sábado, 19 de junho de 2010

RESUMO HISTÓRICO DOS MUNDIAIS DE FUTEBOL

(CONTINUAÇÃO)

Inglaterra/1966 - Estreia Portuguesa. E que estreia!

Portugal foi uma das grandes sensações nesta estreia de presenças na fase final de um Mundial. Eusébio cotou-se como o melhor goleador do torneio e Portugal obteve a melhor classificação de sempre ao conseguir o terceiro lugar.

A Inglaterra foi à final com a Alemanha num jogo que não escapou à polémica por causa de um golo que ainda hoje ninguém conseguiu demonstrar que a bola ultrapassou de facto a linha de baliza. O resultado final foi 4-2, após prolongamento, com um «hat-trick» de Geoff Hurst». Para o historial ficou o tal golo de Roger Hunt, validado pelo suíço Dienst!

Na foto, da esquerda para a direita, em cima (só os atletas): Stiles, Hunt, Banks, Jack Charlton, Cohen e Wilson; Em baixo: Peters, Hurst, Bobby Moore, Ball e Bobby Charlton

México/1970

Foi um dos mais espantosos Mundiais que culminou com a coroação definitiva do Brasil como grande potência do futebol. Selecção de sonho, onde sobressaía a rapidez de Jairzinho, a frieza de Gerson, o talento de Tostão e Clodoaldo e o génio do «Rei» Pelé.

Na final o adversário foi a Itália. A equipa «azurra» começou a perder, no estádio Azteca completamente lotado, com um golo de Pelé, mas Bonisegna ainda empatou. Contudo, o vendaval ofensivo brasileiro acabaria por fazer mossa. Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto encarregaram-se de dar expressão ao inspirado futebol brasileiro. O 4-1 final não deixava margem para dúvidas.

Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Carlos Alberto, Brito, Wilson Piazza, Felix, Clodoaldo, Everaldo e Admilde Chirol (preparador físico); em baixo: Jairzinho, Rivelino, Tostão, Pelé e Paulo César Caju

Alemanha/1974

Detentora do título europeu, a equipa da casa apresentava-se como uma das mais fortes favoritas, contudo, o futebol mais apelativo era sem dúvida a «Laranja Mecânica» da Holanda, treinada por Rinus Michels, com Johan Cruyff como principal protagonista do futebol total. Foi com este tipo de futebol que os holandeses chegaram facilmente à final.

Na final de Munique encontraram-se as duas mais favoritas. O endiabrado Cruyff em apenas um minuto viu-se derrubado na área. Neeskens apontou o que parecia ser o primeiro passo para o título holandês.

A disciplina férrea dos alemães, sob o comando do «kaiser» Franz Beckenbauer não estremeceu. Breitner empatou também de penalti e aos 43' Gerd Mueller virou o resultado. O «futebol total» saiu esmagado pelo exército de «panzers».

Na foto, da esquerda para a direita: Beckenbauer, Step Maier, Schwarzenbeck, Bonhof, Holzenbein, Grabowsky, Gerd Mueller, Overath, Vogts, Breitner e Hoenes

Argentina/1978

Campeonato sob o signo da polémica! Primeiro pela tomada de posição política de Cruyff ao recusar estar presente «num país onde desapareciam pessoas», depois pelo «colinho» das arbitragens à equipa da casa. A Argentina soube tirar partido do apoio do público e das ajudas dos árbitros para lograr o que parecia impossível. Contra o Peru, por exemplo, os argentinos necessitavam de ganhar por uma diferença de quatro golos. Num jogo cheio de polémica o resultado foi um surpreendente 6-0 que levou o Brasil a declarar-se «campeão moral».

A final foi disputada contra a Holanda. Kempes bisou na vitória por 3-1, consagrando-se como o melhor marcador do torneio. Os alvi-celesttes estreavam-se como Campeões Mundiais.

Na foto, da esquerda para a direita, em pé: Passarella, Houseman, Olguin, Tarantini, Kempes e Fillol; Galvan, Ardiles, Luque, Valencia e Gallego

Espanha/1982

Depois de uma primeira fase marcada por três empates, ninguém diria que a Itália de Paolo Rossi iria sagrar-se Campeã do Mundo. Para trás deixaria a magia do Brasil de Zico e Sócrates, derrotada por 3-2 num jogo épico. Também o futebol espectáculo da França de Platini cairia diante da Alemanha nos penaltis.

Nesta final entre bávaros e italianos, os «azzurri» eram favoritos pois tinham Paolo Rossi em estado de graça, apontando o primeiro golo da final que acabaria com um confortável 3-1, abrindo as portas para o «tri» italiano, 44 anos depois da última vitória.

Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Grazziani, Zoff, Bergomi, Scirea, Anognoni e Colovati; Em baixo: Cabrini, Paolo Rossi, Conti, Oriali e Tardelli

México/1986 - Com «Infantes» portugueses na vergonha de Saltilho

Argentina desconcertante e imparável! Primeiro com um golpe habilidoso de mão, que Maradona imortalizou com a célebre frase «Foi com a mão de Deus», depois com uma arrancada iniciada antes do meio campo que só terminou com a bola enfiada nas redes do inglês Shilton.

A Alemanha repetiu a presença na final mas nunca soube parar a magia de «El Pibe» Maradona. Não marcou, mas com um passe de génio assistiu Burruchaga para o golo decisivo do 3-2 que selou o "bi" argentino.

Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Batista, Cucciufo, Olarticoechea, Brown, Rogeri e Maradona; Em baixo: Burruchaga, Giustti, Enrique e Valdano

Itália/1990

O mundial de 90 ficou como um dos mais maçadores de sempre. Argentina e Alemanha repetiram a final mas sofreram até chegarem a Roma. Os alemães foram pacientes e souberam esperar pelo minuto 85, altura em que o árbitro Codesal descobriu um penalti que Brehme apontou com frieza. O 1-0 final premiou o anti-futebol!

Na foto, da esquerda para a direita: Mathaus, Iligner, Buschwald, Aughentaler, Voeller, Kohler, Brehme, Littbarski, Hassler, Berthold e Klinsmann

E.U.A./1994

No mundial do markting, a escolha dos Estado Unidos para popularizar o "soccer" na terra do Tio Sam. Vinte e quatro anos depois, o tetra brasileiro com Romário decisivo como nunca na caminhada rumo ao título.

Na final em Pasadena, repetiu-se o cenário de 1970. Brasil e Itália discutiam não só o título mas também qual delas a chegar primeiro ao tetracampeonato. Foi um jogo monótono com muitas oportunidades falhadas. Pela primeira vez a final decidiu-se na marca das grandes penalidades. O «bambino d'oro» Robert Baggio falhou e os brasileiros festejaram.

Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Taffarel, Jorginho, Aldair, Mauro Silva, Márcio Santos e Branco; Em baixo: Mazinho, Romário, Dunga, Bebeto e Zinho

França/1998

Se em 1930, Jules Rimet sonhou com a vitória da França, foram necessários cinquenta e oito anos para que a sua realização, precisamente em terras gaulesas.

Aimé Jacquet, montou uma equipa consistente, dirigida pelo génio criativo Zidane. Na final contra o Brasil, no Stade de France, a vitória começou a desenhar-se da sua cabeça, com dois golos que adiaram o sonho do penta brasileiro. Petit selou o 3-0 final.

Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Laurent Blanc, Ba, Zidane, Desailly, Candela e Robert Pires; Em baixo: Barthez, Lizarazu, Deschamps, Karembeu e Maurice

Coreia do Sul-Japão/2002 - Portugal eliminado na fase de grupos

Pela primeira vez uma organização conjunta, com estreia no Continente Asiático, este mundial foi de má memória para as selecções europeias, com Portugal a cair na primeira fase. A excepção chamou-se Alemanha que habilmente conseguiu chegar à final.

Com um nível da arbitragens medíocre, o Brasil de Scolari conseguiu o impressionante registo de sete vitórias, em todos os jogos disputados, assentes nos três "R" - Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo. Pierluigi Collina foi o árbitro da final, que não teve casos e onde a magia do «fenómeno» Ronaldo fez a diferença ao desfeitear por duas vezes o melhor guarda-redes da prova, o alemão Oliver Kahn.

Plantel de 2002

Marcos, Cafu, Lúcio, Roque Júnior, Edmílson, Roberto Carlos, Ricardinho, Gilberto Silva, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho, Dida, Belletti, Ânderson Polga, Kléberson, Júnior, Denílson, Vampeta, Juninho, Edílson, Luizão, Rogério Ceni, Kaká, Treinador Luis Felipe Scolari

Alemanha/2006 - Honroso 4º lugar português

Foi o torneio de despedida de Zidane e a última montra universal de Figo, mas também a rara oportunidade de ver em acção o «quarteto mágico» do Brasil, que juntou Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano.

A final em Berlim foi decidida nas grandes penalidades, depois de um empate a uma bola no fim dos 90' e do prolongamento. A França inaugurou o marcador logo aos 7' por intermédio de Zidane, na marcação de uma grande penalidade muito discutível, mas os italianos pouco depois chegariam ao empate por Materazzi. A partir daí o jogo fechou-se com as equipas mais preocupadas em não sofrer golos.

Zidane viu o cartão vermelho por agressão a Materazzi, encerrando a carreira da pior maneira possível.

Enquanto os Italianos concretizaram todas as penalidades, Trezeguet falhou para a França e viu escapar o troféu.

Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Bufon, Materazzi, Luca Toni, Fábio Grosso e Totti. Em baixo: Gattuso, Pirlo, Camoranesi, Cannavaro, Zambrotta e Perrotta.

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