Vinte anos depois (!), Portugal voltava de novo a uma fase final do Campeonato do Mundo. O «bom gigante» José Torres (o nº 18 da selecção de 66), estava ao leme da selecção com os adjuntos Jaime Graça e Marinho.
De peso eram os nomes das selecções que constituíam o Grupo de qualificação de Portugal: RFA, Suécia, Checoslováquia e Malta.
A 12 de Setembro de 1984 arranque em Estocolmo, 1-0, golo do portista Fernando Gomes. Depois, nas Antas, 2-1 à Checoslováquia, golos de Diamantino e Carlos Manuel. À terceira jornada Suécia de Ravelli, Stromberg, Prytz e Larsson, em Alvalade, 1-3. Madrugador o golo de Jordão, depois o inferno!
Em La Valette 3-1 a Malta, dois golos de Gomes e um de Carlos Manuel. No Jamor mais uma derrota, 1-2 com a Alemanha. E logo outra em Praga, 0-1. Torres não perdia a esperança e fazia contas. Tudo ainda era possível, mesmo ir ganhar à Alemanha! «Deixem-me sonhar, que isso não paga imposto» foi a frase que ficou célebre.
A 14 de Outubro de 1985, 3-2 a Malta, na Luz. Dois golos de Gomes e um de Rafael. Quatro dias depois, em Estugarda, o visto para o México no pontapé maravilha de Carlos Manuel! o sonho transformado em realidade.
José Torres, o Seleccionador Nacional, estabelecia jogos de preparação: Finlândia (E. 1-1), Luxemburgo (V. 2-0) e a RDA (D. 1-3). No final eram conhecidos os 22 convocados definitivos para a grande aventura mexicana:
De peso eram os nomes das selecções que constituíam o Grupo de qualificação de Portugal: RFA, Suécia, Checoslováquia e Malta.
A 12 de Setembro de 1984 arranque em Estocolmo, 1-0, golo do portista Fernando Gomes. Depois, nas Antas, 2-1 à Checoslováquia, golos de Diamantino e Carlos Manuel. À terceira jornada Suécia de Ravelli, Stromberg, Prytz e Larsson, em Alvalade, 1-3. Madrugador o golo de Jordão, depois o inferno!
Em La Valette 3-1 a Malta, dois golos de Gomes e um de Carlos Manuel. No Jamor mais uma derrota, 1-2 com a Alemanha. E logo outra em Praga, 0-1. Torres não perdia a esperança e fazia contas. Tudo ainda era possível, mesmo ir ganhar à Alemanha! «Deixem-me sonhar, que isso não paga imposto» foi a frase que ficou célebre.
A 14 de Outubro de 1985, 3-2 a Malta, na Luz. Dois golos de Gomes e um de Rafael. Quatro dias depois, em Estugarda, o visto para o México no pontapé maravilha de Carlos Manuel! o sonho transformado em realidade.
José Torres, o Seleccionador Nacional, estabelecia jogos de preparação: Finlândia (E. 1-1), Luxemburgo (V. 2-0) e a RDA (D. 1-3). No final eram conhecidos os 22 convocados definitivos para a grande aventura mexicana:
FC Porto: João Pinto, Inácio, Jaime Magalhães, André, Futre e Gomes
Boavista: Frederico e Ribeiro
Benfica: Bento, António Oliveira, Veloso, Álvaro, Carlos Manuel, Diamantino e Rui Águas Sporting: Damas, Morato, Jaime Pacheco e Sousa
Belenenses: Jorge Martins, José António e Sobrinho
Veloso acabaria por ficar de passaporte rasgado por controlo de doping positivo. Bandeirinha (Académica) foi o seu substituto. 12 de Maio de 1986, chegada da comitiva portuguesa a Saltilho, rodeada de forte dispositivo de segurança, onde previra montar o seu quartel-general, a 2300 metros de altitude.
No final desse mês, Bento, na condição de capitão da equipa, lançou a confusão: ou a FPF aceitava negociar o montante dos prémios ou os jogadores entrariam em greve!Foi quiçá o momento mais embaraçoso do futebol português além fronteiras em termos de selecção. As divergências entre jogadores e dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol no que concerne aos prémios de jogo e outras questões burocráticas contribuíram fortemente para uma pobre participação na fase final. A qualidade do Europeu 84 continuava lá e a esta juntava-se a estrela-emergente Paulo Futre, conferindo mais poder à turma nacional. Contudo, nenhuma dessas qualidades foi aproveitada e Portugal saiu pela porta pequena do Mundial ainda na 1ª fase.
Portugal ficou num grupo considerado acessível, com Inglaterra, Polónia e Marrocos. A 3 de Julho de 1986, em Monterrey, a equipa nacional começou da melhor maneira. Digamos que foi uma pequena vingança sobre a Inglaterra. Um golo de Carlos Manuel selava um triunfo por 1-0 no jogo de estreia. Estava assim vingada a derrota do Mundial 66 diante dos súbditos de Sua Majestade.
Portugal alinhou com: Bento; Álvaro, Frederico, Oliveira, Inácio; Diamantino (aos 83' José António), Jaime Pacheco, André, Sousa; Carlos Manuel e Gomes (aos 73' Futre).
Esta vitória não dissipou problemas. Os jogadores concretizaram as ameaças e fizeram greve a alguns treinos. Além disso Bento fracturou uma perna na véspera do segundo jogo.
A 7 de Junho, também em Monterrey, Portugal defrontou a Polónia e perdeu por 0-1, com golo de Smolarek.
Portugal alinhou com Vítor Damas; Álvaro, Frederico, Oliveira, Inácio; Diamantino, Jaime Pacheco, André (aos 73' Jaime Magalhães), Sousa; Carlos Manuel, Gomes (aos 46' Futre).
A vergonha maior ainda estava para chegar para as cores nacionais, pois após a derrota com a Polónia, veio o desaire escandaloso frente a Marrocos por 1-3 (golo português a ser apontado por Diamantino), jogo disputado em Gualadajara a 11 de Junho.
Portugal alinhou com: Vítor Damas; Álvaro (aos 55' Rui Águas), Frederico, Oliveira, Inácio; Jaime Pacheco, Jaime Magalhães, Sousa (aos 69' Diamantino), Carlos Manuel; Gomes e Futre.
Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Frederico, Jaime Magalhães, Oliveira, Álvaro e Vítor Damas; Em baixo: Inácio, Jaime Pacheco, Sousa, Gomes, Futre e Carlos Manuel.
O Mundial acabava da pior maneira para os "infantes" (assim ficou conhecido o grupo que esteve no México 86) . Mau de mais para ser verdade...
Um comentário:
México 86, que confusão, que amadorismo, que tristeza...as greves, com conferências de imprensa que correram mundo e colocaram Portugal em destaque, mas pelos piores motivos. Depois, J.Torres não tinha pulso, fez a vontade a C.Manuel e Diamantino e Futre foi suplente, quando tinha lugar de caras. Passando por uma vitória frente ao adversário mais difícil e duas derrotas contra rivais perfeitamente ao nosso alcance, Polónia e Marrocos...
Enfim, para esquecer...
Um abraço
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