RESUMO HISTÓRICO DOS MUNDIAIS DE FUTEBOL

(ACTUALIZAÇÃO)

2010 - ÁFRICA DO SUL

Apontados como favoritos, Brasil e Argentina quedaram-se pelos quartos-de-finais, enquanto a Alemanha, outra forte candidata, via-se afastada nas meias-finais, no Mundial da África do Sul, país anfitrião do 1º certame realizado no continente africano.

Surpreendentemente, os finalistas da anterior edição, Itália e França, protagonizaram o fracasso prematuro ao não conseguirem passar da fase de grupos, com foros de escândalo por parte dos gauleses, que atolados em conflitos internos, plagiaram os portugueses de Saltilho!

As surpresas pela positiva foram as prestações do Ghana, eliminado nos quartos-de-final e o Uruguai que acabaria na quarta posição.

A final foi disputada pelas duas equipas que melhor futebol desenvolveram: Espanha e Holanda.

Os espanhóis, senhores de um futebol vistoso, apoiado, de bola de pé para pé com elevada precisão de passe, privilegiando a posse de bola e inventando passes de ruptura, só ao alcance de um conjunto de jogadores de elevada capacidade técnica, sustentada pela espinha dorsal do Barcelona (Puyol, Pique, Busquets, Xavi, Iniesta, Pedro...) que extrapolaram para a selecção o famoso «TIC-TAC», que já lhe havia rendido a vitória no Campeonato da Europa;

Os holandeses, com um futebol mais vertical, directo e vocacionalmente ofensivo, apoiado na qualidade dos seus jogadores mais influentes (Sneijder, Kuyt e Roben).

Curiosamente, a Espanha perdeu o jogo inaugural, frente à Suíça, entrando numa sequência de vitórias até erguer a Taça; Percurso inverso seguiu a Holanda, dando sequência à senda 100% vitoriosa que trazia da fase de qualificação só interrompida no jogo da final (contrariando a teoria obsessiva de Carlos Queiroz... e não só!).

A vitória espanhola foi o prémio justo ao futebol espectáculo face ao excessivamente agressivo dos holandeses.

Resta referir o comportamento da equipa portuguesa. Se em termos de resultados pode ser considerado positivo (não perdemos com o Brasil e só perdemos por 1-0 com os espanhóis, nos oitavos-de final!), já não poderei dizer o mesmo em relação à atitude.

A tradicional mentalidade portuguesa voltou a inibir a equipa. Excesso de medo e falta de confiança afastaram a possibilidade de termos alcançado o primeiro lugar do grupo e desse modo adiar o confronto com a Espanha que poderia ter acontecido lá mais para a frente.

Na foto, da esquerda para a direita, em pé:Pedro, Busquets, Sérgio Ramos, Xabi Alonso, Capdevila e Pique; Em baixo: Casillas, Iniesta, David Villa, Xavi e Puyol