quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A SALA-MUSEU

Os momentos mais significativos da história de um clube devem estar acessíveis a todos os adeptos, simpatizantes e público em geral. Julgo ser esta uma das formas mais cativantes de divulgar a sua grandeza e importância. O FC Porto já teve vários locais onde expôs uma boa parte dos troféus conquistados. Recordo-me de ter visitado nos princípios dos anos 70, num dos andares da sede do Clube que ficava na Praça General Humberto Delgado a primeira Sala-Museu, inaugurada em Maio de 1967 por Afonso Pinto de Magalhães. Um espaço modesto, bem cuidado, mas onde não era possível expor todo o arsenal conquistado (apenas 2.600 tiveram lugar). No final assinei o Livro de Honra e dias mais tarde recebi um postal dos correios a agradecer a visita. Senti-me ainda mais orgulhoso por pertencer a este Clube.

Em Novembro de 1981 foi deslocado para as Antas, utilizando um espaço mais amplo, situado no 3º piso da Maratona, contendo cerca de 9.000 taças registadas e catalogadas, galhardetes, medalhas, bolas, salvas de prata, etc.

Ao ritmo a que os troféus e galardões se foram avolumando rapidamente se tornou exíguo e desorganizado. Foi então idealizada a transferência de todo o espólio para um pavilhão adequado que acabou por não se concretizar face à verba avultada que tal medida acarretaria. A solução encontrada foi restaurar o espaço já existente com mudanças da decoração, colocação de mais estantes, novos painéis e uma nova iluminação. O FC Porto possuía na altura mais de doze mil galardões cujo espaço de exposição necessário ocupariam 1.500 metros quadrados versus os 300 metros quadrados existentes após o restauro. Foram por isso estabelecidos critérios para seleccionar quais os que deveriam ser mostrados ao público. Tal critério assentou no ecletismo do Clube, assegurando a representação de todas as modalidades, com relevância para o futebol e hóquei em patins. As taças mais representativas (Campeonatos Nacionais, Taças de Portugal, Supertaças e Taças Europeias) teriam lugar de destaque bem como os troféus de maior valor artístico como a Taça do Arsenal, a Taça número um e a Toyota Cup, entre outras. A inauguração da nova Sala-Museu apelidada de Afonso Pinto de Magalhães aconteceu a 28 de Setembro de 1991.

Com a destruição do Estádio das Antas desapareceu também essa estrutura até que alguém se volte a interessar pelo seu reaparecimento. Já existe um espaço identificado como sendo o seu futuro local, no Estádio do Dragão. Deve ser um local que respeite e honre a história gloriosa do FC Porto. A sua organização, manutenção e actualização constituirão certamente um encargo considerável, talvez a razão da sua demora. Pinto da Costa afirmou recentemente que está para breve. Espero que seja o próximo objectivo patrimonial.

3 comentários:

dragao vila pouca disse...

Claro que é fundamental o Museu, e o F.C.Porto vai ter um Museu à altura do prestígio do clube. Promessa de Pinto da Costa na última Assembleia Geral do clube.
Um abraço

Anônimo disse...

Contas da SAD
Administradores do Benfica receberam 180 mil euros apesar de quarto lugar na Liga
Os administradores da Benfica SAD receberam um total de 180.000 euros de prémios relativos à última época, em que o clube se classificou em quarto lugar na Liga de futebol, e pela terceira temporada consecutiva não venceu qualquer competição


A verba está inscrita como remuneração variável aos «titulares do órgão de administração» no Relatório e Contas do último exercício, no ponto 5 do capítulo quarto, e João Gabriel, director de Comunicação do Benfica, disse à agência Lusa que os prémios para os administradores «não estão indexados aos resultados desportivos, mas à geração de receitas operacionais da sociedade».

Também o Sporting tem no Relatório e Contas uma verba de 120.000 euros como provisão para remuneração variável dos administradores executivos da sociedade. A equipa de Alvalade terminou a época em segundo lugar, com apuramento directo para a Liga dos Campeões, e venceu a Taça de Portugal.

Mais conhecido é o caso da SAD do FC Porto, com os administradores do grupo a receberem, segundo o Relatório e Contas, mais de 697.000 euros, isto no ano em que o clube se sagrou campeão nacional, o terceiro título consecutivo.

A administração do FC Porto recusou na última assembleia de accionistas, realizada quinta-feira, os prémios estipulados pela Comissão de Vencimentos, que previa uma remuneração variável de 50 por cento do salário anual bruto no caso da equipa se classificar nas segunda ou terceiras posições, aceitando os prémios previstos para a conquista do campeonato nacional (75 por cento), da Taça UEFA (100 por cento) ou Liga dos Campeões (120 por cento).

Os prémios pagos aos órgãos de administração das sociedades desportivas dos três principais clubes portugueses baseiam-se em comissões que fixam esses valores. FC Porto e Sporting chamam-lhe Comissão de Vencimentos, enquanto o Benfica lhe chama Comissão de Retribuições, no que é também o único caso em que não faz depender o sucesso desportivo do pagamento da retribuição variável, ao contrário de FC Porto e Sporting.

A Comissão de Retribuições do Benfica é constituída por três accionistas: Benfica clube, Benfica SGPS e Fernando Manuel da Silva Costa Paganin Tavares. No caso do FC Porto, Alípio Dias, Fernando Freire de Sousa e Faria de Almeida integram a Comissão de Vencimentos, enquanto no caso do Sporting essa comissão é formada por Filipe Soares Franco, Agostinho Abade e Rogério Alves.

Lusa/SOL

Anônimo disse...

... Claro que é fundamental o Museu...

Ate que enfim.


... Promessa de Pinto da Costa ...


Que chama armazem de tacas a este tipo de Museu, que nao ao dele... pessoal.