terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

APENAS PERDIDA UMA BATALHA

Palco do Jogo: Veltins Arena - Gelsenkirchen
Competição: Champions League -Oitavos-final
Hora do jogo: 19:45 h
FC Porto: Helton, João Paulo, Pedro Emanuel, Bruno Alves e Fucile (Mariano Gonzalez 85'); Paulo Assunção, Raúl Meireles e Lucho Gonzalez; Lisandro Lopez, Farías (Tarik Sektioui 56') e Quaresma.
Suplentes não utilizados: Nuno, Stepanov, Marek Cech, Kazmierczak e Hélder Barbosa.
Treinador: Jesualdo Ferreira
Árbitro:Laurent Duhamel - França
Acção disciplinar: Sem cartões para os jogadores do FC Porto.

Numa noite fria, os Dragões desde cedo tiveram de aguentar o ímpeto inicial do seu opositor, que logo aos 4' inaugurou o marcador num lance bem delineado com Helton a defender um violento remate da direita, mas a colocar a bola no coração da área onde Kuranyi, livre de marcação, apareceu para atirar certeiro.

Rude golpe nas aspirações portistas que continuava a mostrar dificuldades para segurar a avalanche de ataques rápidos alemães que se sucediam em ritmo frenético.

Sá a partir dos dez minutos o Porto ensaiou os primeiros avanços no terreno mas sempre com muita dificuldade para definir linhas de passe já que os opositores preenchiam bem os espaços, não dando muitas veleidades.

Helton ainda teve de se aplicar para parar mais dois remates muito perigosos, durante a primeira parte, cujo domínio pertenceu quase por inteiro aos alemães.

Na segunda parte o FC Porto finalmente libertou-se do espartilho em que se vira aprisionado e aos poucos foi à procura do golo do empate que poderia ter surgido por volta do minuto 80, quando Lisandro Lopez falhou uma emenda, a um passe de Quaresma, com apenas o guarda-redes pela frente. Foi a única oportunidade criada em todo o jogo.

Para esta derrota muito contribuiu o ritmo imposto pelos jogadores do Schalke, verdadeiramente avassalador na primeira parte, bem como a sua boa organização defensiva que manietou os movimentos da equipa portista, fazendo emperrar a máquina, cujas peças mais influentes nunca conseguíram sair da vulgaridade.

Quaresma, bem marcado, esteve quase ausente do jogo; Farías andou perdido e sem apoio, Lisandro sempre muito esforçado quase não teve espaço para rematar, Lucho e Meireles menos clarividentes que o costume e Helton, que fez uma boa exibição, deveria procurar desviar o remate de Rafinha para além da linha de cabeceira, cedendo canto, em vez de defender para a frente, ainda que suspeite que a violência do remate do brasileiro talvez lhe tenha reduzido a hipótese de o fazer.

Pedro Emanuel foi para mim o melhor portista.

Apesar de tudo o resultado ainda acalenta esperanças de correcção, estando tudo em aberto.

3 comentários:

dragao vila pouca disse...

Para que seja apenas uma batalha e não a guerra é preciso um Porto ao mais alto nível e um Jesualdo a não complicar.
Eu acredito!Sigam-me!
Um abraço

Nicolau d'Almeida disse...

O Schalke 04 entrou bem e fez-se valer de um meio-campo forte, explorando o corredor esquerdo do Porto. Fucile esteve muito desacompanhado a defender e por aí aconteceu o golo.

Com as rectificações posicionais, o Porto esteve melhor na 2ª parte e foi por uma nesga que não empatámos. Com o Porto da 2ª parte de Gelsenkirchen, eu também acredito que passamos o Schalke 04.

Cumprimentos.

Paulo Pereira disse...

Nas derrotas pela margem mínima, este é claramente o pior e mais perigoso resultado...

Sem marcar fora e, como bem lembras, revelando novamente uma incacidade gritante de dar a volta a um resultado, o Porto tornou a dar 45 minutos de avanço, provando k a euforia k grassava nos meio dos adeptos azuis e brancos era apenas...aparente.

Os alemães, sem deslumbrarem, provaram sem um conjunto sólido, coeso na defesa e perigoso no contra-ataque, provavelmente a sua melhor arma e aquela k apresentarão no Dragão...

Vai ser preciso muito mais, daqui a duas semanas, para continuar a sonhar com a continuidade na prova. Para reflexão, a costumeira morosidade de Jesualdo em alterar o k estava mal (troca dos laterais) e as poucas ocasiões de golo...

Por ironia dos destino, Lisandro estará ligado à derrota, falhando de forma clamorosa o golo do empate. Acontece aos melhores!

Ainda acredito!

ps: Concordo com a escolha do teu melhor homem do Porto. Pedro Emanuel foi bravo, um verdadeiro guerreiro azul e branco.