sábado, 6 de março de 2010

EM QUEDA LIVRE!

FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

O último terço do campeonato tem-se revelado um autêntico pesadelo para o FC Porto. Depois da pesada derrota em Alvalade e apesar das promessas dos jogadores de não atirarem a toalha ao chão, os Dragões não conseguiram mais que um empate frente ao Olhanense, arrancado a ferros nos últimos segundos da partida.

Ninguém precisa de atirar a toalha ao chão, ela já lá se encontra e parece que para ficar!

Mais uma entrada no jogo sem determinação, com imensa falta de convicção e alguma displicência. Disso se aproveitaram os algarvios e em apenas quinze minutos alcançaram dois golos, deixando os adeptos portistas à beira de um ataque de nervos. Dois golos resultantes de erros imperdoáveis. O primeiro, num cruzamento largo da direita a atravessar toda a área portista, com Paulo Sérgio a tocar de cabeça para a pequena área onde apareceu, solto de marcação o avançado Djalmir a empurrar a bola com o peito para as redes, com os centrais portistas a assistir ao filme de poltrona!; O segundo, num contra-ataque rápido desferido por Paulo Sérgio que apanhou a bola rechaçada pela sua defesa, num remate de Miguel Lopes. O avançado algarvio fez um passe longo, Maicon falhou a intercepção e Djalmir aproveitou o brinde, rematando por entre as pernas de Helton.

Nada saía bem aos comandados de Jesualdo. Ruben ainda remou contra a maré e em duas ocasiões levou muito perigo à baliza contrária. Um remate saiu próximo do poste o outro foi superiormente defendido pelo jovem Ventura.

O professor teve de mexer na equipa, mais cedo do que certamente esperava. Introduziu no jogo Silvestre Varela e o futebol portista tornou-se mais dinâmico.

No segundo tempo a atitude foi diferente e enquanto o FC Porto se empenhou na procura dos golos, nem sempre da melhor forma, às vezes com muita precipitação à mistura, o Olhanense geria a vantagem. Era visível a intranquilidade dos portistas que desperdiçaram algumas oportunidades flagrantes.

Duas bolas nos ferros e um lance para grande penalidade não assinalada, contribuíram para o desnorte azul e branco. Até que aos 80 minutos surgiu um momento de esperança. Valeri que tinha entrado a render Miguel Lopes, marcou um canto do lado esquerdo, a bola foi disputada no centro da área por um cacho de jogadores, sobrou para a esquerda onde estava Rodríguez que com toque acrobático tocou a bola para a pequena área onde surgiu Falcao, pleno de oportunidade, a rematar para o golo.

Os Dragões galvanizaram-se com este golo e carregaram sobre um adversário cada vez mais empenhado em defender a vantagem. Os minutos escasseavam e a sofreguidão portista aumentava.

Varela trabalhou bem na direita, cruzou mais uma vez para o coração da área, Falcao saltou com dois defesas do Olhanense, a bola sobrou para a esquerda onde surgiu Guarín a rematar de primeira e a concretizar o golo do empate. A bola foi ao centro do terreno e o árbitro encerrou a partida.

Estava consumada a perda de mais dois pontos!

É um resultado que penaliza a falta de agressividade e a atitude displicente, sobretudo da primeira parte e a intranquilidade e ineficácia da segunda.

Se já tínhamos dito adeus ao título, o segundo lugar pode ficar irremediavelmente inatingível.

Apesar da exibição pouco ou nada agradável, sobressaíram Ruben Micael e Silvestre Varela.



7 comentários:

dragao vila pouca disse...

Equipa sem alma, sem raça, mentalmente frágil, que entra a dormir, sofre dois golos e continua a dormir, só começando a acordar quando o jogo está a acabar...Já não tenho memória de uma despedida tão prematura do título.
Ou reagimos forte na terça-feira e conseguimos um feito, ou então este final de época vai ser penoso.

Um abraço

Gaspar Lança disse...

Enfim enfim, um verdadeiro desastre..
Vai de mal a pior, vamos a ver como corre em Londres..
Há que melhorar, e muito!

Sérgio de Oliveira disse...

Meu caro :

O Título que escolheste diz tudo !



Um abraço

Pedro Silva disse...

Este resultado é algo que já estava à espera ou não tivesse o Dragão acumulado uma série interminável de erros nas contratações. A Pressão de ter de ganhar porque o Benfica não parece desarmar do primeiro lugar e o Nervosismo fizeram o resto...

Este ano é para relembrar e marca o fim de um Ciclo. O de Jesualdo.

Procurar outros culpados entre o Bruno Alves ou até mesmo o Meireles por exemplo é, a meu ver, ridículo pois um Homem só não faz a equipa. E os Capitães nada podem contra uma SAD que só quer ganhar € à custa da Comissão.

Vamos lá a ver se o Jesualdo não inventa para o jogo de Londres. Será uma partida difícil, mas a arrogância dos Arsenalistas de Londres será a sua perdição.

Cumprimentos e saudações Portistas!!!

Treinadorpart-time disse...

sem querer formar um bode espiatorio nesta equipa, meu caro dragaopentacampeao, acho que o nosso clube precisa de sangue novo.
Nao de sangue novo no 11 inicial (esse ja precisa ha muito tempo), mas sangue novo no banco. O professor fez muito por nos, mas a sua era, na minha opiniao, ja acabou. Nao este ano, mas o ano passado.

Anônimo disse...

Infelizmente parece que este poço não tem fim. Vai ser um final de campeonato muito penoso e ainda faltam muitos jogos. Isto é o resultado de uma politica de contratações que privilegia a contratação de jogadores que não estão identificados com o futebol europeu e de qualidade duvidosa,e de ter um treinador temeroso e de curtos horizontes.

Dragão Azul Forte disse...

"Fim de um ciclo" acho excessivo e impróprio no FC Porto. Eu diria antes, como ouvi a outro portista, fim de uma fase. É que no Porto não se vive por ciclos. Uma etapa dá lugar a outra. Ali tudo é pensado em sucessivos períodos. Ainda que um ou outro não corram pelo melhor. De "novo ciclo" estou eu farto (e contente…) de ouvir ao "Orelhas". Infelizmente já não fala mais em "novos ciclos". No Benfas, de vezes em quando, um ciclo corre bem, quando o FC Porto deixa. Quanto ao resto, plenamente de acordo com "The Blue One".
F. Moreira - V. Real