quarta-feira, 30 de maio de 2007

JESUALDO EQUIPADO À PORTO!

O treinador do FC Porto, Jesualdo Ferreira concedeu uma entrevista ao canal SIC Notícias, a que eu assisti e me regozijou.

Foi esclarecido, frontal e corajoso. Sem papas na língua, disse o que pensava, fez o balanço da época e não deixou de referir algumas verdades sobre o clima hostil com que a Comunicação Social brindou o Campeão, agitando de forma facciosa a bandeira do Apito Dourado.

Vale a pena seguir algumas passagens.

Sobre o facto de só agora ser campeão, apesar de já ter treinado outro grande:

«Só este ano é que cheguei ao Porto. No histórico do futebol português, os 3 grandes é que ganham os campeonatos. Independentemente de muitos anos de trabalho, para chegar a campeão só em qualquer um destes 3. A verdade é que as condições que encontrei no FC Porto e a felicidade que tive após últimos anos bons criaram essa possibilidade. Quase que direi que me vi obrigado a ser campeão. No Benfica não estavam criadas boas condições para poder ganhar. Nos últimos anos, o Benfica apenas ganhou uma vez o campeonato e passaram por lá bons treinadores. Fiz o que pude mas foi no FC Porto que encontrei as condições para ser campeão.»

O comportamento da equipa:


«Herdei uma equipa que era do FC Porto, não era do senhor Adriaanse, seguramente com jogadores que terão sido escolha do senhor Adriaanse. 70 % dos jogadores não são jogadores que tenham sido escolhidos pelo treinador, é uma situação normal. Vamos ser acima de tudo sérios na forma como abordamos as coisas. O que eu encontrei foi uma equipa campeã, que tinha feito um trajecto bom no ano anterior, uma equipa que tinha um modelo assegurado pelo seu treinador (creio que o segundo era o que o senhor Adriaanse queria).
Não é normal uma equipa fazer tantos jogos com 2 derrotas (Arsenal e Braga) num contexto de 20 jogos, 14 mais 6 jogos. Perdemos duas vezes em que jogos que tocaram 4/6 semanas de trabalho em conjunto. Foram jogadores que foram capazes de apanhar com alguma facilidade o que se pretendia. O senhor Adriaanse fez um bom campeonato, ganhou a taça e fez uma má Champions. Era um treinador extremamente rigoroso e havia uma equipa de ataque, tudo o que fosse contrário a isto seria por baixo. A primeira volta foi melhor que a primeira volta do senhor Adriaanse, o sistema foi sempre posto em comparação, a verdade é que chegamos ao fim e marcamos mais golos que no tempo do senhor Adriaanse. O que foi mais importante foi termos passado a fase de grupos e discutir com o Chelsea até 10 minutos do fim passagem aos quartos-de-final. O FC Porto foi campeão, passou aos oitavos e num quadro de 2 anos foi duas vezes campeão, ganhou uma taça e foi aos oitavos de final da Champions, isso é que foi importante.»

Apito Dourado:

«O FC Porto foi campeão mesmo sem Apito Dourado. Conotar o apito Dourado ao Norte não corresponde à verdade. Algumas situações são ridículas. O Porto passou o ano a ganhar, em primeiro lugar e só se fala no golo do Ronny com a mão, mas ninguém fala do golo do Leiria no campeonato passado, em que a bola esteve lá dentro. O registo é sempre o mesmo. O F.C. Porto ganhou o campeonato em pleno Apito Dourado, o que meu deu um grande gozo, a mim e ao presidente. Custa que o Porto ganhe. O Porto ganha porque é melhor»

O colinho:

«O Benfica e o Sporting terminaram a primeira volta a sete e oito pontos do Porto. Seis jornadas depois o Sporting chegou aqui ao Dragão com nove pontos de atraso, portanto fez pior do que o FC Porto. Depois disso vocês (jornalistas) criaram um novo campeonato. Branquearam a primeira volta do Benfica e o mau momento do Sporting»

«Mas não estou aqui para falar do Benfica, o que sinto é quem quem leva ao colo o porto são os seus adeptos, é a sua organização. O colo do FC Porto é a sua própria estrutura, são os seus adeptos. Esse é o colo. O exterior não tem colo para o FC Porto, também é verdade que os adeptos são muitos menos negativos que os do Sporting e do Benfica, nomeadamente do Benfica. De tanto amar, acabam por asfixiar e matar. Mas isso é um problema deles.»

A desvalorização da CS:

«Durante a primeira volta que tivemos larga vantagem, era uma fatalidade, já não havia competição, já não havia nada. Depois, durante muito tempo, falou-se no Chelsea e de Mourinho que ia esmagar o Porto e que ia esmagar o Jesualdo. Essa é que é a verdade. A verdade é que tivemos lesões, mas nunca me referi a isso, mas o F.C. Porto resistiu a isto com uma imprensa hostil...

...Depois dizia-se que o Benfica seria campeão que ia ganhar o jogo e ia ser campeão. Empatámos na Luz e voltou-se a dizer prontos o Porto, com mais quatro pontos, é campeão. O que sinto é que quem leva ao colo o FC Porto são os seus adeptos e o seu trabalho. Quem fez do Benfica campeão, passou a fazer o Sporting com apenas um ponto de diferença».

Vítor Baía:


«O Vítor Baía tinha o seu papel, e bem, era um jogador que treinava, e bem, e que tinha as atribuições de capitão que tinha naturalmente e que eu reforcei ainda mais porque entendi que era um jogador importante. O Vítor Baía marcou uma época no FC Porto, foi importante durante muito tempo enquanto jogador e este ano era jogador que não jogava mas foi sempre de uma postura irrepreensível, direi mesmo que dificilmente encontraria um jogador capaz de enfrentar assim uma situação destas.»

O Presidente:

«Conheço o presidente há 23 anos quando me convidou para vir para o FC Porto com Artur Jorge, não aconteceu. O FC Porto foi hostilizado pela imprensa e pelas empresas que gerem a comunicação social. Revelaram a determinado momento um gáudio muito grande que me enojou. O que se pretendeu dizer foi que o FC Porto ficou sem liderança. Não é verdade. Falei o que falaria se houvesse mais alguém a falar. O que estavam habituados era que houvesse outras vozes, como acontece noutros clubes, que também falassem O clube entendeu essa estratégia.
O apito dourado não mexeu com a liderança, mexeu é que o FC Porto foi campeão mesmo sem apitos dourados. Não é verdade entregar o Apito Dourado ao Norte e ao FC Porto, mais ninguém está envolvido? A conotação com o FC Porto e o Boavista é uma forma de alterar o circuito.
O FC Porto foi campeão e isto custa até para o próprio processo. O FC Porto ganhou o campeonato em pleno julgamento do Apito Dourado, o que deu um gozo muito grande ao presidente. Custa o FC Porto ganhar, entendo agora porque é que custa. Era perceptível quando estava fora porque ganhava o FC Porto e não era por causa do Apito Dourado, era porque era melhor.»


Parabéns professor por mais uma bela lição!

terça-feira, 29 de maio de 2007

TRIBUTO AOS VENCEDORES

A Sad do FC Porto decidiu promover uma jornada de homenagem no Estádio do Dragão, aproveitando a passagem dos vinte anos da 1ª conquista da Taça dos Campeões Europeus, no passado Domingo, dia 27 de Maio.

Convidou muito justamente os heróis de Viena e aproveitou para alargar essa homenagem às modalidades que somaram títulos nesta época: Equipa profissional de futebol bicampeã nacional, equipa de hóquei em patins hexacampeã nacional, equipas de andebol e basquetebol vencedoras da taça de Portugal.

Todos puderam sentir o calor humano de um Dragão muito composto e a gratidão que os adeptos e sócios portistas sabem proporcionar aos atletas que deram e aos que continuam a dar muitas alegrias.

Foram momentos emocionantes que ficarão marcados para quem os viveu.


Não resisto a deixar algumas declarações:

Rabah Madjer:

«Parece que foi ontem que disputámos aquela final. Estou muito feliz por reencontrar toda esta gente. Adeptos, dirigentes e todos os meus colegas de equipa. Serei para sempre do F.C. Porto».


Paulo Futre:

«Aquela noite foi marcante. Mudou-me a vida completamente, pois passado algumas semanas já estava em Madrid, com a camisola do Atlético. Agora tenho que agradecer ao F.C. Porto esta recordação, até porque há muito não estava com a maioria dos meus companheiros. Ainda não conhecia o Estádio do Dragão, foi impressionante estar no relvado».

Juary:

«Ao pisar a relva do estádio só pensei "que pena não poder jogar hoje". Foi maravilhoso abraçar todos estes amigos. A única tristeza foi não poder reencontrar o Zé Beto, que já não está entre nós. Como foi Viena? Estivemos tensos durante 45 minutos. Estava no banco e só sentia raiva, muita raiva. Uma equipa como a nossa não podia jogar daquela forma. Parecia que estávamos com medo. Mas ao intervalo o Artur Jorge deu duas ou três palavras e percebemos que era a última oportunidade que tínhamos de entrar para a história do futebol mundial. Eu vinha de uma lesão, mas duas semanas antes o Artur Jorge veio ter comigo e disse-me "prepara-te que eu vou precisar de ti"».

António Sousa:

«É mais um dia especial na minha vida. Fazer o que se fez hoje é rever o que se passou há 20 anos atrás e estar com colegas que já não víamos há muito tempo. Foi uma ideia brilhante e extremamente importante para mim e para o clube.»

Artur Jorge:

«Durante a primeira parte os jogadores não conseguiram ser o que eram normalmente, mas na segunda as coisas mudaram completamente. Ao intervalo dei-lhes cabo da cabeça, de uma forma boa. Tornámos-nos, então, uma grande equipa e actuámos ao nosso nível. Fomos melhores do que o Bayern e ninguém ousou colocar em causa a nossa vitória».

Relativamente ao reencontro com 21 dos seus jogadores de então, o técnico qualificou-o como «fantástico». «Já não via a maior parte deles há muitos anos. Mas mantemos boas relações, duas décadas depois. Acho que eles agora já percebem qual a função de um treinador. A festa foi fabulosa. O F.C. Porto tornou-se um clube melhor e só um grande clube consegue fazer uma homenagem destas», defendeu.

Juntos, uma vez mais, embalados pela simbólica «Valsa de Viena», brilhante composição de Johan Strauss estiveram João Pinto, Celso, Lima Pereira, Eduardo Luís, Quim, Jaime Magalhães, André, Paulo Futre, António Sousa, Rabah Madjer, António Frasco, Juary, Festas, Jorge Amaral, Semedo, Bandeirinha, Laureta, Vermelhinho, Fernando Gomes, Paulo Ricardo e o treinador Artur Jorge.

Ausentes apenas Jozsef Mlynarczyck, Augusto Inácio, Elói, Jaime Pacheco, Walter Casagrande e Zé Beto, a mais dura das faltas. O guarda-redes suplente no jogo de Viena, falecido três anos mais tarde, em 1990, num terrível acidente de viação. A sua fotografia também foi projectada nos écrans gigantes do estádio e o público irrompeu num longo tributo.

Depois, como já disse o momento foi de homenagear os campeões nacionais e vencedores das taças.

Em palcos montados para o efeito um a um os atletas foram ouvindo o seu nome e as ovações dos presentes.

No final da cerimónia foi o momento de dar o gosto ao pé.

Devidamente pintados os jogadores do Porto subiram ao relvado para defrontarem o Leixões, também eles campeões nacionais, da Liga de Honra.

Boa presença de adeptos leixonenses, muito correctos e entusiastas com uma faixa que dizia: EIS A LEI DO MAIS FORTE: OS CAMPEÕES ESTÃO NO NORTE

Sobre o jogo não vou tecer comentários, apenas dizer que a vitória por 1-0 foi um resultado normal, numa noite em que o mais importante já tinha acontecido.

Destaque ainda para a tremenda ovação a Vítor Baía, no momento da sua substituição e para a entrada de Pedro Emanuel que recebera a braçadeira de capitão de Baía.

Muito lindo e emocionante!

domingo, 27 de maio de 2007

FOI ASSIM HÁ 20 ANOS!

O dia 27 de Maio de 1987, constituiu um marco importantíssimo na vida do FC Porto, não só pela brilhante conquista da Taça dos Campeões Europeus, frente ao grande Bayern de Munique mas também pelo que acabaria por ser o escancarar das portas do futebol europeu e mundial a um clube com pergaminhos nacionais, cada vez mais preparado para se impor no exterior.

Esse dia despertou no país em geral e na cidade do Porto em particular com um misto de esperança e ansiedade. Todos os que não tiveram o privilégio de assistir no estádio do Prater, em Viena de Áustria, deixavam transparecer a responsabilidade e a grande importância de que se revestia essa final, conscientes por um lado das dificuldades de defrontar um colosso do futebol europeu, a jogar praticamente e casa e por via disso com um apoio de adeptos devastadoramente superior, mas também com a confiança na capacidade já demonstrada pela nossa equipa, face aos resultados muito animadores conseguidos na caminhada até aí.

Cedo os portuenses se deslocaram rapidamente dos empregos para casa, cafés e outros pontos onde pudessem ver a transmissão televisiva, deixando as ruas da cidade praticamente desertas.

O FC Porto entrou timidamente, a estudar os movimentos alemães que encararam esta partida com alguma arrogância e sobranceria, convencidos que lhes tocara defrontar um adversário acessível. Marcaram primeiro e esse facto mais os convenceu.

Na segunda parte os Dragões transfiguraram-se por completo. Entraram a mandar no jogo pois só restava tentar dar a volta ao resultado, partindo para uma exibição memorável, com lances bem construídos protoganizados por Frasco, Futre, Madjer e Juary, num espectáculo de rara beleza, que todo o mundo apreciou.

O corolário dessa bela transfiguração foi a marcação de dois golos de grande recorte técnico que vale a pena recordar.

O primeiro ficaria no compêndio do futebol por ter sido marcado de calcanhar, de costas para a baliza, pelo argelino Madjer, depois de uma bonita jogada colectiva.

Só uma equipa com ambição e grande confiança poderia ter capacidade para construir uma nova jogada, mais uma vez de Madjer que lançado pela esquerda conseguiu cruzar, no limite, colocando a bola na área à disposição do ladino e oportunista Juary que não perdoou.

Estava consumada uma brilhante vitória, frente aos atordoados e incrédulos bávaros, demonstrando ao mundo que no Norte de Portugal existia um clube capaz de ser o melhor europeu e com ambições de ser o melhor do mundo.

A loucura que se seguiu por todo o mundo onde se encontravam portugueses foi indescritível.
Na cidade festejou-se até às tantas da madrugada à espera dos heróis que se deslocaram ao estádio das Antas para receberem as merecidas e calorosas homenagens, onde exibiram o troféu.

Tal como há 20 anos, continuamos com a mesma ambição!
Os resultados falam por si.

sábado, 26 de maio de 2007

OS ANTERIORES 21 CAMPEONATOS GANHOS

1934/35 - É o primeiro campeonato da história do F. C. Porto. Há dois homens indelevelmente ligados ao título - o treinador húngaro Joseph Szabo e o jogador Pinga. Começaram por ganhar 500 escudos por mês. O campeão ficou decidido no Lumiar, num empate a dois golos com o Sporting. Foi o suficiente para terminar a prova com mais dois pontos do que os leões. Pinga e Carlos Nunes foram os melhores marcadores da equipa com 12 golos cada um.


1938/39 - Foi um título sofrido. O F. C. Porto tinha um passivo de 200 contos, telefones cortados e salários em atraso. O treinador Miguel Siska foi um dos rostos do sucesso. Copiou do Salgueiros o sistema de prémios - cada vitória valia 20 escudos, o empate 10. O título decidiu-se na Constituição, onde o empate (3-3) serviu o F. C. Porto e tramou o Benfica. E onde um golo polémico anulado aos encarnados motivou o primeiro corte de relações.

1939/40 - Enquadramento - o F. C. Porto tinha ficado em terceiro lugar no regional, mas participou no campeonato por causa de uma manobra administrativa. A Federação Portuguesa de Futebol fez o alargamento à pressa, as portas abriram-se. Os portistas foram campeões e estiveram quase a consegui-lo sem derrotas, mas, a 21 de Abril de 1940, perderam no Lumiar. O Sporting venceu por 4-3 com o golo da vitória a ser marcado a 20 segundos do fim. Ângelo César, o presidente da altura, já reclamava os privilégios dos clubes de Lisboa. Na equipa distinguiam-se os croatas Petrak e Kordrnya.

1955/56 - O F. C. Porto teve um treinador marcante. Chamava-se Dorival Yustrich, era brasileiro, já tinha sido vendedor de automóveis e distinguia-se pelas regras de conduta. Não deixava os futebolistas jogarem às cartas a dinheiro, impedia-os de beberem álcool. Os portistas foram campeões com os mesmos pontos do Benfica, Jaburu marcou 22 golos, José Maria Pedroto, Hernâni e Virgílio eram nomes sonantes. Yustrich terminou o campeonato a ganhar 20 contos por mês e exigiu como prémio do título um automóvel avaliado em 170 contos. Mas foi despedido. Em Caracas, na Taça Latina, chamou "cavalo" ao tesoureiro. Queria 250 contos de luvas pelo contrato da época seguinte.

1958/59 - O defeso começou com o despedimento do treinador Luís Ferreira Alves e a chegada de Bela Guttmann. Era o começo de um mito. O F. C. Porto foi campeão com os mesmos pontos do Benfica, que precisava de marcar mais quatro golos do que os portistas na última jornada. Não marcaram. É aqui que surge o célebre caso de Inocêncio Calabote, o árbitro que fez tudo para o Benfica ser campeão. Acabou irradiado.

1977/78 - Um título muito sofrido e com sabor especial - 19 anos depois da última conquista. No banco, Pinto da Costa e Pedroto já eram uma dupla de sucesso. O F. C. Porto terminou o campeonato em igualdade pontual como Benfica. Mas fez a festa. Na recepção aos encarnados sofreu a bom sofrer - precisava do resultado, esteve a perder com um autogolo de Simões, mas Ademir empatou no fim. Foi milagre.

1978/79 - Foi o segundo bicampeonato da história do F. C. Porto. Com Pedroto ao leme, o título voltou a ser uma realidade e com mais um ponto de vantagem sobre o Benfica. O jogo decisivo jogou-se na Luz, onde os portistas empataram (1-1) com golos de Alves e Duda. E onde Marco Aurélio fracturou a tíbia e o perónio num choque com Toni. No final da época, Oliveira foi vendido para o Bétis por 36 mil contos.

1984/85 - É um título simbólico, o primeiro de Pinto da Costa na qualidade de presidente. A morte de Pedroto levou-o a contratar Artur Jorge, um jovem treinador que havia de fazer escola. A vitória na Luz com um golo de Fernando Gomes praticamente abriu as portas do campeonato. E Gomes ganhou a bota de ouro com 39 golos.

1985/86 - Mais um campeonato escrito com muito suor. Conquistado na última jornada, quando o F. C. Porto venceu o Covilhã por 4-2. Mas, ao intervalo, esteve a perder por 1-2. No Bessa, o Benfica foi derrotado pelo Boavista (1-0) e precisava do resultado para ser campeão. Foi o segundo título de Artur Jorge como treinador, que levaria a equipa à carreira triunfante da Taça dos Campeões de 1987.

1987/88 - O F. C. Porto era a imagem de marca do treinador Tomislav Ivic - uma equipa cínica e eficaz. Não praticava um futebol avassalador, mas era uma máquina de vitórias. Ganhou o campeonato com 15 pontos de vantagem sobre o Benfica - e só não fez o pleno de invencibilidade porque perdeu no terreno do Sporting. Fernando Gomes foi o melhor marcador com 21 golos. E Rui Barros começava uma ascensão meteórica.

1989/90 - Era o início de uma nova era. A geração de Viena e de Tóquio já tinha fechado um ciclo, o F. C. Porto era uma equipa rejuvenescida pela mão do regressado Artur Jorge. No defeso, Pinto da Costa contratou Dito e Rui Águas ao rival Benfica - e o avançado foi o melhor marcador com 17 golos. O título ficou praticamente decidido na vitória frente ao Sporting (3-2).

1991/92 - A primeira época de Carlos Alberto Silva, treinador brasileiro devoto de Nossa Senhora de Fátima. Montou uma equipa implacável na defesa, cínica no ataque, com a dupla Domingos-Kostadinov. Na baliza, Baía esteve 1169 minutos sem sofrer golos, recorde de eficácia nacional. Foi uma caminhada plena com mais dez pontos de vantagem sobre o Benfica.

1992/93 - O bicampeonato de Carlos Alberto Silva - mais difícil de conquistar do que o título anterior. A vantagem sobre o Benfica cifrou-se em dois escassos pontos. E os encarnados ainda contrataram Paulo Futre a pensar no milagre. Mas no jogo da Luz, o F. C. Porto empatou a zero, o resultado que convinha.

1994/95 - O primeiro título do pentacampeonato. Começou com uma jogada de Pinto da Costa - contratou Iuran e Kulkov ao Benfica e aproveitou Bobby Robson, que na época anterior tinha sido dispensado do Sporting. O F. C. Porto praticava um futebol exuberante e alegre. Era o contraste daquilo que foi o arranque do campeonato, quando Rui Filipe morreu num acidente de viação. Os dragões foram campeões com sete pontos sobre o Benfica, segundo classificado.

1995/96 - Novamente, campeão. Robson perdeu o arranque da época por causa de uma doença grave, coube a Inácio o comando técnico da equipa. Começo demolidor - oito vitórias e um empate. Regressou o inglês e a filosofia de ataque manteve-se. Numa carreira imaculada, um senão - a suspensão de Vítor Baía por desacatos com Pedro Morcela, dirigente do Campomaiorense.

1996/97 - Fecha-se um ciclo, abre-se outro. Bobby Robson e Vítor Baía mudam-se para o Barcelona, mas o F. C. Porto mantém a veia vitoriosa. Foi o primeiro tricampeonato do clube - com António Oliveira, antigo futebolista, ao comando. Era também a primeira época de Mário Jardel de dragão ao peito, um goleador de eleição.

1997/98 - Era o tetracampeonato. Com Oliveira novamente no comando, o F. C. Porto foi demolidor na primeira volta - 13 vitórias e quatro empates. Foi aí que começou a desenhar o título para gerir as emoções na recta final do campeonato. Aí, o F. C. Porto perdeu pontos inesperados, mas o Benfica nunca os soube aproveitar da melhor maneira.

1998/99 - O pentacampeonato, cinco títulos consecutivos. Com a saída de António Oliveira, o presidente Pinto da Costa fez uma aposta arrojada. Contratou Fernando Santos ao Estrela da Amadora, que se tinha notabilizado em equipas de média dimensão. Foi uma prova de fogo, mas com reflexos visíveis - o técnico até ficou conhecido como o engenheiro do penta. Só Jardel marcou 36 golos!

2002/03 - Quatro anos depois, o F. C. Porto festejava um título. Com Mourinho ao comando, que na época anterior tinha sido desviado do caminho do Benfica, a equipa surpreendeu o país e a Europa do futebol. Ganhou o campeonato, a Taça de Portugal e a Taça UEFA. Com Ricardo Carvalho, Maniche, Deco e Derlei como figuras.

2003/04 - Foi uma das equipas mais marcantes do futebol português. O F. C. Porto voltou ao topo da Europa, ganhou o campeonato e a Liga dos Campeões. Com Mourinho a mostrar que já era um dos melhores treinadores do Mundo. O título foi festejado antes de os jogadores entrarem em campo. Tudo aconteceu no hotel, onde estagiava a equipa antes do jogo com o Alverca. E tudo porque o Sporting tinha perdido pontos em Leiria.

2005/06 - Chegou Co Adriaanse, um disciplinador nato. Com ele os jogadores tinham outra conduta; com ele a equipa conheceu o 3x3x4, uma táctica vincadamente holandesa. Era o futebol de ataque com uma espinha na garganta - derrota com o Benfica nos dois jogos do campeonato. Adriaanse sempre fez valer as suas ideias e teve a coragem de prescindir de Jorge Costa e de Vítor Baía.


Norberto A. Lopes - JN de 26.Maio.2007

terça-feira, 22 de maio de 2007

ANÁLISE AO BICAMPEÃO

Terminado o campeonato com a vitória mais que justa do FC Porto, importa reflectir à guisa de análise o percurso que, como sabemos, não foi propriamente o passeio de outras épocas recentes em que não demos hipóteses aos nossos rivais de sonhar.


O início desta época foi atribulada, ainda antes do arranque do campeonato, face à irresponsabilidade de um treinador que tendo sido feliz na introdução de um esquema de jogo ousado, que deu os seus frutos a nível interno, ganhando tudo o que havia para ganhar (não esquecer que a Super taça foi ganha nesse sistema por Rui Barros) mas que não resultou a nível externo (derrotas claras no torneio de Amesterdão).

A sua fuga na pré-época condicionou o arranque do campeonato, não tanto ao nível dos resultados, mais ao nível das exibições. Obrigado a contratar um novo treinador, viu-se obrigado a uma adaptação a novos conceitos, com a agravante de acontecer em cima da competição.

Contudo, graças ao fraco nível competitivo do n/campeonato foi possível instalarmos-nos na liderança desde a primeira jornada, não obstante a onda de lesões que afectou um bom lote de jogadores influentes (Pedro Emanuel, Bruno Moraes, Ibson, Anderson, Lisandro, Assunção e Pepe) e ainda alguns castigos injustos (Quaresma).

A embalagem da primeira volta foi determinante para o êxito final, constituindo uma almofada valiosa, já que a fase complementar da prova foi marcada por uma irregularidade que ninguém ousaria prever.

As lesões e os castigos terão sido, segundo Jesualdo Ferreira, os factores preponderantes para a menor prestação uma vez que não foi possível repetir a mesma formação nos 30 jogos disputados, limitando de algum modo a coesão da equipa. Outros apontam ainda uma paragem demasiado prolongada por alturas do Natal. Eu acrescento algum temor e porventura algumas apostas erradas do Professor Jesualdo que, no meu entender, ainda não possui a filosofia de campeão.

Apesar de todas as críticas que são dirigidas à Sad, principalmente pela sua política, aparentemente pouco criteriosa, no que diz respeito ao reforço do plantel, que em alguns casos também subscrevo, não podemos negar que o FC Porto dispõe do melhor plantel da Liga. Qualquer treinador neste clube arrisca-se a ser campeão, mesmo que antes nunca tenham ganho nada. Foi o caso de Adriaanse na época passada, que se repetiu agora com Jesualdo Ferreira, como alias já tinha acontecido com outros antes.


Num campeonato diferente dos anteriores, desde logo pelo menor numero de participantes, este Bicampeão, apesar de tudo o que ficou dito, conseguiu ser mais concretizador em termos de golos, utilizando um sistema de jogo que variou entre o 4x4x2, o 4x3x3 em alguns momentos o 4x2x4, mas paradoxalmente sofreu mais golos.


Adriano, que na reabertura do mercado, pasme-se foi considerado dispensável (?) terminou como o nosso melhor marcador ao apontar 11 dos 65 golos em apenas 1326' que lhe foram concedidos. Fica no meu coração não só pelas suas prestações mas também pela vontade em continuar de azul e branco, quando "alguém" o empurrava para outros clubes.


Helton foi o único atleta chamado a participar em todos os jogos como
titular e por isso acumulou o maior numero de minutos. Foi no geral um guarda-redes seguro, demonstrando toda a sua categoria. Mas se no melhor pano pode cair a nódoa, no caso o "frango" contra o Chelsea para a CL, foi demasiado penalizador porque ditou o afastamento da prova.


Jesualdo Ferreira, saboreou finalmente, nos seus 60 anos de idade, o doce sabor da consagração:

"Não houve nenhuma euforia especial, apenas o sentido do dever cumprido e de uma grande injustiça. Acho que mereço este título. Pronto, já está, já que mais ninguém o diz, digo eu: mereci este título. E mereceu-o o clube que mais trabalhou para o conseguir".


Assim fala um verdadeiro campeão!

Vítor Baía, com os seus simbólicos 4´engrossou o seu pecúlio de jogador mundial com mais títulos (31), mas ainda que não os tivesse jogado era igualmente merecedor pelo contributo importante que deu, quer no balneário quer no banco, para o 22º campeonato ganho pelo FC Porto.

Estamos todos de parabéns, sócios e simpatizantes, os atletas, a equipa técnica e a Sad chefiada por Pinto da Costa, recentemente reeleita.

Para a nova época esperamos por mais e se possível melhor!


Nota: Estatísticas recolhidas do site zero a zero


domingo, 20 de maio de 2007

UNS SONHAM, NÓS REALIZAMOS!

FESTA DO TÍTULO


FC PORTO 4 AVES 1

Com o estádio do Dragão completamente cheio e em ambiente de festa, o jogo começou pausado, apesar de logo no primeiro minuto Adriano ter desperdiçado uma boa ocasião rematando fraco, numa assistência perfeita de Anderson.

O Porto entrou nervoso e foi mesmo o Aves a criar dois lances muito perigosos, primeiro por Paulo Sérgio e depois por Mércio, a dar a sensação que, para ganhar, os portistas teriam que apelar a todo o seu empenhamento e concentração.

A primeira parte não foi nada famosa em termos de futebol bem jogado porque se falharam muitos passes e alguns jogadores pareceram demasiado precipitados.

Lisandro e Lucho tiveram boas oportunidades para abrir o marcador mas foi Adriano que aos 26', acorrendo a um bom cruzamento de Quaresma, cabeceou de forma certeira para o fundo das redes, para contentamento da grande plateia de portistas.

Este golo parece ter devolvido aos jogadores azuis e brancos a serenidade de que necessitavam para encarar o resto da partida. Contudo, o Aves aos 30', na sequência da marcação de um livre cobrado por Jorge Ribeiro, fez a igualdade por Moreira que desviou de cabeça fora do alcance de Helton.


Foi um balde de água fria no Dragão e uma explosão de alegria em pelo menos dois estádios bem longínquos, onde os "sonhadores" davam largas às suas preces, fazendo cálculos e contabilizando os segundos em que virtualmente se sentiam campeões! E assim chegou o intervalo.

A pausa parece ter feito bem aos jogadores do Porto já que apareceram no terreno com outra disposição e uma confiança muito mais forte.

Foi por isso com grande naturalidade que aos 51' Lisandro com um remate bem colocado e forte colocou o FC Porto em vantagem na partida e no campeonato, obrigando os "sonhadores" a cair na realidade!


Foi uma explosão de contentamento no Dragão e a certeza que estávamos definitivamente lançados para a conquista do nosso único objectivo (os outros tinham dois! O possível e o imaginário).

Seis minutos mais tarde, na sequência de um canto Paulo Ribeiro introduziu a bola na própria baliza havendo ainda tempo para Quaresma falhar escandalosamente novo golo e o mesmo Jorge Ribeiro fazer estremecer o travessão de Helton, na marcação de um livre em posição frontal.

Aos 85', depois de ouvir o seu nome gritado pelos mais de 50.000 espectadores, Vítor Baía aplaudido de pé, substituiu Helton.

Quatro minutos depois Lisandro parou uma bola com o peito, rematando pronta e espontâneamente não dando hipótese de reacção ao guarda-redes Nuno.

Estava feito o resultado e a conquista do Bicampeonato. A festa era já a seguir.

Jogo no estádio do Dragão, dirigido pela equipa de arbitragem de Leiria comandada por Olegário Benquerença.

FC PORTO: Helton (Vítor Baía 85'); Bosingwa, Pepe, Buno Alves e Fucille; Raúl Meireles, Lucho ( Marek Cech 84') e Anderson (Jorginho 65'); Lisandro, Adriano e Quaresma.

Suplentes não utilizados: Ricardo Costa, Ibson, Renteria e Hélder Postiga.

Desp. Aves: Nuno; Sérgio Carvalho,William, Sérgio Nunes e Pedro Geraldo; Mércio (Octávio 87'), Jocivalter Dill 57') e Jorge Ribeiro; Paulo Sérgio, Moreira e Artur Futre (Leandro 71').

Suplentes não utilizados: Mota, Marcelo, Vítor Manuel e Rui Figueiredo.

Marcadores: Adriano (26'), Moreira (33'), Lisandro (51' e 89') e Jorge Ribeiro (57' p.b.)


quinta-feira, 17 de maio de 2007

PEDIR APOIO? NÃO HAVIA NECESSIDADE...

Os capitães da equipa do FC Porto acharam necessário apelar ao apoio dos seus associados para que não lhes faltem com o apoio no próximo e derradeiro encontro do campeonato.

Confesso que, como associado, me surpreendeu esta atitude, tanto mais que apoio é coisa que à equipa não tem faltado. Não havia necessidade...


A confiança na equipa, ficou ontem mais uma vez demonstrada inequivocamente ao esgotar a lotação do Dragão em apenas dois dias de venda de ingressos.

Com muita pena minha mais não podemos fazer. Bem que gostaria de, em certos momentos, descer ao relvado e ajudar a resolver, com aplicação e garra portista, os jogos que alguns profissionais não parecem dispostos a fazê-lo.

Ao contrário dos capitães não vou fazer apelos. Vou isso sim, mais uma vez, acreditar que tudo farão para, parafraseando a letra da marcha, nos dar "mais uma alegria, mais uma vitória".

Domingo lá estarei para emprestar o meu apoio, para assistir a um bom espectáculo de futebol e naturalmente a mais um triunfo no campeonato.

Vamos a isso rapazes, só faltam 90 minutos para a consagração!

domingo, 13 de maio de 2007

SERVIÇOS MÍNIMOS...

PAÇOS DE FERREIRA 1 FC PORTO 1

A tremenda responsabilidade que pesava em cima dos atletas azuis e brancos foi notória na exibição produzida hoje na Mata Real.

Perante um adversário difícil, especialmente porque fechou bem e defendeu muito, o FC Porto sentiu desde cedo as dificuldades em encontrar linhas de passe para provocar roturas na defensiva pacense. Quaresma tão apagado quanto desastrado, Anderson falho de inspiração, Lisandro demasiado complicativo e Adriano abandonado na luta com os defesas foram facilitando a tarefa de um adversário que se limitava a destruir.

Apesar de tudo, o golo esteve iminente num remate de Lucho à entrada da área a fazer a bola bater no ferro, aos 13'.

O Paços de Ferreira que apenas defendia foi brindado com um livre muito discutível, aos 21' que Antunes marcou directo à baliza, com ligeiro ressalto na barreira batendo Helton, inaugurando o marcador.

Paraty voltaria a estar em foco aos 24' ao perdoar uma grande penalidade cometida por Luis Carlos ao cortar com a mão uma bola cruzada na sua área que ia na direcção de Lisandro muito bem posicionado na área.

Todos sabemos que o FC Porto para ganhar os seu jogos tem de defrontar muitas vezes duas equipas, a do adversário e da arbitragem, razão pela qual tem que possuir um caudal de jogo muito mais intenso que o dos seus rivais.

Também é verdade que o futebol produzido na primeira parte foi demasiado desgarrado, tristonho, sem grande confiança e algo temeroso.

A perder Jesualdo tinha que intervir. Aos 38' fez sair Paulo Assunção e entrar Jorginho, mas até ao final da 1ª parte não se registaram lances de perigo.

Na segunda metade o Porto tudo fez para alterar o rumo dos acontecimentos mas mais com o coração do que com a cabeça.

Aos 55' nova alteração com a saída de Lisandro para a entrada de Postiga que veio dar outra movimentação ao ataque portista.

Mas foi dos pés de Bosingwa que saíram os lances mais perigosos (57' e 61').

Postiga aos 68' acertou no poste para desespero de todos os portistas e aos 69' Raúl Meireles entrou para o lugar de Anderson. Era a reacção final de uma equipa que sabia que perder aquele jogo era o equivalente a morrer na praia.

Aos 75', na sequência de um canto marcado do lado esquerdo, Pepe desviou de cabeça, a bola foi a Bruno Alves que rematou na passada fazendo a bola embater no guarda-redes Peçanha que instintivamente tocou a bola para a frente onde apareceu Adriano bem colocado a fazer o empate.

A esperança renascia e os atletas sentiram que ainda era possível chegar à vitória. Postiga esteve bem perto de o conseguir ao desviar de cabeça, defeituosamente um bom cruzamento de Quaresma.

O empate final castiga, a incapacidade de entrar no jogo com decisão, alguma apatia, faltas de inspiração e concentração e também o já referido temor, pela responsabilidade do jogo.

Falta agora uma vitória contra o Aves no Dragão!

Jogo disputado no Estádio da Mata Real em Paços de Ferreira com inicio às 19:15 h.

Equipa de arbitragem chefiada por Paulo Paraty - Porto

FC PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção (Jorginho 38'), Lucho Gonzalez, Anderson (Raúl Meireles 69') e Quaresma; Lisandro (Postiga 55') e Adriano.

Suplentes não utilizados: Baía, Ricardo Costa, Vieirinha e Renteria.

PAÇOS DE FERREIRA: Peçanha; Mangualde, Geraldo, Luis Carlos e Antunes; Paulo Sousa, Elias e Fahel; Edson, Pedrinha 88'), João Paulo e Cristiano (Renato Queirós 77').

Suplentes não utilizados: Coelho, Emerson, Mojica, Tiago Valente e Leanderson.

Marcadores: Antunes 21' e Adriano aos 75'

O DIA "D"

A difícil deslocação da nossa equipa a Paços de Ferreira será a chave do título.

Somos os únicos que dependemos de nós e temos vontade e talento para garantir o triunfo que nos colocará a um ponto do êxito.

São muitos os portistas que acompanharão a equipa e lhe dispensarão o apoio que necessita.

Pela primeira vez Jesualdo tem todo o plantel à disposição.

Saiba ele escolher os mais aptos, que a magia, a coesão, a ambição e o querer ser campeão dos atletas farão o resto.

Força rapazes, não tenham medo de ser felizes que o título está à espreita. Agarrem-no!

Nós torceremos e acreditamos!

sábado, 5 de maio de 2007

O Título cada vez mais perto

FC PORTO 2 NACIONAL 0

Sem fazer uma exibição de encher o olho, os azuis e brancos encararam este jogo com a responsabilidade que se exigia. O adversário, consciente do árduo trabalho que o esperava tratou de tapar os caminhos da sua baliza tentando impedir que o assalto se tornasse num flagelo.

A verdade é que conseguiu aguentar a baliza inviolável durante 66', muito por culpa da ineficácia dos "atiradores" João Paulo (7' e 23'), Lucho (22'), Lisandro (31' e 39'), Adriano (33' e 45'), Cech (43'), Anderson (58') que desperdiçaram ocasiões flagrantes e ainda por culpa de um homem vestido de negro que anulou mal um golo a Lisandro, aos 10' por pretenso fora de jogo, tendo ainda escamoteado uma grande penalidade sobre Lucho aos 43'.

Mas contra a força não há resistência. A magia de Anderson libertou-se e depois do seu ameaço já referido, aos 66' numa boa combinação com Jorginho fez saltar de contentamento um estádio que aguardava já com alguma ansiedade esse momento sublime, o golo!

"CAMPEÕES OLÉ, CAMPEÕES OLÉ, CAMPEÕES OLÉ" ouviu-se então no Dragão num coro de cerca de 40.000 portistas. Lindo!

O resultado continuava curto e o Nacional não parecia conformado, mas o Porto, já com mais discernimento procurou ampliar e veio a conseguir por Fucile aos 88' depois de assistido por... quem havia de ser? o prodigioso Anderson, suscitando a segunda explosão da noite.

Bosingwa, com uma grande exibição, (foi à linha cruzar repetidas vezes, deixando o seu marcador nas covas, proporcionando muitas das ocasiões acima descritas) foi para mim o melhor em campo. Fucile e Anderson foram os outros destaques pela positiva.

Negativa foi a actuação da equipa de arbitragem chefiada por Cosme Machado de Braga bem como os assobios de alguns portistas mais impacientes e incrédulos.

Jogo no Estádio do Dragão com inicio às 19h15.

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Ricardo Costa, João Paulo e Fucile; Paulo Assunção (Raul Meireles 56'), Lucho Gonzalez (Ibson 70'), Marek Ceche (Jorginho 56') e Anderson; Adriano e Lisandro Lopez.

Suplentes não utilizados: Vítor Baía, Pepe, Alan e Renteria

NACIONAL: Diego Benaglio; Patacas, Cardoso, Ávalos, Ricardo Fernandes e Alonso; Cléber (Pateiro 61'), Bruno (Leandro do Bomfim 72') e Juliano; Diego José e Rodrigo (Cássio 74').

Suplentes não utilizados: Rafael Bracalli, Bruno Basto, Zé Rui e Zé Vítor.

Marcadores: Anderson (66') e Fucile (88')

quarta-feira, 2 de maio de 2007

terça-feira, 1 de maio de 2007

História do Pentacampeonato - Época 1998/1999

FINALMENTE O PENTA

O então treinador do Estrela da Amadora Fernando Santos, foi o técnico que Pinto da Costa convidou para orientar a equipa principal rumo a mais uma jornada histórica quer para o clube quer para o futebol nacional. Ficou por isso conhecido como o engº do penta.

A estrutura sofreu alterações. A equipa técnica foi completamente modificada e o plantel viu sair para Itália Sérgio Conceição, com destino à Lázio de Roma e também para Itália sairia Doriva na reabertura do mercado, altura em que apareceram Esquerdinha, Deco e o regressado Vítor Baía.

PLANTEL




Guarda-redes: Rui Correia, Costinha, Kralj e Vítor Baía.

Defesas: Nélson, Secretário, Jorge Costa, Aloísio, Ricardo Carvalho, João Manuel Pinto, Fernando Mendes e Esquerdinha.

Médios: Peixe, Doriva, Chainho, Paulinho Santos, Panduru, Carlos Manuel, Zahovic, Chippo, Lipcsei, Ricardo Sousa, Rui Barros e Deco.

Avançados: Mielcarski, Folha, Drulovic, Artur, Miki Fehér, Jardel, Capucho e Quinzinho.

EQUIPA TÉCNICA: Fernando Santos (treinador principal), Rodolfo Reis, Jorge Rosário e André (treinadores adjuntos), Mlynarckzic (treinador de guarda-redes), Roger Spry (preparador físico), José Carlos Esteves (médico) e Rodolfo Moura (fisioterapeuta).


O Campeonato teve o seu inicio nas Antas frente ao Rio Ave, com vitória portista por 4-0 e terminou também no nosso Estádio frente ao Estrela da Amadora por 2-0.

Jardel ao apontar 36 golos, foi o melhor marcador da Europa conquistando a bota de ouro, consagrado em Munique.

História do Pentacampeonato - Época 1997/1998

O TETRA

Nunca o FC Porto partiu para um novo campeonato com o desafio como o que se colocava nesta época. Depois de três vitórias claras e consecutivas era legítimo aspirar a novo êxito, não só pelo poderio demonstrado face à concorrência mas também pelo significado histórico que representaria o tetracampeonato. A estrutura técnica manteve-se e o esqueleto do plantel também.

PLANTEL

Guarda-redes:Rui Correia, Hilário, Erikson e Taborda.

Defesas: Butorovic, Jorge Costa, Lula, Aloísio, Fernando Mendes, Gaspar, João Manuel Pinto e Kenedy.

Médios: Sérgio Conceição, Barroso, Rui Barros, Costa, Folha, Zahovic, Chipo, Wetl, Neves, Paulinho Santos e Doriva.

Avançados:Capucho, Mielcarski, Drulovic, Artur e Jardel.

O campeonato arrancou na Póvoa de Varzim, com vitória por 2-0 e terminou na Madeira com a derrota por 3-2, contra o Marítimo. O título tinha já sido revalidado nas Antas frente ao Boavista com uma vitória por 3-2 na 31ª jornada. Jardel voltaria a ser o rei dos marcadores ao apontar 26 golos.