Num clube ecléctico como é o nosso FC Porto, nem só de futebol se cimenta o prestígio aquém e além fronteiras.
Senti que evocar os êxitos passados sem mencionar essa figura incontornável, espectacular e quiçá lendária, que foi o basquetebolista norte-americano Dale Dover, seria no mínimo um esquecimento imperdoável.
Por isso, decidi recuar alguns anos para destacar um atleta que merece figurar no mais digno compêndio de desporto.
Senti que evocar os êxitos passados sem mencionar essa figura incontornável, espectacular e quiçá lendária, que foi o basquetebolista norte-americano Dale Dover, seria no mínimo um esquecimento imperdoável.
Por isso, decidi recuar alguns anos para destacar um atleta que merece figurar no mais digno compêndio de desporto.
THE SHOW MAN
DALE DOVER
Basquetebolista exímio, dotado de elevadas capacidades técnica, táctica e física, ao nível de um "globetrotter", chegou ao FC Porto em 1971 numa altura em que a modalidade procurava sair da letargia em que tinha mergulhado.
A contratação de jogadores americanos começava a dar os seus frutos, despertando o interesse dos adeptos que voltavam a aderir aos espectáculos de forma crescente.
Afonso Pinto de Magalhães, o presidente do FC Porto à época, muito a propósito apostou também no Basquetebol. Tal aposta não poderia ter sido mais feliz pois a contratação de Dale Dover viria a revelar-se acertada, confirmando-se como o jogador de basquetebol mais espectacular, jamais visto em Portugal.
Chegou não só para jogar mas também para ser o treinador do FC Porto. Nessa época, recordo, ainda vigorava o regime do Estado Novo e o campeonato disputava-se no Continente e Províncias Ultramarinas. O figurino seleccionava os dois primeiros classificados da Metrópole e o primeiro classificado de Angola e de Moçambique.
Dale Dover, em pouco tempo conseguiu arrastar atrás de si uma grande franja da massa adepta que enchia sistematicamente os pavilhões para o ver jogar, pois com a sua presença o espectáculo estava garantido.
Na falta de pavilhão próprio, o FC Porto dividia-se entre o Infante Sagres e o Lima. No entanto as partidas mais importantes eram transferidas para o Pavilhão dos Desportos (hoje conhecido por Rosa Mota), no Palácio de Cristal que registou enchentes verdadeiramente impressionantes.
Recordo-me de ter assistido a um Porto-Benfica com uma lotação na ordem dos dez mil espectadores e terem ficado de fora mais alguns milhares. Era uma loucura!
Dover conseguiu o título para o Clube, quebrando também nesta modalidade um prolongado jejum, tornando-se o grande impulsionador do Basquetebol do FC Porto. O entusiasmo que provocou foi uma das principais razões para que o então novo Presidente Dr. Américo de Sá se decidisse a construir um pavilhão Gimnodesportivo nas Antas, inaugurado em 1973.
Saiu após três anos no Clube, em 1974, mas ainda hoje é venerado como uma lenda pelos adeptos que o viram jogar e recordam com saudade.
É com orgulho que posso afirmar: EU VI JOGAR DALE DOVER!
A contratação de jogadores americanos começava a dar os seus frutos, despertando o interesse dos adeptos que voltavam a aderir aos espectáculos de forma crescente.
Afonso Pinto de Magalhães, o presidente do FC Porto à época, muito a propósito apostou também no Basquetebol. Tal aposta não poderia ter sido mais feliz pois a contratação de Dale Dover viria a revelar-se acertada, confirmando-se como o jogador de basquetebol mais espectacular, jamais visto em Portugal.
Chegou não só para jogar mas também para ser o treinador do FC Porto. Nessa época, recordo, ainda vigorava o regime do Estado Novo e o campeonato disputava-se no Continente e Províncias Ultramarinas. O figurino seleccionava os dois primeiros classificados da Metrópole e o primeiro classificado de Angola e de Moçambique.
Dale Dover, em pouco tempo conseguiu arrastar atrás de si uma grande franja da massa adepta que enchia sistematicamente os pavilhões para o ver jogar, pois com a sua presença o espectáculo estava garantido.
Na falta de pavilhão próprio, o FC Porto dividia-se entre o Infante Sagres e o Lima. No entanto as partidas mais importantes eram transferidas para o Pavilhão dos Desportos (hoje conhecido por Rosa Mota), no Palácio de Cristal que registou enchentes verdadeiramente impressionantes.
Recordo-me de ter assistido a um Porto-Benfica com uma lotação na ordem dos dez mil espectadores e terem ficado de fora mais alguns milhares. Era uma loucura!
Dover conseguiu o título para o Clube, quebrando também nesta modalidade um prolongado jejum, tornando-se o grande impulsionador do Basquetebol do FC Porto. O entusiasmo que provocou foi uma das principais razões para que o então novo Presidente Dr. Américo de Sá se decidisse a construir um pavilhão Gimnodesportivo nas Antas, inaugurado em 1973.
Saiu após três anos no Clube, em 1974, mas ainda hoje é venerado como uma lenda pelos adeptos que o viram jogar e recordam com saudade.
É com orgulho que posso afirmar: EU VI JOGAR DALE DOVER!
3 comentários:
Meu caro que post feliz, tantas e tão boas recordações me provocam estas fotos.Nesse jogo do palácio que fazes referência eu também estive lá:paguei 33 escudos na candonga.Na fase final no do pavilhão infante sagres vi todos os jogos.Tempos de penúria no futebol...Dover foi de facto importante para o despertar do basquetebol portista, mas, o melhor jogador que vi com a camisola do F.C.Porto foi o Crawford.
Um abraço
Sorry. Look please here
Belo e revivalista artigo,
Tenho pena de não poder dizer a mesma frasecom k terminas o artigo. Eu nunca o vi jogar. E é pena. A aura de espectacularidade de Dale Dover ainda encontra eco nos nossos dias, décadas passadas. Um prodígio de técnica, é um nome mítico na história do basquetebol português.
Pena que, na altura, os meios audiovisuais não estivessem tão difundidos como hoje. O que eu dava por um bom dvd com as jogadas dele...
Abraço,
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