quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O PRIMEIRO CAMPEÃO NACIONAL

Extintas a Liga e o Campeonato de Portugal, decidiu a Federação organizar Campeonatos Nacionais da primeira e segunda divisões.

Oito clubes pertencentes a quatro Associações participam no designado Campeonato Nacional da Primeira Divisão. O apuramento é obtido com base nas classificações dos respectivos Campeonatos Regionais, convencionando-se, nesse ano de abertura, que Lisboa teria direito a quatro representantes, o Porto a dois e Coimbra e Setúbal a um cada. Benfica, Sporting, Belenenses, Casa Pia, Barreirense, Académica de Coimbra, Académico do Porto e FC Porto partem para a liça, época de 1938/1939.


Mais uma vez, murmurava-se, o engrossar do bloco sulista; ao invés de injectar fraquezas, contribuía para um agigantamento saudável só à força da mística catapultado.

Logo de início, os portistas levam de vencida o Sporting (2-1), prenúncio de um evoluir promissor, ou a equipa não conseguisse chegar a bom porto com 23 pontos, dez vitórias, três empates e uma decepção em Lisboa, mérito do Benfica (4-1). Apoteose na Constituição, onde empatou com o Benfica por 3-3. Ataque produtivo (57 golos marcados - média ligeiramente superior a quatro golos por jogo), goleadas a denunciarem desníveis acentuados entre planteis, (12-1 ao Académico e 10-0 ao Casa Pia) eis os aspectos mais notórios dessa época, da máquina imparável azul e branca orientada pelo treinador Miguel Siska, antigo guarda-redes portista. Pertenceu aos azuis e brancos os dois melhores artilheiros: Costuras (18 golos) e Carlos Nunes (15).

No segundo lugar ficaria o Sporting, 22 pontos e em terceiro o Benfica, 21 pontos.

Na plenitude do acreditar, a engrenagem mostrava-se oleada, costas voltadas a pactos com inercias ou falinhas mansas, indubitavelmente as mais subtis e enganadoras.


Vencedores do 1º Campeonato Nacional: Da esquerda para a direita, em cima: Siska (Treinador), Soares dos Reis, Sacadura, Guilhar, Manuel dos Anjos (Pocas), Carlos Pereira, António Baptista, Reboredo, Rosado e Francisco Gonçalves (Massagista); Em baixo: Castro II, Lopes Carneiro, António Santos, Costuras, Pinga e Carlos Nunes.

Fontes: Livro de Ouro do Diário de Notícias e 100 Anos de História de Álvaro Magalhães e Manuel Dias

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Meu caro, vejo que aos poucos estás a regressar, o que é bom sinal.
Sobre o post e como é óbvio, não tenho nada a dizer, senão que é importante que estes bocados de história fiquem registados para a posteridade e sirvam como arquivos de memórias, que ficarão para sempre.

Um abraço

Anônimo disse...

«... é importante que estes boca- dos de história fiquem registados para a posteridade e sirvam como arquivos de memórias, que ficarão para sempre ...»


Quem diria.

Mas, se (e quando) houver... MUSEU.