As duas épocas excepcionais do FC Porto sob o comando de Bobby Robson, deram azo à cobiça do Barcelona, para onde o treinador inglês se transferiu, levando consigo o seu adjunto José Mourinho e o guarda-redes Vítor Baía.
Pinto da Costa meteu em ombros a difícil tarefa de substituir as pedras fulcrais dos últimos êxitos e como quase sempre saiu-se a contento.
Pinto da Costa meteu em ombros a difícil tarefa de substituir as pedras fulcrais dos últimos êxitos e como quase sempre saiu-se a contento.
1996/1997 FINALMENTE O TRI
No novo ciclo que começava e se pretendia de continuidade de resultados, o Presidente escolheu António Oliveira como técnico principal que elegeu para adjuntos Joaquim Teixeira, André e Mlynarczik. Com um calendário muito carregado, tornava-se necessário reforçar a equipa, apetrechando-a de jogadores ambiciosos e dispostos a contribuir para manter o Clube na senda das vitórias.
Na baliza as novidades foram as entradas de Wozniak e Hilário (promovido a sénior), na defesa Lula rendeu Zé Carlos e entraram também Buturovic, Diaz, Rui Óscar e Fernando Mendes, na linha média Wetl, Costa, Barroso, Sérgio Conceição e Zahovic e na frente Artur, Quinzinho, Romeu e Jardel.
Na baliza as novidades foram as entradas de Wozniak e Hilário (promovido a sénior), na defesa Lula rendeu Zé Carlos e entraram também Buturovic, Diaz, Rui Óscar e Fernando Mendes, na linha média Wetl, Costa, Barroso, Sérgio Conceição e Zahovic e na frente Artur, Quinzinho, Romeu e Jardel.
A época arrancou com a 1ª mão da Supertaça Cândido de Oliveira, nas Antas contra o Benfica com uma magra vitória portista por 1-0, num jogo em que os Dragões foram mais criativos, perigosos e com maior apetência pela baliza, superioridade não traduzida no resultado final, deixando antever uma segunda-mão muito disputada.
Até lá, o FC Porto entrou no campeonato a ceder um empate contra o Setúbal, nas Antas, seguindo-se três vitórias consecutivas , duas para o campeonato e outra para a Champions (a célebre vitória em S. Siro sobre o Milan por 3-2, com dois golos de Jardel).
Se S. Siro tinha sido uma noite de gala, a noite de 18 de Setembro de 1996 foi a da demonstração inequívoca da classe, mérito, grandeza, capacidade, organização e superioridade de uma equipa e de um Clube, que contra: as campanhas destabilizadoras; os programas desportivos hostis encomendados; a inveja sem pudor; as frustrações evidenciadas por quem se vê ultrapassado e ainda contra a maledicência e mentira, infligiu ao clube do regime, na sua própria casa uma goleada humilhante: 5-0!
O jogo da 2ª mão foi transmitida pela RTP1 e foi evidente o desconforto manifestado pelos comentadores de serviço, face a uma vitória e uma exibição arrasadoras.
Foi a conquista do 8º troféu em dezasseis disputados.
O FC Porto cumpriu toda a primeira volta do campeonato sem conhecer o sabor amargo da derrota, tendo registada apenas dois empates, cedidos nas Antas (Setúbal - 1ª jornada e Estrela Amadora - 5ª jornada). As visitas a Alvalade e Luz foram coroadas de êxito com vitórias portistas por 1-0 e 2-1, respectivamente. No final da primeira metade a vantagem era já de 13 pontos.
A primeira das três derrotas surgiu à 21ª jornada frente ao Salgueiros (1-2), nas Antas, quando ninguém a esperava. Uma tarde negra para os Dragões que jogaram contra um adversário muito motivado, competente e feliz. Talvez ainda afectada por essa exibição menos conseguída, o FC Porto voltaria a perder pontos nas duas jornadas seguintes , cedendo um empate na Amadora (2-2) e nova derrota nas Antas contra o Sporting (1-2) que na altura fez reduzir a vantagem para sete pontos. Na "mourolândia" renascia a esperança e na estação televisiva de Carnaxide exultava-se com esses resultados. Pôncio Monteiro foi disso testemunha pois era ele que galhardamente defendia o FC Porto no programa "Donos da Bola". Um programa criado para enxovalhar o bom nome do nosso Clube.
Contudo, a equipa soube unir-se e recuperar forças para o assalto final rumo ao ambicionado Tri, dando resposta adequada e concludente às manobras insidiosas e patéticas de bastidores, concretizando o objectivo a três jornadas antes do fecho do campeonato. Guimarães foi o palco. A deslocação antevia-se complicada, mas os Dragões mostraram a sua raça. Num empolgante desafio o FC Porto demonstrou quem era a melhor equip
a do campeonato goleando o Vitória local por quatro golos sem resposta. Foi o delírio e o grito de raiva da população azul já enojada de tanta aleivosia.
Seguiu-se depois o jogo contra o Benfica, nas Antas e em clima de festa os portistas despacharam o seu rival com uns claros 3-1, sendo que o golo dos lisboetas foi de uma grande penalidade inventada pelo árbitro António Costa. O jogo da consagração foi nas Antas frente ao Gil Vicente. O FC Porto fechou o TRI com três golos, mesmo a calhar para gáudio do imenso público que encheu o Estádio para comemorar o feito histórico: A conquista do 1º Tricampeonato do Clube. Os Dragões concluiram o campeonato com mais 13 pontos que o Sporting (2º) e mais 27 que o Benfica (3º). Jardel sagrou-se rei dos marcadores ao apontar 30 golos.

Seguiu-se depois o jogo contra o Benfica, nas Antas e em clima de festa os portistas despacharam o seu rival com uns claros 3-1, sendo que o golo dos lisboetas foi de uma grande penalidade inventada pelo árbitro António Costa. O jogo da consagração foi nas Antas frente ao Gil Vicente. O FC Porto fechou o TRI com três golos, mesmo a calhar para gáudio do imenso público que encheu o Estádio para comemorar o feito histórico: A conquista do 1º Tricampeonato do Clube. Os Dragões concluiram o campeonato com mais 13 pontos que o Sporting (2º) e mais 27 que o Benfica (3º). Jardel sagrou-se rei dos marcadores ao apontar 30 golos.
Jogador de fibra, de antes quebrar que torcer, , foi durante muitos anos o grande capitão e o transportador da famosa mística azul e branca. Começou a jogar futebol aos doze anos no C.F. Oliveira do Douro, tendo chegado ao FC Porto com 14 anos. Cumpriu grande parte da sua formação nas Antas. Em 1981/1982 integrou pela primeira vez a equipa sénior, mas só na época seguinte conquistou a titularidade no lado direito da defesa, sob o comando de Pedroto. Foi titular no FC Porto por mais de uma década e nunca mais vestiu outra camisola, tendo envergado a braçadeira de capitão durante grande parte da sua carreira. Em 1984 jogou a final da Taça das Taças que o FC Porto perdeu contra a Juventus. Três anos depois, já como capitão de equipa ergueu a Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Viena e ficou para a história por não ter largado a taça por um momento sequer desde que lhe foi entregue até recolher aos balneários. A Taça Intercontinental e a Supertaça europeia, ganhas na mesma época completam o seu palmarés internacional. A nível interno , participou em 407 jogos e venceu mais de 20 títulos com o FC Porto incluindo o TRI, momento que escolheu para terminar a sua carreira de jogador. Foi internacional, estreando-se na selecção nacional A em 1983 contra a França, quando tinha pouco mais de 21 anos e contava com 34 internacionalizações nas selecções jovens. Pela selecção principal disputou 70 partidas, tendo marcado apenas 1 golo, contra a Suíça, num jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo de 1990. Portugal não se qualificou para esse Mundial mas João Pinto já havia feito parte da convocatória em duas grandes ocasiões: Jogou as quatro partidas que Portugal disputou no Euro 84, enquanto no Mundial 86, lutando contra uma pleurisia, foi suplente não utilizado. Ao disputar a sua 67ª partida pela selecção nacional, João Pinto tornou-se o futebolista mais internacional de sempre. Despediu-se da equipa das quinas em 1996 , no Estádio das Antas, contra a Ucrânia, com vitória por 1-0. Ao abandonar a carreira depois da conquista do Tri em 1996/1997, abraçou a carreira de treinador, tendo treinado os júniores portistas em 1997/1998. É hoje um dos treinadores adjuntos de Jesualdo Ferreira.
Palmarés:
1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (1987) 1 Supertaça Europeia (1987) 1 Taça Intercontinental (1987) 9 Campeonatos Nacionais (1984/85, 1985/86, 1987/88, 1989/90, 1991/92, 1992/93, 1994/95, 1995/96, 1996/97) 4 Taças de Portugal (1983/84, 1987/88, 1990/91, 1993/94) 8 Supertaças Cândido de Oliveira (1983, 1984, 1986, 1990, 1991, 1993, 1994, 1996)
2 comentários:
Duas referências historicas: o Tri e João Pinto, num análise correcta.
Nesta hora difícil, que falta fazem jogadores com a alma, raça e mística, como o ex-número dois.
Um abraço
Apesar da a UEFA ter anulado a decisão da 1ª instância é preciso calma, porque o processo volta à primeira forma.
Para já é uma vitória, só que ainda não é definitiva.
Esperemos pois com serenidade, na certeza absoluta que o clube tem gente capaz de o defender contra tudo e contra todos.
Um abraço
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