sexta-feira, 29 de junho de 2007

APITO ABAFADO - SINFONIA Nº6

Hoje trago à liça uma notícia que passou desapercebida pela CS em geral e também por Sua Excelência a Adjunta, que continua a ignorar (ela lá sabe porquê... e eu tenho as minhas suspeitas!) tudo o que se relaciona com os clubes da capital.

17.03.2007 Jornal O Jogo

Investigue-se: questões em torno do Apito Dourado

Há dias, O PATO recebeu um e-mail de uma senhora que - é ela quem começa por dizê-lo - “não se pode expor com receio de represálias internas”, uma vez que é “pessoa ligada às investigações do processo Apito Dourado, cujas intenções iniciais” - acrescenta - “eram as melhores”, rematando contudo: “Estou profundamente desiludida”.

E avança porquê: porque, segundo ela, essas investigações “foram completamente direccionadas” - indica por quem - “escolhidos alvos previamente definidos e cometidas uma série de ilegalidades e notórios erros processuais, que necessariamente vão matar o processo, em que muitos trabalharam de boa fé”. Levantando em seguida muitas questões que enumera, e que, segundo ela, foram deixadas de lado; para adiantar um conjunto de “elementos para uma investigação que deveria ter sido feita e não ocorreu, mas que está muito a tempo de se fazer”, embora “ninguém tenha mostrado interesse em investigá-las”.
Por exemplo:

- Investigue-se a realização de reuniões secretas em Lisboa, e outras no Bar Privado, também em Lisboa (...), testemunhadas por muitos funcionários deste local;
- Investigue-se quanto pagou quem alojou Carolina Salgado para esta dizer o que disse, e quem na PJ deu suporte a essa estratégia;
- Investigue-se, agora que se fala tanto da Bragaparques, qual a ligação dessa empresa (a um determinado clube e ao seu presidente e às sociedades de um outro presidente de clube);
- Investigue-se a ligação (de um árbitro a uma determinada Câmara Municipal) e as ligações do presidente dessa Câmara ao presidente do clube da terra a uma grande empresa, etc., etc., etc. Tudo isso, continuando na EPUL, no caso-João Pinto, na transferência do jogador Marcel para o Benfica, mas (também) ligações de um presidente de um clube com a PJ de Lisboa, e por aí fora.

Eu esperava que a justiça fosse aplicada de forma similar, afinal... é o que se vê!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

APITO ABAFADO - SINFONIA Nº5

Aparentemente a PJ parecia interessar-se na investigação do caso do jogo "combinado" para o Algarve.

A Maré corria de feição:

Valentim impedido de ocupar o seu lugar na Liga deixava a Cunha Leal espaço para "manobrar" à vontade.

Os dirigentes do Estoril eram ex-directores do Benfica. Veiga era um dos donos da Sad ao possuir “camufladamente” uma boa parte das acções. Era simultânea e ilegalmente director dos lampiões.

O cenário estava montado. O Benfica lutava pelo título que lhe escapava há onze anos, o Estoril lutava pela permanência.

A notícia abaixo é elucidativa... mas trata-se apenas de manobra de diversão porque a intenção é abafar o caso.
A MJM não quer perder tempo com isto!


2007-02-03 - 00:00:00 Correio da Manhã

PJ VOLTA À CARGA NO ESTORIL-BENFICA

O Estoril-Benfica, de 2005, realizado no Estádio Algarve, voltou à agenda da Polícia Judiciária. Litos e Carlos Xavier, na altura treinador e adjunto do Estoril, foram recentemente interrogados pelas autoridades, na qualidade de testemunhas, tendo reiterado as impressões recolhidas naquela noite polémica. E novas inquirições estão na calha, já sob a batuta de Maria José Morgado, coordenadora das investigações do ‘Apito Dourado’.

Recorde-se que os técnicos estranharam alguns comportamentos não só na noite do jogo, como também na semana que o antecedeu. Então, José Fernando, primo de Veiga, ainda em funções no Benfica, ter-se-á deslocado ao Estoril e convidado jogadores para almoçar. Tais factos caíram como uma bomba entre os estorilistas e logo despoletaram a suspeita. O Benfica acabaria por vencer por 2-1, numa partida em que a arbitragem mereceu duras críticas. “Chegou a uma altura em que me fui embora porque estava enojado”, disse Xavier, após a partida.

Durante a inquirição, Litos e Carlos Xavier esclareceram o teor de algumas declarações proferidas e relataram alguns episódios passados longe de olhares indiscretos, como um em que José Veiga, então director dos encarnados, terá ameaçado Litos com um desemprego... perpétuo.

Passados quatro meses não mais se falou no assunto!...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

APITO ABAFADO - SINFONIA Nº4

Hoje vou desenterrar um excerto de uma entrevista dada por Jorge Coroado ao CM, bastante elucidativa e que merecia melhor atenção:

2006-12-23 - 00:00:00 Correio da Manhã


Apito Dourado

Correio Sport – Depois de mais de 25 anos na arbitragem, o que soube pelo ‘Apito Dourado’ que não conhecesse já?

Jorge Coroado – De tudo o que saiu até agora, nada foi novidade. São coisas antigas e práticas velhas. A única matéria menos conhecida era a existência de uma relação tão directa entre autarquias e futebol.

– Que conselho dá a Maria José Morgado?

– Que esteja atenta, que evite chamuscar-se neste processo.

– Nunca esteve em casa de Pinto da Costa?

– Nunca. Nem faço ideia onde mora.

– Leu o livro de Carolina?

– Não conheço a senhora nem privei com ela. Se se tratasse de um homem diria que estava ali um corno atraiçoado. Como é uma mulher, trata-se do testemunho de um coração traído.

As ameaças...

– Foi ameaçado?

– Fui, no Estádio da Luz, em 1991, no final de um Benfica-Torreense, pelo sr. Gaspar Ramos. Em 1995 o mesmo dirigente disse aos berros que iria fazer de tudo para acabar com a minha carreira.

– De que clube recebeu mais pressões?

– Do Benfica e dos seus dirigentes. Inquestionavelmente. Estou convicto de que se mais carreira não tive foi por influência de gente do Benfica. De Gaspar Ramos a Luís Filipe Vieira, que vetou o meu nome, em 2002, para vice-presidente do Conselho de Arbitragem.

As prendas e os...apitos!

– Qual foi o presente mais caro que já recebeu de um dirigente?

– Um serviço de porcelana da Vista Alegre, que o então presidente do Beira-Mar, Silva Vieira, mandou entregar em casa de minha mãe. Pedi-lhe que fosse levantar o embrulho porque não o queria e comuniquei o caso ao Conselho de Arbitragem. A notícia saiu num jornal, Silva Vieira resolveu insultar-me e foi responder a Tribunal. Ao fim de dez anos foi condenado e indemnizou-me. Com esse dinheiro e um bocadinho mais comprei um carro, um Citroën C 3.


– Tem apitos dourados?

– Seis. Um que recebi do Sporting, no tempo de Sousa Cintra, e os outros foram-me dados por jornais.

– E relógios?

– Cerca de 50 relógios que me foram oferecidos pelos clubes, dos mais variados valores. A minha regra para aceitar estes presentes foi sempre simples: apenas aceitava ofertas que eu pudesse comprar e só as recebia depois dos jogos. Porque muitos dirigentes apareciam antes dos jogos e no final, se a equipa perdia, esqueciam-se.

Pergunto-me como é possível uma entrevista deste teor ter passado ao lado da equipa de investigação do Apito Dourado quando em contrapartida valorizou um livro da autoria (?) de uma alternadeira ressabiada!

terça-feira, 26 de junho de 2007

APITO ABAFADO - SINFONIA Nº3

A sinfonia que hoje recordo tem como protagonista mais uma figura de peso no futebol nacional, defensor acérrimo da transparência e dos bons costumes, tal e qual o lampião-mor!

12.09.2006 - 08h04 : Tânia Laranjo, Jornal O Público


Director-geral do Benfica era administrador da SAD do Estoril
Veiga apanhado nas escutas a pedir favores a Valentim

José Veiga, actual director-geral do Benfica e, em 2004, o maior accionista da SAD do Estoril, foi outra das figuras do futebol português a ser apanhada nas escutas do Apito Dourado.

O dirigente desportivo foi interceptado em pelo menos duas conversas telefónicas com Valentim Loureiro, à data presidente da Liga de Clubes. Foi em Março de 2004 e o objectivo do ex-empresário de jogadores com licença da FIFA era conseguir que a interdição do estádio do Marco de Canaveses coincidisse com o jogo do Estoril Praia. Veiga queria evitar que a sua equipa se deslocasse a um terreno tradicionalmente difícil e facilitar assim a tão almejada pontuação que nesse mesmo ano lhe viria a possibilitar a subida ao principal escalão do futebol.

Antes desse jogo, que aconteceu a 28 de Março de 2004 e em que o Estoril ganhou por 3-2 ao Marco de Canaveses, José Veiga fez dois telefonemas a Valentim Loureiro. No primeiro pediu que o estádio do Marco fosse interditado. A possibilidade tinha sido aberta devido ao incidente ocorrido cerca de um mês antes (quando Avelino Ferreira Torres pontapeou as placas de publicidade e cadeiras do recinto, ameaçando ainda o árbitro) e José Veiga pretendia então que a interdição coincidisse com o jogo da sua equipa.


Valentim Loureiro ainda tentou que o dirigente do Estoril falasse directamente com Gomes da Silva, então presidente da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, ou que utilizasse a sua influência através dos jornais. "Pressiona-os", aconselhou o presidente da Liga, acabando por aceder, mais tarde, a dirigir ele próprio o pedido ao juiz desembargador Gomes da Silva. "Eu falo com o gajo", prometeu.

Dias depois, Veiga conheceu a decisão da Liga. O estádio do Marco havia sido interditado por dois jogos e a equipa teria de ir jogar em campo alheio, quando recebesse o Estoril Praia. E não se esqueceu de agradecer a ajuda de Valentim Loureiro. "Vou-lhe dar uma beijoca", brincou Veiga, ao que Valentim respondeu: "Se não fosse eu...".

Ainda na sequência da mesma interdição, o Marco teve de ir jogar a casa emprestada. E o curioso é que acabou por ser o Boavista, clube dirigido pelo filho de Valentim Loureiro, a ceder o campo. Marco e Estoril defrontaram-se no Bessa a contar para a 28.ª jornada e a vitória dos canarinhos permitiu ao clube da Linha reforçar a liderança, passando a ter 11 pontos sobre o quarto classificado.

Os relatos da altura mostram também que a arbitragem do jogo foi polémica. O Estoril marcou primeiro, o Marco empatou. O "caso" do jogo aconteceu quando, pouco antes do intervalo, o árbitro perdoou um segundo cartão amarelo a um jogador do Estoril que, no tempo de compensação e ainda antes da paragem do jogo, fez o passe para o segundo golo dos estorilistas. Nos primeiros minutos da segunda parte, o Estoril aumentou para 3-1 de penálty, mas não existe nos jornais da época qualquer referência ao castigo máximo. O primeiro golo do Estoril também foi por auto-golo do Marco.

O árbitro desse jogo foi João Ferreira, o mesmo que esteve envolvido nas escutas noticiadas a semana passada pelo PÚBLICO, como tendo sido aceite por Luís Filipe Vieira para arbitrar as meias-finais da Taça de Portugal, na época 2003-2004.

Na sequência destas e de outras escutas, José Veiga foi interrogado e constituído arguído no processo Apito Dourado, tendo sido extraídas pelo menos duas certidões para o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.

A Sra. Adjunta esqueceu-se deste processo! Estará abafado? Pensei que o apuramento da verdade era o objectivo da justiça! Desculpem se me enganei!


segunda-feira, 25 de junho de 2007

APITO ABAFADO - SINFONIA Nº2

Face ao alheamento estratégico e selectivo dos agentes da justiça (?) portuguesa para a investigação dos indícios claros de corrupção que ocorreram num certo sector (intocável) da vida desportiva portuguesa, sinto-me na obrigação de recordar algumas escutas que foram timidamente anunciadas e completamente ignoradas pelos pasquins amestrados:

08.09.2006 – 08:48 Jornal O Público

As escutas do processo Apito Dourado revelam que Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, se envolveu directamente na escolha do árbitro do jogo das meias-finais da Taça de Portugal da época de 2003/2004 em que o Benfica ganhou ao Belenenses por 3-1. Esse jogo foi arbitrado por João Ferreira, de Setúbal, na sequência da nomeação acertada num telefonema entre Valentim Loureiro e o presidente dos encarnados.


Partes das escutas telefónicas onde é interveniente Luís Filipe Vieira. Os seus interlocutores são Valentim Loureiro e Pinto de Sousa

Luís Filipe Vieira (LFV) - Eu não quero entrar mais em esquemas nem falar muito...(...)

Valentim Loureiro (VL) - Eu penso que ou o Lucílio... o António Costa, esse Costa não lhe dá... não lhe dá nenhuma garantia?

LFV - A mim?! F.., o António Costa? F... Isso é tudo Porto!

VL - Exacto, pronto! (...) E o Lucílio?

LFV - Não, não me dá garantia nenhuma o Lucílio!

VL - E o Duarte?

LFV - Nada, zero! Ninguém me dá!... Ouça lá, eu, neste momento, é tudo para nos roubar! Ó pá, mas é evidente! Mas isso é demasiado evidente, carago! Ó major, eu não quero nem me tenho chateado com isto, porque eu estou a fazer isto por outro lado.(...)

VL - Talvez o Lucílio, pá!

LFV - Não, não quero Lucílio nenhum!(...)

VL - E o Proença?

LFV - O Proença também não quero! Ouça, é tudo para nos f...!

VL - E o João Ferreira?

LFV - O João... Pode vir o João. Agora o que eu queria... (...) Disseram que era o Paulo Paraty o árbitro... O Paulo Paraty! Agora, dizem-me a mim, que não tenho preferência de ninguém (...) à última hora, vêm-me dizer que já não pode ser o Paulo Paraty, por causa do Belenenses.

Pinto de Sousa - A única coisa que eu tinha dito ao João Rodrigues é o seguinte... É pá, há quinze [dias] ou três semanas, ele perguntou-me: "Quem é que você está a pensar para a Taça?"... Eu disse: "Estou a pensar no Paraty"...

VL - Bem, o gajo está f... (...) O Paraty então não consegues, não é?

PS - O Paraty não pode ser. (...) Até para os árbitros restantes, diziam assim: "É pá, que diabo, este gajo tem tantos internacionais e não tem mais nenhum livre, pá?!".(...)

VL - Eu nem dá para falar muito ao telefone, que ele começa para lá a desancar. (...) Mas qual é o gajo que o Porto não quer?! O Porto quere-os todos, pá! Qualquer um lhe serve!

PS - É... Por acaso é verdade...

VL - O Porto quer lá saber disso!

PS - Se é o Lucílio... Se fosse o Lucílio, era o Lucílio, se fosse o António Costa, era o António Costa...

VL - Ao Porto qualquer um serve!

Isto sim, é transparência!

domingo, 24 de junho de 2007

APITO ABAFADO - SINFONIA Nº1

Na falta de futebol jogado nas quatro linhas, das emoções próprias dos ambientes dos estádios e ainda porque os pasquins amestrados procuram a todo o transe ABAFAR o que se vai, dificilmente conhecendo, dos movimentos passíveis de configurar ilícitos e que estranhamente (ou talvez não) vão sendo sistematicamente (ou estrategicamente?) relegados para o esquecimento, decidi relembrar algumas dessas notícias a que pomposamente baptizei de SONS ABAFADOS.

SINFONIA Nº 1

20.01.2006 (In "comunicado do FCP, colocado em www.fcp.pt )

O director-geral do Benfica, José Veiga, esteve ontem a jantar com Devesa Neto no restaurante O Sapo, em Penafiel. À mesma mesa, sem pruridos, reforçando o despudor dos últimos tempos.

O dirigente abandonou o estágio que a sua equipa está a realizar para o compromisso com o Gil Vicente para participar num repasto que, seguramente, não deve ter servido para conversar em exclusivo sobre da qualidade das iguarias. O Benfica, profissão de um e paixão do outro, terá dado para falar de muitos outros temas".

Numa altura em que a Adjunta anda muito preocupada com o alegado encontro de PC com um árbitro em sua casa não será estranho que estes encontros no restaurante não a preocupem do mesmo modo?

Devesa Neto foi um dos auxiliares do escandaloso jogo do Algarve e mais tarde um dos convidados na deslocação dos lampiões a Liverpool. (Ainda diz o "Parabólicas" que no clube dele não há Calheiros!)


Coincidências!...
Andará a "justiça" distraída ou apenas a nanar?

sexta-feira, 22 de junho de 2007

OS DIFERENTES SONS DO “TAL” APITO

São variados os sons que podemos tirar de um instrumento musical ou mesmo de um vulgar Apito. Tal variedade está directamente ligada à destreza do músico, ou no caso, do “apitador”.

Há os que apenas conseguem reproduzir o assobio ou silvo mas há também os que produzem grandes concertos com o “tal” Apito.

Como nos instrumentos nobres, os sons produzidos pelo Apito podem ser agudos, graves ou simplesmente…abafados!

Vem isto a propósito das grandes serenatas que de há uns três anos a esta parte o MP tem realizado, patrocinados pelos “Pasquins amestrados” e pela “CS subserviente”, que parece terem descoberto o filão da captação de vendas e audiências.

Os sons agudos e graves correspondem a tudo o que alegadamente envolve os clubes a norte do rio Liz, os sons abafados o que alegadamente envolve os clubes a sul desse rio.

Depois de analisados e arquivados alguns processos (os dos primeiros sons) os “figurões” que alegadamente protagonizaram os sons da última espécie (os abafados) saíram a terreiro, servindo-se dos Pasquins amestrados e da CS subserviente, a clamar por justiça! Pasme-se, justiça!...Desenvolvendo as suas influências no sentido de alterar o rumo dos acontecimentos.

Para que a estabilidade deste cantinho à beira mar plantado não fosse gravemente afectado, o (des)Governo descobriu a fórmula mágica na pessoa de uma adjunta que plantou no MP com a atribuição principal de “descobrir” e reabrir os sons agudos e graves do “tal” Apito, desprezando e ignorando os sons já de si abafados.

Numa entrevista à RTP 1 o próprio PGR não teve pejo em afirmar que o intuito era esse: Condenar VL e PC! Assim mesmo!

Abafados continuam os sons que relatam os casos das escutas ao LFV a pedir certo árbitro para um jogo da taça; da "beijoca" do Veiga para o major; dos encontros no Restaurante "O Sapo" entre Veiga e o árbitro assistente Devesa Neto, quando ainda no activo; do jogo Estoril-Benfica no Algarve e todos os antecedentes; da entrevista dada por Jorge Coroado onde fala de apitos dourados oferecidos pelos clubes do regime e os conhecidos mais recentemente e divulgados envergonhadamente pelo CM que os blogs “Sou Portista Com Muito Orgulho” e “Bicampeões do Mundo”nos deram a conhecer.

Chama-se a isto descaramento, falta de rigor e isenção, desrespeito pelos contribuintes que pagam os seus impostos e têm direito a ver a justiça funcionar sem facciosismo, proteccionismo mas também sem movimentos selectivos e persecutórios.

Cabe ao MP representar o Estado, defender os interesses que a lei determinar, participar na execução da política criminal definida pelos órgãos de soberania, exercer a acção penal orientada pelo princípio da legalidade e defender a legalidade democrática, nos termos da Constituição, do presente estatuto e da lei.

Não é com um olho aparentemente aberto e outro aparentemente fechado que cumpre a sua missão.

Sr. PGR e Adjunta, como cidadão e contribuinte exigo critério, isenção e justiça. Só assim defenderão a lei!

segunda-feira, 18 de junho de 2007

SEJA BEM APARECIDO SR. PRESIDENTE!

Depois de toda a pressão, ataques, invenções, calúnias e julgamentos em praça pública com que a CS tem brindado de há três anos para cá sem descanso, visando a descredibilização de Pinto da Costa e do FC Porto, eis senão quando o Presidente, libertando-se um pouco da estratégia de guardar serenamente para o local próprio (o tribunal) para aí esgrimir a sua defesa e reduzir a pó as covardes acusações que lhe têm sido remetidas, aparece numa entrevista oportuna para quiçá, ajudar a desanuviar as mentes de alguns portistas mais influenciáveis pela campanha persecutória, nunca antes vista no panorama desportivo português!

Pinto da Costa - A primeira entrevista depois do Apito Dourado

Pinto da Costa jura que nunca comprou ou mandou comprar um árbitro para beneficiar o FC Porto. Numa entrevista sem restrições às perguntas e em que o processo Apito Dourado foi o tema principal, o presidente do FC Porto passou em revista a época desportiva, o trabalho de Jesualdo Ferreira, as aquisições e as vendas de jogadores e o novo cargo que vai ser desempenhado por Vítor Baía.

PÚBLICO (P): Como reagiu ao despacho de acusação do Ministério Público dos crimes de corrupção desportiva activa, no âmbito do processo que envolve o FC Porto-Estrela da Amadora de 2004?

Pinto da Costa (PC): Confesso que não perdi muito tempo a analisá-lo, atendendo a que já tinha sido anteriormente arquivado por não haver indícios.

P: Alguma vez comprou ou mandou comprar um árbitro para beneficiar o FC Porto?

PC: Não. Isso não tem qualquer tipo de cabimento e só lhe respondo porque não faço reservas às perguntas.

P: Declarações de Carolina Salgado terão servido para descodificar o nexo de causalidade em que Jacinto Paixão pedia ao empresário António Araújo que lhe arranjasse, por exemplo, “fruta” e as prostitutas que se diz terem sido um serviço oferecido pelo FC Porto à equipa de arbitragem...

PC: Fruta? Fruta como eu todos os dias ao pequeno-almoço, que faz muito bem à saúde.

P: Refiro-me à conversa telefónica gravada entre si e António Araújo...

PC: O FC Porto e António Araújo, este como representante do Corinthians Alagoano, mantinham entre si uma conta corrente relativa à transferência de jogadores e quando [ele] me falou em fruta pensei que se referia a uma verba que vinha reclamando de uma dívida do FC Porto, tendo-lhe por isso dito que tinha sido já enviada, como de facto fôra.

P: Mas Carolina Salgado refere, até no livro Eu Carolina, a existência de ofertas a árbitros...

PC: Como é sabido, as minhas preferências literárias vão mais para o poeta José Régio. Não aprecio literatura de cordel.

P: Mesmo conhece de certeza o seu teor...

PC: Quanto a isso, quero endereçar os meus parabéns ao senhor procurador e à senhora juíza, musas inspiradoras de tal obra, uma vez que foram eles que criaram o guião. Conheço o suficiente para compreender que tanta invenção e falsidade só serão compreendidas quando todos souberem (o que eu já sei) com quem a Carolina Salgado se reuniu antes do livro, depois de ele ser escrito, quem cortou coisas, quem acrescentou outras, quem a apresentou à D. Quixote, etc., etc. Para se compreender o objectivo desse livro, será suficiente ler, como eu li, há dias num diário, que a escritora Fernanda Freitas está arrependida (e vou citar) por “ter pactuado alegadamente por desconhecimento de causa com falsidades e invenções no texto que escreveu”.

P: O que pretende dizer com isso?

PC: Diria que a autora do livro poderia ser processada por plágio, já que, ao que me contam, transcreve o interrogatório judicial de que fui alvo.

P: Mas a verdade é que o FC Porto foi acusado de oferecer prostitutas aos árbitros...

PC: Quanto a essas aleivosias, já prestei os esclarecimentos em sede de inquérito, que, pelos vistos, foram suficientes, porque o processo foi arquivado. Aliás, como é bom de ver pela última época em que fomos prejudicados por este ambiente de suspeição, o FC Porto continua a ganhar e venceu o campeonato. Não esqueçamos que, em caso de dúvida, os árbitros, neste clima de suspeição, decidiam sempre contra o FC Porto.

P: O FC Porto jogou com o Estrela da Amadora a 24 de Janeiro de 2004, numa altura em que tinha uma equipa fortíssima...

PC: É verdade. O FC Porto ia em primeiro lugar, com 48 pontos e cinco de avanço sobre o segundo classificado. É também verdade que o Estrela ia em último lugar, com 11 pontos, aliás lugar no qual terminou o campeonato e destacado. A mesma equipa e a mesma estrutura que ganharam as mais prestigiadas taças europeias não seriam capazes de ganhar ao Estrela em casa? Não me lembro de ninguém, na altura, se ter lembrado de falar em favores de árbitros europeus. Curiosamente, nem é referente ao FC Porto que mais do que um árbitro internacional disseram, e está escrito, que receberam favores de um clube português em jogos europeus.


P: Mas a acusação, com base em pareceres técnicos de ex-árbitros portugueses, diz que diversos erros prejudicaram o Estrela...

PC: Eu desse jogo e de erros lembro-me de três fora de jogo mal assinalados ao FC Porto, que podem ser facilmente comprovados pelo visionamento da gravação. Quanto aos golos do FC Porto, nem eu nem os analistas nem os “paineleiros” habituais descortinaram qualquer irregularidade.

P: Mas não está preocupado com esta segunda fase do “Apito Dourado”, agora liderado por Maria José Morgado?

PC: Ao que sei, só existe um processo Apito Dourado, o que corre em Gondomar e do qual não faço parte. Além do mais, quem não deve não teme e considero que se trata de uma perseguição pessoal, a mim e ao FC Porto, à qual saberemos dar resposta.

P: Resposta a quem? A Maria José Morgado?

PC: Não, não. Refiro-me mais a alguns apêndices sequiosos de protagonismo, aqueles que vão para as televisões fazer afirmações descabidas sobre o meu salário e que falam das ligações dos autarcas ao Ministério Público.

P: Está a referir-se a quem?

PC: Olhe, vou fazer uma analogia entre o lugar comum da promiscuidade entre a política e o futebol e àquela que existe entre alguns elementos dos media e elementos do Ministério Público. Algo semelhante entre o que se passava na corte francesa, em que os segredos de estado eram partilhados na alcofa.

P: Mas a reabertura do processo teve por base as declarações de Carolina Salgado...

PC: Apesar de conhecer o teor dessas declarações, uma vez que não tive acesso às mesmas, sei que foram o pretexto para a reabertura.

P: Como vai então reagir à acusação?

PC: Já entreguei o assunto aos meus advogados, que são pessoas competentes para tratar disso. Eu estou de consciência tranquila e espero, serenamente, o desfecho do processo. Contudo, não quero deixar de manifestar a minha estranheza por todo este alarido acerca da corrupção no futebol só levantar suspeições sobre clubes e agentes desportivos do norte do país, quando é do conhecimento público e, em especial, de quem acusa, que nas mesmas escutas há outros dirigentes desportivos de clubes da capital, a solicitar a nomeação de certos árbitros. E contra esses, ao que sei, não há processos a correr.

P: Acha que há perseguição ao FC Porto?

PC: Ao FC Porto e ao norte em geral. O que podemos constatar é que há uma dualidade de critérios.

P: Um comunicado do seu advogado anunciou medidas: é verdade que vai pedir a nulidade das escutas telefónicas?

PC: Não faço ideia. Os meus advogados é que sabem os passos a seguir. Também não lhes peço opinião sobre os assuntos do futebol...


P: Tem ainda mais dois processos: o do Beira-Mar-FC Porto, arbitrado pelo Augusto Duarte, e o do Nacional-Benfica, e há ainda um processo lateral ao “Apito Dourado” em que é acusado de ser o mandante de uma agressão ao ex-vereador da Câmara de Gondomar Ricardo Bexiga. Teme voltar a ser acusado?

PC: Não faço a mínima ideia dos inquéritos, designadamente dos ressuscitados, e do seu andamento. Para isso é que tenho advogados. E respeito o segredo de justiça.

P: Já teve vários inquéritos arquivados resultantes de certidões do processo principal. Quantos?

PC: Que me lembre, todos tinham sido arquivados menos um. Até ao renascimento dos novos processos, que ainda não estão concluídos.

P: Que implicações pode ter o “Apito Dourado” para o FC Porto no aspecto desportivo e no “negócio” da SAD?

PC: Espero que nenhuns porque acredito na justiça. Embora, se formos analisar as arbitragens dos jogos do FC Porto e dos seus rivais directos, já estejamos a sentir os seus efeitos directos.

P: O que acha do facto de o realizador João Botelho ir fazer um filme baseado no livro “Eu Carolina”?

PC: Acho normal. É a sequência lógica e faz parte do plano que levou à publicação do livro. Tudo começou quando saí de casa em que vivia [com Carolina Salgado] e quando, depois, recusei ceder às tentativas de chantagem. No dia 14 de Maio de 2006 saiu uma entrevista no Correio da Manhã de um individuo em que ele exibia objectos meus que ainda hoje não reavi e em que falava num plano para me extorquirem 500 mil euros. Estou à vontade porque nem conheço o cavalheiro. Depois, o resto também é conhecido: uma mulher interveio e é uma das protagonistas do filme, o marido filmou e alguém patrocina...

P: O ex-presidente da Câmara do Porto Nuno Cardoso e os dirigentes do FC Porto Angelino Ferreira, Eduardo Valente e Adelino Caldeira são acusados de terem prejudicado o estado em 3,3 milhões de euros no negócio da permuta, em 1999, de terrenos das Antas e do Parque da Cidade. A proposta de acusação da Polícia Judiciária diz que o FC Porto foi beneficiado em dois milhões de euros.

PC: Isso é muito fácil de explicar. O então presidente da Câmara, Fernando Gomes, andava há muito tempo a tentar uma permuta de terrenos desta zona com a Família Ramalho por troca com a quinta que existia aqui nesta zona. Não conseguia chegar a acordo porque a família Ramalho não queria trocas, tinha acertado um valor e só queria dinheiro. E como a Câmara do Porto tinha aceitado trocar esse terrenos pela quinta, cujo valor atribuído era idêntico, o FC Porto foi ao banco, ao BCP, conseguiu o empréstimo e pagou à família Ramalho aquilo que ela pretendia pela quinta. Depois, permutou-a pelos terrenos que a Câmara queria trocar com a família Ramalho num documento que foi assinado pelos três directores responsáveis pelos respectivos sectores. E vendeu-os entretanto para pagar ao banco. É tão simples como isto. Quer dizer, se a família Ramalho tivesse feito ela a permuta a esta hora quem estava no banco dos réus era a família Ramalho. É um absurdo.

18.06.2007 - 00h30 Bruno Prata - In Público on line

sábado, 16 de junho de 2007

APITO...ENCOMENDADO!

O presidente do FC Porto já reagiu à última decisão da equipa de Maria José Morgado, sobre a acusação de corrupção desportiva, no âmbito do caso Apito Dourado. Pinto da Costa adianta que o desfecho só podia ser este, depois do processo em causa, referente ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora, de 2003/04, ter sido arquivado.

"Pela forma como foi reaberto o processo, anteriormente arquivado pelo Ministério Público, toda a gente tinha percebido que o desfecho só poderia ser este", afirmou Pinto da Costa, em entrevista ao SOL.

Apesar da reabertura do processo, o líder dos dragões não se mostrou preocupado, sublinhando que a única preocupação é "resolver os problemas do FC Porto e continuar a ganhar".

terça-feira, 12 de junho de 2007

SIMPLY THE BEST


Vítor Manuel Martins Baía, imortalizado para o futebol por Vítor Baía, vai amanhã dar uma conferência de Imprensa conjunta com Pinto da Costa onde anunciará
o seu futuro, que se prevê de ligação ao seu clube do coração, noutras funções, anunciando a sua retirada de actividade como atleta.

Baía merece de todos os desportistas em geral e dos portistas em particular toda a admiração pela carreira exemplar que construiu, à custa da sua humildade, personalidade, espírito de sacrifício, entrega e sobretudo talento.

Nascido no concelho de Vila Nova de Gaia, Baía começou a jogar futebol no Académico de Leça. Aos treze anos mudou-se para o FC Porto, onde passou a maior parte da sua carreira. Aos dezoito anos foi pela primeira vez chamado à equipa principal por Quinito, num jogo contra o Vitória de Guimarães em Setembro de 1988, jogo disputado na cidade berço com resultado final de 1-1.

Chegou à baliza da selecção portuguesa com 21 anos. Estreou-se no dia 19 de Dezembro de 1990, num jogo frente aos Estados Unidos, iniciando aí uma década em que a camisola nº1 de Portugal lhe pertenceu quase em exclusivo.

Ao serviço do clube portuense ganhou cinco campeonatos nacionais e duas taças de Portugal, sofrendo 116 golos em sete épocas (uma média de apenas 16,5 golos sofridos por ano).Esteve presente com a selecção portuguesa no campeonato europeu de 1996, em Inglaterra, após o qual se transferiu para o FC Barcelona, de Espanha, transformando-se no mais caro guarda-redes do mundo.

Depois de uma boa primeira época ao serviço do clube espanhol, Vítor Baía sofreu uma lesão, em Agosto de 1997, e o técnico holandês Louis Van Gaal retirou-o da primeira equipa, preferindo o seu compatriota Ruud Hesp. Em Janeiro de 1999, após vários meses sem jogar no Barcelona, Baía, ainda como jogador do Barcelona, regressou ao FC Porto para relançar a sua carreira.

Em 2000 integrou a equipa da selecção nacional para o Campeonato Europeu de Futebol onde esteve em bom plano ao defender uma grande penalidade nos quartos-de-final de Arif da selecção da Turquia, mas não tendo hipóteses na grande penalidade apontada por Zinedine Zidane que iria eliminar Portugal nas meias-finais.

No ano seguinte, uma lesão no joelho afastou-o dos relvados durante praticamente uma época, o que levou a que muitas pessoas pensassem que iria acabar a carreira.

Contudo, Baía voltou ao seu melhor, recuperando a tempo de representar Portugal no Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e Japão. Nessa competição, Baía foi titular, quando se esperava que fosse Ricardo guardião do Boavista
a defender as redes da selecção, pois este tinha sido titular nos últimos cinco jogos da fase de apuramento (nos primeiros cinco o titular havia sido Quim)
.

Quando Luiz Felipe Scolari foi nomeado seleccionador nacional, Baía nunca mais defendeu as cores de Portugal. Todavia, ao serviço do FC Porto, manteve sempre a titularidade, excepto num pequeno período em que se desentendeu com José Mourinho.

Em 2003, Vítor Baía foi o guarda-redes titular do FC Porto na final da Taça UEFA, em Sevilha (Espanha), que a equipa portuguesa venceu por 3-2, após prolongamento ao Celtic de Glasgow e no ano seguinte foi também titular na final da Liga dos Campeões, em Gelsenkirchen (Alemanha), em que o FC Porto ganhou 3-0 ao AS Monaco, tendo mesmo sido considerado o melhor guarda-redes europeu de 2004, pela UEFA.

Viria a perder a titularidade no final de 2005, quando o treinador holandês Co Adriaanse considerou que Helton seria melhor opção. Hoje, aos 37 anos, é o guarda-redes suplente do FC Porto e um dos jogadores mais influentes no balneário portista.

Vítor Baía é o jogador de futebol com mais títulos a nível mundial, já conquistou 32. Pelé e Rijkaard contam com 25 cada um.

CURIOSIDADES:

  • É o detentor do 5º melhor registo de imbatibilidade de sempre da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol.
  • Foi o 1º jogador português a atingir as 75 internacionalizações (16 de Agosto de 2000).
  • Em 2004, obtém o record de 1192 minutos sem sofrer golos no Campeonato Nacional.
  • Conquistou 10 campeonatos nacionais de seniores.
  • É-lhe atribuída a designação de futebolista com mais títulos, na história do futebol mundial, alcançados na sua (longa) carreira: 32. Pelé e Riijkard são os que se seguem com 25 títulos.
  • Na cápsula do tempo enterrada pela UEFA aquando do seu jubileu de ouro em 2004, foi colocado um par de luvas de Vítor Baía.
  • Tem uma fundação em seu nome: a Fundação Vítor Baía 99. 99 é o número que ostenta nas costas desde que voltou ao FC Porto.
  • Em 11 de Novembro de 2005 lançou a sua autobiografia.
DADOS DA CARREIRA:
  • 1988 - 1997 - FC Porto
  • 1997 - 1999 - FC Barcelona
  • 1999 - presente - FC Porto
  • Estreia no Campeonato Nacional
    • 11/09/89: V.Guimarães 1 - 1 FC Porto
  • Estreia nas Competições Europeias
    • 13/09/89: FC Porto 2 - 0 Flacari Moreini
  • Estreia na Selecção Nacional
  • 19/12/90: Portugal 1 - 0 EUA
PALMARÉS:
10 Campeonatos Nacionais (Portugal): época 89/90, 91/92, 92/93, 94/95, 95/96, 98/99, 02/03, 03/04, 05/06 e 06/07
  • 5 Taças de Portugal (Portugal): 90/91, 93/94, 99/2000, 02/03 e 05/06

  • 8 Supertaças Cândido de Oliveira (Portugal): 90/91, 91/92, 93/94, 94/95, 99/00, 02/03, 03/04, 05/06

  • 2 Taça do Rei (Espanha): 96/97 e 97/98
  • 1 Liga (Espanha): 97/98
  • 1 Supertaça de Espanha: 97/98

  • 1 Taça das Taças (UEFA): 96/97
  • 1 Supertaça Europeia (UEFA): 97/98
  • 1 Taça UEFA (UEFA): 02/03
  • 1 Liga dos Campeões (UEFA): 03/04
  • 1 Taça Intercontinental (FIFA): 04/05
Por tudo o que deu ao futebol, ao FC Porto e ao país o meu muito obrigado.


Aguardo com ansiedade um jogo de despedida com estrelas mundiais para homenagear o campeão dos campeões!

Fontes bibliográficas: Wikipédia e Revista Dragões

domingo, 10 de junho de 2007

SOMA E SEGUE

Os embates contra o clube "mais grande", têm sido esta época motivo para quase completo desespero dos não sei quantos milhões que eles dizem que são.

Não admira por isso que o lampião mor espume de raiva cada vez que tem de falar (!?)

Um triunfo expressivo sobre o Benfica, por 4-1, valeu este sábado a consagração dos juvenis do FC Porto como campeões nacionais de hóquei em patins;

A equipa de iniciados do FC Porto assumiu a liderança do Campeonato Nacional de Futebol do escalão, após uma vitória devastadora sobre o Benfica por 6-0, num jogo a contar para a penúltima jornada da competição, realizado este domingo no Centro de Treinos e Formação Desportiva do Olival;

Tiago Silva sentenciou o Nacional de Juniores de Futebol, ao marcar o golo da vitória frente, mais uma vez o Benfica, permitindo ao FC Porto fazer a festa do título a uma jornada do fim.

A exterminação dos sarracenos está a tornar-se a nossa especialidade.

Amanhã certamente o lampião mor virá a terreiro falar do Apito Dourado.
De tanto falar no Apito ainda corre o risco de o engolir!

quinta-feira, 7 de junho de 2007

ANDERSON, AINDA!...

Já muito se falou da transferência do "génio" Anderson para o Manchester United e a verdade é que também eu ainda não me refiz dessa sensação desagradável de quem levou um murro no estômago.


É sempre penoso ver sair um artista de quem esperávamos mais, tendo em conta que passou muito mais tempo fora do campo sem poder contribuir com a sua classe.

Mas um génio, mesmo limitado fisicamente, não deixa de o ser e os "tubarões" não dormem.

Sabia que a sua saída seria inevitável e podia ser rápida. Não contava era que fosse supersónica!

Os respeitados bloguers portistas que eu leio todos os dias, bem como alguns jornalistas de nomeada, já teceram as críticas que entenderam e manifestaram também o desencanto por este acontecimento. Nisto temos todos alguns pontos comuns.

Contudo não queria deixar passar em claro a possibilidade de fazer a minha reflexão, beneficiando naturalmente do tempo suficiente para acalmar do primeiro impacto e cair na real.

Face à gestão complicada que tem vindo a ser seguida pela Sad, e não, não é um problema desta Sad. Trata-se de um problema que tem atravessado transversalmente todas as direcções que passaram neste como em todos os outros clubes, era previsível que algumas jóias da coroa tivessem de ser sacrificadas. Pinto da Costa veio entretanto, numa tentativa de acalmar os associados, dizer que mais nenhuma outra seria vendida. Eu não acredito. Entendo que o aspecto financeiro só ficará salvaguardado com a venda de pelo menos mais um atleta (Pepe ou Quaresma). Pode eventualmente ficar adiada até Dezembro.

Acusa-se esta Sad de comissionista. Pelo volume de transferências que ultimamente promove, especialmente de atletas desconhecidos para os quais não existe qualquer garantia de qualidade e que em alguns casos o destino é a colocação em clubes secundários para os fazer rodar.

Objectivamente não posso estar de acordo com esta politica. Somos um clube deficitário, temos que ter contenção nas despesas e não podemos esbanjar como se estivéssemos a nadar em dinheiro. É por estas e por outras que chagamos ao final das épocas com necessidade de vender os melhores.

Mas não pensem que é fácil evitar estes negócios! O futebol está cada vez mais nas mãos dos empresários. E para ter Anderson, Lucho, Lisandro, Pepe e outros craques oferecidos ao FC Porto e não a outros é necessário um bom relacionamento. Mas este negócio está cada vez mais parecido com a pesca. Para se ter acesso a cherne tem de se comprar algum carapau. A rede está montada e só tem a perder quem quiser viver à sua margem.

Não foi por acaso que o FC Porto se tornou numa das principais montras do futebol Europeu.
É esse o nosso destino e a nossa vocação, porque pertencemos a um país pequeno, limitado, sem expressão e altamente dependente.
E não temos razões de queixa porque não conheço clube nenhum que em tão pouco tempo tenha conseguído colocar tantos e tão bons atletas. Pena é não termos sabido administrar com racionalidade as receitas que foram geradas, mesmo tendo em conta a tal "obrigatoriedade" da aquisição de alguns "carapaus".

Em 2004/2005 saíram Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira e Deco e nessa altura os adeptos pareceram-me bem mais conformados do que agora. Talvez a vitória na CL tenha sido um bálsamo. É certo que ficaram garantidas três aquisições que davam todas as garantias, Seitaridis que fez o Europeu exemplarmente ao ponto de ser pretendido pelo Real Madrid, Diego, internacional brasileiro e Pepe, uma escolha de Mourinho. Depois veio também o "fabuloso" Luis Fabiano de quem se esperava muitos golos. Muito cherne mas também muito carapau (Leo Lima, Pitbul, Ibson, Sandro, Leandro, Bomfim, etc).
O mundo do futebol não é uma ciência exacta. Nem sempre a lógica funciona. A verdade é que aqueles de quem mais se esperava falharam. Pela positiva, nessa época, só me lembro de Ibson!

Hoje parece haver mais exigência, da nossa parte, e bem porque não pretendemos ver repetidos os erros dessa época.

É um facto ter de vender para sobreviver financeiramente. Mas já agora, exige-se à Sad rigor, critério e contenção nas aquisições.

Quanto a Anderson que seja muito feliz sempre que não tiver que defrontar o FC Porto!

sábado, 2 de junho de 2007

POSTIGA DECISIVO NA VITÓRIA DE PORTUGAL

Hélder Postiga foi hoje decisivo na vitória de Portugal (1-2) frente à Bélgica ao marcar o golo da vitória portuguesa no jogo efectuado em Bruxelas, a contar para o Euro 2008.
O avançado portista fez um bom jogo, numa partida com ritmo de fim de época, jogada a passo e em que foi notória a maior capacidade técnica dos nossos jogadores.
Foi um golaço do ponta-de-lança português que, fora da área ,mandou uma bomba a não dar hipóteses ao guardião belga.
Foi o décimo golo ao serviço da selecção. A vitória fora foi muito importante dado que permite a Portugal manter o 2º lugar do grupo e continuar a aspirar à respectiva qualificação para a fase final.

Ricardo Quaresma foi outro dos portistas chamado à titularidade. Não esteve nos seus melhores dias, mas ainda assim teve bons apontamentos.
Logo aos 7', numa boa jogada pela direita, ultrapassou o seu adversário e já dentro da área serviu Deco que atirou para a defesa do guardião belga, flhando uma óptima ocasião para facturar.

Aos 32' inverteu-se a situação. Num contra-ataque bem urdido,Deco assistiu Quaresma na entrada da área que livre de adversários rematou em jeito sobre Stijnen, falhando o golo.

Bosingwa foi o terceiro portista a contribuir para esta vitória ao substituir Miguel que saíra lesionado.
Entrou muito bem no jogo, muito confiante e rápido demonstrando atravessar um bom momento de forma e a justificar em pleno a titularidade.

Bruno Alves foi suplente não utilizado! Mas que falta fez naquela defesa demasiado complicada.