As vitórias internacionais conseguidas nas épocas anteriores fizeram concentrar, inevitavelmente as atenções dos grandes emblemas europeus no nosso plantel e equipa técnica, esta aliás a primeira a ser contratada pelo Chelsea, na parte final da época anterior.
Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho (ambos para o Chelsea), Deco (Barcelona), Pedro Mendes (Tottenham) e Alenitchev (Spartak de Moscovo) foram os atletas que receberam luz verde para assinarem contratos milionários e fortalecerem os cofres do Clube.
Outros foram abordados e passaram o defeso com a cabeça noutras paragens a pensar em grandes melhorias financeiras, que não se concretizaram, provocando-lhes um sentimento de desconforto que acabou por marcar as suas performances durante toda a época.
A Sad começou por cometer um lapso ao contratar o desconhecido Luigi Del Neri para substituir Mourinho, que viria a ser dispensado antes ainda da época oficial começar.
Para o seu lugar surgiu o espanhol Victor Fernandez.2004/2005 O MUNDO DE NOVO AOS NOSSOS PÉS
Do plantel campeão europeu saíram os atletas já acima referidos. Para os seus lugares chegaram alguns nomes sonantes, Diego (ex-Santos), Quaresma (ex-Barcelona), Seitaridis (ex-Panathinaicos), Hélder Postiga (ex-Tottenham) e Luís Fabiano (ex-S. Paulo) a que se juntaram ainda Hugo Leal (ex-Paris S. Germain), Areias (ex-Beira-Mar), Raúl Meireles (Ex-Boavista), Pepe (ex-Marítimo), Hugo Almeida (ex-União de Leiria onde estava emprestado), para além de um "contentor" de brasileiros que foram chegando por alturas da reabertura do mercado, tornando a época num movimentado ritual de entradas e saídas.
Da esquerda para a direita, em baixo: César Peixoto, Quaresma, Carlos Alberto, Pedro Emanuel,Ricardo Costa, Diego, Costinha, Jorge Costa, Maniche, Derlei, Nuno Valente, Seitaridis, Raúl Meireles e Maciel; Ao meio: José Luis e Eduardo Braga (Enfermeiros), Nélson Púga (Médico), Daniel Gaspar (Treinador de guarda-redes), José Luis Arjol (Preparador Físico) André (Adjunto), Pinto da Costa (Presidente), Victor Fernandez (Treinador), Reinaldo Teles (Director), Narcís Júlia e Aloísio (Adjuntos), José Carlos Esteves (Médico),José Mário (Enfermeiro) e Brandão (Roupeiro); Em cima: Pepe, Areias, Hugo Almeida, McCarthy, Bruno Vale, Vítor Baía, Nuno, Luis Fabiano, Hélder Postiga Bosingwa e Hugo Leal.A época transformou-se rapidamente numa sucessão de experiências, de alterações, de avanços e recuos de que o futebol produzido sofreu as devidas consequências.
Salvaram-se desta confusão dois momentos muito felizes: A conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, a 20 de Agosto de 2004, disputada em Coimbra frente ao Benfica de Trapattoni, por 1-0 com golo de Quaresma e a vitória da Taça Intercontinental, disputada em 12 de Dezembro de 2004, na cidade de Yokohama no Japão, com o resultado de 8-7, nas grandes penalidades.
Foi uma vitória sofrida frente ao Once Caldas da Colômbia, que se revelou um adversário complicado, face à enorme preocupação defensiva mas sempre à espreita de uma falha portista para chegar ao triunfo.A verdade é que os colombianos não demonstrarem em momento nenhum capacidades para lutar pela vitória, deixando evidente a intenção de levar o jogo para a lotaria das grandes penalidades. Tal desiderato foi conseguido à custa de muita sorte e principalmente pelo mau desempenho da equipa de arbitragem.
Quatro bolas nos ferros da baliza de Henao e dois golos limpos anulados a McCarthy contribuíram para um resultado injusto até ao minuto 120.Nas grandes penalidades o FC Porto foi mais forte e conquistou com o maior merecimento mais uma importante competição internacional.
Na foto a equipa que iniciou o jogo no Japão. Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Jorge Costa, Ricardo Costa, Pedro Emanuel, Seitaridis e Costinha; Em baixo: Maniche, Diego, Luis Fabiano, Derlei e McCarthy.O jogo foi disputado no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão
Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai)auxiliado por Ariel Ardin e Victor Rédegui.
FC PORTO: Vítor Baía (Nuno aos 10' do prolongamento), Seitaridis, Jorge Costa, Pedro Emanuel e Ricardo Costa; Costinha, Maniche, Diego e Derlei (Carlos Alberto 68'); Luis Fabiano (Quaresma 78') e McCarthy.
Suplentes não utilizados: Pepe, Bosingwa, Hélder Postiga e César Peixoto.
ONCE CALDAS: Henao; Rojas, Vanegas, Cambindo (Cataño 46'), Garcia e Viafara; Velasquez, Soto (Alcazar 96'), Fabro; De Nigris e Arango (Diaz 61').
Suplentes não utilizados: Gonzalez, Jiménez, Araújo e Moreno.
Acção disciplinar: Cartões amarelos para Arango (34') Diego (51' e 2º após a concretização da grande penalidade por bocas), Fabbro (60'), Jorge Costa (78'), Seitaridis (85'), De Nigris (117'); Cartão vermelho para Diego na sequência do 2º amarelo).
Assistência: Cerca de 50.000 espectadores.
Os «penalties»: 0-1 Vanegas, 1-1 Diego, 1-2 Alcazar, 2-2 Carlos Alberto, 2-3 Viafara, 3-3 Quaresma, 3-4 De Nigris, 3-4 Maniche atira à barra, 3-4 Fabbro acerta no poste, 4-4 McCarthy, 4-5 Velasquez, 5-5 Costinha, 5-6 Diaz, 6-6 Jorge Costa, 6-7 Cataño, 7-7 Ricardo Costa, 7-7 Garcia atira por cima da baliza, 8-7 Pedro Emanuel que explode de alegria.

Venha daí mais um caneco! E que caneco!