sábado, 20 de dezembro de 2008

DÉCIMA VITÓRIA CONSECUTIVA COMO PRENDA DE NATAL

Depois do acerto do calendário, o FC Porto vai receber o Marítimo em jogo a contar para a 12ª jornada da Liga Sagres.

Mais um jogo que os Dragões vão querer vencer para continuarem firmes na sua candidatura à vitória final desta competição. O primeiro lugar está agora à distância de dois pontos, significando que o mau tempo ficou bem para trás.

Será um lugar comum dizer que o jogo deverá ser encarado com a maior responsabilidade pois facilidades é coisa que não devemos dar como adquirido. Os jogos tornam-se mais ou menos fáceis ou difíceis de acordo com a forma como forem encarados. Estou certo que neste momento todos os atletas têm consciência que jogar neste Clube requer a máxima concentração qualquer que seja o adversário. É por isso que tenho confiança que a 10ª vitória consecutiva será concretizada.

Enquanto Sapunaru e Tarik não recuperam de arreliadoras lesões, Jesualdo vai dando alguma estabilidade ao lote dos convocados. Em relação ao último encontro na Amadora, só Candeias não foi chamado.

Lista completa: Helton, Nuno, Fucile, Rolando, Bruno Alves, Stepanov, Pedro Emanuel, Benítez, Fernando, Raúl Meireles, Guarín, Tomás Costa, Lucho Gonzalez, Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez, Hulk, Farías e Cristian Rodriguez.

EQUIPA PROVÁVEL

Jogo no Estádio do Dragão - Porto
Dia 21.Dezembro.08 às 19:15 h
Árbitro: Duarte Gomes - A.F. Lisboa
Transmissão: RTP 1

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

«O HOMEM DO CHICOTE»

Após 15 anos de abstinência, o treinador brasileiro Dorival Knippel (Yustrich) leva o FC Porto ao título e à primeira Taça de Portugal em 1955/1956.

Jogo decisivo nas Antas, frente à Académica de Coimbra, de memórias imprevisíveis. Intervalo e empate a zero. Desgraçados dos cardíacos!... Segunda parte e o clímax do esforço. Hernâni inaugura o marcador na sequência de uma grande penalidade. Outros dois golos vieram dar descanso e exteriorizações à multidão.

Apesar de ter culminado o Campeonato em igualdade de pontos face ao Benfica (43), o triunfo alojou-se nas Antas, em função de nos jogos com os «encarnados» os portistas terem levado a melhor: 3-0 em casa e 1-1 na Luz.


Triunfo colectivo de um conjunto de jogadores de classe inegável. Porém, dêem as voltas que entenderem, o instante da consagração fez içar à popularidade um nome emblemático, servo da disciplina férrea, um homem de Minas Gerais agradado do Porto-clube e do Porto-cidade. Um homem que de forma indissociável aparecerá sempre em letras maiúsculas nas páginas de ouro da história do clube: Yustrich. O «Homão», cognome do povo, alterou completamente a concepção da equipa, impregnou-lhe outro cariz técnico; puxou pelo físico aos atletas, alguns nem se livraram de cachações.

O FC Porto «era um elefante que não sabia a força que tinha», a frase-verdade diversas vezes pronunciada pelo robusto técnico brasileiro e ex-guarda-redes. Apalpava as camisolas dos atletas averiguando se escorriam suor, exigia sacrifício total ao clube. Paternalista, solidário, preocupava-se com a vida de cada atleta, mesmo a privada, chegando pela calada da noite a interceptar certos craques nas pistas dos aconchegados poisos da boa-vai-ela. Carregava com eles às costas, o «Homão», por fim, clausura no Lar de Jogadores, que criou apoiado pelo presidente. Durante a semana, dois treinos diários, «pressing», experimentação de bola parada, exercício físico, mais, mais até ao pico da dureza, até as forças cederem.

Ao título, o FC Porto associou a conquista da Taça de Portugal, no Jamor, 2-0 em compita com o Torreense, que havia eliminado o Sporting (1-0) nos oitavos-de-final. Levado em ombros, o «homem do chicote», crismaram-no muitos assombrados pela severidade, mostrou em alturas de suprema ufania quanto o enternecimento prevalecia sobre o semblante carrancudo. Um ídolo.

Na foto a equipa que fez a dobradinha de 1955/1956. Da esquerda para a direita, em cima: Pinho, Pedroto, Monteiro da Costa, Miguel Arcanjo, Osvaldo Cambalacho e Virgílio; Em baixo: Hernâni, Gastão, Jaburu, Carlos Duarte e Perdigão.

Fonte: Livro de Ouro do Diário de Notícias

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

DE VITÓRIA EM VITÓRIA!

FICHA DO JOGO

(Clicar para ampliar)

Vitória justa mas difícil, num relvado complicado e num Estádio onde o FC Porto sente sempre grande oposição.

Os Dragões entraram com a disposição de resolver cedo o encontro, criando algumas situações de golo, primeiro por Lucho Gonzalez aos 8' e depois por Lisandro que introduziu a bola nas redes mas viu o golo ser anulado por pretensa falta que a TV não conseguiu esclarecer. A boa entrada portista haveria de ser premiada com o golo de Lisandro Lopez cabeceando com êxito uma bola cruzada por Fucile cerca dos dez minutos de jogo.

A partida parecia bem encaminhada, tanto mais que o Estrela parecia inofensivo, porém num lance bizarro conseguiu o empate por intermédio de Moreno aos 28'. Fucile parecia ter o lance controlado mas sentindo a pressão do adversário procurou aliviar pela lateral. A bola encontrou Moreno no caminho, ganhou um efeito imprevisível e sobrevoou Helton que se limitou a ver a bola anichar-se nas malhas. Golo perfeitamente contra a corrente de jogo.

Antes do intervalo Paulo Baptista ignorou uma penalidade na área do Estrela, com Hugo Carreira a meter a mão na bola, impedindo Lisandro de rematar com êxito.

Antes do intervalo Rodriguez pôs de novo o Porto em vantagem no marcador ao subir mais alto que a defesa contrária num canto marcado por Hulk.

No segundo tempo o Estrela apresentou-se mais ofensivo e mais perigoso. Aproveitou uma falha de marcação de Fucile que num livre apontado à entrada da área deixou Vidigal à vontade para cabecear restabelecendo o empate (2-2).

No minuto seguinte, o FC Porto voltou à vantagem com um golo espectacular de Hulk. Servido por Lisandro Lopez (quem disse que este não lhe passa a bola?) o brasileiro rematou colocado, fazendo a bola descrever um arco e encaixar-se no canto superior direito da baliza, mesmo na «gaveta», deixando Nelson estupefacto.

Este golo foi o tónico para o domínio absoluto da partida. A partir desse momento o FC Porto controlou o adversário que ficaria reduzido a dez unidades por acumulação de amarelos de Hugo Carreira e o quarto golo viria logo a seguir num livre directo apontado por Rodríguez.

Os meus destaques vão para Fernando, Lisandro Lopez, Hulk e Rodriguez.

Os tricampeões nacionais subiram ao terceiro lugar com os mesmos pontos do Leixões que é segundo, ficando agora a dois pontos da liderança.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

VITÓRIAS, SÓ NO CAMPO!

O FC Porto vai acertar o seu calendário da Liga Sagres, quando se apresentar amanhã na Reboleira, para defrontar o Estrela da Amadora, jogo da 9ª jornada que se encontra em atraso.

Apesar de ainda não estar confirmada a presença da equipa adversária, que como é do conhecimento geral, decidirá amanhã se efectuará greve como forma de luta pelos salários em atraso dos seus jogadores, cabe aos tricampeões nacionais alhearem-se completamente de um problema que não é o seu e encarar com todo o respeito e responsabilidade esta sempre difícil deslocação.

Os ares da Amadora provocaram por diversas ocasiões «certa alergia» aos Dragões, resultando em perdas de pontos. Por isso é bom que os nossos atletas se apresentem bem física, técnica e animicamente para de lá saírem com um importante triunfo.

Espero e desejo que a ameaça de greve não se concretize, porque sou adepto das vitórias conseguidas no terreno de jogo.

Entretanto Jesualdo Ferreira convocou os seguintes atletas: Helton, Nuno, Fucile, Rolando, Bruno Alves, Stepanov, Pedro Emanuel, Benítez, Fernando, Raúl Meireles, Guarín, Tomás Costa, Lucho Gonzalez, Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez, Hulk, Farías, Cristian Rodríguez e Candeias.

EQUIPA PROVÁVEL

Jogo no Estádio José Gomes - Reboleira
Dia 27.12.2008 - 20:45 h
Árbitro: Paulo Baptista -A.F. Portalegre
Transmissão: RTP1

sábado, 13 de dezembro de 2008

GOLEAR...SEM BRILHO!

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Com uma primeira parte inadmissível, o FC Porto venceu com uma goleada a modesta formação do Cinfães, clube que milita na III Divisão do futebol nacional.

Jesualdo Ferreira, face à diferença de categoria evidente, optou (e bem) por dar descanso aos principais jogadores portistas do plantel, escalonando a equipa com apenas um dos titulares, Rolando, dando hipóteses aos candidatos a titulares demonstrarem o seu valor.

Oportunidade desperdiçada pela grande maioria, face à atitude pouco profissional que patentearam, principalmente durante a primeira parte, período em que o FC Porto foi inferior ao seu adversário em todos os aspectos do jogo. Numa palavra inconcebível!

O professor deve ter puxado as orelhas aos seus pupilos ao intervalo pois no segundo tempo algo se alterou para melhor. Sem nunca ter praticado o futebol que legitimamente lhe é exigido, o FC Porto tomou finalmente conta do jogo e os golos apareceram com toda a naturalidade.

O Cinfães, apesar da sua fragilidade deu uma imagem muito positiva tendo reagido ao primeiro golo portista com o golo do empate a 15' do final, recuperando alguma emoção e esperança nas hostes locais.

Guarín e Candeias, as duas mais positivas performances dos Dragões, desfizeram esse sonho.

O FC Porto segue assim em frente para os quartos-de-finais da Taça de Portugal.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

1957/1958 A SEGUNDA TAÇA DE PORTUGAL

Otto Bumbel foi o treinador brasileiro que chegou para fazer esquecer a perda do campeonato da época anterior, na última jornada frente ao Atlético, último da tabela e já despromovido, ao consentir um empate a zero bolas nas Antas, dando de bandeja o título ao Benfica. O FC Porto era então treinado por outro brasileiro, de seu nome Flávio Costa.

Yustrich foi então chamado para tentar reeditar a glória de anos anteriores, mas uma situação de alta tensão entre treinador e jogadores que «incendiaram» o balneáreo provocou o seu afastamento. Otto Bumbel pegou então na equipa e conduziu-a para a discussão do título até à última jornada. Em igualdade pontual com o Sporting, acabaria por perder para o seu rival no «goal-avarage».

Conseguiu vencer a Taça de Portugal frente ao Benfica, por 1-0, no Estádio Nacional, com o golo portista a ser apontado por Hernâni.

Nas meias-finais, depois de pelo caminho deixar o Braga e o Marítimo, o FC Porto eliminou o Sporting (2-2 e 3-0) e numas segundas meias-finais abertas aos representantes ultramarinos, o Desportivo de Lourenço Marques (6-2 e 9-1).

Na foto da esquerda para a direita, em Cima: Virgilio, Barbosa, Miguel Arcanjo, Ângelo Sarmento, Albano Sarmento e Pinho; Em baixo: Carlos Duarte, Gastão, Osvaldo Silva, Hernâni e Perdigão.

Fonte: Livro de Ouro do Diário de Notícias

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

DEVER CUMPRIDO

FICHA DO JOGO

(Clicar para ampliar)

O FC Porto não falhou o dever de vencer o último jogo da fase de grupos da Champions League ao derrotar hoje a desfalcada equipa do Arsenal, relegando-a para a segunda posição.

Arsène Wenger subestimou a formação portuguesa, provavelmente tendo em conta uma boa parte do desempenho portista no jogo de Inglaterra em que os dragões foram derrotados de forma clara. O treinador francês terá pensado que a segunda equipa do seu clube seria suficiente para não perder no Dragão. Puro engano.


Os tricampeões nacionais começaram o jogo timida e cautelosamente como que a tomar o pulso do adversário. O Arsenal ocupava bem os espaços, espartilhando de certa forma o desenvolvimento ofensivo portista, quase sempre muito denunciado e lento, patenteando grandes dificuldades na ligação do seu futebol resultado de uma percentagem preocupante de passes errados. Os «gunners» construiam melhor as suas jogadas ainda que sem muito perigo para a baliza de Helton, mas superiorizando-se em termos de posse de bola.


Tal como em Setúbal, Bruno Alves desencalhou a partida ao corresponder eficazmente a um canto marcado por Raúl Meireles. Fugiu à marcação de Diaby, aparecendo no coração da área a cabecear para o golo de abertura, eram decorridos 38'. Estava conseguido o mais difícil. A partir dessa altura o jogo começou a sair mais fluído, a equipa conseguiu soltar-se e produzir uma exibição muito agradável. Pena foi que as oportunidades criadas não tivessem sido bem aproveitadas.
O 2-0 apareceu aos 53' como corolário do futebol mais ofensivo e esclarecido que o FC Porto passou a praticar. Lisandro bem servido por Fernando, recebeu a bola e qual Hulk imparável, galgou terreno em direcção à baliza enchendo o pé para um remate forte e certeiro ao canto superior direito das redes de Almunia.

Rodriguez por duas vezes e Lucho desperdiçaram ocasiões soberanas para dilatar o marcador, numa altura em que se ouviam olés no Dragão. Os ingleses estavam completamente dominados sem hipóteses de discutir o resultado e consequentemente o 1ª lugar no grupo.

No meio de algumas boas exibições o meu destaque vai para Fernando, um jovem ainda algo imaturo mas que será um caso muito sério a breve prazo. Teve ainda algumas perdas e entregas de bola comprometedoras, mas no computo geral foi um elemento em muito bom nível.


Chelsea, Inter, Atlético de Madrid, Villareal, Lyon e Real Madrid foram os segundos classificados dos seus grupos e tornaram-se potenciais adversários do FC Porto.

CLASSIFICAÇÃO FINAL