quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FELIZ ANO NOVO


São os meus votos para todos os portistas em geral.

Que possamos brindar as conquistas com as respectivas Taças.

Sim, já sei, sou ambicioso. Sou Dragão.

Um bom ano

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

PRIMEIROS PALCOS PORTISTAS - PARTE III

DO CAMPO DO AMEAL AO ESTÁDIO DO LIMA

Nas décadas de 1920 e 1930, o FC Porto utilizou em vários jogos o Campo do Ameal, propriedade do Club Sport Progresso, colectividade da freguesia de Paranhos. Era um dos mais bonitos recintos desportivos da época, com modelares balneários e um relógio monumental, tendo igualmente servido de palco para jogos da Selecção Nacional.


Foi ganhando o seu espaço na história portista à medida que o Campo da Constituição se revelava demasiado exíguo para a afluência crescente de adeptos aos grandes desafios.

Também o Estádio do Lima, recinto multidisciplinar, propriedade do Académico FC, foi várias vezes utilizado, especialmente nos anos 40. Contava nas suas valências com bancada central coberta, bancada de cimento no topo Norte, zonas de «peão», pistas de atletismo, de ciclismo e campo de basquetebol, para além de um pavilhão. De entre os encontros particulares aqui disputados, destaca-se o célebre jogo FC Porto e Arsenal de Londres, em 1948, que terminou com o justo e surpreendente triunfo portista pos 3-2.

Até à realização do sonho do Estádio das Antas, o Campo do Ameal partilhou momentos de glória azul e branca com o Estádio do Lima.

sábado, 26 de dezembro de 2009

UM TÚNEL AO FUNDO DA LUZ!

À primeira vista, o titulo parece estar ao contrário. Parece mas não está, é assim mesmo, ou melhor, passou a ser assim. Há muito que o «famoso» túnel da Luz se tornou o cenário privilegiado para os arruaceiros vermelhos desferirem todos os golpes baixos, desde as ameaças de dirigentes a árbitros, treinadores e jogadores adversários até ao actual método refinado de colocar os «stewards» a fazer também eles o «serviço sujo,» com o intuito de ilibarem os principais responsáveis. Uma forma mais de fazer as coisas por outro lado.

Destas e de outras artimanhas já os Dragões deveriam estar devidamente avisados e sobretudo superiormente preparados para proceder à competente blindagem no sentido de percorrer incólumes esse antro. Mais que um adversário ou um rival essa corja há muito se tornou um inimigo. A sábia frase popular «quem vai para o mar avia-se em terra» aplicar-se-ia com toda a propriedade neste caso.

O que se passou efectivamente, encontra-se no âmbito da especulação uma vez que, ao contrário do que se passa nos países civilizados, as câmaras de televisão não cobrem o espaço em causa e as do clube podem sofrer manipulações, dando margem para toda e qualquer distorção dos acontecimentos. O comportamento dos atletas portistas visados, ao se exporem, foi em todo o caso deplorável e inaceitável, demonstrativos da ligeireza com que os responsáveis portistas encararam esta deslocação, com os prejuízos daí inerentes.

Este caso, entregue às mãos do «justiceiro» Ricardo Costa teve já o «sábio» desenvolvimento da instauração de um processo disciplinar, provocando a suspensão preventiva automática até à deliberação final do CD da Liga, cujo epílogo poderá ocorrer daqui a trinta dias ou mais. Trata-se de uma alteração, aparentemente proposta pelo FC Porto em Junho deste ano, colocando assim mais uma arma de arremesso à disposição do terrível «sniper». Inacreditável!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS



A todo o universo portista

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

PRIMEIROS PALCOS PORTISTAS - PARTE II

CAMPO DA CONSTITUIÇÃO

Mediante um aluguer anual de 350 escudos, o Campo da Constituição sucedeu, em 1913, ao Campo da Rainha.

Fachada principal do Campo da Constituição, vista da rua com o mesmo nome

Foi inaugurado com o jogo entre o FC Porto e o Oporto Cricket and Lawn Tennis Club, da Foz, tornando-se a casa dos jogos dos Campeonatos Regionais e Nacionais, disputados num pelado entre dois «peões».

Fase de um jogo de veteranos disputado no Campo da Constituição

O número sempre crescente de adeptos e associados, atraídos pela actividade e êxitos do FC Porto, com relevo para o futebol e andebol de onze, impõe a remodelação, em 1939. Em redor do campo são construídas novas bancadas e algumas dezenas de camarotes, rudimentar estrutura de madeira a uns quatro metros do solo, aumentando a capacidade da lotação para 20.000 lugares, muitas vezes insuficientes e excedida nos dias dos grandes jogos. Não raro, o público transbordava e invadia o terreno de jogo, forçando a interrupções para que a multidão se acomodasse com sardinha em lata.

Na foto do canto superior esquerdo, um aspecto dos camarotes. Em baixo a bancada de madeira. à direita, em cima aspecto das enchentes com o público a transbordar para o terreno de jogo. Em baixo os balneários, que ficavam entre a fachada principal e o terreno de jogo.

Ao longo de muitos anos, o Campo da Constituição seria palco de jogos de futebol, andebol, hóquei em campo, com a edificação de uma alta, imponente e assustadora super-bancada, no topo Sul.

Durante quase meio século o Campo da Constituição foi palco de encontros inesquecíveis. Por lá passaram grandes equipas da Europa, como o Real Madrid e o Vasas de Budapeste.

Com a inauguração do Estádio das Antas, em 1952, O Campo da Constituição tornou-se o berço dos mais jovens talentos futebolísticos e assistiu, no seu primitivo ringue de cimento, a grandes duelos de hóquei em patins, andebol de sete e basquetebol.

Já propriedade do Clube, é hoje uma estrutura moderna e funcional, onde está a ser desenvolvido o projecto Visão 611, virado para a descoberta e formação de jovens talentos.

As obras de reabilitação transfiguraram o espaço onde foram edificadas as instalações dos serviços administrativos, de atendimento e de direcção, numa das alas, com outra para uma loja comercial com acesso a partir da Rua da Constituição e que ocupam um piso.


O edifício interior, com três pisos, está reservado aos balneários dos utentes, técnicos e árbitros, nos dois pisos inferiores. Ao nível do piso 0, uma portaria, uma sala de reuniões/imprensa e arrumos.

O último piso contempla uma área destinada a um Sports Café, para convívio dos utentes.

Os espaços de jogos não escapam a esta profunda remodelação, sendo substituídos por dois campos de relva sintética: um para o futebol de onze, outro para o futebol de sete - este último com cobertura em policarboneto de cristal. Rebatizado com o nome Campo da Constituição/Vitalis Park, a inauguração teve lugar a 4 de Setembro de 2008.


Fontes: FC Porto - Figuras & Factos 1893 - 2005, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; FC Porto - 100 anos de história 1893-1993, de Álvaro Magalhães e Manuel Dias; Fotobiografia, de Rui Guedes e Revista Dragões

domingo, 20 de dezembro de 2009

ESCORREGÃO NO «BATATAL»

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Não foi feliz o FC Porto na deslocação ao «batatal» da luz, numa noite fria e chuvosa.

Nos primeiros cinco minutos os Dragões deram a ideia de querer resolver rapidamente a contenda, remetendo o seu adversário a defesa porfiada, contudo foi sol de pouca dura já que o ímpeto inicial foi-se desvanecendo por culpa própria face às perdas de bola frequentes, num regresso ao futebol do passado recente, incaracterístico, irritante e improfícuo.

Disso se aproveitou o rival, ganhando os lances no meio campo portista, aparecendo com mais frequência junto à área contrária. Acabaria por chegar ao golo, na sequência de um lance perigoso que Álvaro Pereira tinha resolvido perto da linha de golo, Meireles completou o alívio de cabeça já no limite da área, enviando a bola para o meio campo. David Luiz, de primeira lançou de novo para a área, apanhando toda a defensiva portista completamente a dormir. Saviola atento, marcou sem oposição, já o ponteiro tinha percorrido a primeira vintena do jogo.

Só na segunda metade o FC Porto foi capaz de esboçar uma reacção visível, tão mal estavam a sair os passes, as desmarcações e os raros remates. Com perigo efectivo, só depois de decorrida a primeira hora, precisamente aos 61', o FC Porto foi capaz de fazer tremer o seu adversário num remate forte de Álvaro Pereira, obrigando Quim a defesa vistosa e três minutos depois num disparo de Raul Meireles, tendo a bola sofrido um desvio em Falcao, acabando por sair muito perto do poste com o guarda-redes completamente batido.

Até final, as interrupções de jogo, as demoras na reposição da bola, as simulações de lesões e outras artimanhas, com o intuito de quebrar o ritmo de jogo, foram os argumentos dos lisboetas para garantirem os três pontos.

A derrota foi o castigo certo para o mau desempenho dos jogadores portistas.

Depois de dois jogos bem conseguidos (Guimarães e A. Madrid), esta exibição demonstrou que os problemas não estão ultrapassados. Jesualdo vai ter duro trabalho para os debelar.

sábado, 19 de dezembro de 2009

VOAR SOBRE UM NINHO DE ABUTRES

O TETRACAMPEÃO NACIONAL vai apresentar-se amanhã na capital do império para defrontar a «mais grande» equipa do mundo e arredores, virtual campeã desde a pré-época, comandada por esse grande «exterminador» e auto-denominado rei da táctica, Jesus, que não conseguiu renovar o título de campeão de Inverno! (Os pasquins e a CS não deixarão, todavia, de «fabricar» outro título até ao final do ano, em jeito de compensação).

Sei de fonte segura que os jogadores portistas já não dormem há mais de quinze dias, acagaçados que andam, só de pensar neste jogo. Os jornalistas bem tentaram arrancar-lhes algumas declarações, desde então, mas a tremedeira desencorajou-os! Até tu Jesualdo!

Pinto da Costa, o tal que domina as instâncias do futebol português, bem tentou amealhar os três pontos sem ter de jogar, mas desta vez deparou-se com um entrave inultrapassável, a famosa e concorrida petição do Rui Santos, pela verdade desportiva (qual verdade?). A adesão está a ser um sucesso e conta chegar aos 6 milhões muito brevemente. O Lucílio já assinou e o famoso «justiceiro» da Liga, o Costa, também.

Assim, Jesualdo teve mesmo de convocar os seus atletas e partir para a mourama, cheio de preocupações, ainda por cima sem jogadores lesionados ou castigados. Não queria estar na sua pele!

Lista completa dos convocados: Helton, Beto, Fucile, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Nuno André Coelho, Álvaro Pereira, Fernando, Raúl Meireles, Guarín, Belluschi, Varela, Hulk, Falcao, Farías, Cristian Rodriguez e Mariano Gonzalez.

A escolha do onze titular, pode reservar algumas surpresas, face à imprevisibilidade a que o Professor gosta de dar largas. Creio não ser o caso da defesa, constituindo as maiores dúvidas a composição do meio campo, onde Fernando e Meireles me parecem de pedra e cal, faltando saber qual o terceiro elemento para os acompanhar e a do ataque onde várias combinações são possíveis. Também a disposição no terreno poderá ser novidade, ainda que não seja muito provável.

Em todo o caso arrisco a seguinte formação inicial:

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Liga Sagres - 14ª Jornada
Jogo: SL Benfica - FC Porto
Palco: Estádio da Luz - Lisboa
Árbitro: Lucílio Baptista - A.F. de Setúbal
Hora e dia do jogo: 20:15 H de Domingo (20.12.09)
Transmissão: Sport TV1

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

UM ARSENAL NA «GUERRA» DA EUROPA!

O FC Porto ficou a conhecer hoje o seu adversário, nos oitavos-de-final da Champions League, sorteio realizado em Nyon, Suíça e que contou com a presença de Vítor Baía.

Será um reencontro, já que na época passada os ingleses fizeram parte do mesmo Grupo de qualificação, tendo os Dragões finalizado em primeiro lugar, apesar da pesada derrota sofrida em Londres, por 0-4, num equívoco corrigido no Dragão com a vitória portista por 2-0.

Trata-se de um adversário perfeitamente ao alcance do FC Porto, mas a exigir as naturais preocupações e cuidados.


RESULTADO DO SORTEIO


«Já os conhecemos da época passada. Tivemos uma boa prestação e fomos primeiros do grupo», recordou Baía, lembrando, também, as dificuldades que os azuis-e-brancos conheceram em Londres, fruto da derrota por 4-0.

O director para as Relações Externas do FC Porto referiu ainda que «os dois duelos nos oitavos, por serem a eliminar, vão ter um sabor diferente».

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

VERDADE DESPORTIVA? QUAL?

A frase começou a tornar-se badalada a partir da altura em que a hegemonia do futebol português se mudou para Norte, mais propriamente para o Porto, numa luta titânica para desvalorizar as conquistas do seu mais lídimo representante.

Até lá, não me lembro de alguma vez ter sido sequer pronunciada, muito menos posta em causa, apesar dos inúmeros casos que proporcionaram aos clubes da capital juntar aos seus palmarés títulos atrás de títulos. Vivíamos então num regime político de direita, fechado, controlador, egocêntrico e macrocéfalo, que fazia da capital o modelo e das suas instituições os seus símbolos.

Em termos desportivos, que é afinal a razão desta crónica, os problemas relacionados com a verdade desportiva, ou falta dela, como preferirem, começaram realmente e em simultâneo com o inicio das competições. Como não podia deixar de ser, a arbitragem esteve sempre na mira de fogo dos clubes, face à sua má qualidade e permeabilidade, potenciando naturais desconfianças e algum mal estar.

A Federação Portuguesa de Futebol chegou mesmo a recorrer ao serviço de árbitros espanhóis para os jogos de maior importância.

A Comunicação Social de então, restringida às emissoras de rádio, aos jornais generalistas e a alguns desportivos com tiragens bi-semanais ou semanais, fazia uma cobertura dos acontecimentos de forma bastante tendenciosa, protegendo os clubes do coração, sem nunca questionar a verdade.

Só quem acompanhava «in-loco» percebia tal comportamento, ficando a maioria dos interessados pelo desporto rei à mercê do que liam ou ouviam nos relatos radiofónicos. O aparecimento da RTP, nos finais dos anos cinquenta, ao invés de ser aproveitada para um clima clarificador, face à inegável força da imagem, serviu apenas para alimentar os interesses instalados, na defesa e branqueamento, mais uma vez dos principais clubes da capital do império.

Servida por ex-atletas de Benfica e Sporting, os poucos programas desportivos eram desenvolvidos segundo a máxima salazarista «a Bem da Nação», seleccionando-se criteriosamente as notícias, os relatos e as imagens, de forma a não constituírem engulhos a uma sociedade que se queria apresentar como perfeita.

A revolução dos cravos teve o condão de democratizar a sociedade em geral e a desportiva em particular. Ao futebol profissional chegaram novas e mais modernas estruturas, terminando o reinado das Associações, substituídas pelo voto dos clubes.

A Comunicação Social, como não poderia deixar de ser, sofreu também uma enorme evolução. A televisão, as rádios e os jornais expandiram-se, originando em termos desportivos, um leque de escolhas nunca visto. São os jogos de futebol em directo pelas TV's, programas desportivos quase diários, debates, entrevistas, jornais desportivos com tiragens diárias, enfim, um manancial verdadeiramente fantástico que colocou ao dispor dos interessados a capacidade de analisarem e pensarem com a sua cabeça, isto naturalmente se conseguirem ficar imunes às influências de apresentadores, comentadores ou convidados. É que dos tiques da ditadura alguns não se livraram. As capas do jornais desportivos e a diferença de tratamento que dão aos diferentes clubes, são apenas pequenos exemplos elucidativos.

Ora era aqui que eu queria chegar!

Deve a verdade desportiva restringir-se às competições e aos seus agentes, ou deverá também estender-se à CS? Não tem esta a obrigação de ser isenta e verdadeira, defensora da imagem que se pretende para o futebol português e desporto em geral? Creio que as respostas são óbvias!

Quando vejo a CS ceder de forma irresponsável às pressões e chantagem despudoradas e ridículas de um auto proclamado paladino da transparência, sempre metido em situações obscuras, e a tonar-se cúmplice daquilo que foi a mais vergonhosa tentativa de assassinato desportivo do melhor dirigente desportivo português de todos os tempos, tenho que ficar com a pulga atrás da orelha!

Quando vejo um «iluminado», todas as semanas, a fazer juízos de valor, a espalhar a intriga e a maledicência, a fazer análises obtusas, que as próprias imagens desmentem e pomposamente propor uma subscrição pública na defesa da verdade desportiva, fico naturalmente desconfiado.

Quando vejo comentadores desportivos (um de voz esganiçada, a fazer inveja à mais castiça peixeira do mercado do Bolhão, outro de ar cínico ao estilo das melhores personagens dos filmes de Hitchcock), perante imagens esclarecedoras, distorcer pateticamente a verdade, na defesa das suas cores, tenho que perguntar: «Que raio de verdade desportiva querem eles?»

Não necessito de resposta, porque o que eles querem sei eu bem.

Obs.: Tive o cuidado de não ilustrar com imagens esta crónica por questões ecológicas.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

PRIMEIROS PALCOS PORTISTAS - PARTE I

CAMPO DA RUA DA RAINHA

O Campo da Rua da Rainha foi o primeiro recinto que serviu de casa ao FC Porto, de 1906 a 1912, por iniciativa do refundador e presidente do Clube, José Monteiro da Costa.

Junto à sua residência, na mesma rua (actual Rua Antero de Quental, nome alterado após a implantação da República), havia um terreno alugado à Companhia Hortícola Portuense para viveiro de plantas, do qual sobrava um espaço não cultivado. Decidiu-se aproveitá-lo, tendo Jerónimo Monteiro da Costa, pai de José, presidido à comissão instaladora.


Construiu-se apenas um pequeno campo de 50x50 metros - o primeiro campo relvado em Portugal - mas ainda em 1906, os viveiros de plantas seriam transferidos para outro local, permitindo ao FC Porto criar um campo com as medidas oficiais rodeado de bancos para 600 pessoas.

As instalações comportavam ainda, um vestiário, um balneário com três chuveiros e dois enormes lavatórios de pedra-mármore, um bufete com balcão e mesas, bancos de jardim e no meio de denso arvoredo, uma espécie de ginásio ecológico, com argolas, barras fixas e trapézios (suspensos dos ramos das árvores). Num dos lados, ao centro, erguia-se uma majestosa tribuna destinada aos convidados de honra, a que hoje chamaríamos VIP.


A tribuna de honra

O Campo da Rua da Rainha foi inaugurado, em ambiente de solenidade, com um jogo entre o FC Porto e um grupo de ingleses, funcionários da já extinta Fábrica Graham que anos mais tarde viriam a dar origem ao Boavista FC.

Foi neste Campo que o FC Porto registaria, em 1907, a primeira visita de uma equipa estrangeira a Portugal, o Real Fortuna de Vigo, e a primeira vitória internacional, frente ao mesmo clube por 4-1, em 1911.

Imagem de uma fase do primeiro jogo internacional no Campo da Rainha frente ao Real Fortuna de Vigo


Nesta imagem, os jogadores do FC Porto com os do Real Fortuna de Vigo (equipados de branco), no primeiro jogo internacional disputado em Portugal, em 1907, no Campo da Rainha.

Em 1907, a sede do FC Porto foi transferida da sua primeira localização, na Rua de Santa Teresa, para junto da Rua da Rainha. No mesmo ano foi acrescentado ao complexo um campo de ténis.

No final do ano de 1911 o FC Porto foi informado da necessidade de ter de procurar outro local face à venda do terreno para a construção de uma fábrica. A mudança para o Campo da Constituição realizar-se-ia cerca de um ano depois.


Fontes: FC Porto - Figuras & Factos - 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; FC Porto - Fotobiografia, de Rui Guedes

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A MORTE DO APITO SALGADO

«O Tribunal da Relação do Porto confirmou esta semana a absolvição de Pinto da Costa, presidente do FC Porto, de uma acusação de corrupção desportiva activa no chamado “caso do envelope”, que partiu de uma certidão do processo Apito Dourado, reiterando assim a decisão da primeira instância.»

In Jornal on-line Público de 12.12.09


Chegou finalmente ao fim um dos maiores «abortos» em que o futebol português é fértil.

Durante cinco anos e oito dias, os invejosos, rancorosos e frustrados, socorreram-se de todos os meios ao seu alcance para denegrir e destruir a imagem do Futebol Clube do Porto e do seu presidente.

Foi o livro, supostamente escrito por autora de carácter duvidoso, abrilhantado por uma pseudo-jornalista, de carácter ainda mais incerto e patrocinado financeiramente pela personificação da transparência e verdade desportiva (de quem faz as coisas «por outro lado». Lado esse comprometido com o tráfego de influências); Foi o filme de um cineasta medíocre e oportunista que alimentou a ilusão, visando dois objectivos (associar-se à onda e tirar proveitos financeiros); Foi a manipulação da investigação (que chegou ao ridículo de ensaiar a testemunha principal) até à actuação pouco recomendável da PGR, que viu no caso uma oportunidade, numa altura em que a sua credibilidade caía no abismo, de a recuperar, entregando em bandeja de ouro, um troféu muito apetecido; Foi também a campanha orquestrada na Comunicação Social em geral, com o empenho particular do jornal correio da manhã (conhecido no meio como correio dos manhosos).

A toda essa "cambada" deve ser dedicado este desfecho. Tiveram o que eu esperava, uma derrota.

Mas, num país onde a justiça é lenta e pouco eficaz, jamais terão o que merecem. As injúrias, mentiras e humilhações por que fizeram passar um Clube com a dimensão do FC Porto mereciam uma punição exemplar.

«Parámos as investigações e não sabemos mais. O caso foi encerrado. Temos regulamentos agora que combatem os batoteiros. Agora tenho a certeza que não é batoteiro».

Estas palavras proferidas por Platini, revelam bem o carácter tenebroso de tão ridícula figura.

Incapaz de reconhecer a precipitação em que incorreu e pedir desculpa, ainda veio hipocritamente e com cara de «anjinho» fazer mais uma provocação. Com gente desta a superintender o futebol europeu, coitado do futebol!

domingo, 13 de dezembro de 2009

A LIDERANÇA CADA VEZ MAIS PERTO

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

O autocarro verde (não confundir com autocarro ecológico) estacionou no Dragão, como se previa.

Sem argumentos para explanar no terreno de jogo, o Setúbal limitou-se a retardar o golo portista, que poderia ter acontecido bem cedo, logo aos seis minutos no remate de Belluschi que a trave defendeu ou aos dezassete no remate de Raul Meireles, mais uma vez no poste.

Os golos porém não tardariam. Aos 22' Farías aproveitou bem um cruzamento de Fucile, hoje a jogar do lado esquerdo, ganhou a posse da bola, rodou e de pé esquerdo marcou. A pressão azul e branca continuou e apenas três minutos depois, num canto do lado esquerdo mal aliviado pela defesa sadina para a entrada da sua área, apareceu Varela muito oportuno a rematar de primeira e forte, obtendo um golo de belo efeito.

Pode dizer-se que o jogo terminou por esta altura face ao abrandamento natural do ritmo imposto pelo FC Porto e ainda pela debilidade manifestada pelo adversário desta noite que faz jus ao último lugar que ocupa.

Jesualdo Ferreira, aproveitou este jogo para fazer descansar Àlvaro Pereira e Falcao. O primeiro nem sequer foi convocado e o segundo não saiu do banco. Do banco sairia Rodríguez aos 67', beneficiando também de algum descanso. Fucile, Hulk e Meireles também foram alvo da poupança ao sairem mais cedo. Foi a gestão do plantel que o Professor entendeu por bem promover, com vista ao próximo embate.

Em termos futebolísticos o espectáculo foi curto, sobrando longos minutos de futebol penoso, numa noite muito fria que só o entusiasmo dos Super Dragões abrilhantou.

Com tão pouco tempo de futebol os meus destaques vão para Silvestre Varela, o melhor em campo, para os Super Dragões e para a evocação feita por Jesualdo Ferreira, no final da partida, para o aniversário da morte de Pavão. Bravo professor!


O primeiro lugar está cada vez mais perto: Um pontinho!


sábado, 12 de dezembro de 2009

DESCASCAR A LARANJA DISFARÇADA DE AUTOCARRO

De volta ao Dragão e à Liga Sagres, o FC Porto prepara-se para receber o Vitória de Setúbal, no âmbito da 13ª Jornada do Campeonato Nacional.

Mais um obstáculo considerado complicado tendo em conta a toada previsivelmente defensiva que os forasteiros procurarão desenvolver, na ânsia de conquistarem o pontito da ordem, pecúlio curto mas sempre saboroso face à diferença abismal de potenciais.

Cabe aos Dragões descobrir engenho e arte para derrubar o muro, ou autocarro, como preferirem, para tornar mais simples a espinhosa missão da conquista dos três pontos.

A novidade nos convocados de Jesualdo, são as ausências de Valeri afectado por síndroma gripal, Maicon por lesão e Álvaro Pereira por gestão de esforço e quiçá para protecção de eventuais sanções disciplinares (o uruguaio tem já quatro cartões amarelos).

Lista dos convocados: Helton, Beto, Sapunaru, Fucile, Miguel Lopes, Rolando, Bruno Alves, Nuno André Coelho, Fernando, Raul Meireles, Guarín, Belluschi, Mariano Gonzalez, Varela, Hulk, Falcao, Farías e Cristian Rodriguez.

A equipa provável está cada vez mais difícil de prever, já que o Professor tem feito algumas surpresas. Sendo certo que a defesa sofrerá alteração, parece-me lógico o desvio de Fucile para a esquerda entrando para o seu lugar um dos dois defesas direitos convocados. A aposta em Nuno André Coelho para substituir Álvaro Pereira, apesar de menos provável pode ser uma solução. No meio campo deve regressar Bellushi dado tratar-se de um jogo onde a criatividade pode ser um trunfo. Guarín no lugar de Meireles, para lhe dar descanso, será menos prevísivel. Na frente o regresso de Varela parece-me evidente. Falta saber que dupla o acompanha. Se Falcão e Hulk ou Hulk e Rodriguez.

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Liga Sagres - 13ª Jornada
Jogo: FC Porto - Vitória de Setúbal
Palco: Estádio do Dragão - Porto
Árbitro: Pedro Henriques - A.F. de Lisboa
Hora e dia do jogo: 20:15 H de Domingo (13.12.09)
Transmissão: RTP1

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

MELHORES ARTILHEIROS AZUIS E BRANCOS

Cada geração desportiva tem os seus ídolos. São jogadores capazes de em cada momento estabelecer a diferença. Autores de verdadeiros momentos de magia, ficam gravados na memória, pela determinação, pela arte, pelo saber com que interpretam um dos mais simples e apreciados desportos do Mundo.

Desde que se começaram a disputar os Campeonatos Nacionais em Portugal, que se remonta à já longínqua época de 1934/1935, o FC Porto sempre dispôs de grandes talentos e alguns especialistas na arte de introduzir a bola nas redes adversárias. Por vinte e uma vezes, os «artilheiros» portistas suplantaram a concorrência.

A distinção aos melhores marcadores do Campeonato, só foi instituída uns anos mais tarde, na época de 1952/53, numa criação do Jornal «A Bola», com o troféu chamado «Bola de Prata».

Para trás, ficaram sem prémio jogadores portistas, que nem por isso deixaram de merecer o nosso reconhecimento, como fica expresso na imagem que elaborei com os artilheiros portistas que fizeram jus a este nome por terem sido os melhores marcadores dos Campeonatos Nacionais em que participaram.

(Clicar nas imagens para ampliar)

Destaque para os 6 troféus de Fernando Gomes e os 4 de Mário Jardel.

Como grande Clube europeu, o FC Porto viu também consagrados dois dos seus atletas como melhores marcadores da Europa. A «Bota de Ouro», assim se chama o troféu, instituído pela revista francesa «France Football», para premiar o melhor marcador dos campeonatos europeus, desde 1967/68.

Fernando Gomes (1982/83 - 36 golos e 1984/85 - 39 golos) e Mário Jardel (1998/99 - 36 golos), foram os jogadores portistas consagrados.


AGRADECIMENTO ESPECIAL: Ao amigo Armando Pinto pela disponibilização da foto do Azumir, permitindo desta forma ilustrar fielmente a história dos melhores marcadores portistas. Um bem haja!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

TRÊS OLÉS COM MUITO SALERO!

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Foi com chave de ouro que o FC Porto encerrou a fase de grupos da Champions League, ao vencer com números esclarecedores o Atlético de Madrid no Vicente Calderón.

Sou dos que defendeu, na antevisão do jogo, apesar da qualificação já garantida, uma postura da equipa, responsável, ambiciosa, capaz de defender o prestígio, na prova rainha do futebol mundial, mas que alguns portistas parece terem menorizado pelo simples facto de termos como opositor «este» Atlético.

O FC Porto desta noite, sem ter feito um futebol maravilhoso, longe disso, confirmou melhorias, pelo menos em termos ofensivos, garantindo um resultado expressivo que lhe rendeu uma vitória desportiva e também financeira (800 mil euros, que para alguns não aquece nem arrefece! Gente rica!).

Os Dragões entraram muito bem no jogo e marcaram logo aos dois minutos e aos catorze já venciam por 0-2, deixando os colchoneros perplexos e tornando a tarefa portista ainda mais facilitada. Os azuis e brancos passaram então a controlar a partida permitindo a iniciativa dos madrilenos que remataram muito mas geralmente sem grande perigo, encontrando Helton sempre muito atento, corrigindo a má impressão da época passada onde tinha sofrido um frango.

Com Maicon no Lugar de Rolando, Valeri em vez de Belluschi e Varela no banco, a equipa respondeu relativamente bem, sem no entanto conseguir evitar entregas de bolas ao adversário, em situações, principalmente de contra-ataque com vantagem numérica, desperdiçando de forma infantil boas oportunidades para construir um resultado ainda mais volumoso.

A etapa complementar proporcionou manter a toada morna já que o Atlético não tinha ideias e o FC Porto mantinha-se na expectativa. Foi um período de futebol de menor qualidade, com muitas bolas perdidas, passes transviados e sem grandes oportunidades de golo. Falcão ainda deu a ideia de poder marcar, mas, já dentro da área completamente à vontade não foi capaz de bater Asenjo.

Acabaria por ser Hulk a alterar o marcador, com um remate violento, aos 76', depois de assistido por Guarín. Fizeram-se ouvir os olés dos adeptos portistas.

Destaques para Helton, Fucille e Bruno Alves.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

EM DEFESA DO PRESTÍGIO... E DO CAPITAL!

Com a passagem aos oitavos-de-final garantida à quarta jornada e condenado à segunda posição do Grupo, face à derrota caseira frente ao Chelsea, resta ao FC Porto, nesta deslocação a Madrid, para defrontar o Atlético, a defesa do prestígio e dos interesses financeiros.

Ocasião privilegiada para testar as melhorias exibicionais patenteadas, principalmente frente ao Vitória de Guimarães, na passada Sexta-feira.

O jogo da próxima terça-feira poderá ter dificuldades acrescidas, pela incerteza da manutenção do 3º lugar actual dos colchoneros, ainda em compita com os cipriotas do Apoel, na corrida pela continuidade nas provas europeias, que é como quem diz, no acesso à Liga Europa.

Aparentemente, o discurso de Jesualdo Ferreira, aponta para alguma gestão do plantel, sendo desde já certo que Maicon será titular face à indisponibilidade de Rolando que não viajou para Madrid, a braços com síndroma gripal.

Para além do citado defesa central, o Professor convocou os seguintes jogadores: Helton, Beto, Fucille, Miguel Lopes, Sapunaru, Bruno Alves, Álvaro Pereira, Fernando, Guarín, Belluschi, Raúl Meireles, Valeri, Mariano Gonzalez, Varela, Hulk,Falcao, Farías e Cristian Rodriguez.

EQUIPA PROVÁVEL


Competição: 6ª jornada do Grupo D - Champions League
Equipas: Atlético Madrid - FC Porto
Estádio: Vicente Calderón - Madrid - Espanha
Árbitro: Stéphane Lannoy - França
Hora do Jogo: 19:45 h
Transmissão: RTP 1

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

FINALMENTE À CAMPEÃO!

FICHA DO JOGO


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O futebol tem destas coisas, o difícil pode transformar-se em fácil e vice-versa de acordo com a atitude, o acerto e a eficácia, ou o seu contrário.

Esta deslocação ao berço da nação nesta altura, face ao atraso pontual, somado ao momento menos bom da equipa, não esquecendo o do adversário que vinha em ascenção, fazia prever imensas dificuldades e alguma apreensão.

Jesualdo, durante a semana, foi dando recados quer para o interior como para o exterior, quiçá com a intenção de provocar reacções no plantel e na massa adepta. Acabou até por surpreender ao deixar no banco Hulk, promovendo os regressos de Helton e Rolando.

A verdade é que após uma série de jogos medíocres a equipa fez finalmente um jogo, em especial na primeira parte, de categoria. Entrou forte, arrojado, determinado e dominador, não permitindo ao Vitória o controlo do jogo, nem a construção de jogadas perigosas.

Com boa troca de bola e certeza no passe, dispôs de boas oportunidades para conseguir cedo um resultado volumoso, mas alguma ineficácia não o permitiu. Raul Meireles e Falcao, este em duas ocasiões, tiveram o golo à sua mercê. Tanto domínio acabaria por dar os seus frutos e assim, aos 12' Varela, em mais uma transição rápida, descaído sobre a direita rematou forte e colocado sem hipótese de defesa. Novo golo aconteceu aos 31' da autoria de Falcao, na conclusão de um livre marcado por Raul Meireles. O colombiano apareceu muito oportuno, libertando-se da marcação, na cara do guarda-redes e, desta vez, não pordoou. O Vitória estava atarantado e sem reacção.


Porém, em cima do intervalo, depois de uma recuperação de bola, aconteceu aquilo que tanto irrita Jesualdo e, estou certo, todo o universo portista. Belluschi, displicentemente coloca a bola nos pés de um adversário que aproveitou a oferta conduzindo a bola até perto da área onde Fernando não teve outra alternativa senão cometer a falta «cirúrgica» , tendo por isso visto o cartão amarelo. Da marcação do respectivo livre directo surgiu o golo vimaranense, num remate irrepreensível de Andrezinho.

Na etapa complementar o Vitória apareceu moralizado, mais rápido sobre a bola, mais dinâmico e endiabrado, completamente transfigurado à procura do golo do empate, que esteve para acontecer pelo menos em três ocasiões. Agora eram os Dragões os dominados, completamente asfixiados pelo pendor atacante adversário. Foram cerca de 20 minutos de sufoco. Graças à ineficácia dos vimaranenses e a alguma sorte, os azuis e brancos safaram-se de males maiores e ainda foram premiados com mais um golo aos 66', o terceiro, desta vez completamente contra a corrente do jogo, em mais um livre marcado por Raul Meireles a que Bruno Alves deu o melhor seguimento. Este golo teve o condão de aniquilar e fazer parar a torrente vimaranense. O FC Porto voltou a carregar e a construir novas ocasiões, aproveitando o adiantamento do adversário, das quais viria a aproveitar mais uma. Rodriguez bem assistido por Guarín rematou violentamente de pé esquerdo sem hipóteses de defesa.


Vitória justa e importante mas por números um tanto exagerados face à réplica dos vitorianos nos vinte minutos iniciais da segunda parte.

Os meus destaques vão para Bruno Alves, Álvaro Pereira, Fernando, Raúl Meireles e Varela, um conjunto de jogadores que estiveram francamente bem.



quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

NO BERÇO... SEM ADORMECER!

A próxima jornada da Liga Sagres vai-nos colocar pela frente um osso mais duro de roer. Precisamente a deslocação a Guimarães para defrontar o Vitória local.

Como se sabe, os Dragões continuam à procura da melhor forma, que diga-se em abono da verdade tarda a aparecer.

Jesualdo vai tentando, com os seus discursos optimistas após os jogos, injectar confiança nos seus pupilos, transparecendo a sensação de não estar a ser nada convicto.

Esta semana desdobrou-se em entrevistas bastante curiosas, revelando algumas das suas preocupações, irritações e filosofia nas escolhas da equipa. Deu-nos a conhecer: a natural preocupação pela deslocação a um estádio que considera difícil e onde espera um adversário mais competitivo, agora moralizado pelos últimos resultados conseguidos; os nervos e a chatice que lhe provocam as recuperações de bola seguidas da sua perda no primeiro passe e, por exemplo, as quatro opções (equipa, alternativas para a equipa, prémio e punição) a ter em conta na formação dos onze titulares e seus suplentes.

O Professor demonstrou estar atento às dificuldades da equipa e (digo eu) por isso mais preparado para as superar.

Os regressos de Helton e Mariano Gonzalez são as notas mais salientes da lista de convocados que conta ainda com Beto, Sapunaru, Fucille, Rolando, Maicon, Bruno Alves, Álvaro Pereira, Fernando, Raul Meireles, Guarín, Belluschi, Valeri, Varela, Hulk, Farías, Falcao e Cristian Rodriguez.

Jesualdo Ferreira afirmou querer empregar para este jogo toda a potência disponível. Se bem interpreto as suas palavras o onze inicial deverá pois sofrer alguns ajustes.

EQUIPA PROVÁVEL

Competição: Liga Sagres - 12ª Jornada
Jogo: Vitória de Guimarães - FC Porto
Palco: Estádio D. Afonso Henriques - Guimarães
Árbitro: Jorge Sousa - A.F. Porto
Hora e dia do jogo: 20:15 H de Sexta-feira (04.12.09)
Transmissão: Sport TV1

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

TEÓFILO CUBILLAS nasceu no dia 8 de Março de 1949 na cidade de Lima, no Peru. Foi uma das estrelas máximas do futebol peruano da década de 70 e um dos melhores futebolistas sul-americanos de todos os tempos.


Iniciou a sua carreira no Alianza de Lima. Com apenas 16 anos teve a sua estreia na equipa principal e logo no ano seguinte, em 1966, foi o melhor marcador do campeonato com um registo de 19 golos. Repetiu o feito em 1970 ao apontar 22 golos.

Em 1972 foi eleito o melhor jogador sul-americano relegando para o segundo lugar Pelé. Nesse mesmo ano foi o marcador máximo da Taça dos Libertadores e na época seguinte foi contratado pelo FC Basel da Suiça onde apenas permaneceu seis meses, o bastante para se sagrar campeão.

Na temporada de 1973/74 transferiu-se para o FC Porto onde durante três épocas foi o dono da camisola número 10, apontando 65 golos em 108 jogos oficiais. Para o contratar foi feito um esforço financeiro tremendo. Os sócios foram chamados a comparticipar para pagar a transferência deste peruano e até os jogadores do Clube tiveram de vender «rifas» para angariar fundos que permitissem ter na equipa tão talentoso jogador.

Era um número 10 inconfundível. Elegante, com imenso suplesss, jogava de cabeça levantada, punha a bola onde queria, defendia, atacava, marcava golos e era genial a forma como ultrapassava os adversários. Com ele tudo parecia mais fácil.

Apesar de não ter conquistado nenhum título na sua passagem pelos azuis e brancos, foi o autor de grandes golos que ainda hoje são recordados pelos adeptos que tiveram o privilégio de o verem jogar e que o consideram o melhor jogador estrangeiro que passou por Portugal. É com imenso orgulho que posso dizer: «Eu vi jogar Cubillas!».


Curiosamente o FC Porto viria a vencer a Taça de Portugal na época em que Cubillas deixou os Dragões, em 1976/1977.

O peruano também brilhou com a camisola da sua Selecção. Em 1970 o Peru qualificou-se para o Campeonato do Mundo realizado no México, depois de ter eliminado a Argentina que fazia parte do seu Grupo. Nesse Mundial, o Peru chegou aos quartos-de-final onde foi eliminado pelo Brasil, por 4-2 com os golos peruanos a serem apontados por Cubillas. O Mundial de 1974 disputou-se sem a presença de Selecção peruana que não conseguiu a qualificação, mas venceu no ano seguinte a Copa América. Em 1978 o Campeonato do Mundo teve lugar na Argentina e depois de na primeira fase o Peru ter ficado em primeiro lugar, com Cubillas a apontar 3 golos, não foram além da segunda fase. O último Mundial em que participou foi no ano de 1982 em Espanha, mas a Selecção peruana ficou em último lugar no grupo.

domingo, 29 de novembro de 2009

MAIS DO MESMO!


FICHA DO JOGO

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A vitória, mais uma sofrida, não chega para disfarçar o momento periclitante que a equipa do FC Porto atravessa.

Na noite chuvosa e fria de hoje, tenho que enaltecer a pachorra de 22.512 espectadores que, corajosamente se deslocaram ao Dragão para assistir a mais um jogo medíocre dos azuis e brancos.

Tal como havia vaticinado na antevisão a «catrefada» de passes mal executados, de lançamentos compridos mal dirigidos, a perda de bolas inacreditáveis, alguns remates caricatos e oportunidades escandalosamente desperdiçadas foram uma realidade.

O futebol desta equipa mete dó! Fiquei estupefacto com as declarações, de Jesualdo após o jogo quando defendeu tratar-se de um jogo bem jogado! Francamente!

A equipa, para além dos defeitos acima apontados, denotou grandes dificuldades para criar espaços, muito pouca imaginação, ineficácia, intranquilidade na defesa,(onde a novidade foi a presença de Maicon no lugar de Rolando) e ainda pouca lucidez.

O primeiro golo portista resultou de uma investida de Hulk, que depois de tabelar com Falcao, foi feliz em dois ressaltos aparecendo na cara de Carlos a desfeitea-lo. No entanto, a vantagem portista desfez-se um minuto depois pela cabeça de João Tomás, ao saltar mais alto que Fucille, na zona de juridisção de Maicon (!). O Porto sentiu o golpe, desuniu-se um pouco mas recuperou a calma e voltou a tentar novo golo, quase sempre da pior maneira.


Na segunda metade, os Dragões mantiveram a toada mais atacante e beneficiaram de uma grande penalidade muito duvidosa sobre Fucille, mas Falcao não aproveitou fazendo a bola esbarrar na barra. O guarda-redes vilacondense galvanizado, efectuou um punhado de excelentes defesas negando o golo em tres ou quatro ocasiões. O jogo parecia condenado a terminar empatado. O Professor decidiu-se finalmente por fazer entrar Silvestre Varela e, coincidência ou não, foi ele que desencravou o resultado aproveitando com todo o oportunismo o toque de cabeça de Farías, após um canto para atirar a contar, aos 81'.


Os minutos finais foram de algum dramatismo, com o FC Porto a defender a vantagem. O Rio Ave por pouco não empatou, deixando a sensação que poderia ter conseguido um resultado bem diferente se fosse mais ousado.

O meu destaque vai para Varela pela importância do golo que marcou.