quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PARADA DE ESTRELAS

JABURU chegou às Antas no Verão de 1955. Chamava-se Jorge de Sousa Matos, mas dentro do campo de futebol respondia apenas pelo nome do pássaro aquático, pernalta e melancólico do Brasil - Jaburu.


Era um negro de envergadura física imponente, um verdadeiro bombardeiro ameaçador nas proximidades da baliza adversária. Arrastava consigo os defesas e fazia golos com facilidade.

Manteve-se durante três épocas no eixo do ataque portista, com sortes diversas: na primeira, 1955/56, sob o comando de Yustrich, apontou 22 dos 77 golos da equipa (muitos de cabeça, uma das suas especialidades) que reconduziram o FC Porto ao título que escapava há dezasseis anos; nas duas temporadas seguintes, após a partida deste treinador, que o tratava como o menino travesso e o colocava na ordem, perdeu o fulgor e a alegria de jogar, abusando das noitadas e do álcool afundando-se numa vulgaridade que tornou inevitável a desvinculação e o regresso ao Brasil.

Ainda assim, Jaburu ficou no coração de muitos portistas.

Fontes: Revista Dragões; Figuras & Factos, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

2 comentários:

Anônimo disse...

Depois da saída do Porto, não rumou a Espanha?

dragao vila pouca disse...

Grande jogador, mas...segundo dizem as minhas fontes - os mais antigos que o viram jogar -, mau profissional e também, problemas familiares. Dizem-me que a mulher o traía com um colega de equipa e isso teve consequências na carreira dele.

Um abraço