PARADA DE ESTRELAS

MIGUEL SISKA húngaro de nascença, naturalizado português, de nome originário Mihaly Siska, estreou-se com 18 anos, para defender a baliza portista em 1923. Foi trazido para o FC Porto, do Vasas de Budapeste, pelo treinador e compatriota Akos Tezler.

Alto e de grande envergadura física, Siska foi considerado o mais portentoso guarda-redes de sempre. Foi o primeiro grande guarda-redes que alinhou em Portugal.

Rezam as crónicas que o título de Campeão de Portugal que o FC Porto conquistou em 1924/25 se deve principalmente à sua magnífica e inesquecível exibição frente ao Sporting, em Viana do Castelo, cujo resultado final foi de 2-1. Foi o indiscutível guarda-redes do FC Porto durante mais nove temporadas. Só voltaria a ser campeão nacional, com Szabo, em 1931/32.

Terminada a carreira de futebolista, tornou-se treinador no FC Porto, conquistando o primeiro Campeonato Nacional, em 1934/35, repetindo o feito na época seguinte, 1935/36.

Morreu aos 41 anos de idade, quando desempenhava as funções de funcionário da secretaria do FC Porto.

Fonte: Revista Dragões

REFORÇOS 2009/2010

Época nova, jogadores novos.

Parece ser o lema da SAD portista que, época após época, nos vai habituando a novos protagonistas, fazendo-os desfilar por esses relvados nacionais e estrangeiros com a camisola azul e branca.

Depois da saída de jogadores importantes, o FC Porto garantiu já, nada mais nada menos do que onze novos atletas! Uma equipa completa que poderia perfeitamente apresentar num qualquer jogo. Trata-se apenas e só de reforços, alguns dos quais serão certamente agradáveis surpresas e outras nem por isso, como de resto já vem sendo habitual.

Numa equipa tetracampeã, pode parecer exagerada tanta movimentação. Contudo, em função de várias vertentes (venda de Cissokho, Lucho Gonzalez e Lisandro Lopez; dispensa de Ventura, Tengarrinha, Stepanov, Andrés Madrid, Tarik Sektioui e Rabiola e ainda o finalizar de carreira de Pedro Emanuel) talvez essa questão não seja tão pertinente.

Este ano houve porém uma novidade, a aposta em cinco jogadores nacionais, de qualidade, capazes de lutar por um lugar no onze principal, medida que me apraz registar, contrariando de algum modo a tendência dos últimos anos. Ainda assim, o mercado Sul-americano continua a ser o privilegiado (Uruguai +1, Argentina +3, Brasil +1 e Colômbia +1).

Os cofres portistas voltaram a encher-se de milhões de euros em função da venda das estrelas mais sonantes da companhia, algo que se vem consecutivamente a repetir, mau grado subsistindo as dificuldades financeiras, sinal principalmente do frágil país que somos e ainda de alguns excessos, cuja SAD parece quer corrigir (a venda e extinção de contratos com alguns dos crónicos emprestados é sintomático).

Desportivamente, Jesualdo volta a ter muito trabalho pela frente para adaptar, explorar e rentabilizar as peças que, em seu entender, melhores garantias virão a dar, para manter a equipa forte, trabalhadora, competente e ambiciosa.

Neste Clube as exigências são mais que muitas e o Professor vai ter que utilizar o «feeling» adequado para proceder às escolhas certas, a fim de evitar equívocos de inicio de época, como os que aconteceram no passado. Estou a recordar-me, por exemplo, da demora em colocar Fernando a titular, quando desde a primeira hora alguns vaticinavam essa solução (eu incluído), pelos indicadores recolhidos nos jogos de preparação.

A tarefa não vai ser simples, ainda por cima porque a matéria-prima parece ser de boa qualidade.

Certo de que Roma e Pavia não se fizeram num dia, espero que o FC Porto mantenha o registo vitorioso com que começou a preparação, o estrapule para as competições e, se não for pedir muito, que rapidamente consiga uma bitola exibicional capaz de continuar a atraír a sua grande e exigente massa adepta.

PARADA DE ESTRELAS

Ao longo da sua centenária existência, o FC Porto foi produzindo uma galeria notável de atletas, que pela sua determinação, coragem, classe e entrega na defesa do Clube, conquistaram por mérito próprio um lugar especial no coração da família portista.

Prosseguindo o registo histórico das Quartas-feiras, esta nova rubrica pretende precisamente evocar todos esses nomes que contribuíram para o crescimento e consolidação da famosa mística azul e branca.

ARTUR AUGUSTO foi o primeiro futebolista internacional do Clube. Estreou-se a 18 de Dezembro de 1921 frente à Espanha, cujo resultado se cifrou numa derrota por 3-1. Actuou a interior direito e foi considerado nesse jogo um dos melhores elementos em campo.

Era um atleta com uma enorme capacidade técnica e invulgar adaptação a qualquer lugar dentro da equipa, um polivalente. Durante a sua carreira ocupou vários lugares, sempre com a mesma eficácia, mas brilhou principalmente como interior esquerdo, por ser muito rápido e imprevisível.

Na final do Campeonato de Portugal de 1921/22, que o FC Porto venceu, jogou a defesa esquerdo e fez uma exibição portentosa.

Chegou ao Clube, transferido do Benfica, estreando-se com a camisola azul e branca num jogo contra o Casa Pia, a 25 de Julho de 1921.

Os críticos da época consideravam-no como um dos melhores interiores esquerdos da Europa.

Fonte: Figuras & Factos, de J. Tamagnini e Manuel Dias

CHAPA TRÊS - APRESENTAÇÃO E HOMENAGEM

O fim de tarde de Sábado passado foi de regresso ao palco de emoções, o nosso muito bonito anfiteatro Estádio do Dragão, para assistirmos a mais um espectáculo com a chancela de um dos melhores Clubes do Mundo: O FC Porto.

Espectáculo bem preparado, bonito, onde não faltou graciosidade, alegria, emoção, algumas lágrimas, apresentação de caras e equipamentos novos, futebol e golos. Enfim, todos os condimentos essenciais a um fim de tarde e noite muito bem passados.

A já conhecida dança do Dragão abriu a exibição, perante uma plateia que ia engrossando à medida que os ponteiros do relógio avançavam. Seguiu-se a entrada de umas bolas gigantes transparentes, conduzidas no seu interior por elementos femininos, que para além das coreografias apresentadas, emprestaram graciosidade ao evento, especialmente quando abandonaram os ditos esféricos e nos presentearam com uma dança.

Seguiu-se a entrada no terreno de duas camisolas gigantes, representando as camisolas dos equipamentos para esta época, o principal(azul e branco) e o alternativo (laranja). Do seu interior saiu todo o plantel, que, um a um foi sendo chamado pelo speacker de serviço, para se posicionarem numa plataforma azul, previamente montada para o efeito.

Terminada a apresentação dos jogadores, onde foi notada a ausência de Cissokho, que viu confirmada nas últimas horas a sua transferência para o Lyon de França, bem como a presença dos últimos reforços Falcão e Valeri, foi a vez da chamada à equipa técnica comandada pelo Professor Jesualdo Ferreira.

Seguiu-se o momento mais emocionante da noite: A homenagem de despedida ao grande capitão Pedro Emanuel. À sua chamada, a massa adepta, já em grande número, aplaudiu longamente de pé o atleta. Pedro Emanuel proferiu aos microfones o seu agradecimento, terminando com a voz embargada e as lágrimas a correrem-lhe pelo rosto, contagiando muitos dos espectadores presentes.

Raúl Meireles, num gesto muito bonito e profundo, ofereceu-lhe a sua camisola com o nº3, que ostentará esta época, com uma dedicatória. Seguiu-se o abraço de todo o plantel e equipa técnica e a volta de honra, sublinhada com fortes aplausos. Lindo e emocionante!

Houve ainda tempo para o maior brinde do mundo, com a Super BocK sem álcool (parabéns Fernando Moreira!)

A última parte foi dedicada ao confronto futebolistico com o AS Mónaco. Ainda com algumas ausências por lesão (Sapunaru, Cristian Rodriguez, Farías e Orlando Sá) e de falta de integração, por terem chegado há poucas horas (Falcão e Valeri), o FC Porto iniciou praticamente com a mesma equipa que iniciou frente ao Leixões, com Helton em vez de Nuno na baliza e Álvaro Pereira em vez de Cissokho. Na segunda parte entraram os outros reforços, Nuno André Coelho e Maicon, para além de Nuno, Benitez, Tomás Costa e Guarín.

O FC Porto alternou momentos agradáveis com outros de menor fulgor, naturais para esta fase da época. tratou-se de um jogo de preparação, ainda longe de se tirarem grandes conclusões. Em todo o caso voltei a gostar do desempenho de Belluschi e agora mais de Álvaro Pereia. O resultado final foi 3-0, com golos de Mariano Gonzalez e Guarín e um auto-golo de Haruna.

Fotos gentilmente cedidas por pEdRo bLuE, a quem deixo os meus agradecimentos. A do brinde, do site oficial http://www.fcporto.pt/

COMO HABITUALMENTE: LINDOS DE MORRER

O FC Porto tem hoje, pelas 20:00 h a cerimónia de apresentação do plantel para a época 2009/2010, que culminará com um encontro frente ao Mónaco.

Entre outras manifestações de interesse, os dragões apresentarão os novos equipamentos.

A camisola do equipamento principal recupera parcialmente o desenho utilizado pelo Clube na final de Viena (desta vez as mangas são todas brancas), com uma faixa central branca e duas laterais azuis mais largas do que as da época passada.

Gosto muito deste equipamento que se aproxima do equipamento que mais vezes o Clube exibiu.

O equipamento alternativo passa a laranja, com colarinhos azuis. Para mim, desde que não seja vermelho, verde ou cor de rosa, serve qualquer outro.

Agora só nos resta esperar que estes entrem para a rica e triunfal história do FC Porto.

CURIOSIDADES

A história do FC Porto está repleta delas. Assim de repente, lembrei-me que:

Foi o primeiro Clube português (e único) a vencer um Pentacampeonato (1994/95 a 1998/99);
Foi o primeiro (e único) a vencer a Taça Intercontinental (1987/88);
Foi o primeiro (e único) a vencer a Taça UEFA (2002/2003);
Foi também o primeiro (e único) a vencer a Supertaça Europeia (1987/88);
Foi ainda o primeiro a vencer o Campeonato Nacional (1938/39);
Foi o primeiro a vencer o Campeonato da Liga (1934/35);
Foi também foi o primeiro a vencer o Campeonato de Portugal 1921/22);
Foi o primeiro Clube português a contratar um treinador remunerado, Akos Tezler (1925);
Como já tinha sido o primeiro a ter um treinador contratado sem remuneração, Adolphe Cassaigne (1907);
Foi ainda o primeiro a ter um campo relvado, o Campo de Jogos da Rua da Rainha (1906);
E foi também o primeiro Clube português a jogar contra um clube estrangeiro (1907).

Esse clube foi o Real Fortuna de Vigo, que a convite do Presidente José Monteiro da Costa se deslocou ao Porto, em 15 de Dezembro de 1907.

Largamente noticiado, nunca foi anunciado o resultado desse jogo...

Da esquerda para a direita com as camisolas listadas, sentados: Dumont Vilares, Brugmann, Romualdo Torres, Ernesto Sá e, de boné o guarda-redes Soares; Em 2º plano: António Pinheiro, Ramos, Antunes Lemos, e John Jones; Em 3º plano: Catullo Gadda e Edward d'Almeida. Os restantes, são da esquipa espanhola.

LIGA SAGRES 2009/2010

Foi ontem sorteado o calendário de jogos relativo ao campeonato nacional de futebol (Primeira Liga) da época, com arranque marcado para 16 de Agosto. Os Tetracampeões nacionais começam em Paços de Ferreira e vão terminar a prova em Leiria, a 09 de Maio de 2010.

Num sorteio algo condicionado (A bem da Nação!), os jogos com os rivais só começam à 6ª jornada, no Dragão frente aos Kalimeros (scp), seguida da deslocação ao galinheiro para defrontar o Aves de rapina (slb) só na 14ª jornada.

A outra curiosidade deste calendário é a «repescagem» do Belenenses (segunda consecutiva!) em detrimento, desta vez, do Estrela da Amadora, que como se sabe, não cumpriu com os requisitos para a sua inscrição na prova.

Pode consultar o calendário completo aqui

EQUIPAMENTOS, SUA HISTÓRIA - PARTE VI

Na época 2007/2008, o novo «look» portista denunciava o resultado de uma equilibrada combinação entre o clássico e a irreverência do moderno design que evoca um regresso às origens numa paradoxal novidade, em mais uma criação da marca norte-americana Nike.

As riscas verticais que recuperam terreno no tronco e nas mangas, expuseram a principal característica do equipamento principal, realçada por pormenores de esmero criativo, como a bainha de nastro laranja e o dragão da mesma cor estampado na parte de trás do colarinho, que passa a dispensar a tatuagem no braço.

Numa equilibrada proposta que faz a ponte entre o passado e o presente, o equipamento alternativo apostou no branco, enriquecido com raras linhas finas verticais azuis, destacando um V azul na linha do pescoço, reformulando a tradicional silhueta do FC Porto, acrescida de dois detalhes comuns ao equipamento principal: a bainha e o dragão na parte de trás do colarinho, ambos azuis.

Na época 2008/2009 os equipamentos apresentaram alguns novos pormenores deliciosos, mantendo a inspiração de sempre, baseada na vocação vitoriosa.

Um equipamento principal elegante e moderno, com listas azuis e brancas uniformes e com colarinho azul em forma de V. As mangas e bainhas apresentavam pequenos detalhes em laranja.

O alternativo foi inspirado na águas azuis que banham a cidade do Porto. Trata-se de uma versão azul-turquesa.

A parte exterior do colarinho de ambas as camisolas mostravam o slogan: «A VENCER DESDE 1893». Na parte interior do colarinho podia ver-se um dragão, referência ao emblema e símbolo do Clube. As meias tinham estampadas a sigla FCP.

Fonte: Revista Dragões

TIRO DE PARTIDA

Foi dado esta manhã o tiro de partida para o trabalho de preparação para a nova época dos azuis e brancos.

Ainda com muitas ausências (os jogadores internacionais pelos vários países só se juntarão no próximo Sábado) e sem, Lucho e Licha, transferidos para o futebol francês, bem como dos atletas que rumaram a outros destinos, como Tarik, Ventura, Rabiola, Andrés Madrid e Pedro Emanuel, este finalizando a carreira, Jesualdo Ferreira ainda não sabe que jogadores vai ter no plantel.

No momento tem algumas posições onde abunda a concorrência e outras onde ela falta. Vai ser necessário proceder a algum equilíbrio para atacar os objectivos.

Já estiveram presentes algumas caras novas: Belluschi (ex-Olympiakos), Silvestre Varela (ex-Estrela da Amadora), Maicon (ex-Nacional da Madeira), Miguel Lopes (ex-Rio Ave) e Nuno André Coelho (ex-Estrela da Amadora). Orlando Sá (ex-Braga) também compareceu mas limitou-se ao ginásio onde trabalha para recuperar de grave lesão.

Já houve peladinha e muitos golos, mas a hora é de exames médicos e recuperação dos níveis fisícos.

BAÚ DE MEMÓRIAS EM LIVRO

A rubrica que no ano passado lancei aqui no blogue, Baú de Memórias, que evoca os principais títulos do FC Porto bem como as figuras, que em meu entender mereceram lugar de destaque, desde o ano em que me tornei sócio do Clube (1969), encontra-se agora também imortalizado numa ilustração de 126 páginas.

É um livro em tamanho A4, impresso a 4/4 cores, em couché brilho 135 g, com capa impressa a 4/0 cores, em couché 250 g, com acabamento em Brochados.

Se interessar a alguém podem contactar-me pelo mail dragaopentacampeao@gmail.com

EQUIPAMENTOS, SUA HISTÓRIA - PARTE V

Em 2004/2005, já com Victor Fernandez no comando da equipa, o FC Porto apresentou um equipamento diferente do tradicional, ou seja, regressaram as faixas finas algo parecidas com as do equipamento da época 2002/2003, mas com algumas novidades. As mangas eram agora todas azuis até à gola.

O alternativo em azul muito escuro. Foi a época dos três treinadores, dos contentores de reforços, mas também da vitória na Supertaça e na Intercontinental.

Em 2005/2006, o equipamento principal conheceu uma nova variante, com as faixas a engrossarem e a diminuírem, passando para três azuis e duas brancas.

O alternativo combinou a camisola azul celeste com calção preto. Foi com este que o FC Porto se apresentou no Jamor para triunfar frente ao V. Setúbal, a sua 13ª Taça de Portugal, concretizando a «dobradinha».

Uma das curiosidades foi a mudança da publicidade nas camisolas. A Revigrés deu lugar à PT.

Em 2006/2007, mais uma novidade no equipamento principal. A camisola com frente e costas diferentes: A frente com as faixas tradicionais (à direita e à esquerda azuis e a central branca) com as costas toda em azul. A gola era debruada com uma tira laranja e outra a azul.

Surpreendente foi o equipamento alternativo. Camisola vermelha, com faixa oblíqua azul muito escura na frente a combinar com calção azul também muito escuro, quase preto. Foi o primeiro título de Jesualdo e o Bi do FC Porto.


Fontes: Equipamentos com história do Jornal A Bola; Revista Dragões