sexta-feira, 30 de maio de 2008

INFLUÊNCIAS NO TRI

A oficialização da rescisão do contrato de Paulo Assunção, algo que estaria nas cogitações dos portistas mais atentos, vai a curto prazo levantar a questão da sucessão.

O Clube habituou-nos a encarar este tipo de situações com confiança, tendo na maioria dos casos sabido eleger com mestria substitutos, que não sendo iguais, garantiram a competitividade da equipa.

Foi assim quando, desde que a minha memória alcança, saíram Oliveira, Seninho, Paulo Futre, Madjer, Fernando Gomes, Rui Barros, Fernando Couto, Vítor Baía, Sérgio Conceição, Jardel, Zahovic, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Deco, Costinha, Derlei, Maniche, Pepe e Anderson, estes para o exterior e Jaime Pacheco e Sousa quando desertaram para o Sporting.

Aguardo por isso serena e confiadamente a solução para esta e outras saídas que se vierem a verificar.

Assunção revelou uma enorme influência na conquista do Tri, emprestando segurança, eficácia e inteligência assentes numa condição física impressionante. Foi o pilar do 3x3x4 de Adriaanse e confirmou-se no 4x3x3 de Jesualdo.

Dos 43 jogos disputados esta época pelo FC Porto, tendo em conta todas as competições, excepto naturalmente a Intercalar, Paulo Assunção esteve presente em 36, 27 dos quais a tempo inteiro, cotando-se como o jogador com mais tempo de utilização.

QUADRO DE UTILIZAÇÃO EM MINUTOS

quarta-feira, 28 de maio de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

Se os mais jovens portistas pensam que as actuais perseguições, maledicência e arbitrariedades contra o FC Porto são novidade, desenganem-se.

Foi sempre assim desde o começo, com ataques mais ou menos cerrados, conforme a performance da equipa. Por isso é que os nossos título valem o dobro dos títulos dos outros. São conseguídos contra tudo e contra todos. Ainda bem porque o que não nos mata torna-nos mais fortes, como veremos:

1995/1996 O SEGUNDO PASSO DO PENTA

Robson perdeu o arranque da época por causa de uma doença grave que o levou a ser hospitalizado no seu país. Augusto Inácio, seu adjunto, assumiu na sua ausência o comando técnico da equipa e fê-lo de forma demolidora, conseguindo nas primeiras sete jornadas, seis vitórias e um empate.

Regressou o inglês restabelecido da saúde à oitava jornada e a filosofia de ataque manteve-se, com Domingos finalmente a tirar partido e a consagrar-se o rei dos marcadores, galardão que demorou a regressar às Antas onze anos, depois da última conquista por Fernando Gomes em 1984/1985.

Nos 34 jogos do campeonato os Dragões obtiveram 26 vitórias, seis empates e duas derrotas, marcou 84 golos (melhor ataque) e sofreu 20 (melhor defesa). A primeira derrota aconteceu apenas à 27ª jornada, na Luz e só voltaria a perder na antepenúltima jornada, nas Antas frente ao Guimarães, quando o título estava já assegurado.

Fez uma prova brilhante, concluindo com 84 pontos, mais onze que o Benfica (2º) e mais dezassete que o Sporting (3º).

Uma das curiosidades desta época foi a utilização de cinco guarda-redes! E ainda assim foi a defesa menos batida.

Na imagem da esquerda para a direita: Vítor Baía, Silvino, Lars Eriksson, Vítor Nóvoa e Jorge Silva

As circunstâncias desta situação tiveram a ver , primeiro com a suspensão pesada e exemplar (não fosse ele jogador do FC Porto) a que Vítor Baía foi sujeito em função da resposta a uma agressão sofrida na 25ª jornada, em Campo Maior por um tal Pedro Morcela, dirigente do clube alentejano. Baía só voltaria a ser utilizado na última jornada.

Depois com a lesão sofrida pelo guarda-redes suplente Silvino, magoado em choque violento e mal esclarecido com o jogador do Benfica Mauro Airez ( ou Mouro Airez?), no estádio da Luz, onde apenas jogou 5'. Silvino viria a ser operado dois dias depois a uma grave luxação acrómio-clavicular de grau dois. Entrou para o seu lugar o terceiro guarda-redes Vítor Nóvoa. Nas quatro jornadas seguintes Lars Eriksson, o guarda-redes suplente de Thomas Ravelli na selecção sueca, contratado de urgência, foi o escolhido. Na 33ª jornada entrou em acção o quinto guarda-redes, o jovem Jorge Silva que substituiu Silvino a três minutos do fim do termo do jogo, para se sagrar campeão.

Na foto da esquerda para a direita, em baixo: Folha, Latapy, Bandeirinha, Rui Jorge, Bino, Domingos, João Pinto, Rui Barros, Lepcei, Jorge Couto, Drulovic e Secretário; Em cima: Vítor Nóvoa, Paulinho Santos, Mielkarski, Edmilson, Emerson, Zé Carlos, Lino, Vítor Baía, Semedo, João Manuel Pinto, Jorge Costa, Aloísio e Silvino.

O título foi alcançado na 30ª jornada, com a vitória do FC Porto nas Antas frente ao Salgueiros, por 2-0, que jogando à tarde ficou na expectativa do resultado do Benfica que se deslocava a Campo Maior para jogar nessa noite. Com o empate nesse jogo, o FC Porto tornou-se matematicamente campeão com quatro jornadas ainda por cumprir.

Coube ao Belenenses visitar o campeão na última jornada, a da consagração. De novo, os jogadores portistas subiram ao relvado de cabelos enfeitados com pinturas, prontos a dar o seu contributo a uma festa já anunciada.

A multidão reuniu-se para agradecer aos seus ídolos e celebrar a hegemonia conquistada. Ganhar tornara-se uma saudável rotina mas este novo triunfo foi vivido com intensidade original.

Os Dragões jamais se esqueceram das dificuldades, das calúnias, das perseguições, todos os anos renovados e quiçá refinados para que o objectivo não fosse alcançado.

No final, as manifestações de júbilo representaram também o grito de revolta e a bofetada de luva branca aos detractores e frustrados deste país.

A presença de Vítor Baía na baliza, após prolongada ausência em função do castigo já referido, provocou uma onda de satisfação suplementar.

O FC Porto cumpriu a sua obrigação e abrilhantou os festejos com uma vitória por 1-0, encerrando com chaves de ouro o 15º título e o 5º bicampeonato.

domingo, 25 de maio de 2008

FIBRA DE CAMPEÃO

Se houve esta época jogadores com maior peso de responsabilidade na conquista do Tri, Lisandro Lopez foi, sem margem para dúvidas, um desses.

Profissional honesto, trabalhador, abnegado, lutador, foi um regalo vê-lo evoluir no terreno com a raça de um Dragão. Este é para mim o prototipo de um jogador «à Porto».

Chegou ao Clube na época 2005/2006, proveniente do Racing Clube, da Argentina.

Co Adriaanse, treinador à época, deu-lhe algumas oportunidades mas deslocou-o invariavelmente para as alas, onde demorou a adaptar-se. Teve de sair lesionado no jogo do Dragão frente ao Benfica, quando estava a fazer uma boa exibição e depois demorou a readquirir a forma. Ainda assim marcou 8 golos em 28 jogos em que participou.

Em 2006/2007, com Jesualdo Ferreira , o Licha esteve presente em 31 jogos, marcando 11 golos, mas ainda mantendo as funções da época anterior.

Jesualdo Ferreira decidiu confiar-lhe o seu lugar natural na frente de ataque esta época e a «explosão» foi inevitável.

Confirmou-se como goleador, tal como vinha rotulado e além disso como um «brigão» que nunca vira a cara à luta, capaz de disputar cada jogada e aparecer em todos os sectores do terreno com tenacidade e capacidade física invejáveis.

Sagrou-se rei dos marcadores do Campeonato com 24 golos apontados e marcou mais 4 golos na Liga dos Campeões.

Esteve nos três campeonatos do TRI.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

Depois de uma fugaz passagem de Tomislav Ivic, que regressara para substituir o bicampeão Carlos Alberto Silva, Pinto da Costa, numa das suas habituais jogadas de mestre, aproveitou o despedimento a que tinha sido submetido Bobby Robson no Sporting, para o contratar e substituir o croata que estava a sentir dificuldades para levar a equipa a bom porto.

Robson ingressou no FC Porto em Finais de Dezembro de 1993 conseguindo rectificar o mau início do campeonato e colocar o Clube na luta pelo titulo que não veio a conseguir, quedando-se pelo segundo lugar a dois pontos do campeão. Viria no entanto a ter sucesso na Taça de Portugal, vencendo no Jamor o seu ex-clube Sporting, numa finalíssima turbulenta, depois de um empate sem golos, e que terminou com a vitória por 2-1, como prenuncio do que estava para vir.

1994/1995 O PRIMEIRO PASSO PARA O PENTA

Mais uma vez a Comunicação Social lançara antecipadamente os seus campeões, deixando o FC Porto estrategicamente de fora do lote dos favoritos.

O plantel conhecera as saídas de Fernando Couto para o Parma de Itália e Kostadinov para o Corunha de Espanha. Caras novas chegaram às Antas: Cândido (ex-Setúbal), Emerson (ex-Belenenses), Latapy (ex-Académica), Drulovic (ex-Gil Vicente), Iuran e Kulkov (ex-Benfica) e o regresso de Rui Barros.

Na foto da esquerda para a direita, em baixo: André, Domingos, Folha, Rui Barros e Secretário; Em cima: Vítor Baía, Bandeirinha, Zé Carlos, Emerson, Jorge Costa e Paulinho Santos

O Porto não começou bem o campeonato pois ao cabo da 7ª jornada já tinha perdido 3 pontos (empate na Luz e derrota na Madeira ante o Marítimo), mas a equipa soube encontrar uma cadência de vitórias consecutivas que a colocaram no rumo certo para chegar ao título.

A equipa patenteou durante a prova solidez e eficácia defensiva bem como um ataque concretizador que fez dela a equipa menos batida do campeonato (15 golos sofridos) e com o melhor ataque (73 golos marcados).

A qualidade do seu futebol foi reconhecida por todos bem como a justiça na vitória do campeonato. Deixou o Sporting a 9 pontos e o Benfica a 13, 2º e 3º classificados respectivamente.

A festa do título aconteceu a 7 de Maio de 1995. O jogo foi em Alvalade e o Sporting depositava todas as esperanças de reduzir a diferença pontual, colocar a discussão do título ao rubro e esperar que as últimas três jornadas revertessem a seu favor.

Os Dragões impuseram-se de forma categórica explanando um futebol equilibrado, com segurança defensiva, consistência no miolo do campo e rapidez, astúcia, talento e organização no ataque.

Foi uma exibição de grande nível técnico só ao alcance de equipas com "estaleca" de campeão.

Domingos viu um golo limpíssimo anulado por Bento Marques de Évora, antes do intervalo, golo que seria o corolário lógico de uma atitude de campeão na casa do adversário e concorrente directo.

O mesmo Domingos foi, já na segunda parte, derrubado por Iordanov na área de rigor e o árbitro desta vez cumpriu a leis do jogo. Domingos não perdoou e pôs um ponto final nos desígnios do título.

Bobby Robson festejou ironicamente na casa de onde antes fora corrido.

A baixa portuense transformou-se rapidamente num imenso mar azul e branco. Milhares e milhares de adeptos concentraram-se na Av. dos Aliados e a partir daí percorreram as ruas da cidade desfraldando bandeiras e cachecóis, em carros engalanados a rigor e com as buzinas muito ruidosas. O contentamento era visível .

A 34ª e última jornada ocorreu no Estádio das Antas onde o público adepto acorreu, como de costume, em grande número para festejar e saudar os campeões.

Os jogadores, já campeões, inauguraram uma nova forma de festejo apresentando-se de cabelos pintados de azul e branco dando ainda mais colorido à bonita festa.

O opositor foi o Tirsense que mantinha ainda algumas esperanças de ainda chegar ao 5º lugar e consequente participação nas provas europeias.

O arreganho forasteiro aliado à obsessão de jogar para Domingos no sentido de o tornar o melhor marcador do campeonato, originou uma primeira parte muito disputada onde Vítor Baía , por duas ocasiões evitou o golo.

A segunda parte mostrou um FC Porto ao seu melhor nível e os golos aparecerem com toda a naturalidade, resultando nuns claros 4-0. Folha inaugurou o marcador, Domingos apontou os dois seguintes e Jorge Costa encerrou a contagem. Apesar dos dois golos marcados, Domingos acabou atrás de Hassan do Farense, com menos dois golos na lista dos melhores marcadores.

No final a invasão do terreno para vitoriar os campeões seguida de nova invasão das ruas da cidade para a loucura habitual.

RUI FILIPE

Jogador promissor com apenas 26 anos, actuava no meio campo e vinha dando mostras de grande progressão. Era o sucessor natural de André. Lançado por Carlos Alberto Silva em 1992/1993, época em que participou em 25 jogos do campeonato, esperava-se a sua consagração em 1995/1995. Foi dele o primeiro golo do penta, frente ao Braga.

Uma punição federativa e dispensa de um treino, libertaram o jogador no fim de semana, em vésperas do compromisso com o Beira-Mar, em Aveiro, para o qual evidentemente não estava convocado. No regresso a casa depois de um jantar com amigos, Rui Filipe sofreu um acidente de automóvel, perdendo a vida e deixando consternados os seus colegas de equipa que se encontravam já em estágio e que tudo fizeram para conseguir a vitória dedicando-o ao malogrado jogador.

O funeral levou a Vale de Cambra, terra natal do atleta, milhares de pessoas, numa comovente homenagem de adeus ao jovem desportista.


domingo, 18 de maio de 2008

UM FIM AMARGO

Palco do jogo: Estádio Nacional - Jamor - Lisboa
Competição: Taça de Portugal - Final
Hora do jogo: 17:00 h
FC Porto: Nuno; Fucile, Pedro Emanuel, Bruno Alves e João Paulo; Paulo Assunção Tarik Sektioui 111'), Raúl Meireles (Kazmierczak 103') e Lucho Gonzalez; Quaresma, Lisandro Lopez e Mariano Gonzalez (Lino 78')
Suplentes não utilizados: Ventura, Stepanov, Bolatti e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira
Árbitro: Olegário Benquerença - A.F. Leiria
Acção disciplinar: Cartões amarelos para Paulo Assunção (35'), Raúl Meireles (95') e Lucho Gonzalez (112'); cartão vermelho para João Paulo (70')


Num jogo de fraco nível técnico e feio para a vista, o FC Porto pisou o relvado do Jamor com uma incompreensível desconcentração, um nervosismo desaconselhável e um sistema táctico confuso, com João Paulo a fazer mais de terceiro central obrigando Raúl Meireles a desdobrar-se na cobertura à lateral esquerda.

Os primeiros vinte minutos foi de completo domínio da equipa adversária, que em função do retraimento azul e branco logrou criar algum perigo num atraso displicente de Pedro Emanuel nos primeiros minutos do jogo, obrigando Nuno a trabalho esforçado e atento.

O Porto não conseguía ligar o seu jogo com passes transviados, faltas de velocidade e de agressividade dando trunfos para que fosse dominado.

Nuno teve que se aplicar para evitar que Derlei por duas vezes conseguísse anichar a bola nas suas redes, transmitindo grande confiança à equipa.

Depois dos vinte minutos o FC Porto pode finalmente equilibrar a partida e Lisandro dispôs de uma ocasião soberana para abrir o activo ao aparecer na cara do golo, mas atirou contra o corpo do guarda-redes.

Na segunda parte o Porto entrou mais agressivo mas continuou a denotar falta de ligação e sobretudo pouco esclarecimento no desenvolvimento atacante.

Aos 69' Olegário Benquerença tornou-se o protagonista principal desta final ao sonegar uma penalidade máxima clara sofrida por Lisandro Lopez, ao ser derrubado por Polga dentro da área.

A partir daqui, o homem do apito fartou-se de acumular erros, em maioria contra os azuis e brancos. Deixou Grimi imaculado, apesar do jogo duro em que reincidiu, mostrou um amarelo a Raúl Meireles completamente ridículo e voltou a fazer vista grossa a uma falta clara de Polga, mais uma vez sobre Lisandro, em lance em que a única dúvida é se foi dentro ou fora da área. No prosseguimento da jogada o Sporting chegou ao 1º golo.

Já reduzido a 10 pela expulsão de João Paulo, os Dragões acusaram cansaço físico e anímico mas continuaram a tentar remar contra a maré. Em desespero de causa Jesualdo tirou Paulo Assunção e meteu Tarik e a segurança defensiva perdeu eficácia. O segundo golo foi o resultado dessa opção face ao desequilibro provocado.

A derrota acaba por ser o corolário lógico da fraca exibição, pese embora a influência efectiva do árbitro que se cumprisse as leis do jogo poderia ter determinado um resultado bem diferente.

Raúl Meireles, apesar de não ter sido dos mais esclarecidos foi para mim o que melhor atitude demonstrou, prolongando o seu espírito de sacrifício até à exaustão. Nuno, foi a seguir a personalidade portista que me mereceu posição de destaque. Fez defesas importantes, transmitiu confiança e foi infeliz no primeiro golo face ao ressalto que a bola sofreu nos pés de Pedro Emanuel.

sábado, 17 de maio de 2008

OBJECTIVO FINAL: A DOBRADINHA

Joga-se no próximo Domingo o encontro de encerramento da época 2007/2008, com a final da Taça de Portugal, no Jamor.

Para o FC Porto será mais uma final que tudo fará para ganhar, no terreno de jogo. Para o adversário a vitória terá um significado especial porque: constituirá como que o salvar de uma época, pese embora o facto de ter conseguído sob a meta o segundo lugar que lhe garante os milhões da CL, em que a distância pontual se cifrou em, nada mais nada menos, 20 pontos! (averbados em campo); jogará frente ao tricampeão nacional e perto de casa; terá o apoio suplementar de mais uns quantos milhões de
"bufos frustrados"...

Jesualdo Ferreira pode apresentar e equipa praticamente na máxima força, tendo em conta que apenas deixou de fora Helton, lesionado, e Bosingwa por razões técnicas. Quaisquer destes titulares terão certamente substitutos à altura.

Lista completa dos convocados: Nuno, Ventura, Fucile, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Lino, João Paulo, Stepanov, Paulo Assunção, Raúl Meireles, Lucho Gonzalez, Bolatti, Kazmierczak, Quaresma, Lisandro Lopez, Tarik Sektioui, Mariano Gonzalez, Farías e Hélder Barbosa.

EQUIPA PROVÁVEL


Espero naturalmente um bom desempenho de toda a equipa bem como um apoio vibrante dos 15 mil adeptos portistas que estarão no estádio de Oeiras.
Que os Dragões sejam capazes de oferecer um grande espectáculo de futebol e já agora, que possam concluir a prova sem sofrer golos.


Em caso de vitória o FC Porto somará a 14ª Taça de Portugal e a sexta dobradinha.
Vamos a isso rapazes!

Local do encontro: Estádio Nacional - Lisboa
Hora do Jogo: 17:00 h
Árbitro: Olegário Benquerença - A.F. Leiria
Transmissão:
SIC

quarta-feira, 14 de maio de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

No prosseguimento da evocação dos anos gloriosos do FC Porto, segue-se a época de 1992/1993, que abrangeu o ano em que o Clube festejou o centenário (28 de Setembro de 1993), um motivo mais para festejar em grande.

4º BICAMPEONATO MUITO SUADO

O bi de Carlos Alberto Silva tornou-se muito difícil de conseguir, uma vez que se cifrou em apenas dois pontos a vantagem angariada.

O campeonato foi uma luta cerrada, a determinada altura até emocionante, com o Benfica.

Foram 34 jornadas duras, carregadas de dificuldades que só uma equipa bem preparada e de forte espírito de grupo seria capaz de arranjar forças para ultrapassar os obstáculos.

A 1ª metade da prova foi concluída já no comando, com empate em Alvalade e vitória nas Antas frente ao Benfica. Apesar das três derrotas averbadas durante a competição, a 1ª frente ao Tirsense, em Sto. Tirso por 3-1 na 4ª jornada, a 2ª frente ao Boavista, no Bessa por 1-0 na 12ª jornada e a 3ª frente ao Famalicão, nas Antas por 0-1 na 23ª jornada, o FC Porto haveria de cotar-se como a equipa mais regular da prova.

À 27ª jornada os Dragões dividiram o comando com as águias, em função do empate então consentido nas Antas frente ao Sporting, mas com vantagem na diferença de golos. Na semana seguinte jogava-se uma cartada importante na deslocação à Luz.

A igualdade pontual fazia prever um jogo explosivo. Quem perdesse ficava em maus lençóis. Por isso, assistiu-se a um jogo muito táctico, cauteloso, por vezes mal jogado e por tudo isto feio.

O empate final deixara tudo quase na mesma, mas agora com uma vantagem suplementar para o FC Porto, no confronto directo. Na prática representava um ponto mais, pormenor que poderia ser de extrema importância e utilidade, pelas consequências que teria na motivação ou descrença dos jogadores de cada uma das equipas.

Na 29ª jornada o Boavista arrancou um empate, no Municipal de Coimbra, casa emprestada por interdição do Estádio das Antas, relegando os azuis e brancos para o 2º lugar. A equipa não desanimou e continuou a acreditar. A força anímica era evidente e na 31ª jornada o Porto, beneficiando da escorregadela do seu rival em Aveiro, retomou o comando com um ponto de vantagem, para além da vantagem do confronto directo.

A partir daqui, num final emocionante, o FC Porto impôs os seus argumentos e na penúltima jornada confirmou o objectivo, já que o perseguidor voltara a escorregar no Estoril ao ceder um empate. A diferença dilatou-se assim para dois pontos pelo que a última jornada nas Antas contra o Marítimo serviu às mil maravilhas para comemorar mais um título, premiando o esforço de toda a equipa.

Mais uma vez o Estádio das Antas registou uma grande enchente de adeptos orgulhosos e felizes por mais uma conquista e a equipa foi capaz de proporcionar um bonito espectáculo de futebol onde não faltou um «golaço» de Fernando Couto que fez delirar a multidão. Kostadinov fechou a contagem, colorindo o marcador final em 2-0. No fim a loucura habitual!

A equipa técnica soube tirar o máximo rendimento dos jogadores disponíveis utilizando 25 jogadores nas 34 jornadas do campeonato. O único totalista foi Vítor Baía, que só na última jornada cedeu a baliza por nove minutos para que Valente se sagrasse também campeão nacional.

Kostadinov (19-12), Aloísio (26-2), Semedo (24-6), Domingos (20-10), Fernando Couto (24-2), João Pinto (23-2), Bandeirinha (22-2), Rui Filipe (18-7), André (14-7), Jaime Magalhães (15-8), Timofte (13-10), Jorge Couto (8-17), José Carlos (11-0), Vlk (10-1), Paulinho César (3-9), Rui Jorge (5-3), António Carlos (1-9), Paulinho Santos (4-7), Jorge Costa (5-3), Toni (0-11), Tozé (0-6), Neves (2-1), Bino (2-0) e Valente (0-1), foram os restantes campeões.

Entre parênteses o primeiro algarismo representa o número de jogos completos e o segundo os incompletos)


Na foto da esquerda para a direita, em baixo: Timofte, André, Domingos, Jaime Magalhães, Rui Filipe e Kostadinov; Em cima: Vítor Baía, Fernando Couto, Semedo, Aloísio e João Pinto.

O FC Porto somou 54 pontos, marcou 59 golos (menos um que o melhor ataque) e sofreu 17 (melhor defesa). Os melhores marcadores foram Tinofte (11 golos), Domingos e Kostadinov (9 golos cada). Curiosamente doze golos foram marcados pelos defesas. Os centrais Aloísio e Fernando Couto marcaram, só à sua conta nove golos, com cinco para o primeiro e quatro para o segundo. João Pinto apontou 2 golos e Bandeirinha 1.

domingo, 11 de maio de 2008

FOLCLORE NACIONAL

Como se sabe, o processo do Apito Final (versão desportiva do Apito Dourado) produziu, para já na 1ª instância, entre outras, a sanção de perda de 6 pontos na classificação do FC Porto, acrescidos de 150.000 €, bem como a suspensão de dois anos (pena máxima) ao Presidente Pinto da Costa mais o pagamento de 40.000€.

Apesar da petulância com que estes castigos foram anunciados em conferência de imprensa pelo Dr. Ricardo Costa, a montanha acaba de parir um rato, tendo em conta os objectivos claros que este processo- perseguição visavam : A DESCIDA DE DIVISÃO DO FC PORTO E O AFASTAMENTO PERPÉTUO DE PINTO DA COSTA!

O tiro saiu pela culatra, tanto mais que havia quem aspirasse poder vir a beneficiar da distribuição de alguns títulos que não tiveram competência para os obter no terreno de jogo.

O próprio Dr. Ricardo Costa confessou-se muito desiludido por não ter podido oferecer aos dirigentes do seu clube do coração o que estes lhe teriam encomendado.

As suas declarações são, de resto, bem elucidativas: «Se não fossem os regulamentos, os clubes que perdem pontos desceriam de divisão».

Olha a novidade! Todos sabemos que depois do 25 de Abril de 1974 as leis e os regulamentos ganharam uma nova força. As suas aplicações arbitrárias são do tempo da «outra senhora», que como é do conhecimento geral, beneficiou em grande escala os clubes de Lisboa. Veja-se o caso Calabote, que foi irradiado e o clube que o aliciou passou incólume.

Hoje os regulamentos não só evitaram esse tipo de arbitrariedades como também a vontade persecutória de fazer «justiça» ao sabor das conveniências. (Como isso deve ter custado!)

Ainda assim, este apito final, baseado em ficções escritas por Leonor Pinhão sob a pretensa verdade de uma ex-alternadeira tornada escritora, em função da necessidade de angariar o seu sustento, que vira abalado pela zanga com o ex-namorado, enferma de verdade e de isenção.

A Sad portista terá votado no sentido de não recorrer do castigo, por entender que desta forma ficarão melhor defendidos os interesses do clube, uma vez que a perda dos seis pontos em nada afectará o resultado final deste campeonato.

Não perfilho da mesma opinião, por entender que a honra do clube deve ser preservada até às ultimas consequências.

Pinto da Costa prometeu recorrer, no que lhe diz respeito e espero naturalmente que a verdade venha ao de cima e a justiça seja finalmente reposta.

VENCER COM O PLANO B


Palco do jogo:Estádio Municipal José Bento Pessoa - Figueira da Foz
Competição: Bwin Liga - 30ª jornada
Hora do jogo: 19:45 h
FC Porto: Ventura; Fucile (Pedro Emanuel 45'), João Paulo, Stepanov e Lino, Bolatti, Kazmierczak e Mariano Gonzalez (Castro 61'); Adriano, Farías e Tarik Sektioui(Hélder Barbosa 61')
Suplentes não utilizados: Nuno, Marek Cech, André Pinto e Paulo Assunção
Treinador: Jesualdo Ferreira
Árbitro: Marco Ferreira - A.F. Madeira
Marcadores: Farías (37' e 40')
Acção disciplinar: jogo sem incidências


O FC Porto encerrou a sua participação na Bwin Liga com mais uma vitória, apesar de se ter apresentado com apenas dois dos habituais titulares.

Jesualdo prosseguiu a sua política de gestão do plantel, com vista à poupança de esforços para o jogo que se segue em Oeiras.

Os atletas chamados ao encontro de hoje, acusaram naturalmente alguma falta de ritmo e coesão, mas souberam sempre controlar o adversário não permitindo que criasse verdadeiras oportunidades de golo, consentindo alguns momentos de domínio de jogo que serviram apenas para testar a segurança do jovem guarda-redes Ventura que se portou à altura dos acontecimentos, fazendo jus à faixa de campeão que irá receber.

O FC Porto de quando em vez dava safanões no ritmo de jogo e quando acelerava, punha a nu a fragilidade da defensiva contrária. Foi sem grande surpresa que em duas jogadas bem delineadas, num intervalo de apenas 3 minutos o FC Porto construiu o resultado, ambas concluídas pelo argentino Ernesto Farías que não se quis despedir sem molhar a sopa.

Destaques positivos para Ventura (pela segurança), Farías (pelos golos) e Tarik (pelas assistências)

Segue-se a Taça de Portugal. Espero que os titulares se apresentem inspirados para fechar a época com chave de ouro.



sexta-feira, 9 de maio de 2008

BATALHA NAVAL PARA TERMINAR

Figueira da Foz é o último destino do comboio de alta velocidade chamado FC Porto, já há muito liberto das pressões e exigências de um campeonato onde rapidamente deixou a concorrência a léguas, dando-se ainda ao luxo de não se incomodar com o surripiar dos seis pontos que a CD da Liga entendeu «ardilosamente» proceder.

Jesualdo Ferreira, cada vez mais empenhado em apresentar a equipa mais representativa nas melhores condições em Oeiras, decidiu dar descanso a seis dos habituais titulares.
Espera-se por isso uma actuação serena e descontraída, mas responsável.

Ventura, tudo o indica, vai finalmente ter o seu momento de glória.

Lista dos convocados: Nuno, Ventura, Fucile, Pedro Emanuel, Stepanov, Lino, João Paulo, Marek Cech, André Pinto, Paulo Assunção, Castro, Kazmierczak, Bolatti, Mariano Gonzalez, Adriano, Tarik Sektioui, Hélder Barbosa e Farías.

EQUIPA PROVÁVEL

Local do jogo: Estádio Municipal José Bento Pessoa, na Figueira da Foz.
Hora: 19:45 h
Árbitro: Marco Ferreira - A.F. Madeira
Transmissão: TVI

quarta-feira, 7 de maio de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

Nem sempre a autarquia esteve voltada de costas para o FC Porto, como na gestão de Rui Rio. Alias, será mais correcto dizer-se que só com este presidente a Câmara portuense assumiu essa atitude. Ao contrário, todas as outras presidências, com maior ou menor exuberância, souberam, sem medos nem complexos bacocos, reconhecer a importância que os títulos nacionais e internacionais do Clube mais representativo, representam para a cidade, para a região e para o país.

Foi contudo na gestão do Dr. Fernando Gomes que esse reconhecimento atingiu o seu auge, razão pela qual decidi, em forma de homenagem , atribuir à evocação que se segue um título sugestivo.

1991/1992 PORTO/CIDADE E PORTO/CLUBE EM COMUNHÃO


Como de costume, a Comunicação Social lisboeta começara a antecipar o vencedor final, tendo em conta que um dos clubes da sua cidade se encontrava cheio de vedetas pagas a peso de ouro, o que naturalmente originou uma reacção contrária nos balneários das Antas, que sob o comando do brasileiro Carlos Alberto Silva se uniu e encontrou serenidade bastante para afastar fantasmas e imbuir-se do espírito de vitória.

O FC Porto deu, ao longo de toda a prova, uma exemplar lição de colectivismo, de entreajuda, de capacidade de entrega e de inesgotável espírito de sacrifício individual ao serviço do colectivo.

Passeando pelos estádios um invejável rigor táctico, uma preparação física sem falhas e uma força psicológica incomparável, o resultado final só poderia ser o êxito concretizado com inteligência e eficácia, deixando o seu mais directo perseguidor à distância de dez pontos.

Foi um campeão justo que não falhou nos grandes e decisivos momentos, não se deixando abater pelos ambientes hostis, sempre pronto a lutar de igual para igual, onde quer que fosse.

Foi assim na deslocação a Alvalade, na 18ª jornada com uma saborosa vitória portista por 0-2, jogo que, por se revestir de grande importância para o Sporting, pois a vitória significaria a reentrada na discussão do título, foi objecto de campanhas moralizadoras leoninas durante os dias que antecederam a partida. A perfeição defensiva e a eficiência atacante determinaram o vencedor, mesmo jogando em inferioridade numérica por expulsão de Fernando Couto aos 22 minutos.

Alvalade ficou em silêncio perante a avalanche de bom futebol produzido pelos Dragões. Foi mais um passo decisivo na caminhada para o título.

Foi assim também na sempre difícil deslocação à Luz, na 27ª jornada, onde o FC Porto triunfou por 2-3, num jogo de grande importância para ambos. A vitória do Benfica colocaria tudo em causa. Ao invés, a vitória do FC Porto seria praticamente o consumar do triunfo do campeonato.
Cerca de 100.000 espectadores encheram o estádio da Luz que apresentou uma considerável mancha azul e branca, numa manifestação invulgar de crença na equipa. A deslocação de tantos portistas acabou por ser premiada com um jogo emocionante e bem jogado. O ambiente era de festa e a pressão tremenda.

Os últimos minutos foram infernais. O marcador só funcionou aos 64 minutos, a favor do Porto, por João Pinto, respondendo o Benfica oito minutos depois por Wiliam. Os derradeiros seis minutos, foram um festival de emoções, pela vertigem de sucessão de golos de quase insuportável intensidade dramática: 1-2 por Kostadinov (84'), 2-2 por Iuran (85') e 2-3 por Timofte (89'). Um autêntico terramoto desportivo!

A partir deste jogo ficou feita a história do campeonato.

Carlos Alberto Silva foi feliz na forma como se encaixou no esquema de trabalho do FC Porto. Começou por aproveitar tudo o que de bom Artur Jorge lhe deixou e, lentamente, foi introduzindo a sua concepção de jogo.

Teve de lutar contra uma onda de lesões pouco habitual, durante quase toda a primeira metade da prova e sempre que possível apostou num núcleo base constituído por Vítor Baía, João Pinto, Fernando Couto, Aloísio, André e Rui Filipe, que lhe garantiram solidez defensiva e consistência a meio-campo. Na baliza, Baía esteve 1169 minutos sem sofrer golos, record de eficácia nacional.
Na frente, a dupla Domingos-Kostadinov impunha respeito.

O carimbo matemático foi colocado no estádio do Bessa, frente ao Salgueiros, na 31ª jornada, onde o Porto venceu por 0-1, golo de Domingos.


A consagração final aconteceu nas Antas em 17 de Maio de 1992., frente ao Guimarães, também por 1-0. O estádio estava a abarrotar num ambiente de festa e os jogadores sentiram que os adeptos queriam nesse dia, mais uma alegria, mais uma vitória. O golo surgiu aos 67' num remate espectacular de João Pinto. A precipitação dos adeptos que só já pensavam na festa e na forma como arrancar as camisolas dos jogadores, originaram uma evasão prematura que a boa vontade da polícia, da equipa de arbitragem e dos jogadores e dirigentes do Guimarães, tornou possível restabelecer.

Na foto da esq. p/a dta., em baixo: Ricardo (roupeiro), Valente, Neves, Jaime Magalhães, Paulo Pereira, Jorge Couto, Pinto da Costa (presidente), João Pinto, Fernando Couto, Kiki, Toni, Bandeirinha, Folha, Kostadinov, Mihtarsky e Brandão (roupeiro). Ao meio: Diamantino (massagista), Luís César (sec. técnico), ???, Rodolfo Moura (massagista), Domingos Gomes (médico), Domingos, Murça (adjunto), H. Gonçalves (prep. físico) , Reinaldo Teles (dir. futebol), Carlos Alberto Silva (treinador),Octávio (adjunto), Semedo, Agostinho (roupeiro), Mário Santos e Manuel Alves (funcionários); Em cima: Aloísio, Zé Carlos, Vlk, Tozé, Rui Filipe, Jorge Andrade, Morgado, Vítor Baía, Padrão e Jorge Gomes
(public relations).


O FC Porto tomou o comando da classificação à 13ª jornada para não mais o largar.
Utilizou um total de 27 jogadores, mas só 12 participaram em mais de 20 jogos e só quatro (Vítor Baía - 34, João Pinto - 33, Aloísio - 33 e Fernando Couto - 32) estiveram em mais de 30 jogos.

Terminou com 56 pontos em 34 jogos, com 58 golos marcados (2º melhor ataque) e 11 golos sofridos (melhor defesa).

segunda-feira, 5 de maio de 2008

DIREITO À INDIGNAÇÃO

A recente derrota do FC Porto frente ao Nacional da Madeira em pleno Dragão, perante mais de 40.000 espectadores, por números desusados, que ainda não consegui digerir, deixou-me angustiado e indignado.

Confesso que me encontro entre os que consideram indesculpável esta derrota, ainda que sem recorrer ao cúmulo de por em causa toda a classe patenteada durante a época, que nos garantiu a conquista do título cinco jornadas antes do termo da prova, de forma justa e inequívoca.

Porém, se qualquer derrota cai sempre mal, esta, em casa frente a uma equipa do meio da tabela, numa competição em que o FC Porto demonstrou estar num nível bem mais elevado, ao ponto de consensualmente ser considerada uma equipa de «outro» campeonato, considero-a escandalosa até pelo resultado averbado.

Cada um, naturalmente, é livre de lhe atribuir a importância que entender. Defendo que o campeonato deve ser jogado atá ao último minuto, com a mesma vontade, dinâmica, entrega, capacidade, voluntariedade, competência, eficácia e seriedade, mesmo que o objectivo já se encontre, como é o caso, antecipadamente garantido.

Se não fosse assim não faria sentido a fidelidade dos adeptos que acompanharam a equipa em grande número nos jogos seguintes.

O FC Porto tem todo um prestígio a defender, e tinha outras metas para superar, como por exemplo a de conseguir o record de menos golos sofridos em casa, de defesa portista menos batida dos campeonatos disputados, de maior diferença pontual...

Num só jogo, quase tudo por água abaixo!

Não gostei e a minha paixão clubista recusa a branquear faltas de atitude.

Tenho a noção que perder é um dos resultados possíveis em condições normais nunca por displicência.

Comparar este resultado com resultados similares obtidos pelos «outros» seria, em minha opinião, submeter o Clube a um abaixamento de nível a que jamais recorreria para procurar justificações ou defesas.

Convém não esquecer que somos o único clube português bicampeão do mundo e isso confere-nos imensas responsabilidades.

Só me resta esperar que nos próximos confrontos os atletas saibam continuar a ser dignos do emblema que representam e restituam a confiança que neles depositamos.

Lembrem-se por favor que temos uma Taça de Portugal para conquistar.

sábado, 3 de maio de 2008

HUMILHAÇÃO NACIONAL!

Palco do jogo: Estádio do Dragão - Porto
Assistência: 42.219 espectadores
Competição: Bwin Liga - 29ª jornada
Hora do jogo: 19:30 h
FC Porto: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel, Bruno Alves e Lino (Tarik Sektioui 57'); Paulo Assunção, Raúl Meireles (Bolatti 77') e Lucho Gonzalez; Quaresma, Lisandro Lopez e Mariano Gonzalez (Farias 46')
Suplentes não utilizados: Ventura, Stapanov, Fucile e Adriano
Treinador: Jesualdo Ferreira
Árbitro: Paulo Paraty - Porto
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Paulo Assunção (55')


No jogo de despedida do Dragão esta época em jogos oficiais os associados acorreram em grande número na expectativa de fazer a derradeira festa deste campeonato. Esperavamos portanto um Porto de gala capaz de nos fazer vibrar .

Porém, como já vem sendo habitual nos últimos jogos, a equipa voltou a entrar displicente, desconcentrada, sem qualquer respeito pelo público e sobretudo por si mesma. Hoje, encontrou pela frente, finalmente uma equipa inteligente, personalizada, humilde e com ambição.

Nesta diferença de atitudes esteve o segredo do êxito madeirense que triunfou com toda a justiça, por números que não deixam margem para dúvidas.

Os atletas portistas devem sentir-se neste momento muito envergonhados pela humilhação a que foram sujeitos durante os 90', pois só em raros momentos conseguiram ser pouco melhor que medíocres, transformando um jogo em que estavam algumas metas para superar num autêntico descalabro.

Demasiado mau para ser verdade, mas foi!

Também Jesualdo se deixou afundar com a equipa ao proceder a substituições pouco aconselháveis contribuindo para o seu desequilíbrio, que esteve na base do último golo.

Enfim, uma noite para esquecer e motivos para merecermos as primeira páginas dos pasquins.

Não vou fazer destaques porque não consegui encontrar uma única exibição positiva entre os Dragões. Alias o único motivo de destaque vai para o excelente comportamento dos Super Dragões pelo seu entusiasmo, apoio e demonstração de grande amor clubista. Um apoio a merecer cinco estrelas.

Espero que o grupo de trabalho saiba retirar as devidas ilações deste jogo.

FAZER HISTÓRIA? EIS A QUESTÃO!

O FC Porto fará hoje a despedida de jogos oficiais no Dragão, com a recepção ao Nacional da Madeira para a 29ª e penúltima jornada da Bwin Liga.

Com o título já assegurado desde a 25ª jornada, resta ao FC Porto lutar contra si próprio na procura de outros objectivos, que se colocam agora em superar marcar já alcançadas.

Neste sentido, o jogo de hoje terá mais um atractivo. Saber se no fim dos 90' o FC Porto consegue superar a marca que pertence ao Belenenses desde a época 39/40, de menos golos sofridos em casa para o campeonato, que é de dois. Para o conseguir, os Dragões terão de manter a sua baliza inviolável, já que até ao momento só sofreu um golo, curiosamente o obtido pelo Belenenses num remate de Zé Pedro.

Jesualdo, aparentemente parece valorizar outro tipo de marcas, como pode transparecer das suas declarações: «Não perseguimos recordes externos, perseguimos recordes que são do FC Porto. Queremos registos internos que permitam que os jogadores trabalhem no futuro atrás de novas marcas. Queremos criar coisas para que no futuro as equipas do FC Porto corram atrás delas. Para que a cada jogo e a cada treino os jogadores queiram sempre mais».

Na convocatória para o jogo de hoje, a novidade é o jovem guarda-redes Ventura, que presumivelmente vai poder ter o seu momento de glória e contribuir com alguns minutos simbólicos para se tornar também ele campeão nacional.

Lista completa dos convocados: Helton, Ventura, Bosingwa, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Fucile, Stepanov, Lino, Paulo Assunção, Raúl Meireles, Lucho Gonzalez, Bolatti, Quaresma, Lisandro Lopez, Tarik Sektioui, Mariano Gonzalez, Adriano e Farías.

Tendo em vista a normal gestão do plantel, creio que Jesualdo Ferreira continuará a aproveitar os dois jogos que antecedem a final da Taça de Portugal, para proceder a algumas alterações, sem permitir quebras de ritmo.

Prevejo por isso os regressos ao onze inicial de Bosingwa, Pedro Emanuel, Lucho Gonzalez e Tarik Sektioui e em contra partida as saídas de Fucile, Bruno Alves, Paulo Assunção e Quaresma.

EQUIPA PROVÁVEL


Local do jogo: Estádio do Dragão
Hora do jogo: 19:30 h
Árbitro: Paulo Paraty - Porto
Transmissão: Sportv1