Começo esta rubrica, dividida em dois posts, com os logótipos de todos os mundiais disputados até hoje, onde se encontra o mais actual, que está a decorrer na África do Sul.
A seguir uma análise telegráfica de todos os mundiais:
Uruguai/1930
Depois de várias tentativas frustradas, a 13 de Julho de 1930 arrancou finalmente o 1º Campeonato do Mundo de Futebol, sonho antigo de Jules Rimet presidente da Federação de Futebol da França, entre 1919 e 1945 e presidente da FIFA, entre 1921 e 1954.
Aconteceu no Uruguai por este país ser à altura o Campeão Olímpico de futebol. O futebol sul-americano estava em grande e a final traduziu essa superioridade. Argentina e Uruguai foram os finalistas reeditando a final Olímpica de 1928. O resultado foi de 4-2 para os Uruguaios que se tornaram os primeiros campeões Mundiais.
Aconteceu no Uruguai por este país ser à altura o Campeão Olímpico de futebol. O futebol sul-americano estava em grande e a final traduziu essa superioridade. Argentina e Uruguai foram os finalistas reeditando a final Olímpica de 1928. O resultado foi de 4-2 para os Uruguaios que se tornaram os primeiros campeões Mundiais.
Na foto da esquerda para a direita, em cima: Mascheroni, Nazassi, Ballesteros, Fernandez, Andrade e Gestido; Em baixo: Dorado, Scarone, Castro, Cea e Iriarte
Itália/1938
O ditador Benito Mussolini ficou seduzido com o êxito da primeira edição, pelo que transformou o Mundial da Itália numa festa de consagração do seu regime fascista. O torneio realizou-se em oito cidades, reforçou a «squadra azzurra» com quatro estrangeiros naturalizados e diz-se até que foi ele a nomear os árbitros para os jogos da sua selecção.
A vitória final só poderia ser da Itália, que teve de defrontar a difícil formação da Checoslováquia, num jogo sofrido, por 2-1 após prolongamento.
A vitória final só poderia ser da Itália, que teve de defrontar a difícil formação da Checoslováquia, num jogo sofrido, por 2-1 após prolongamento.
Na foto da esquerda para a direita, em cima: Combi, Monti, Monzeglio, Bertolini, Allemandi e Ferrari; Em baixo: Guaita, Meazza, Shiavio, Ferraris e Orsi
França/1938
A intenção inicial de Jules Rimet era proceder à regra da rotatividade entre continentes, para a realização dos Mundiais. A primeira edição fora na América do Sul e a segunda na Europa. No entanto a terceira constituiu uma quebra dessa regra, continuando neste Continente.
O Brasil passeou até às meias-finais, onde teve de medir forças com os italianos. O brasileiro Leónidas tinha sido a grande figura da prova, contribuindo de forma decisiva para a carreira vitoriosa da sua selecção. Num acto de excesso de confiança, o treinador brasileiro decidiu fazê-lo descansar para a final e acabou dando um tiro nos pés. A Itália agradeceu e eliminou-os com uma vitória por 2-1. Na final, a equipa capitaneada por Giuseppe Meazza venceu categoricamente a Hungria por 4-2.
O Brasil passeou até às meias-finais, onde teve de medir forças com os italianos. O brasileiro Leónidas tinha sido a grande figura da prova, contribuindo de forma decisiva para a carreira vitoriosa da sua selecção. Num acto de excesso de confiança, o treinador brasileiro decidiu fazê-lo descansar para a final e acabou dando um tiro nos pés. A Itália agradeceu e eliminou-os com uma vitória por 2-1. Na final, a equipa capitaneada por Giuseppe Meazza venceu categoricamente a Hungria por 4-2.
Na foto, da esquerda para a direita, em pé (só os atletas): Biavatti, Piola, Ferrari e Colaussi; Em baixo: Locatelli, Meazza, Foni, Olivieri, Raya e Andreolo; Sentado: Serantoni
Brasil/1950
A segunda Guerra Mundial obrigou a um interregno de doze anos. Com a Europa em ruínas, o Mundial voltou à América do Sul. Brasil foi o país anfitrião.
A euforia e o entusiasmo eram grandes em volta da equipa da casa, sustentados no autêntico passeio da primeira fase. Sobraram quatro formações que desta vez discutiram a vitória final numa poule inédita. O Brasil desembaraçou-se com toda a facilidade da Suécia (7-1) e da Espanha (6-1). Só necessitava de um empate frente ao Uruguai.
No Maracaná cheio pelas costuras, os brasileiros foram os primeiros a marcar por Friaça. Schiaffino e Ghiggia desfizeram o sonho brasileiro infligindo uma surpreendente derrota que lhes proporcionou a segunda Taça Jules Rimet.
A euforia e o entusiasmo eram grandes em volta da equipa da casa, sustentados no autêntico passeio da primeira fase. Sobraram quatro formações que desta vez discutiram a vitória final numa poule inédita. O Brasil desembaraçou-se com toda a facilidade da Suécia (7-1) e da Espanha (6-1). Só necessitava de um empate frente ao Uruguai.
No Maracaná cheio pelas costuras, os brasileiros foram os primeiros a marcar por Friaça. Schiaffino e Ghiggia desfizeram o sonho brasileiro infligindo uma surpreendente derrota que lhes proporcionou a segunda Taça Jules Rimet.
Na foto da esquerda para a direita: Maspoli, Obdulio Varela, Gonzalez, Schiafino, Tejera, Andrade, Moran, Julio Perez, Gambeta, Gighia e Miguez
Suíça/1954
O futebol espectáculo derrotado pelo futebol físico foi a síntese deste Mundial. O primeiro era personificado pela Hungria, detentora de um futebol bonito e romântico que encantava as plateias; o segundo pela musculada Alemanha que até tinha sido trucidada na fase de grupos pelos magiares.
Na final de Berna a estrela da Hungria, o famoso Puskas, teve de jogar em condições físicas deficientes. A equipa ressentiu-se e foi surpreendentemente derrotada por 3-2.
Na final de Berna a estrela da Hungria, o famoso Puskas, teve de jogar em condições físicas deficientes. A equipa ressentiu-se e foi surpreendentemente derrotada por 3-2.
Na foto, da esquerda para a direita:Fritz Walter, Turek, Eckel, Rahn, Otmar Walter, Liebrich, Posipal, Scheifer, Kohlmeyer, Mai e Morlock
Suécia/1958
Um menino chamado Pelé juntou-se aos craques Djalma Santos, Vavá, Garricha e Didi e fizeram do Brasil uma equipa temida. Paulatinamente foi impondo o seu futebol categórico até chegar à final.
A Suécia, equipa a jogar em casa, liderada pelo trio atacante Gren, Niedholm e Hamrin, foi o seu contendor. O espírito goleador de Vavá e a magia de Pelé decidiram o jogo: 5-2 resultado final para as cores brasileiras.
A Suécia, equipa a jogar em casa, liderada pelo trio atacante Gren, Niedholm e Hamrin, foi o seu contendor. O espírito goleador de Vavá e a magia de Pelé decidiram o jogo: 5-2 resultado final para as cores brasileiras.
na foto, da esquerda para a direita, em cima: Djalma Santos, Zito, Belini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar; Em baixo: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagalo e Mário Américo (massagista)
Chile/1962
O Mundial do Chileno ficou na história com um dos mais violentos de sempre, com o registo impressionante de 15 lesões e várias expulsões. Com a ajuda dos árbitros a equipa da casa chegou até às meias-finais, onde sucumbiu ao poder dos Campeões Mundiais.
Sem Pelé, lesionado desde o início da prova, o Brasil alicerçado no endiabrado Garrincha foi-se desembaraçando dos adversários, qualificando-se para a final. A Checoslováquia de Masopust foi o outro finalista. A estrela checa surpreendeu ao marcar o primeiro golo do jogo, mas a resposta brasileira foi implacável. Amarildo, Zito e Vavá fizeram o resultado final (3-1), provando que havia Brasil para além de Pelé.
Sem Pelé, lesionado desde o início da prova, o Brasil alicerçado no endiabrado Garrincha foi-se desembaraçando dos adversários, qualificando-se para a final. A Checoslováquia de Masopust foi o outro finalista. A estrela checa surpreendeu ao marcar o primeiro golo do jogo, mas a resposta brasileira foi implacável. Amarildo, Zito e Vavá fizeram o resultado final (3-1), provando que havia Brasil para além de Pelé.
Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Aimoré Moreira (técnico), Djalma Santos, Zito, Gilmar, Zozimo, Nilton Santos, Mauro e Hilton Gosing (médico);Em baixo: Mário Américo (massagista), Garrincha, Didi, Vavá, Amarildo e Zagalo
(Continua)
3 comentários:
Que belo trabalho aqui está!
Greetings, lol
Caro Amigo: Belo trabalho. Aliás, outra coisa não se pode esperar. É sempre à DRAGÃO PENTACAMPEÂO! Obrigado. Um grande abraço.
F. Moreira
Agradeço as palavras elogiosas dos reconhecidamente enormes portistas, a amiga 6012 e F. Moreira.
Um grande abraço
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