O FC Porto arrancou para esta época com o peso dos galões que o símbolo do escudo de campeão nacional lhe confere, neste caso bicampeão, e com a legítima ambição de fazer uma carreira que lhe permita concretizar o Tri.
Em teoria, nesta nova época, partiu de forma muito mais equilibrada, tendo em conta a consolidação do sistema táctico que o Professor Jesualdo alterou no inicio da época transacta em função do abandono do treinador holandês , que como se recordam fazia a equipa jogar em 3x4x3 e ainda pelo facto do treinador ter acompanhado desta vez a pré-época.
É verdade que o plantel sofreu algumas alterações. Destas, as perdas de Pepe e Anderson, face à qualidade que ambos patentearam, fizeram supor que a equipa ficaria mais fraca e as contratações, para as suprir, ainda hoje não convenceram.
Jesualdo, após estudo e competente análise às contratações, optou por apostar nos jogadores campeões da época anterior, fazendo um arranque excepcional no campeonato, garantindo oito vitórias consecutivas, isto depois de uma primeira derrota, em Leiria contra o Sporting, para a Super Taça Cândido de Oliveira, num jogo em que os Dragões se bateram relativamente bem mas em que foram penalizados por uma arbitragem descarada.
Nos seis jogos seguintes, a equipa não foi tão regular, perdendo os primeiros pontos com dois empates seguidos até concluir o último jogo com a derrota na Madeira.
A vantagem é no entanto confortável já que os rivais se encontram a 7 e 9 pontos (ambos derrotados no confronto directo), continuando a manifestar fragilidades que se forem bem aproveitadas poderão decidir o campeonato bem mais cedo que na anterior edição, isto claro está se o Porto não repetir a 2ª volta dessa edição.
Ao nível europeu o FC Porto fez uma boa fase de grupos concluindo na 1ª posição o que lhe garantiu um adversário mais ao seu alcance nos oitavos-de-final.
O principal motivo de descontentamento foi mesmo o afastamento prematuro da Taça da Liga.
Podem argumentar o que entenderem sobre a importância deste novo troféu (o prof. colocou uma equipa constituída pelos novos reforços, duma assentada, pondo em causa essa importância!), mas como nem a feijões gosto de perder…
Para a Taça de Portugal ainda só se jogou uma eliminatória com os principais clubes pelo que nos limitamos a cumprir a obrigação de vencer uma equipa do escalão secundário, ao contrário do que na época anterior em que fomos eliminados à primeira pelo Atlético.
O desempenho global em termos exibicionais tem sido razoável tendo atingido em alguns momentos o brilhantismo que está ao alcance desta equipa bem como do talento de alguns atletas como Lucho, Quaresma, Lisandro e Tarik que protagonizaram situações de rara beleza futebolística. Bosingwa, a dupla P. Emanuel / B. Alves e ainda P. Assunção, têm sido muito pendulares.
As perspectivas são boas mas ainda não ganhamos nada, como bem diz Jesualdo Ferreira. Por isso espero que esta pequena paragem seja aproveitada para o recarregar de baterias no sentido de retomarmos o caminho das vitórias.
Um comentário:
Não ganhamos mesmo nada, ainda. Aliás, bem vistas as coisas, só perdemos. A Supertaça e a Taça da Liga.
Contudo, mesmo nós, adeptos portistas, k amamos o clube e não gostamos de perder, sabemos o quão difícil seria lutar em tantas frentes...
Nas mais importantes, o Porto até ao momento mostrou, pese a quase ausência de elogios na imprensa, que é fortíssimo. Apesar da derrota na Madeira, que permitiu uma ténue esperança nos adversários, a capacidade demonstrada até agora, aliada à medianização dos adversários directos, deixa antever k o Porto, como dizes, pode almejar a um TRI menos sofrido do k o BI.
Na Champions, o 1º lugar, maculado com uma derrota estrondosa em Liverpool, é um justo prémio a quem melhor futebol praticou. Com humildade, a eliminatória com o Schalke, bem mais equilibrada do que se pensa, permitirá o acesso à elite dos oito melhores. E o sonho continuará a ser acalentado...
Para isso será necessário ir ao mercado, já neste início do ano, para colmatar a ausência de Tarik, na CAN, e a fraca adaptação dos reforços, k pouco têm acrescentado. Ou seja, o Porto está numa encruzilhada. Para consumo interno, basta o k se tem, mas para almejar a algo mais do k uma mera participação na Champions, será necessário abrir os cordões à bolsa.
Abraço,
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