domingo, 29 de novembro de 2009

MAIS DO MESMO!


FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

A vitória, mais uma sofrida, não chega para disfarçar o momento periclitante que a equipa do FC Porto atravessa.

Na noite chuvosa e fria de hoje, tenho que enaltecer a pachorra de 22.512 espectadores que, corajosamente se deslocaram ao Dragão para assistir a mais um jogo medíocre dos azuis e brancos.

Tal como havia vaticinado na antevisão a «catrefada» de passes mal executados, de lançamentos compridos mal dirigidos, a perda de bolas inacreditáveis, alguns remates caricatos e oportunidades escandalosamente desperdiçadas foram uma realidade.

O futebol desta equipa mete dó! Fiquei estupefacto com as declarações, de Jesualdo após o jogo quando defendeu tratar-se de um jogo bem jogado! Francamente!

A equipa, para além dos defeitos acima apontados, denotou grandes dificuldades para criar espaços, muito pouca imaginação, ineficácia, intranquilidade na defesa,(onde a novidade foi a presença de Maicon no lugar de Rolando) e ainda pouca lucidez.

O primeiro golo portista resultou de uma investida de Hulk, que depois de tabelar com Falcao, foi feliz em dois ressaltos aparecendo na cara de Carlos a desfeitea-lo. No entanto, a vantagem portista desfez-se um minuto depois pela cabeça de João Tomás, ao saltar mais alto que Fucille, na zona de juridisção de Maicon (!). O Porto sentiu o golpe, desuniu-se um pouco mas recuperou a calma e voltou a tentar novo golo, quase sempre da pior maneira.


Na segunda metade, os Dragões mantiveram a toada mais atacante e beneficiaram de uma grande penalidade muito duvidosa sobre Fucille, mas Falcao não aproveitou fazendo a bola esbarrar na barra. O guarda-redes vilacondense galvanizado, efectuou um punhado de excelentes defesas negando o golo em tres ou quatro ocasiões. O jogo parecia condenado a terminar empatado. O Professor decidiu-se finalmente por fazer entrar Silvestre Varela e, coincidência ou não, foi ele que desencravou o resultado aproveitando com todo o oportunismo o toque de cabeça de Farías, após um canto para atirar a contar, aos 81'.


Os minutos finais foram de algum dramatismo, com o FC Porto a defender a vantagem. O Rio Ave por pouco não empatou, deixando a sensação que poderia ter conseguido um resultado bem diferente se fosse mais ousado.

O meu destaque vai para Varela pela importância do golo que marcou.




5 comentários:

Anônimo disse...

Assim já dá para gostar, mas ainda há muita intranquilidade, ansiedade, e alguma insegurança em certos aspectos do jogo. Beto dá garantias mas não pode precipitar-se na reposição da bola em jogo. Com Fucile no lado direito, a "música" é outra; Maicon também dá garantias mas não deve enervar-se e entregar bolas ao adversário – tem tempo para se afirmar como alternativa a Rolando. Hoje gostei do Hulk (o banco, às vezes, faz bem…) que desequilibra quando joga simples; Rodriguez está a atingir a forma que o notabilizou na pretérita época. Falcão esforçado mas pouco mais; Varela tem, indiscutivelmente, lugar na equipa (isso não invalida que não jogue sempre os 90 minutos).
Dois reparos: 1) nas "bolas paradas" temos uma eficácia confrangedora e, pior que isso, a sua marcação resulta em disparates incompreensíveis. Não será altura de Jesualdo fazer "trabalho de casa" no que concerne a essa importante faceta do jogo?! 2) É frequente (e reparei nisso em jogos anteriores) que após uma perda de bola no ataque, não tenhamos capacidade de a recuperar na primeira linha mais atrás. Há um vazio enorme entre a linha atacante e a da média defensiva. Inclusive a inexistência de oposição proporciona ao adversário o lançamento de perigosos contra-ataques. Mais um "trabalho de casa" para Jesualdo… Abraço a todos os (des)portistas.
Fernando Moreira

dragao vila pouca disse...

Caro amigo, não concordo contigo, eu vi assim:

Não foi um Porto brilhante, nem um Porto constante - às vezes até foi irritante -, mas foi um Porto bem melhor que frente ao Belenenses e frente ao Marítimo. Houve vontade, atitude, carácter e alguns períodos de bom futebol, com o Rio Ave, que é uma boa equipa, a ser claramente encostado às cordas, durante uma grande parte do jogo: depois do golo e em toda a segunda-parte - excepção à tremideira depois do 2-1.
Claro que há muito a melhorar. Por exemplo: Hulk agarrado às linhas e obrigado a defender, é um crime de lesa F.C.Porto; Falcao muito recuado, não pode depois aparecer onde é mais decisivo: coração da área. Ali com um magnifico golpe de cabeça obrigou o guarda-redes à defesa da noite; Belluschi tem de jogar mais próximo dos avançados; e depois, o problema dos problemas, um trinco que erra passes e mais passes. Não há equipa que resista a um jogador, normalmente o primeiro na fase de construção, que não acerta uma.
Um trinco não é só para defender e tapar as subidas dos centrais ou dos laterais.

Vamos ter jogos importantes - Guimarães, o autocarro do Setúbal e Benfica. É a hora da verdade. Se ultrapassarmos este período sem grandes danos, com um ou outro acerto, junto com os sinais de melhoria que já se notam, eu acredito.

Ah, eu resisto e comigo o F.C.Porto nunca caminhará sózinho.

Um abraço

ninja disse...

A exibição não foi mediocre na minha opinião mas ainda anda longe do que se quer. Tivemos muitas oportunidades de golo e não se pode falhar tantos golos quase certos.

Abraços

Pedro Rocha disse...

"Tal como havia vaticinado na antevisão a «catrefada» de passes mal executados, de lançamentos compridos mal dirigidos, a perda de bolas inacreditáveis, alguns remates caricatos e oportunidades escandalosamente desperdiçadas foram uma realidade."

Neste excerto podemos constatar a realidade do futebol portista actual. São estes alguns dos principais problemas da equipa, e convenhamos que não são poucos.
Abraço

Anônimo disse...

Air Race: Comerciantes do Porto apelam a boicote aos patrocinadores

ASSOCIAÇÃO PREOCUPADA COM EVENTUAL DESLOCALIZAÇÃO DA PROVA PARA LISBOA



A Associação dos Comerciantes do Porto apelou ao boicote aos produtos das empresas TMN, Galp e EDP, que patrocinam o Red Bull Air Race, como forma de protesto contra a eventual deslocalização do evento para Lisboa.

"São muitos os prejuízos diretos e indiretos que a deslocalização do Red Bull Air Race trará para o nosso comércio, para os nossos comerciantes", declarou o presidente da Associação dos Comerciantes do Porto (ACP).

Em comunicado, Nuno Camilo diz que "não se compreende como é que os grandes patrocinadores do evento, TMN, EDP e Galp, têm nos seus conselhos de administração elementos nomeados pelo Governo e não se ouvem vozes de preocupação referentes ao comércio nesta região".

"A taxa de desemprego no distrito do Porto é uma das mais elevadas do país, mas mesmo assim não existe preocupação do poder central em promover a região", criticou.

É neste contexto que a ACP apela "ao boicote no consumo dos produtos da TMN, Galp e EDP", acrescentando que "só falta tirarem o vinho do Porto e o Futebol Clube do Porto à região do norte".

A ACP recorda que "as corridas Red Bull Air Race são uma excelente forma de promoção turística da região e uma verdadeira oportunidade para dinamizar e fortalecer o comércio tradicional".
In record