quinta-feira, 5 de junho de 2008

EM MAUS LENÇÓIS

Por maior distanciamento que procure manter do momento atribulado que o FC Porto está a atravessar, torna-se de todo impossível alhear-me completamente.

Não tem sido fácil digerir desde há quatro anos para cá as constantes campanhas difamatórias e as perseguições a que o Clube e o seu Presidente têm sido votados.

As preocupações avolumam-se à medida que as sanções vão sendo conhecidas, apesar das etapas que ainda faltam percorrer e nem as palavras de confiança de Pinto da Costa na entrevista de ontem as conseguem dissipar.

Sabemos que os lugares chave onde se tomam as decisões foram estrategicamente asseguradas por quem vislumbrou assegurar que as coisas se "resolveriam por outro lado" (os responsáveis portistas deveriam ter em conta esse pormenor). Foi neste contexto que o FC Porto foi sancionado pela Comissão Disciplinar da Liga.

A forma como a FPF apresentou à Uefa as decisões do acordão da CD da Liga, terá contribuído para ajudar o organismo que tutela o futebol europeu a impedir os Dragões de participar na Liga dos Campeões.

O Presidente vai apresentar o respectivo recurso, sustentado em quatro pareceres jurídicos emanados de verdadeiros experts na matéria, tentando demonstrar a ilegalidade das condenações.

Confesso que não partilho do optimismo de Pinto da Costa, porque suspeito que o Comité de Apelo da Uefa será muito mais sensível à decisão tomada na primeira instância, baseada no reconhecimento de culpa do FC Porto, pelo facto de não ter recorrido da sanção nacional.

Não vou aqui crucificar os dirigentes portistas e muito menos Pinto da Costa, que não me merece essa ingratidão, mas reconheço a irresponsabilidade manifestada ao prescindirem do recurso,
tendo como argumento evitar a possibilidade de começar o
próximo campeonato com seis pontos negativos.

Escrevi na altura que o recurso era essencial para a defesa da honra e nem sequer estava a imaginar as repercussões internacionais que a medida viria a suscitar.

Não consigo perceber como alguém que se diz inocente e de consciência tranquila, pudesse configurar tal cenário. Falta de confiança na justiça desportiva? Talvez! Mas ainda assim, se eu fosse presidente jamais daria trunfos aos invejosos e frustrados deste país para me atirarem à cara o reconhecimento da culpa.

Posto isto, resta-me aguardar com a maior serenidade possível os próximos episódios , duma novela que preconizo só venha a terminar na última instância, o TAD.

Um comentário:

dragao vila pouca disse...

Essa do recurso já cansa! Que tal concentrares a tua atenção nessa miserável 1ª página?
A decisão já é definitiva como a apresenta o Jogo? Uma vergonha!
Com amigos destes...não precisamos de inimigos.
Um abraço