quarta-feira, 15 de agosto de 2007

ENTREVISTA DE PINTO DA COSTA (CONTINUAÇÃO) - III

Dado tratar-se de uma entrevista bastante extensa, decidi dividi-la em cinco partes.

Se pretende acompanhar toda a entrevista, pela ordem em que foi transmitida e só agora entrou neste blogue, sugiro que o faça pela ordem das divisões.

TERCEIRA PARTE

J: E a agressão a Ricardo Bexiga?

PC: Olhe, isso nem vou comentar. Digo-lhe só um pormenor, uma coisa engraçada. É que no livro original está uma versão e no livro que sai está outra.

J: Como é que acha que vai acabar, no que a si diz respeito, o processo AD?

PC: Eu confio na justiça. E como confio na justiça e nos tribunais, estou convencido que, apesar da intoxicação pública que tem havido, de pessoas que deviam ser mais responsáveis. Eu vou-lhe dar um exemplo que me preocupou. Num dia porque o livro sai e é considerada pessoa credível uma “senhora” que aquilo que fez e se há-de provar, porque eu tenho as queixas na GNR e MP, com fotografias, depoimentos, com provas, com tudo, no dia em que por esse livro é reaberto o processo, acontecem duas coisas curiosas. Nomeada a Dra. MJM para superintender o AD. Primeira declaração do Sr. LFV “Agora sim, agora isto vai ser assim, vai ser assado”. Eu...possa, o homem até sabe... de escolher jogadores não sabe, mas pelos vistos sabe escolher os do MP! Aqui na SIC Notícias, eu vejo a SIC Notícias e vou prová-lo, e vejo uma entrevista em directo ao senhor Dr. Saldanha Sanches, que é marido há muitos anos, espero que por muitos mais, da Dra. MJM, faz esta afirmação fantástica: “É preciso acabar com a corrupção no futebol porque o presidente do Porto Sr. PC", agora não sei dizer se disse PC ou só disse presidente do Porto.

J: A primeira parte, a primeira afirmação não seria inédita, já a ouvimos várias vezes

PC: “É preciso acabar com a corrupção no futebol, porque o presidente do Porto, declarou no tribunal”, não é disse no café nem disse num jornal, “declarou em tribunal que ganhava dois mil euros por mês e a vida que ele faz é incompatível com o que ele disse no tribunal, portanto há corrupção”. Isto é fantástico. Eu não disse nada disso no tribunal. Tenho um extracto das declarações, em que disse o que realmente ganhava porque me perguntaram, que não tem nada a ver com isso e uma pessoa vai para a televisão intoxicar...

J: É uma teoria da conspiração contra si?

PC: Não sei se é, o que eu sei é pelo menos a teoria de falta de rigor e de verdade, porque ir dizer para a televisão...

J: O senhor acha que na intenção que houve, no facto da nomeação de MJM, uma humilhação contra si?

PC: Não faço ideia, não conheço sequer a senhora nem a ponho em causa. Agora não é de certeza absoluta mais competente, mais rigorosa, mais minuciosa do que os magistrados, que repito eu não conheço, que tinham mandado arquivar os processos, depois de analisados e ouvido toda a gente. Quando uma pessoa está a ver a tv e ouve que o Sr. Fulano foi para o tribunal dizer que só ganha dois mil euros por mês, portanto isto não é verdade, é tudo uma mentira. Eu se estivesse a ouvir aquilo dizia “realmente este tipo não pode, ele tem aquele carro, tem isto, faz aquilo, dois mil euros por mês, deve estar cheio de calotes ou anda ai aos tiros a alguém”. Se dissesse que ganha... agora dizê-lo em tribunal?

J: O senhor sente-se sozinho, ou mais sozinho?

PC: Não, sinto-me com muita gente, todos os dias tenho demonstrações de solidariedade. Todos os dias me enviam documentos que na altura própria eu apresentarei no sítio devido, que se eu os trouxesse aqui seriam se calhar uma bomba. Isto apenas significa solidariedade. Mas há uma solidariedade para mim que é mais importante. A minha consciência. A minha filha sabe e tem orgulho no pai. Como tenho orgulho nela, apesar de ser amiga dos cavalos. Tenho a consciência tranquila e ando de cabeça levantada perante toda a gente.

Os crimes de que sou acusado são o FC Porto – E. Amadora e Braga – Porto. Eu vou exibir esses filmes. Mas faço um desafio. Exibam por exemplo do ano passado, os jogos Marítimo – Benfica e Nacional – Benfica.

J: Porque...

PC: Porque se calhar vão fazer o Apito Encarnado. Exibam esses jogos, é o desafio que eu faço aqui.

J: Aí acha que os árbitros...

PC: Exibam esses jogos. Não, não estou a fazer juízo de valores, exibam esses jogos e depois comparem com o que se tem dito, escrito e falado dos outros dois que nós vamos apresentar publicamente.

J: Mas ajude-nos a refrescar a memória em relação a esses dois jogos. O que é que aconteceu?

PC: Não aconteceu nada! No Marítimo – Benfica? Olhe há penalty a favor do Benfica que não existe, penalty contra o Benfica que não é marcado, expulsão que tem que ser feita que não é feita... eu não estou a dizer que o árbitro fez de propósito. Se isso acontecesse em relação ao FC Porto, isso era já corrupção activa, passiva... é um desafio que eu deixo aqui. Nós vamos transmitir o Porto – Estrela...

J: Onde?

PC: No anfiteatro do Estádio do Dragão. E vai lá estar toda a gente que queira ser esclarecida, porque há muita gente que não vai aparecer porque não quer e depois façam o mesmo em relação a estes dois jogos e depois vejam se não vai ser preciso mudar o dourado para encarnado.

J: O senhor sente-se fragilizado? Sozinho já nos disse que não! Mas mais fragilizado que alguma vez esteve?

PC: Não, não me sinto rigorosamente nada fragilizado. Tenho tido o apoio em todas as grandes decisões que temos tomado da minha Administração e da minha Direcção, o FC Porto está como nunca esteve. Pela primeira vez nos últimos anos vai apresentar saldo positivo, mais uma vez tem um plantel fantástico. O FC Porto vendeu dois jogadores por números considerados elevados.

J: E é campeão europeu no valor das transferências, neste momento.

PC: Mas é campeão europeu a não vender. Porque se nós quiséssemos vender o Quaresma para o Atlético de Madrid, tínhamo-lo vendido bem mais caro do que o Benfica vendeu o Simão Sabrosa, que era a sua estrela e o capitão da equipa. Nós não vendemos porque não quisemos.

J: Não vão vender?

PC: Não vamos vender.

J: É uma garantia que deixa aos portistas?

PC: É uma garantia que deixo. Mais...

J: E Lucho Gonzalez?

PC: Adivinhou o meu pensamento. Lucho Gonzalez, há quatro dias tivemos uma proposta do Everton por escrito de 15 milhões. O FC Porto porque é parceiro de uns Fundos desse jogador, perante uma proposta tinha duas hipóteses. Sim senhor vendo e recebo 7,5 M, não senhor, não vendo, pago ao Fundo, não os 7,5 porque tinha a descontar coisas que entretanto tínhamos pago. A nossa opção foi não vender. Quer dizer, em vez de vender compramos. Quer dizer, nós fizemos cerca de 70 milhões de euros em jogadores...

J: E gastaram menos de treze milhões em compras.

PC: Sim, por aí. De jogadores que eu não tenho a mínima dúvida. Não compramos Manducas nem Marceis. Compramos jogadores que daqui a dois anos, quando renovarmos a equipa se calhar estaremos a dizer “como é possível vendermos este jogador?”. É possível porque quando um jogador é comprado... eu vou-lhe dizer uma coisa curiosa. O Leandro Lima, que nunca ninguém tinha ouvido falar, foi comprado por 2 milhões de euros. Ainda não tinha chegado ao FC Porto e da Alemanha ofereceram-nos 4,5. Sinal...

J: Os atletas valorizam-se dentro do FC Porto?

PC: Valorizam-se e sabemos o que compramos. Nós não compramos porque vendemos um jogador e para calar a opinião pública e para os jornais não falarem disso vamos comprar três, sai daí, vai ao sortido e venham lá três. Vou-lhe fazer uma confissão. Nós já temos dois jogadores de grande qualidade para a próxima época comprados.

J: Quem são?

PC: Ah! Isso... é uma confissão, mas...

J: É uma meia confissão!

PC: Sim, uma meia confissão. Já temos. Nós trabalhamos “à la longue” e sabemos o que compramos.

J: Um deles é o chileno Isla?

PC: Não, não. Nunca isso me saiu... está bem documentada! Não isso não tem o mínimo de fundamento nem de verdade, nem foi jogador que estivesse algum dia nos nossos planos. O que acontece é que vem muitos jogadores dados no FC Porto, porque são os empresários que dizem que o Porto está interessado neste e então se está interessado deve ser bom. Eu às vezes vejo dessas coisas mas nem sequer desminto. Cada um faz pela vida. Esse nunca esteve nos nossos planos.

J: E o senhor tem este ano uma equipa para continuar a ganhar? Qual é a sua meta desportiva este ano?

PC: O nosso objectivo é sempre o mesmo. Primeiro tentar... nós nunca somos campeões no início, isso são os outros, nós costumamos ser no fim, portanto não vamos dizer que somos campeões. O nosso objectivo é sermos campeões, vencer a Liga e depois o objectivo imediato é passar aos oitavos de final da Champions League. Primeiro financeiramente é importante, segundo o FC Porto é dos clubes na Europa, não é de Portugal que isso então não tem comparação, o segundo ou o terceiro com presenças na CL e é importantes estarmos nos oitavos de final, porque quando é feita a primeira grande selecção está-se nas bocas do mundo, nas televisões do mundo, depois já não temos objectivos, pois tudo pode acontecer.

J: Mas tem equipa para chegar...?

PC: Tenho. Mantendo o Quaresma, como vamos manter, com a qualidade dos jogadores contratados, com os que ficaram do ano passado...

J: Hélder Postiga? Vai jogar ou não? É um jogador que entra, sai, marca golos...mas nunca...

PC: Marca golos mas é um jogador que nunca se firmou como efectivo indiscutível no FC Porto.

J: Isso faz dele um dispensável ou não?

PC: Há vários tipos de jogadores. Eu costumo dizer que tenho três tipos de jogadores. Os que são dispensáveis e queremos dispensar, os que são inegociáveis e aqueles que se houver entendimento tanto podem sair como ficar.

J: E o Hélder Postiga está em que tipo?

PC: Está nos que se ficar, muito bem. Se tiver uma proposta e queira ir, não é dizer vai-te embora não queremos. Parece que há um clube que lhe interessa, ao que nos dizem. A confirmar-se sai, se não, fica. Não está no rol do Quaresma, do Bruno Alves, do Helton... que são inegociáveis nem está no lote dos que o treinador não conta com eles.

J: E um jogador pode passar para essa categoria pelo facto de aceitar o namoro de outro clube? Isso ofende-o, incomoda-o?

PC: Não. Não tenho casos desses. Normalmente quando vem uma proposta sabemos e falamos com o jogador. No caso do Pepe, fomos nós que lhe transmitimos o interesse do Real.

É evidente que não podemos permitir que os jogadores digam eu quero ir para ali ou para acolá. Eu costumo dizer que deixo sair todos se todos os que querem vir para cá os seus clubes também deixarem. O Real Madrid falou-me na hipótese de outro jogador que nem era o Pepe nem o Quaresma. Perguntaram se admitia vender e respondi que sim.

J: Quem era? O Lucho?

PC: Era o Lucho. Disse que não admitia vendê-lo mas que o poderia trocar pelo Nistelrooy. “Esse não vendemos”, então estamos empatados. É evidente que temos que ser sensíveis aos interesses dos jogadores e quando aparece uma proposta como no caso do Anderson que tem uma oportunidade de ir para o M. United, ou a aproveita naquela altura par ir ganhar cinco ou seis vezes mais que no FC Porto, eu sinto que se não o deixar ir talvez o rapaz não volte a ter outra. No caso do Lucho Gonzalez, o Valência está interessado no jogador. O jogador está bem no Porto, gosta do Porto, no Porto toda a gente gosta do Lucho, é o capitão da equipa, ele diz que se sente feliz aqui, ao Valência não há conversa. Agora se amanhã aparece o Manchester, o Real Madrid ou o Barcelona eu tenho que pesar se isto para ele não será uma oportunidade que passa. Eu costumo dizer aos jogadores e treinadores que o cavalo anda à volta de nossa casa, à nossa porta mas só passa uma vez desmontado.

2 comentários:

Anônimo disse...

È preciso è LER e facultar ,neste Blog, o "Tu Luís" ( o tal dossier).

Benni McCaco disse...

Exmo Sr.
Procurador-Geral da República

Somos um conjunto de funcionários de investigação que serve esta Instituição há muitos anos. Ela, apesar do momento negro que atravessa, ainda nos merece todo o respeito pelo seu passado recheado de excelentes serviços prestados à sociedade. [Se escutarmos com atenção, conseguimos ouvir os violinos.]

Decidimos efectuar esta comunicação não só pela razão anteriormente aludida, mas também em respeito pela memória de muitos dos excelentes funcionários que a serviram. [Pronto, estamos comovidos, com as defesas em baixo, convencidos da vossa boa-fé e prontos a acreditar em tudo o que for dito a partir daqui.]

Esta Instituição ao longo dos anos da sua existência tem-se pautado por práticas de investigação, reconhecidas universalmente, tendo por objectivo a descoberta da verdade dos factos. [Então mas não iam contar-nos coisas que não sabíamos? De qualquer modo vou anotar: «... a descoberta da verdade dos factos.» Já está.]

Assistimos nos últimos anos a algumas tentativas de influenciar investigações [mas têm-no feito calados, este é o vosso primeiro dossier anónimo, não é?], tendo nalgumas delas, devido à sua mediatização, sido públicas tais intenções – recordamos os processos relacionados com a “Moderna” e “Finanças”.No entanto, nada até agora se assemelhou ao que está a acontecer com o denominado “processo apito dourado”. [Pois, quando é connosco, sentimos as coisas de outra maneira.]

A nossa desilusão inicia-se com a análise que efectuámos aos processos ainda sem a intervenção da equipa “milagrosa” e continua com as práticas infames e desprezíveis cometidas por alguns elementos desta equipa. [Bom, já este dossier anónimo não tem nada de infame nem de desprezível. Oiçamos, pois, o que têm os rotos a dizer dos nus.]

Deparámo-nos com práticas que pensávamos já estarem arredadas num estado democrático. Todo o trabalho foi efectuado com alvos previamente definidos, tendo sido para tal, cometidas inúmeras ilegalidades e efectuados actos processuais, no mínimo, de validade duvidosa. [Ah, sim, as escutas telefónicas não valem nada, nem contribuem decisivamente para «a descoberta da verdade dos factos»... Esses malandros que violam a privacidade das pessoas...]

Actos iguais cometidos por pessoas diferentes tiveram decisões diferenciadas, o que revela que a equipa do Dr. Carlos Teixeira protegeu nitidamente algumas pessoas. [Então mas eles estavam a proteger algumas pessoas, ou estavam a atacar «alvos previamente definidos»?]

Analisando quem foi protegido verifica-se que estamos perante a rede de influências das pessoas que prestaram serviços e vassalagem ao S. L. Benfica e ao seu presidente Luís Vieira. [Sem dúvida, o clube mais beneficiado nos últimos 30 anos, aliás, dirigido neste período sempre pela mesma pessoa (que nem sequer teve direito a um «Senhor» antes do nome, como costumam fazer sempre). Confirmem-me uma coisa: vocês disseram que andavam nisto há muitos anos, ou percebi mal?]

Nada nos move contra o S. L. Benfica, pois alguns até adeptos somos deste clube [Ah, pronto, assim sendo... Mas de certeza que são só alguns? Não são todos? Dava muito mais credibilidade ao documento se fossem todos. Vejam lá isso, o kit de sócio nem sequer é assim tão caro, ainda vão a tempo.] e, como é óbvio, queremos que o nosso clube vença sempre, mas não a qualquer preço. [Disto não temos dúvidas: sabemos que querem que o vosso clube vença sempre, e não a qualquer preço, que as putas estão pela hora da morte.]

Também não pretendemos ser enganados por quem, com discursos incendiados e dirigidos à populaça vai enganando os adeptos mais distraídos, “sacando” dinheiro ao clube. [Agora estou baralhado: há bocado disseram que alguns eram adeptos do SLB; agora são os do FCP a falar?]

Também a nossa conduta profissional impõe-nos a obrigação de não deixar passar em claro esta cabala. [Ai, ai, há coisas que vos traem. Vocês estão aqui em nome da verdade dos factos. Se se põem a dizer que o Apito Dourado é tudo uma cabala contra aqueles que aparecem nas escutas, tiram toda a credibilidade às personagens. Vá, vamos fazer de conta que não reparámos, estamos a acreditar em tudo até agora, continuem.]

Verificámos que o direccionamento da investigação (custa-nos empregar esta palavra, pois de investigação estes processos nada tiveram) não se ficou só pelos autos, pois o Dr. Carlos Teixeira, não conseguindo vencer o seu benfiquismo primário, entregou informação e peças processuais, previamente seleccionadas, a alguns jornalistas da sua cor, nomeadamente aos Srs. António Gomes e Rogério Azevedo. [Viram? Estes são maus e tiveram direito ao tratamento de “Dr.” e “Sr.” Quando é com o Luís Vieira é que “ele” não consegue vencer o seu antibenfiquismo primário.]

Havia que injectar a opinião pública.

Mas vamos a alguns factos [Finalmente, as 3 primeiras páginas foram só palha]:

O Sr. Valentim Loureiro [mais um senhor] sempre que prestou declarações, e quando ouvido nos vários processos sobre a informação, que lhe era fornecida antecipadamente à sua divulgação pública, das nomeações dos árbitros, disse que a mesma lhe era fornecida quer pelo Presidente, quer por um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga. Em nenhum processo o Presidente de tal conselho é arguido. O Vogal é-o em todos. [Hum-hum]

No processo que se encontra em fase de instrução relativo ao jogo Boavista-Estrela da Amadora analise-se a acusação. É uma peça digna de figurar no Guinness World Records [Ficou-te o nome no ouvido por causa daquilo do maior clube do mundo, foi? Mas olha que o nome não é bem assim]. Inocentam-se condutas criminosas e acusam-se práticas legais, distorcendo-as. [Pois, deviam ter feito um dossier mais completo, com isso em anexo, assim não dá para analisar.]

Num jogo da Taça de Portugal S. C. Braga-F. C. Porto o Sr. Pinto de Sousa [mais um senhor] contactou os dois presidentes, quanto às suas preferências para arbitrar o jogo. O do F. C. Porto referiu que poderia ser qualquer um, menos o árbitro X. O do S. C. Braga referiu que não queria os árbitros Y, Z e W. O presidente do F. C. Porto é arguido no processo o do S. C. Braga não.
Mas mais. Analise-se as escutas relacionadas com este jogo e verificar-se-á que no final do jogo o Dr. Mesquita Machado ligou ao ex-árbitro Azevedo Duarte todo indignado por não ter sido nomeado um determinado árbitro. Também não é arguido. [Incrível. Mas não percebi bem. Queres dizer que deviam ser todos arguidos, ou que tu, perdão, que o presidente do FCP também não devia ser arguido?]

Não obstante o Sr. José Veiga ter sido escutado a solicitar que o árbitro, que dirigiria o encontro que a sua equipa realizaria no fim de semana seguinte, fosse contactado para beneficiar a sua equipa e apesar de ter ganho em casa do adversário por 0-1, o Sr. Magistrado entendeu que a matéria apurada não era suficiente. [Incrível! Então o Benfica ganha fora por 1-0, e ninguém investiga?!]

Critérios... [Realmente...]

Apesar de lhe ter sido fornecida a informação que a seguir indicamos, relacionada com a época 2004-2005 (ano em que o S. L. Benfica quebrou o longo jejum) [e o ano em que começou toda a podridão no futebol português... Este dossier vem com muitas épocas de atraso!], o Dr. Carlos Teixeira esqueceu-se de lhe dar o devido tratamento:

- As reuniões secretas entre o Sr. Luís Vieira e o Sr. José Veiga [ui, o que deve ter custado esta parte, chamar senhores aos vermes!] com o presidente e, por vezes, um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga em locais (Bares e Restaurantes] devidamente identificados em Lisboa e cujos funcionários estavam disponíveis para testemunhar [Tudo controlado, hem?].

- As reuniões efectuadas num Restaurante em Penafiel, bastante conhecido da gente do futebol, entre o Sr. José Veiga e vários árbitros assistentes. [Onde é que o Sr. José Veiga teria aprendido estas práticas?]

- As reuniões semanais entre o Sr. José Veiga [coitado do Veiga, que nem sequer imaginava que era seguido 24 horas por dia] com um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga na zona litoral centro do País, perto da residência deste último (por coincidência os estágios do S. L. Benfica, nessa época, eram efectuados no litoral e relativamente próximo do mencionado local). Este vogal, por sua vez, levava as indicações ao Presidente das exigências dos Srs. Vieira e Veiga que indicavam os árbitros não só para os seus jogos, mas também para os dos seus rivais.

- As reuniões entre o Dr. João Rodrigues com o Sr. Pinto de Sousa num Hotel de Lisboa. [É por isso que as contas do FCP apresentam sempre prejuízo, mesmo vendendo jogadores por inflacionados milhões, é muita despesa em vigilância constante a muitas pessoas]

- As reuniões entre o mesmo João Rodrigues, no mesmo Hotel, com vários árbitros. [Tudo o que tens vindo a elencar são erros processuais do Apito Dourado?]

- As fortes ligações do Sr. José Veiga aos Laboratórios Internacionais de Doping. [Isto é outro erro processual do Apito Dourado?]

- A promessa de contratação de um jogador do Guimarães. O Sr. José Veiga prometeu-lhe a contratação, caso não jogasse contra o Benfica. O jogador efectivamente não jogou. O Benfica tentou recuar na promessa, mas o jogador ameaçou que “metia a boca no trombone” e lá tiveram que o contratar. [Isto é outro erro processual do Apito Dourado?]

- A promessa de contratação de um jogador do Estoril antes do “famoso” jogo Estoril-Benfica no Algarve. O sr. José Veiga jantou com ele num Restaurante da linha do Estoril, tendo-lhe prometido a sua contratação, caso facilitasse a vida ao Benfica. As facilidades aconteceram, mas a contratação não. [Isto é outro erro processual do Apito Dourado?]

- As reuniões efectuadas na semana que antecedeu o atrás citado jogo com vários jogadores do Estoril com o Sr. José Veiga e nalguns casos com o seu primo (o homem forte da segurança. Foi o autor da agressão no Aeroporto de Lisboa, quando o Sr. Luís Vieira foi “raptar” o jogador Moretto ao Brasil [aposto que ainda hoje te arde a cara quando falas nisso]).

Foram efectuados pagamentos pelo primo do Sr. Veiga, ao que consta, ao guarda-redes do Estoril. Sobre estes factos existiu a disponibilidade em falar dum elemento do Estoril. Aliás o homem propunha-se contar, não só, tudo sobre esta “novela”, mas de muitas outras que tinha conhecimento do Sr. Luís Vieira. [Pagaste tudo por atacado? Ou quando ele disse que era o LFV que estava por trás do ataque às torres gémeas achaste que era demais?]

- As escandalosas arbitragens dos Srs. João Ferreira, Hélio Santos, Elmano Santos, Bruno Paixão, entre outros. Mas destas não interessava solicitar análises aos peritos. [Nem outras, nem outras, e se todos nós vimos coisas escandalosas, tipo a bola entrar na baliza e não ser golo]

- As ligações do presidente do Belenenses aos Srs. Luís Vieira, Cunha Leal, Tinoco Faria, Pedro Mourão, Frederico Cebola que influenciaram a decisão no caso “Mateus”. Foram inclusivamente denunciados os pagamentos que foram efectuados a alguns destes senhores por alguns escritórios de advogados. [Isto é outro ero processual do Apito Dourado?]

O Gil Vicente também gostará de saber que não foi prejudicado só na época passada, com intervenção do Sr. Luís Vieira. Ele pagou ao “paineleiro” Fernando Seara cerca de 100 mil contos (s/ recibo) para conseguir que o Alverca ficasse na 1.ª Divisão (era satélite do S. L. Benfica), prejudicando o Gil Vicente. Consta que o atrás referido “paineleiro” se juntou (falamos de escritório), há relativamente pouco tempo, ao já citado João Correia. [Isto é outro erro processual do Apito Dourado?]

Existiam nos autos indícios quer em quantidade, quer devido à sua relevância que justificariam, caso o Magistrado fosse isento, que os Srs. Luís Vieira, José Veiga, António Salvador, João Rodrigues, Tinoco Faria, Luís Guilherme, Cunha Leal, António Duarte, Pedro Mourão, Frederico Cebola, Paulo Relógio fossem colocados sob escuta, mas tal não interessava. [Portanto, enquanto não se escutarem os criminosos todos, os primeiros 48 não contam, certo?]

Consta que houve interferência do Dr. João Correia junto da estrutura sindical do Ministério Público que, como se verifica, terá surtido, até agora, efeito. Será por ele fazer parte do Conselho Superior do Ministério Público?

Entretanto nova fase surge no “processo apito dourado”.

Aparece um livro e surge a equipa “milagrosa”.

Vamos à sua constitição.

Comecemos pela Dr.ª Maria José Morgado.

O seu marido trabalha há alguns anos para o Sr. Luís Vieira recebendo, sem recibo, elevadas quantias em dinheiro, mau grado não se coibir de criticar tudo e todos, nomeadamente as fugas ao fisco. [Pensávamos que não gostavas que se atacasse uma pessoa só porque tem um cônjuge da pior espécie.]

Quando a Polícia iniciou, com o comando da Dr.ª Maria José Morgado, o afamado processo das Finanças, recordar-se-á V. Ex.ª que o mesmo se tinha iniciado com uma comunicação que circulava no interior das Finanças denuciando a forma como havia sido vendida a Fábrica das Louças de Sacavém.

A mesma fora adquirida por negociação directa por uma empresa de que o Sr. Luís Vieira era sócio por um preço quase anedótico [tipo os terrenos que o Cardoso te vendeu e que lesaram a câmara do Porto em milhões?]. Na altura apurou-se que viviam no Condomínio Privado que entretanto ali fora construído pela empresa compradora quatro Directores de Finanças. [Coincidência do caraças, parece que nos terrenos a que aludi também construíram um condomínio privado onde moras tu e uma data de malta amiga.]

O que resultou para o Sr. Luís Vieira? Quanto sabemos, até agora, nada. [Outra coincidência, foi precisamente o mesmo que resultou para ti e para o antigo presidente da CMP. Ele há coisas...]

Na altura em que o processo decorria, o marido da Dr.ª Morgado escrevia pelo Natal no Expresso um artigo que denominava “Conto de Natal”. Fazia-o “camuflado” tentando atingir alvos concretos [e se nós sabemos que de artigos camuflados percebes tu!]

Recordamos que efectuou um direccionado ao Sr. Vítor Santos – Bibi e, no ano em que o processo atrás referido se encontrava em fase de investigação, um que era direccionado à então Ministra da Justiça que, de forma cobarde, intitulou de “Etelvina”. [Uma cobardia, de facto, isto dos dossi artigos camuflados.]

Acusava-a de ter subido na vida à custa de práticas de baixa índole. Mais tarde ele e a mulher fizeram correr a notícia de que o processo não tinha tido êxito por interferência da Ministra para proteger um Director de Finanças.

Correlacione V. Ex.ª os factos e retire as devidas ilações. [Não pode ser, para se correlacionar isto, tem de se correlacionar todos os factos semelhantes primeiro, senão não tem valor e passa por cabala.]

Quanto ao Dr. Carlos Farinha, pensamos que terá sido escolhido para a Dr.ª Morgado o “premiar” por ele se ter mostrado solidário e ter pedido a demissão quando ela fez o mesmo.

À nomeação do Sr. Sérgio Bagulho já lá vamos.

Quanto aos outros elementos não queremos tecer grandes comentários, mas sempre diremos que estranhamos a nomeação do titular do processo “Mantorras”, processo que se encontrava em investigação.

Terá sido para o processo ser “exterminado” de vez?

Pensamos que sim, pois deram tempo para que o Sr. Luís Vieira montasse a sua estratégica [sic] de defesa.

Sobre este processo já nos debruçaremos mais adiante.

Quanto ao Sr. Bagulho eram conhecidas as suas fortes ligações ao clube S. L. Benfica e ao seu presidente Luís Vieira, com quem era visto frequentemente a jantar em Restaurantes de luxo da baixa lisboeta. [É um verdadeiro SIS privativo, o Quaresma tem de ser vendido por 97 milhões para cobrir a despesa toda.]

Constava que era o seu novo “Suzano”, ou seja um dos seus homens de mão para efectuar trabalhos sujos, nomeadamente algumas cobranças.

O Luís Vieira conhecia factos que revelados poderiam acabar com a sua carreira e jogava com eles, “obrigando-o” a fazer aquilo que queria. [Ai, o malvado, e nem sequer teve de pagar essa investigação.]

Era também comum ver-se o Bagulho a “pavonear-se” nos camarotes presidenciais do Estádio da Luz.

Alguém de boa fé nomearia este homem para estre processo?

Entretanto, o Dr. Carlos Farinha aandona a equipa, pois tem que ir cumprir uma comissão à Madeira.

Quem é que aparece?

O Sr. Manuel Carvalho.

Nos corredores da Polícia consta que quem o indicou foi o Dr. João Correia, advogado com quem o Sr. Carvalho se reúne com frequência para receber directrizes, quanto ao caminho enviesado a dar ao processo.

Sabemos, e só estamos a constatar um facto [queres dizer que, desta vez, não estás a inventar nada?], das dificuldades financeiras que o Sr. Carvalho tem passado devido a uma desastrosa incursão no mundo empresarial.
Durante esta fase do processo circulou muito dinheiro com proveniência do Sr. Luís Vieira e com diversos destinos.

A D. Carolina tem sido um dos seus destinos preferidos, tendo o seu último recebimento sido efectuado pelas mãos “sujas” da Sr.ª Leonor Pinhão.

Esta entregou-lhe cinquenta mil euros com a indicação que não os depositasse em Portugal.

A D. Carolina cumpriu e deslocou-se a Tuy, onde efectuou o depósito no Banco Santander [ui, os detectives até têm de ir ao estrangeiro, isto não sai nada barato].

Outro dos destinos do dinheiro do Sr. Luís foi o pai da D. Carolina que igualmente se deslocou a Espanha para depositar as quantias recebidas.

Já que falámos da Sr.ª Pinhão, ideóloga do livro que originou a reabertura do processo, questionámo-nos de qual a razão da equipa “milagrosa” só ter usado o livro da D. Carolina e não outros escritos de credenciados jornalistas que denunciavam várias ilegalidades cometidas pelo Sr. Luís Vieira? [Hum, quem serão estes credenciados jornalistas?]

Será o poder discricionário...

A título exemplificativo referimos o jornalista António Tavares-Teles que quase diariamente denuncia factos relacionados com o Sr. Luís Vieira – vide artigos recentes no jornal “O Jogo” em 8 e 9 de Junho de 2007. [Ahahahah! O Pato é jonalista credenciado? Toda a gente sabe de quem é a mão que manipula esse Donaltim, é natural que lhe não dêem crédito. Espera, tenho de me rir outra vez: o Pato é jornalista credenciahahahahahah!]

Por que razão não se investigam os artigos dos jornais Público dos dias 29 e 30 de Março de 2007, ambos na pág. 26 e Correio da Manhã de 10 de Maio de 2007-pág. 24? [Mais uma vez te digo, devias ter anexado isto ao dossier, assim ninguém sabe do que estás a falar]

A escritora do livro (que foi considerado relevantíssimo elemento de prova, tendo originado as reaberturas de inúmeros processos), Fernanda Freitas, disse (citamos): “Estou arrependida por ter pactuado por desconhecimento de causa com falsidades e invenções no texto que escrevi” [Quanto é que isto terá custado? E eu a pensar que as mentiras e falsidades eram só aquelas posteriores ao trabalho de revisão, aquelas que não coincidem com o original, mas afinal não.]

Alguém terá considerado esta afirmação? [Essa afirmação vale muito menos do que o que pagaste por ela, só tu lhe deste valor. Eu sei que custa investir em vão.]

Sabemos que existem vários crimes (furtos, fogo posto, tentativas de homicídio), cujos autores materiais já confessaram e imputaram a responsabilidade da autoria moral à D. Carolina.

O que se passa com estas investigações e com a entrevista publicada no Correio da Manhã de 14 de Maio de 2006 em que um indivíduo exibia objectos furtados ao presidente do F. C. Porto e denunciava um plano de extorsão?

Como é possível manter-se em liberdade alguém que cometeu tantos crimes com um grau de perigosidade tão elevado. [Estás a falar de ti, não estás?]

Parece-nos, salvo melhor opinião de V. Ex.ª, que o quadro legislativo português não prevê a figura de “arrependido” [É só por isso que não te arrependes de nada do que fizeste?]

Qual o motivo de tal protecção e que “taxa de juros” seremos obrigados a pagar? [Não te preocupes, que não hás-de pagar nada, mas gosto de te ver assustado desta maneira.]

Mas já que falámos em crimes cometidos é altura de abordar a agressão ao Sr. Bexiga [Acho que sabes do que falas, vou ouvir-te com atenção.]

Uma conceituada jornalista que colaborou com vários jornais de referência [Oh, já estragaste tudo, sabemos o que queres dizer quando falas em «conceituados jornalistas»] ao abordar a D. Carolina sobre a autoria deste crime referiu-lhe:
“Então vocês vão cometer uma agressão num parque de estacionamento? Não vêem que foram filmados pelas câmaras de filmar”.

A D. Carolina retorquiu: "Eu não brinco em serviço. No dia anterior mandei destruir as câmaras”.

Para V. Ex.ª fazer um juízo sobre a maquinação que foi montada providencie no sentido de verificar se alguma vez aquele parque possuiu câmaras de filmar. [Estão todas alocadas ao filme “Corrupção”]

A resposta que obterá será: NUNCA!

A Sr.ª Pinhão nas reuniões que efectuou frequentemente no Restaurante Le Petit e no Hotel Mundial com a D. Carolina esqueceu-se de pormenores importantes.

Como ideóloga também terá sido a Sr.ª que instigou a D. Carolina a cometer os crimes atrás aludidos? [Vamos lá perceber uma coisa: o livro conta o que fizeste, não é um guião do que tu tinhas de fazer.]

Retratá-los-á na sua “fita”? [Deixa-te tu de fitas, prova que as vozes que aparecem nas escutas são montagens de diálogos do Contra-Informação.]

Nem todos são ingénuos Sr.ª Pinhão, mas reconhecemos que a Sr.ª tem alguma esperteza. [Mas tu agora diriges-te a quem? Lembra-te da personagem que estás a assumir: és um conjunto de agentes da PJ dirigindo-se ao procurador-geral da República. Ai, ai, a idade não perdoa...]

No entanto, no dia em que Deus distribui a inteligência a Sr.ª acordou tarde, como é habitual [também foste seguida, Leonor, eles até sabem a que horas costumas levantar-te], e ficou no final da fila [Ai, reconhece-se a fina ironia do senhor presidente, que vai ser gabada por todos os que não conhecem uma piada com umas barbas maiores que a do irmão.]
Infelizmente, este é um dom que não se compra em qualquer Centro Comercial [A sério, estás mesmo convencido de que tu é que és inteligente, e que consegues enganar todos à tua volta durante todo o tempo? Assim vai doer mais.]

Terminam aqui as primeiras 11 páginas de um documento de 27. Sinceramente, não me está a apetecer bater as restantes. Podia pensar-se que o documento desmontava a cabala contra o presidente do FCP, mas não, limita-se a dizer que «o outro menino também roubou bolachas».
Portanto, acaba por assumir todas as acusações de que é alvo, quem sabe aliviado por muitas mais não virem a lume. E não deixa dúvidas nenhumas sobre quem o redigiu. É mais um crime. Só me admira é como é que, com tantos rabos de palha, não há um que pegue fogo. Deve estar tudo ocupado com casos como o da idosa que tentou furtar um produto de 3,99 € no Lidl.