CLASSE E RAÇA

Palco do Jogo: Estádio da Mata Real (Paços de Ferreira
Competição: Bwin Liga - 5ª jornada
Hora do Jogo: 19,30 h
FC Porto: Nuno; Bosingwa, João Paulo, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção (Tarik 83') , Raul Meirele (Bolatti 63') e Lucho Gonzalez; Lisandro Lopez, Edgar (Leandro Lima 58') e Quaresma
Suplentes não utilizados: Ventura, Stepanov, Lino e Farías
Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Marcadores: Lisandro Lopez (11' e 67')
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Leandro Lima (85')

Jogar em Paços de Ferreira nunca foi tarefa fácil. Depois do jogo sofrido da época passada em que a igualdade adiou a conquista do título adivinhava-se uma certa galvanização da equipa da casa e consequente trabalho aturado para a ultrapassar.

Os bicampeões encararam esta partida com o maior profissionalismo e entraram sem medo, de mangas arregaçadas e em trage de ganga, como se impunha face ao estoicismo, entrega ao jogo, aplicação do físico (emprego das pernas, braços e mãos) de que os pacences se socorreram para tentar travar a maior desenvoltura técnica e táctica dos visitantes.

Não houve por isso futebol vistoso nem grandes alardes técnicos e o jogo valeu pela atitude, raça e querer dos jogadores portistas para levar de vencida o adversário cuja preocupação primeira era travar as investidas às suas redes, principalmente da forma que já descrevi.

Aos 11' Bruno Alves na esquerda serve primorosamente Lisandro que de primeira rematou com o pé esquerdo fazendo a bola anichar-se na rede de Peçanha, que três minutos depois negou com uma defesa espectacular, o 2º golo numa cabeçada de Edgar.

O Porto controlou muito bem o jogo, não passou por muitos sobressaltos mas teve de se aplicar pelo jogo físico imposto pelos adversários, com a complacência do homem do apito.

Aos 67', mais uma vez Lisandro, agora com o pé direito, surgindo na área desmarcado por Leandro Lima faz o segundo, matando o jogo.

Destaco individualmente Lisandro pelos atributos que se lhe reconhecem e ainda pelos golos que vai marcando. Mas hoje, apesar de algumas exibições menos conseguídas não posso deixar de realçar a atitude e a raça do colectivo que, a meu ver, foram determinantes para o resultado final.

Cinco jogos e cinco vitórias que constituem o melhor arranque no campeonato de há dez anos a esta parte.