado. É uma Fundação nacional e não apenas direccionada para o Porto. É um trabalho que me preenche muito tempo, mas que me dá um grande prazer pessoal. Portanto, o meu dia-a-dia anda à volta da Fundação, faculdade, dos afazeres derivados da minha profissão e família. Já não dá para pensar em mais nada.

E que tipo de feedback tem recebido das pessoas? Fazem-lhe queixas sabendo que agora é dirigente?
Ouço críticas e opiniões de adeptos normais. Noto que as pessoas têm um certo à-vontade em falarem comigo de situações relacionadas com determinados jogos, que se passam numa ou noutra partida. São situações normais de um adepto, e aí compreendo-as, mas depois atenuo as queixas no papel de director. No entanto, não há muitas queixas da equipa, porque tem estado excelente, exceptuando os últimos dois jogos.

O percurso do FC Porto na Liga dos Campeões na época de 2003/04, que acabou com a conquista do troféu, continua a estar marcada na memória de todos os jogadores e adeptos dos bicampeões nacionais.
Não havia um desejo secreto de sermos campeões europeus. Havia sim uma confiança que não conseguíamos explicar. Vou contar uma história curiosa. Estávamos todos a ver o sorteio da Liga dos Campeões e, quando nos saiu o Manchester United, começámos aos saltos e ficám
os todos contentes. Foi uma situação íntima. Dissemos logo ali que íamos eliminar o Manchester.

E será que agora há algum paralelismo com o presente?
Esta equipa tem vindo a evoluir, a ganhar experiência a este nível e também pode fazer a sua história. Estou convencido que o FC Porto pode fazer coisas bonitas a nível internacional.
Falou em sofrimento na carreira. Jogou lesionado num jogo do Barcelona com o Dínamo de Kiev e acabou por prejudicar-lhe o percurso naquele clube. Voltaria a fazer o mesmo? Tem a ver com a minha maneira de ser e sei que por vezes acabei por sair prejudicado. Outras vezes arrisquei e acabei por sair beneficiado. É uma questão de estado de espírito. Cheguei a Barcelona, era a minha entidade patronal, mas não tinha um afecto. Depois comecei a sentir um carinho especial, porque comecei a conhecer o clube e reparei que se assemelhava muito ao FC Porto em certas lutas. Mas eu nem tinha que o fazer, porque tinha companheiros com dores de cabeça ou de barriga e não jogavam por causa disso. Isso fazia-me uma grande confusão, porque vinha da escola do FC Porto. Se não tivesse esta forma de pensar, de ir à luta, de ir lá para dentro dar tudo o que tenho e depois logo se vê, sem me preocupar com consequências… Tudo o que queria era ajudar. No FC Porto foi exactamente o mesmo. Não me arrependo de nada, embora na questão de Barcelona tenha sido prejudicado. Aliás, o meu ciclo em Barcelona termina precisamente por causa desse jogo.

Van Gaal ou Scolari. A qual dos dois apertava a mão primeiro?
Não sou pessoa de rancor. Acho que o pior que pode haver é as pessoas em determinadas situações não terem a consciência tranquila em relação ao que se passou comigo. Em relação a esses treinadores, como pessoa educada que sou, se me cruzar com eles não terei problema nenhum em cumprimentá-los. A consciência de cada um é que pode não estar tão limpa e segura.

Continua a pensar que esse afastamento da Selecção Nacional é algo negativo na sua carreira?
É um momento menos bom, admito isso. Tive que passar por essa situação sem ter uma explicação, mas já é um capítulo encerrado. Não há nada a acrescentar e a vida cont
inua.

Qual foi o objectivo desta viagem a Toronto?
Participar no 20º aniversário da Casa do FC Porto de Toronto e estar junto de pessoas que têm uma coisa em comum, que é o amor pelo clube. Queremos que a imagem que passa do FC Porto sejapositiva, com as pessoas a sentirem-se satisfeitas, porque sabemos que passam por sacrifícios em prol do clube, desde as infra-estruturas às condições que proporcionam aos seus sócios. Falo da Casa do FC Porto de Toronto, mas também num plano geral. São pessoas com uma sensibilidade tremenda, que vivem este fenómeno de uma forma apaixonada.

Sente-se bem na pele de embaixador?
Sou director do departamento de Relações Externas, ou relações internacionais, e tenho que zelar pela imagem externa do FC Porto. Foi com uma certa expectativa que fiz esta viagem, porque foi também a primeira vez que viajei na condição de chefe de delegação do FC Porto nestas funções. Estava muito curioso para ver a reacção das pessoas, porque agora é muito diferente de quando era jogador. Estava curioso para estar com pessoas que já conhecia desde a última passagem do FC Porto por Toronto e espero, acima de tudo porque as responsabilidades são outras, que a missão do Canadá tenha sido bem sucedida para que todos tenham ficado contentes com a nossa visita.

Quaresma não vai mesmo sair do FC Porto?
O meu departamento não é esse [risos], mas se me perguntarem como adepto e amigo, espero que o Quaresma continue muitos anos no FC Porto.

Quando terminou a carreira deixou alguém no balneário para assumir as funções que desempenhava?
Há sempre jogadores importantes em termos de balneário. Temos o Pedro Emanuel, que é o capitão com toda a justiça, porque é uma pessoa com personalidade vincada e que pode ajudar e muito os jovens. Depois temos aqueles que embora jovens já têm um passado importante no clube, como são os casos do Bruno Alves, Bosingwa, Hélder Postiga e o próprio Quaresma. O Raul Meireles também está nessa
linha.

Mas, para os adeptos, são jogadores que não têm o peso que o Vítor Baía teve…
Isso é normal com a idade que têm. Com esse peso temos o Pedro Emanuel. Eu também não nasci assim, fui crescendo e evoluindo ao longo do tempo com a experiência diária. E estes jogadores já denotam com a idade que têm uma capacidade e personalidade fortes, podendo seguir esse caminho.

Na festa de recepção em Toronto, na sexta-feira, Vítor Baía já tinha sentido o carinho dos adeptos portistas do Canadá, mas nada comparado com o que se passou ontem, num almoço-convívio que assinalou os festejos do 20º aniversário da Casa do FC Porto daquela cidade.

Um pouco mais de seis centenas de adeptos quiseram ver de perto e confraternizar com o símbolo do FC Porto que é Vítor Baía, num ambiente que chegou a ficar marcado por momentos de autêntica loucura. O ex-guarda-redes e actual Director de Relações Externas do FC Porto retribuiu com sorrisos e autógrafos, que, de resto, se prolongaram por largos minutos. Muitas vezes emocionado, Vítor Baía agradeceu o apoio dos adeptos e referiu que jamais esquecerá o carinho da comunidade portuguesa de Toronto. "Esta é a primeira viagem que faço junto das comunidades portuguesas e das filiais do FC Porto e foram espectaculares os momentos que passei em Toronto. Levo-os no meu coração", disse.

Após o almoço foi lida uma mensagem de Pinto da Costa - "os dragões de Toronto são parte notável e importante do nosso orgulho", escreveu o presidente -, incluída numa revista expressamente feita para assinalar o momento, mas foi o discurso de Manuela Aguiar, membro das filiais e delegações do FC Porto, que deixou a sala a ferver. "O FC Porto é o rosto vitorioso de Portugal. É o clube que tem dado a Portugal aquilo que a Selecção Nacional nunca deu. Somos o que de Portugal tem de melhor e, se o futebol é o domínio onde o nosso país mais tem brilhado, é graças ao FC Porto. Ao FC Porto de Pinto da Costa e ao FC Porto de Vítor Baía. Vamos conquistar o tricampeonato e a Liga dos Campeões", disse, claramente entusiasmada, Manuela Aguiar.

Depois dos discursos houve trocas de lembranças e foi nessa altura que Vítor Baía ficou inscrito como sócio honorário da Casa do FC Porto de Toronto. Antes do final do convívio, duas camisolas do ex-guarda-redes foram também leiloadas e o valor das licitações chegaram aos dois mil e 1500 dólares, respectivamente, revertendo as verbas para a Fundação Baía 99. Também para agradecer o trabalho comunitário de Vítor Baía, mais de mil dólares foram oferecidos à Fundação que dirige.

Disseram-lhe que iam às compras e Vítor Baía esfregou as mãos de contente, mas afinal foi conduzido sem saber até ao Air Canada Centre para ver o jogo entre o Toronto Maple Leafs e o Otawa Senators, na companhia de Rui Cerqueira, responsável pela área de comunicações do clube, Cesário Brás, presidente da Casa de Toronto, e o seu filho, Jason Brás.

Tomaz de Andrade - In O Jogo Online de 19.11.2007




sábado, 17 de novembro de 2007

MELHOR O RESULTADO QUE A EXIBIÇÃO

Portugal ao triunfar hoje frente à Arménia deu mais um passo na qualificação para a fase final do Euro/2008.

O Jogo, que se disputou em Leiria, foi de fraco nível, provocando grande descontentamento no público presente que enchia quase completamente as bancadas, sublinhado por fortes assobiadelas.

Salva-se o resultado, vitória por 1-0, que nos coloca a um ponto do objectivo que poderá ser garantido na próxima Quarta-feira frente à Finlândia no Estádio do Dragão.

Bosingwa, Bruno Alves e Quaresma foram os três mosqueteiros portistas que contribuíram com prestações positivas, tendo saído dos pés do defesa direito o cruzamento que colocou a bola na cabeça do avançado Hugo Almeida para fazer o resultado final.

PAÍS DE BRANDOS COSTUMES!

«Em Portugal, já se sabe, partir a perna a um adversário não custa nem um cartão amarelo. Imagine-se a surpresa quando se sabe que para a UEFA basta a intenção para que a um cartão vermelho se juntem seis jogos de suspensão. A Europa tarda em aprender connosco.»
Alcides Freire - In o Jogo Online

terça-feira, 13 de novembro de 2007

INTERREGNO... MAIS UM!

O próximo compromisso do FC Porto será apenas daqui a doze dias.
Mais um longo interregno que talvez ajude a dissipar os últimos desaires da Bwin Liga.
Empates destes soam a isso mesmo, desaires...

Até lá, Jesualdo vai ter de preparar o embate frente ao Setúbal, o próximo adversário, com menos oito atletas que estarão ao serviço das suas selecções de onde só regressam poucos dias antes desse encontro.

Espera-se um regresso em grande para retomar o caminho das vitórias e se possível categóricas.

domingo, 11 de novembro de 2007

DISPLICENCIA E SOBRANCERIA, DOIS ERROS CAPITAIS

Palco do jogo: Estádio da Reboleira - Amadora
Competição: Bwin Liga - 10ª Jornada
Hora do Jogo: 20:45 h
FC Porto: Helton; Bosingwa, Stepanov, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção, Raúl Meireles (Kazmierczak 87') e Lucho Gonzalez (Bolatti 71'); Quaresma, Lisandro Lopez e Tarik (Adriano 78').
Suplentes não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Marek Cech e Hélder Postiga
Árbitro: João Ferreira - Setúbal
Marcadores:
Lisandro Lopez (24') e Raúl Meireles (50')
Acção discipl
inar: Cartão amarelo para Stepanov (90')

Dois erros clamorosos ditaram o desfecho deste encontro.

Ao contrário do que se tem assistido em anos anteriores o Porto entrou a dominar este jogo não permitindo grandes veleidades ao opositor. Foi por isso que, com toda a naturalidade, Lisandro Lopez aos 24' inaugurou o marcador ao concluir com êxito um cruzamento de Raúl Meireles, que o argentino recebeu no peito e rematou certeiro de pé esquerdo.

A partida parecia ficar sentenciada aos 50' quando Raúl Meireles, recebendo um passe atrasado de Quaresma remata forte e faz o 0-2.

Até aqui, exebição calma, serena, dominadora e totalmente controlada. Com
muito Lucho e mais Quaresma do que tem sido habitual nos últimos jogos, o Porto até podia ter chegado ao terceiro num grande trabalho do mágico portista que depois de se libertar de vários adversários lançou Lisandro sobre a esquerda que rematou de pronto fazendo a bola esbarrar no poste com o guarda-redes batido.

Com a saída de Lucho aos 71' e face à ausência de dificuldades, os jogadores do Porto deixaram-se arrastar para uma toada sonolenta e displicente.

Aos 86' Helton comete o primeiro erro grave saindo a um cruzamento em terrenos que não são os seus. Chega atrasado ao ponto de intercepção onde Stepanov discute e perde o lance com Maurício que saltou mais alto cabeceando para a baliza deserta.

Este golo ao invés de acicatar os Dragões deixou-os ainda mais vulneráveis ao ponto de no primeiro minuto do tempo de descontos Stepanov cometer infantilmente o segundo erro, ao puxar a camisola do avançado do Estrela que se encontrava de costas para a baliza na procura da recolha da bola, dando origem a uma grande penalidade bem concretizada.

Estava feita a igualdade que pela exibição no computo geral o Porto não merecia mas que pune os últimos quinze minutos de
falta de humildade e grande sobranceria.

Depois de uma série de oito jornadas sempre a ganhar o Porto entrou no ciclo dos empates. Talvez sirva para que a equipa reflicta e conclua que nunca se deve adormecer sobre as vitórias conseguídas. O campeonato é longo e a procissão ainda vai no adro.

sábado, 10 de novembro de 2007

AMADORA - PRÓXIMO DESTINO

Depois da jornada europeia vitoriosa, o FC Porto vai deslocar-se à Amadora para defrontar o Estrela que nos tem colocado algumas dificuldades. A época passada, recordo, veio vencer ao Dragão por 0-1, na 17ª jornada.

O historial dos últimos dez confrontos fora, dão-nos alguma superioridade mas salvo a época passada em que beneficiamos do facto de defrontarmos este adversário em casa emprestada (Estádio da Luz), os resultados têm sido equilibrados:

Jesualdo Ferreira está consciente das dificuldades que vai encontrar. Ao que parece as dores de cabeça que as lesões de Bruno Alves e Lucho Gonzalez provocaram durante a semana estarão já debeladas pelo que se encontram à disposição do técnico.

A única alteração na convocatória de hoje é a da troca de Leandro Lima que dará lugar ao argentino que esteve ausente do jogo frente ao Marselha.

Por isso a equipa não deverá ser diferente da que apresento na imagem:


O encontro está agendado para Domingo às 20:45 h, apitado por João Ferreira de Setúbal e com transmissão televisiva na SporTv1.

Todos os portistas esperam e desejam um novo ciclo de oito vitórias consecutivas.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

LIDERANÇA, UMA VOCAÇÃO!


Se as portas dos oitavos de final estavam escancaradas, a vitória de ontem sobre o Marselha colocou-nos em posição privilegiada para alcançar esse intento. A deslocação a Anfield Road pode ser agora encarada com outra tranquilidade e quem sabe, transformar-se no palco da confirmação.

A equipa não produz um futebol bonito e arrasador mas tem conseguido apresentar em alguns momentos um colectivo forte e coeso que tem garantido a liderança nacional e agora também a internacional.

O jogo de ontem demonstrou a qualidade de alguns dos reforços desta época de que nós adeptos já desconfiávamos.

Bolatti entrou muito bem e começa a revelar as qualidades de que vinha referenciado. Stepanov apesar de algumas falhas (esteve mesmo ligado ao golo do Marselha), fez uma partida muito interessante. São jogadores de futuro que o decorrer da época se encarregará de ratificar.

A liderança no grupo é tão importante como a vantagem que o FC Porto passou a ter no confronto directo com o Marselha.

As perspectivas são as melhores e eu confio nesta equipa.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

TARIK, GOLO GENIAL!


Palco do Jogo: Estádio do Dragão - Porto
Assistência: 42.217 espectadores
Competição: Champions League - Grupo A - 4ª Jornada
Hora do Jogo: 19:45 h
FC Porto: Helton; Bosingwa, Stepanov, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção, Raúl Meireles (Bolatti 68') e Marek Cech (Hélder Postiga 58') ; Quaresma, Lisandro Lopez e Tariq Sektioui (Mariano Gonzalez 87')
Suplentes não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Leandro Lima e Adriano
Árbitro: Wolfgang Stark - Alemanha
Marcadores: Tarik Sektioui (27') e Lisandro Lopez (78')
Acção disciplinar: Cartões amarelos para Helton (91') e Fucile (92')






A expectativa em torno da opção de Jesualdo para substituir Lucho foi finalmente desfeita.
O professor voltou a repetir o meio campo que utilizara na Supertaça onde, recordo, também não teve o argentino. A escolha recaiu em Marek Cech. Aposta perdida já que o eslovaco, a atravessar um momento menos bom, nunca foi capaz de executar as transições ofensivas nem dar a segurança defensiva que a equipa necessitava.

O Marselha entrou melhor, dominou toda a primeira parte embora sem construir grandes ocasiões de chegar ao golo.

Contra a corrente foi mesmo o Porto que num lance genial do marroquino Tarik Sektoui, que qual Maradona, qual Messi, arrancou do meio campo, passou por um, dois, três e já dentro da área num gesto técnico fabuloso tira o guarda-redes do caminho rematando para a baliza deserta.

Golo espectacular a merecer figurar no compêndio da arte de bem marcar. O Dragão exultou.
A primeira parte valeu mesmo por este magnífico golo.

A vencer, seria espectável que o FC Porto entrasse com outro pendor para a segunda metade.
Mas foi mesmo o Marselha a voltar a entrar melhor e a lograr empatar o jogo logo aos dois minutos.

Jesualdo aos 58' decide mexer na equipa e dar uma clara mensagem de querer ganhar o jogo fazendo entrar Postiga para o lugar do apagado Cech e um pouco mais tarde Bolatti para o lugar de Meireles.

A equipa começou a libertar-se, a tomar conta do jogo e a criar verdadeiras oportunidades de golo.

Lisandro Lopez teve uma bela oportunidade de marcar de cabeça levando a bola a beijar a trave e minutos mais tarde num lance em tudo semelhante, cruzamento de Quaresma para o argentino cabecear desta vez com êxito.

O Porto era agora senhor do jogo e podia até ter ampliado o resultado não fora o ferro negar a possibilidade a Fucile.

Bons desempenhos de Stepanov (Só falhou deixando-se antecipar no golo do Marselha), Bruno Alves, Paulo Assunção, Lisandro Lopez e... TARIK, pois claro.

O Porto é agora o comandante do grupo.


segunda-feira, 5 de novembro de 2007

QUEM PARA SUBSTITUIR LUCHO?

Com Lucho Gonzalez afastado por lesão, abre-se a difícil tarefa de o substituir de forma a que o rendimento da equipa não venha a ser afectado.

O argentino foi, como se sabe, utilizado na época passada, até à exaustão, apesar de algum menor rendimento face ao cansaço evidenciado pelo desgaste provocado pela ausência da paragens entre as épocas futebolísticas.

Esta época, dos 14 jogos oficiais «El Comandante» só não realizou dois (Sporting para a Supertaça e Fátima para a Taça da Liga). Dos restantes fez os 90' em oito e foi substituído em quatro, o último dos quais pela lesão que agora o afasta do jogo contra o Marselha.

Qual será o seu substituto?

A resposta a esta pergunta só Jesualdo poderia responder mas recusou-se a fazê-lo, abrindo campo para exercícios especulativos, muito ao gosto dos treinadores de bancada.

Como já referi, Lucho não pode ser utilizado no primeiro jogo da temporada. Jesualdo ainda a estudar as capacidades das aquisições optou por um meio campo formado por Paulo Assunção, Raúl Meireles e Marek Cech, jogadores que não terminaram o encontro tendo dado os seus lugares, no último quarto de hora a Leandro Lima, Mariano Gonzalez e Kazmierczak, respectivamente.

A experiência não foi de todo negativa já que a equipa bateu-se bem e só saiu derrotada por influência do "gajo" do apito.

Desde então já passaram cerca de quatro meses e em teoria o substituto natural seria o jovem Leandro Lima, não só pela sua irreverência, capacidade de explosão e criatividade, mas também por ser o mais utilizado dos médios contratados esta época.

Contudo, parece não atravessar uma boa fase. O último jogo não lhe correu de feição, talvez pela sofreguidão de mostrar serviço que lhe terá retirado clarividência ao ponto de ter sido substituído, depois de ele próprio ter entrado para o lugar do lesionado Lucho. Demonstra ter ainda de trabalhar muito para se conseguir fixar.

Kazmierczak pode ser outra solução, mas tem contra si o facto de ter sido pouco utilizado (acabou o jogo da Supertaça contribuindo com 16' e fez meia parte na Taça da Liga) e poder acusar falta de rotina.

Mariano Gonzalez fez 20' contra o Leixões mais ou menos no Lugar de Lucho mas o seu rendimento foi medíocre.

Talvez Jesualdo tenha um coelho para tirar da cartola e nos surpreenda mais uma vez. Só espero que a solução encontrada tenha o êxito necessário para levar de vencida o Marselha.

Lista dos jogadores convocados:

Helton e Nuno; Bosingwa, Stepanov, Bruno Alves, Fucile; Pedro Emanuel e Marek Cech; Paulo Assunção, Raúl Meireles, Leandro Lima, Bolatti e Kazmierczak; Quaresma, Lisandro Lopez, Tarik, Hélder Postiga, Adriano e Mariano Gonzalez.

Eu arrisco a seguinte formação:
Esta é a equipa que julgo que o professor terá em mente.
O encontro jogar-se-à amanhã, terça-feira dia 3 pelas 19:45 h no Estádio do Dragão.
Terá a apitar o alemão Wolfgang Stark e transmissão televisiva na RTP1.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

DRAGÃO TRAVADO EM CASA


Palco do jogo: Estádio do Dragão - Porto
Assistência: 38.423 espectadores
Competição: Bwin Liga- 9ª Jornada
Hora do Jogo: 20,30 h
FC Porto: Helton; Fucile, Stapanov, Bruno Alves e Marek Cech; Paulo Assunção, Raúl Meireles e Lucho Gonzalez (Leandro Lima 12', Tarik 61'); Quaresma, Hélder Postiga (Adriano 70') e Lisandro Lopez.
Suplentes não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Lino e Bolatti
Árbitro: Paulo Baptista - Portalegre
Marcadores: Hélder Postiga (21')
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Quaresma (90')


Num jogo entre azuis o FC Porto sentiu pela primeira vez muitas dificuldades. Só conseguiu a espaços libertar-se da teia montada por Jorge Jesus, que pressionou alto não dando grandes espaços para que o futebol dos dragões saísse com a habitual fluidez.

Não foi por acaso que o número de passes transviados foi de percentagem invulgar. Mérito do Belenenses aliado a um menor acerto de alguns jogadores portistas.

Pela terceira vez neste campeonato Jesualdo Ferreira viu-se obrigado a proceder a uma substituição nos primeiros minutos da partida (Bosingwa aos 34' contra a Académica e aos 14' contra o Leixões) . Desta vez foi Lucho que teve de abandonar aos 12', entrando para o seu lugar Leandro Lima que nunca conseguiu estabilizar o seu jogo contribuindo para o menor rendimento da equipa.

O Porto até conseguiu marcar primeiro por Hélder Postiga, que assistido por Paulo Assunção, recolheu a bola, na posição de fora de jogo que a equipa de arbitragem não sancionou e fuzilou fazendo a bola passar por debaixo do corpo do guardião do Belenenses.

A partir deste golo houve alguma tendência para afrouxar, controlar e fazer passar o tempo. Só que o Belenenses jogava no campo todo pressionava ainda mais à frente, cortava linhas de passe, envolvia o meio campo e construía jogadas fazendo chegar a bola muito perto da área portista.

Essa ousadia seria premiada aos 50' com o golo da igualdade.

O Porto reagiu e na procura do segundo golo viu um lance cortado com o braço dentro da área não ser assinalada pela equipa de arbitragem.

A entrada de Tarik para o lugar de Leandro Lima contribuiu para a reposição de algum ascendente portista que até chegou a ter dois remates no fundo das malhas, um por Tarik e outro por Lisandro, ambos bem anulados por fora de jogo.

Neste período (os últimos 20'), o melhor do Porto em toda a partida, não faltaram ocasiões para concretizar mais uma vitória que por falta de sorte nuns casos e precipitação noutras não aconteceu.

Ao fim de nove jornadas o Porto cedeu os primeiros dois pontos.

Os meus destaques vão para Paulo Assunção, Raúl Meireles, Lisandro Lopez e Tarik.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

UM PORTO "VINTAGE" COM PASTEIS DE BELÉM

Na próxima Sexta-feira o FC Porto vai receber o Belenenses em jogo a contar para a 9ª jornada da BL.
Jesualdo Ferreira só não poderá contar com o lateral direito Bosingwa que não recuperou da lesão sofrida no último jogo frente ao Leixões.

A convocatória conta com três alterações, em relação à anterior: Regressam Adriano, Lino e Paulo Assunção; Saem Bosingwa, Edgar e Mariano Gonzalez.

Lista completa dos convocados:

Helton, Nuno, Fucile, Stepanov, Bruno Alves, Marek Cech, Pedro Emanuel, Lino, Paulo Assunção, Raúl Meireles, Lucho Gonzalez, Bolatti, Leandro Lima, Quaresma, Lisandro Lopez, Tarik, Hélder Postiga e Adriano.


Não se esperam surpresas no escalonamento da equipa inicial. Por isso não deverá ser muito diferente da que apresento na imagem


O Jogo terá como palco o estádio do Dragão, tem hora marcada para as 20,30h e transmissão televisiva na SporTv1.

O "assoprador do apito" de serviço será Paulo Baptista de Portalegre.