sábado, 2 de fevereiro de 2008

PICANHA ARGENTINA NO REPASTO DO DRAGÃO


Palco do Jogo: Estádio do Dragão - Porto
Assistência:
32.319 espectadores
Competição:
Bwin Liga - 18ª jornada
Hora do jogo:
19:15 h
FC Porto:
Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção (Castro 79'), Raúl Meireles e Lucho Gonzalez (Mariano Gonzalez 63'), Lisandro Lopez, Farías (Adriano 76') e Quaresma.
Suplentes não utilizados:
Nuno, João Paulo, Marek Cech e Hélder Barbosa
Treinador:
Jesualdo Ferreira
Árbitro:
Paulo Baptista - Portalegre
Marcadores:
Bosingwa (17'), Farías (24' e 61') e Lisandro Lopez (44')
Acção disciplinar:
Quaresma (86')

Por uma vez o professor Jesualdo coincidiu na minha previsão relativamente à constituição da equipa inicial. Ernesto Farías foi titular e não desiludiu, bem pelo contrário, justificou a aposta e prometeu muito para o que falta desta época.

Como se previa, a diferença de potencial entre o primeiro e o último da classificação deste campeonato, foi tão evidente que o jogo não chegou a ter história. Ou melhor, a história do jogo resume-se à avalanche atacante dos Dragões que quase não deu tempo aos leirienses para descansar.

A respirar saúde anímica por todos os poros , o bicampeão nacional puxou dos galões e tratou de demonstrar que a derrota da passada semana se tratou de um resultado anómalo, injusto e sobretudo mentiroso já que teve a influência do homem do apito... talvez prateado. De resto ninguém está livre de levar uma facada de um cego!

Dezassete minutos foi o tempo que o Leiria resistiu ao assalto às suas redes, que balançaram logo no primeiro minuto quando Farías concluiu com êxito um centro de Quaresma. O argentino estava em fora de jogo e, como se sabe, nessa posição às vezes não conta. Desta vez também não contou, por isso o FC Porto continuou a carregar e Bosingwa, correndo desalmadamente pelo seu flanco, perto da área flecte para o centro e com o seu pé esquerdo rematou forte fazendo a bola tabelar em Farias que se encontrava deslocado, batendo o guarda-redes Fernando.
Paulo Baptista e o seu assistente sancionaram o golo e agora provavelmente os pasquins e os entendidos do costume vão dizer que o Porto venceu por causa desta irregularidade. Problema deles!

Alheios a esse erro, prosseguíram os azuis e brancos na sua toada rápida, vistosa e enleante na procura de um resultado volumoso. Tal desiderato acabaria por ter seguimento sete minutos mais tarde, agora por Farías que muito oportuno aparece solto na área adversária a concluir com um bonito golpe de cabeça um cruzamento de Quaresma.

Antes do intervalo uma jogada de tabela entre Lisandro e Lucho, deixa o avançado na cara do guarda-redes que subtilmente desvia a bola para o fundo da baliza. Estava feito o resultado ao intervalo.


Na segunda metade o Porto entrou mais lento, controlando a posse de bola e o jogo a seu bel-prazer. Houve tempo ainda para a estreia do jovem Castro e para o merecido descanso de El comandante que saiu ovacionado de pé por quantos estavam presentes no Dragão.

A festa dos golos só terminaria aos 61'. Mais uma vez Farías de cabeça a concretizar um centro de Quaresma da esquerda.

Exibição agradável num jogo sem dificuldades. Sobressaíram Lisandro Lopez, Farías, Quaresma e Lucho.

3 comentários:

Puro Azul disse...

Se quer opinar sobre os post's dos maiores alucinados da blogosfera e sabe que se o fizer na casa dele será censurado ou alterado, vá a

http://circodaluz.blogspot.com/

Que lá terá liberdade para o fazer.

dragao vila pouca disse...

Penso que existe unanimidade sobre um fim-de-semana em grande, mais um diria eu.Até o Basquetebol foi uma adradável surpresa.
Quanto a Tecla :quem marca tantos golos no campeonato argentino só pode ter qualidade.
Os nossos rivais voltaram à normalidade.

Anônimo disse...

As carpideiras


Andam para aí muitas carpideiras por causa do que disse o director nacional da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro. Disse este magistrado, recordo, que houve alguma precipitação no caso Maddie, ao constituir arguidos os pais da menina desaparecida.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, mais o dos juízes e mais o dos funcionários da PJ, insurgiram-se. O prof. Marcelo disse que o homem matou - foi a palavra: matou - a investigação. E que se naquele caso o director da PJ admitiu que houve precipitação, como será nos outros casos de constituição de arguidos. Pois o meu caro professor sabe muito bem que neste país ser-se arguido é uma pena no chapéu de muita gente. Quem não é arguido não é bom pai de família, digo eu. Precisa que lhe demonstre em quantos casos se constitui arguido por nada e se leva a julgamento por coisa nenhuma? Em que país vive o prof. Marcelo?

Voltando à Maddie, os sindicatos vieram carpir as mágoas porque não se pode falar de processos em investigação. Ai não, senhores juizes e senhores e senhoras do Ministério Público? E então como é que o Correio da Manhã, por exemplo, fez 50 manchetes sobre as culpas dos McCann antes de haver sequer algo que o indiciasse? Os senhores do MP ficam muito amofinados quando alguém dá a cara; gostam muito mais que façam o trabalho por eles, que criem o clima necessário nos jornais e nas televisões, para depois poderem agir à vontade. E ai de quem se meta com eles - no mesmo Correio da Manhã, que conheci muito bem, conseguem desmentidos a quatro colunas sem terem necessidade de dar a cara, porque há sempre um Octávio - ou até mesmo dois... - prontos para isso, porque acham que assim conseguem não indispor os senhores e sacar mais umas noticiazinhas sobre o PC. Sem ninguém dar a cara, pois então...

Depois, é evidente que Alípio Ribeiro já percebeu que não vai ficar muito tempo no lugar. Quando o procurador-geral da República, o homem que ouvia barulhos no seu telemóvel e não tinha dúvidas que era escutado - é fantástico como a Justiça se declara impotente neste país -, mandou constituir uma equipa especial para investigar a noite do Porto, logo percebeu que no eterno conflito latente entre as polícias e o MP quem é que tinha os favores do Governo.

Não tenho dúvidas de que Alípio Ribeiro não vai durar muito no cargo - há muitos anos que a PJ não tem uma direcção estável e a culpa não deve ser sempre dos próprios directores nacionais. Venha o próximo, que não há-de ser do Porto como Alípio Ribeiro. Vai uma aposta?

Manuel Queiroz
BlogBussola