terça-feira, 25 de maio de 2010

O VOO DO FALCAO

O futebol é sem dúvida o melhor espectáculo do mundo, mas há quem insista em tentar transforma-lo num circo!

Na falta de outros aliciantes, um clube nacional decidiu promover, de há uns tempos para cá, o voo de um milhafre como espectáculo, para oferecer aos seus apaniguados. Curioso foi apreciar o ar enternecido e orgulhoso dos seguidores, bem como ouvir as palavras emocionadas da maioria dos locutores de rádio e televisão que foram cobrindo a evolução da ave de rapina.

Cá mais a Norte, os adeptos de futebol são mais exigentes, não se deixam ludibriar com manobras de diversão. Apreciam outros voos, o verdadeiro espectáculo, principalmente se ele for interpretado por predestinados artistas da bola, capazes de oferecerem beleza técnica, jogadas fabulosas, defesas impossíveis, golos extraordinários... O voo do Jardel sobre os centrais mereceu até honras de canção no reportório de Rui Veloso.


Por cá passaram, passam e continuarão a passar muitos desses artistas.

Falcão pode ser um nome de ave? Poder pode, mas não é da ave que vos quero falar. Quero é mesmo falar de um Falcao sem til, o Radamel, reforço colombiano que passou a integrar o plantel azul e branco no princípio desta época, para fazer esquecer o nosso estimado Lisandro Lopez.

Radamel Falcao chegou ao Porto proveniente do River Plate, da Argentina. Nasceu em 10 de Fevereiro de 1986, em Santa Marta, na Colômbia.

Iniciou o seu percurso no futebol juvenil no Millonarios, de Bogotá, no seu país, clube onde o histórico River Plate o foi descobrir. Falcao, com apenas 15 anos jogava então no escalão etário superior (sub-17) o que atraiu ainda mais os observadores argentinos.

Estreou-se na primeira categoria do River Plate aos 20 anos, onde marcou muitos e bons golos, que o tornaram num alvo apetecido de clubes europeus. O Desportivo da Corunha e o Benfica manifestaram interesse em contrata-lo, mas foi o FC Porto que venceu essa corrida.

A missão de fazer esquecer Lisandro era, à primeira vista, quase impossível. No entanto, Falcao não se atemorizou demonstrando o seu real valor e cedo conquistou a massa adepta do Clube, pela raça, atitude e principalmente pelos golos importantes que marcou, 34 no total em todas as provas em que participou.

Só não venceu o título de melhor marcador da Liga, pelo facto de lhe terem sido invalidados indevidamente quatro golos perfeitamente regulares (como ele próprio reconheceu, em Portugal passam-se coisas estranhas).


Foi dos poucos atletas que pegou de estaca, não tendo necessidade de tempo suplementar de adaptação. Foi contratado para marcar golos e marcou mesmo.

LISTA DOS MARCADORES DOS GOLOS DO FC PORTO 2009/2010

Espero e desejo que seja para continuar.

2 comentários:

Dragão Azul Forte disse...

Excelente introdução, excelente artigo. Que seja para continuar.
Um abraço.
F. Moreira

dragao vila pouca disse...

Excelente jogador, bom homem e bom profissional. Deve prolongar o contrato e ter uma cláusula aumentada. É com jogadores com este espírito, que temos de contar para dar a volta ao texto e voltar a ser campeões.

Um abraço